Eram poucos aqueles que realmente enxergaram a filha de Ares. Ate hoje ela só tivera uma amiga de verdade. Mas esta estava morta. Os campistas a achavam grossa, achavam que tudo o que ela sabia fazer era bater e bater. Ninguém nunca tinha tentado entende-la. Alguns tinham chegado perto. Percy Jackson quase conseguiu. Mas ele ainda estava muito ocupado tentando entender certa loira.

Era por isso que Clarisse estava sempre na arena treinando. Era um jeito de manter a mente ocupada. Ela não queria se lembrar do motivo de nunca ter saído no acampamento durante o ano. Ela não queria lembrar das garotas de Apolo cochichando as suas costas. Ela não queria pensar em certo cara.

Ali na arena, despedaçando bonecos debaixo do sol quente, Clarisse se sentia bem. Ela se sentia melhor. Ela sorria. Ela era feliz.

Mas os campistas não percebiam isso, eles só se preocupavam em passar o mas longe possível dela. Não queriam servir de boneco para ela.

Exceto um, um único campista que não se impressionava com seus golpes ou sentia medo dela. Ele apenas olhava  o cabelo que antes estava preso de qualquer jeito agora sacodia ao vento, ele via o sorriso, ele via os olhos brilhantes. Ele gostava de ouvir as risadas que ela dava ao despedaçar mais um boneco.

Clarisse não sabia disso, mas alguém gostava dela, mas que uma amiga. A filha do Deus do ódio tinha um adimirador que sentia exatamente o oposto do ódio.

Ele não sabia, mas talvez ela sentisse o mesmo.