É Segredo escrita por Phallas


Capítulo 11
Capítulo 11 - Esperança


Notas iniciais do capítulo

Sei que ninguém perguntou, mas eu queria falar aqui a origem dos nomes dos personagens da história(ignorem a autora, se quiserem):

Isabelle *Bellie* Harper: O nome da personagem principal - Bellie Harper - faz referência a Charlie Harper, um dos personagens de comédia mais incríveis que existe. É interpretado por Charlie Sheen em "Two and a half men".

Tensy Cartwright: O nome (que não é bem um nome)'Tensy' vem da palavra em turco 'Tensel', que, em português, significa sexy. Eu tirei o "el" e coloquei o "y". E antes que peguntem: sim, eu fiquei no Google Tradutor procurando um nome. Inicialmente, eu procurei para uma história que eu pensei ano passado (quando nem conhecia o Nyah e nem pretendia postar em lugar nenhum), onde o Voldemort (do Harry Potter. Aaah, não diga) tinha uma irmã mais nova e mais poderosa, Tensy Voldemort. E sim, eu tinha posto Voldemort como sobrenome, mas não me matem, eu ainda não tinha lido nenhum livro. O Cartwright surgiu de uma explosão de criatividade. Se bem que eu devo ter lido isso antes em algum lugar e não lembro...

Megan Parsons: o "Megan" veio do nada, mas depois que eu comecei a escrever a fic, imaginei a Megan igual a Megan Fox. O "Parsons" é uma homenagem ao ator de comédia mais brilhante do mundo, na minha humilde opinião: Jim Parsons, intérprete de Sheldon, em The Big Bang Theory.

Blake Carmichael: o "Blake" é por causa da Blake Lively e o "Carmichael" é em homenagem à melhor vilã de literatura que existe (depois da Blair): Tinsley Carmichael. Ela aparece em 'It Girl', continuação de Gossip Girl.

Heath Harper: o irmão da personagem principal recebeu o nome de "Heath" em homenagem a "Heath Ferro", um menino idiota, nojento, infantil, repugnante, safado e lindo, também de 'It Girl'.

Acho que são só esses, por enquanto.
Desculpe atrapalhar a leitura de vocês. 'rsrs
Muitos beijos e obrigada a todo mundo que está lendo. s2'



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"A esperança é um alimento da nossa alma, ao qual se mistura sempre o  veneno do medo."

                                    - Voltaire

Está doendo. Muito. Sinto uma pontada de dor no pulso a cada passo que eu dou.

O jogo, pelo menos, está progredindo para o nosso lado. Está 22 a 19, ainda para elas. Meu colégio aplaude entusiasmado cada vez que eu toco na bola. Não consigo cortar, então eu largo a bola na quadra adversária de qualquer jeito.

Sinto que a atmosfera em volta de mim está se tornando mais alegre. As rivais também perceberam isso e começaram a cortar sempre muito forte, e na minha direção, sabendo que eu não tenho condições de defender se a bola cair baixo demais. Não posso culpá-las por isso, embora o fato não diminua a minha vontade de matá-las.

Agora está 24 a 21. Fico feliz que meu retorno tenha dado ao time um pouco mais de esperança, afinal, se eu posso jogar machucada, elas podem ganhar do West High.

É o último ponto. Mais um e elas ganham. Ainda continuaremos na Liga se perdermos, mas perder para elas vai ser muito mais humilhante.

Elas sacam. A bola vai atrás. Helaina a pega com uma manchete perfeita e Trishia, em uma mudança de estratégia, levanta para Megan, que enfia a bola no fundo da quadra, mas elas a pegam. Steve está quase pulando em cima da mesa em frente à qual está sentando, de tão nervoso.

Alguém levanta para Blake, que, em vez de cortá-la em mim, como todo mundo esperava, ataca a milímetros da linha de fundo, que está desprotegida.

Acabou. A vitória é delas.

O juiz apita. Elas gritam. A torcida delas vai à loucura.

Olho para Peter, que está se esforçando para manter a pose diante do caos que ele temia.

