Pov. Bella

- Podem começar a me explicar isso? – perguntei me acalmando. Sei que exagerei um pouco na piscina, mas a decepção que senti ao descobrir que elas me escondiam algo tomou conta de mim. Eu pensei em Lissy, podia acontecer o mesmo com elas.

- É melhor ter um bom motivo que levaram vocês a mentir para mim e para sua mãe. – Edward falou nervoso. Olhei para ele com medo, eu não quero segredos entre nós, entre meus filhos e nós.

- Mãe desculpa. – Cici foi a primeira a se pronunciar. – Mas, eu realmente não sei o que eles estão fazendo aqui.

- É verdade mãe, a gente não namora e nem fica com eles. – Evy falou nervosa e temerosa ainda.

- E o que queriam dizer mais cedo? Na piscina? – perguntei calma agora, elas perceberam isso também e logo se acalmaram.

- Bem, nós íamos falar que gostamos de uns meninos da escola. – Evy falou sentando no sofá que ficava em frente à mesa do escritório de Carlisle.

- A gente não namora, nem “fica” mamãe. – Cici disse sentando ao lado de Evy.

- E nem vão. – Edward começou a falar nervoso. – Vocês são muito novas para isso, imagina se vou permitir um absurdo desse. – ele terminou sentando na cadeira de Carlisle e eu fui para seu lado.

- O que? – Evy se levantou e Edward a olhou assustado. – Por que a gente não pode namorar? – ela perguntou cruzando os braços na altura da cintura.

- Porque vocês são novas demais já falei. – ele respondeu se levantando e Evy bufou irritada.

- Eu não sou mais criança papai. – ela falou chateada. – Eu não tenho cinco anos, ta legal. – vi que o clima começou a mudar e quis acalmar Edward apertando seu braço.

- Sim, mas ainda é menor de idade e eu ainda mando em você mocinha. – ele falou e Evy revirou os olhos. Vi que Cici ainda estava sentada de cabeça baixa e mordia os lábios, sinal de que estava nervosa também.

- EU TE ODEIO! - Evy gritou e saiu correndo pela porta que foi fechada com uma força desnecessária. Edward bufou e tentou correr atrás dela, mas eu puxei seu braço com força o bastante para pará-lo.

- Elas não podem Bella. – ele disse triste. Eu via seu medo também, ele estava como eu, mas o que podemos fazer? Impedi-las de viver? Ser contra e vê-las como Lissy? Porque se tentássemos lutar contra, era o mais provável de acontecer.

- Eu entendo. – falei triste e vi Cici se levantando e me olhando, ela chorava.

- Desculpa mãe, pai. – ela fungou um pouco. – Eu devia ter contado a vocês antes, mas não briguem com a Evy, ela não tem culpa de nada. – fui até ela e a abracei.

- Eu sei amor. – falei e Edward também sentou derrotado na cadeira. Ele sabia da verdade também, quanto mais tentasse lutar contra o fogo maior ele ficaria. – Ninguém esta culpando ela ou você.

- Mas, por que estão com tanta raiva?

- Não é raiva, é medo. – falei e ela me olhou confusa. – Eu amo vocês e tenho medo de acontecer algo de ruim, de errado. Como a Lissy. Como eu, filha.  – eu falei e ela confirmou. – Vocês são novas sim, tem tanto o que viver e descobrir e sem falar nos estudos.

- Tudo bem. – ela disse conformada e me abraçou. – Desculpe por isso. – ela disse e me abraçou mais forte. Foi até Edward e disse:

- Desculpa pai, eu não queria que você ficasse chateado.

- Tudo bem Cici, sei que é madura o bastante e entendeu como eu e sua mãe, nos sentimos. – ele olhou para ela e sorriu um pouco. – Te amo querida. – ele falou e ganhou um abraço sincero dela. Agora tínhamos que falar com Evy.

Quando estávamos saindo do escritório, Cathy apareceu dizendo que os meninos tinham ido embora depois de conversar com Alice e que Evy saiu correndo em direção ao quarto que era dela aqui na casa dos avós. Eu e Edward seguimos para lá enquanto Cici brincava com Cathy e voltava para a piscina com ela. Passamos por Emmett que conversava com meu filho e ele estava bastante concentrado nessa conversa.

- Cara, você vai ter que ficar de olho nas suas irmãs agora. – Emmett dizia e Joey apenas balançava a cabeça concordando. Eu revirei os olhos e conclui que talvez isso fosse uma coisa boa afinal de contas. Quando chegamos em frente ao quarto que tinha uma pequena placa de ferro banhado a ouro com o nome “Evelyn”, Edward me olhou pedindo forças e bateu na porta, ela logo perguntou quem era.

- Sou eu filha. – ele falou e a porta foi escancarada e ela agarrou o pai com força. – Filha... – ele não terminou de falar, pois ela começou a falar rápido.

- Papai, eu te amo, eu não te odeio, não. – ela falava ainda grudada a ele. – Desculpa, mas é que eu fiquei com raiva, o senhor me trata como uma criancinha ainda. – ela terminou se soltando dele, Edward sorriu fraco e beijou a cabeça dela, depois ela me olhou com pesar. - Desculpa ter escondido de vocês mãe, eu achei que não tivesse importância. – ela declarou. – A gente só gosta deles, eu e a Cici não temos nada com eles não, eu juro. – ela disse e me abraçou também.

- Não precisa jurar filha. – falei rindo um pouco. – Eu e seu pai só estávamos com medo de acontecer algo de errado na vida de vocês. – falei e ela me olhou séria.