Vejo que meus pais chegaram, trazendo Heath com eles. Também olho para a arquibancada, e vejo meus amigos tristes e desconsolados, como se tivessem perdido uma final de Copa do Mundo. Sinto tapinhas nas costas e alguns "Jogou muito, Bellie", mas não consigo distinguir as palavras muito bem. Meu olhar está no chão, e eu teria caído de joelhos se a dor no meu braço não fosse tão gritante.

Olho de novo ao público. O menino está lá, em pé, triste também. Ele dá um passo na minha diração, me olhando, mas para quando meus pais chegam perto de mim.

- Ah, meu Deus, que braço é esse? - minha mãe grita.

- Eu me machuquei, mãe. - falo, como se não fosse nada demais.

- Temos que ir para o pronto-socorro! Heath, pegue minha bolsa.

- Não, mãe, não precisa. - digo, me soltando dela e entrando na rodinha em volta de Peter.

Ele discursa emocionado e, quando me vê, me abraça de novo, ao som dos aplausos das outras garotas. Sinto meus olhos marejados e percebos que todo mundo está chorando também. Nós nos abraçamos coletivamente, sabendo que tínhamos feito tudo o que podíamos.

                                    ○         ○         ○

Estou com Tensy, em frente aos nosso armários, pegando o material de história para a próxima tortura, digo, aula do dia.   

De dez em dez segundos, alguém me cumprimenta com um sorriso ou um aperto de mão, passando pelo corredor. Parece que a notícia de que Bellie Harper, do segundo ano, entrou machucada em quadra para evitar uma derrota muito humilhante para nós se espalhou pela escola inteira. O que é ridículo, porque eu não fiz nada sem a ajuda das outras garotas.

Minha mão está enfaixada, o que me atrapalha muito. Depois do jogo, minha mãe me obrigou a ir a um médico para ver se estava tudo bem. E ele disse a mesma coisa que Peter: que eu só torci. Também me chamou de louca por eu insistir em jogar vôlei com o meu braço nesse estado, mas essa parte eu preferi não ouvir.

A cada lugar que eu vou na escola, eu olho em volta de tempos em tempos. Não quero encontrar ninguém que não deveria estar aqui, se é que você me entende.

Meu domingo só girou ao redor disso: o que eu encontraria na escola na segunda que estava por vir. Na verdade, eu teria faltado hoje, alegando que minha mão ainda me incomoda demais, se meu pai não fosse tão obcecado por aula e notas, a ponto de mandar a filha destra à escola com a mão direita completamente inútil do jeito que está. É claro que minha mão dói, mas não tanto para me fazer perder aulas de História e Matemática, onde eu realmente preciso de notas mais decentes. O que eu tinha mesmo era um medo infantil de encontrar o que eu queria encontrar há semanas. Parece que, quando a gente quer muito algo, e quando finalmente chegamos perto de conseguir, queremos cair fora.

Enfim, de qualquer jeito, minha preocupação já se mostrou desnecessária, já que ele não está aqui. Mas que seja. Melhor assim.

Estou pensando nisso quando alguém que não sei o nome me cumprimenta pelo jogo de sábado. Mando um sorriso meio atrasado e, carregando meus livros, puxo Tensy para irmos para a sala de aula de novo.

Chego na sala e quase toda a classe já está lá. Muitos se levantam e me elogiam, de modo que eu sinto meu rosto ficando vermelho.

A professora, senhora Nichols, com a qual não me dou muito bem, chega esbaforida e descabelada na sala, larga todo o material em cima da mesa dos professores e deseja a todos um bom dia. Ela está nos mandando abrir o livro em alguma página de matéria chata quando batem na porta.

Pego meu livro e tento lembrar a página que ela disse. Ela vai atender a porta enquanto isso, os sapatinhos azuis-marinho de saltos grossos e baixos fazendo barulhos no chão.

- Ah, claro, eu já tinha me esquecido. - ela diz, dando um tapinha na testa.

A classe está conversando, enquanto a professora está na porta, mas, quando ela volta, todos param de falar.

- Classe, temos um aluno novo.  - ela anuncia.

                                 


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