- E se acontecesse o mesmo que aconteceu com Lissy? – Edward perguntou. – E com sua mãe mesmo? Ela engravidou na época em que tinha acabado de entrar na faculdade e você sabe disso. – ela me olhou concordando. – Nós queremos que vocês sejam felizes e não percam nada da vida, que vivam tudo ao seu verdadeiro tempo.

- Eu sei, mas não vou ser irresponsável papai. – ela falou rolando os olhos.

- Isso é o que você me garante mocinha. – ele falou sério novamente. – Eu confio em você, não confio é naqueles garotos cheios de hormônios lá em baixo.

- Eles ainda estão lá em baixo? – Evy perguntou nervosa e eu fiz questão de responder.

- Não, eles já foram. – falei e ela me olhou fazendo careta.

- Que ótimo! – ela falou entrando no quarto e a seguimos. – Amanhã na escola vão dizer que meu pai me trata como um bebe. – ela falou chateada e cruzando os braços no peito com um bico enorme na boca.

- É o que você está parecendo, nesse exato momento. – falei rindo e ela desfez o bico rapidamente.

- Que mico! – ela falou deitando na cama e colocando as mãos no rosto.

- Por quê? – Edward perguntou confuso me olhando. Eu pedi que ele saísse e me deixasse conversar com ela. – Bem vou deixá-las ai conversando. – quando ele ia saindo vi que Cici entrava no quarto. Ela sentou-se ao meu lado e Evy olhou para ela por entre os dedos.

- Tá melhor? – ela perguntou a Evy que se sentou na cama e assentiu com a cabeça. – Que bom.

- E amanhã em Cici? Foi o maior mico hein? – Cici concordou, mas ela estava rindo da situação, e Evy apenas revirou os olhos.

- Filhas. – falei e elas me olharam. – Se esses meninos não entendem o que realmente aconteceu, é porque não gostam de vocês. – falei e elas me olharam confusas.

- Mas não precisava expulsar eles né? – Evy falou e foi minha vez de rir e revirar os olhos.

- Ninguém os expulsou. – falei e elas me olharam curiosas. – Eles foram porque quiseram. – falei dando de ombros. – Simplesmente porque viram que vocês não iriam de jeito nenhum.

- Claro o tio Emm fuzilou eles com o olhar né. – Evy falou.

- E ainda tá ensinando isso para o Joey. – Cici falou também derrotada. – Eles nunca vão querer nada com a gente.

- Vocês não entendem? – perguntei. – Se esses meninos realmente gostarem de vocês, eles lutarão por vocês. – falei e elas me olharam sérias com o rumo do assunto.

- Mas o papai mata a gente. – Cici falou e Evy concordou.

- O pai de vocês estava alterado na hora. – falei rindo. – Claro que se os meninos provassem gostar um pouco de vocês, iríamos permitir que namorassem. Mas do modo antigo. – falei e elas me olharam confusas. – Na casa de vocês, sentados na varanda e comigo e o pai de vocês de olho às vezes né meninas.

- Que brega! – Evy falou, fazendo careta.

- Que nada. Se os meninos gostarem realmente de vocês duas eles irão aceitar de bom grado. – falei e elas concordaram com caras de “Será?”.

- Podemos namorar então? – Cici perguntou e eu concordei.

- Se vocês quiserem. – falei derrotada, eu não poderia impedir, elas podem fazer isso na escola ou na rua, às escondidas e isso eu não quero de jeito nenhum. – E se os meninos também quiserem.

- Obrigada mãe. – Cici e Evy pularam em cima de mim me abraçando e beijando meu rosto.

- Mas... Tem as regras. – falei e elas concordaram.

- A gente nem sabe se eles querem namorar. – Cici falou rindo.

- Mas se quiserem a gente já tem permissão né maninha. – Evy falou feliz da vida.

- Bom, agora falta o pai de vocês. – falei um pouco nervosa. Isso seria meio difícil, mas não impossível. Elas me olharam desesperadas.

- Mamãe fala com ele? – Evy pediu.

- É mãe, da um jeitinho. – Cici falou e concordei. Elas nem tinha nada com ninguém ainda né, e eu tenho quase certeza que esses meninos não iriam querer namoradas assim tão calmas, e com os pais tão exigentes e formais, a menos que eles realmente estejam gostando delas.

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- Isso é um absurdo Bella. – Edward falou frustrado. – Não acredito que permitiu isso. – ele falou me olhando ainda frustrado.

- Edward não entende, é melhor tê-las por perto. – falei e ele me olhou com os olhos tristes. – Prefere que elas façam isso, escondidas por ai?

- Claro que não. – ele disse por fim e fui até ele. Estávamos em casa e Emmett levou os sobrinhos para o cinema da cidade vizinha. – Eu também não as quero namorando. – falei derrotada. – Elas são novas demais, para algo tão mais sério. Mas o que podemos fazer?

- Proibi-las e pronto. – ele deu a ideia e eu o beijei, sabia que já estava ganho.

- Amor, elas nem sabem se eles querem namorar. – falei e ele agarrou minha cintura. – Elas estão apenas apaixonadas.

- E se eles quiserem? – ele perguntou beijando meu pescoço e descendo seus beijos quentes pelo vão de meus seios.

- Teremos que aceitar. – falei e suspirei ao senti-lo beijando o pouco de meu seio que estava exposto. – Mas claro que será do nosso jeito. – falei e agarrei seus cabelos o fazendo aprofundar suas caricias ali.

- Tudo bem. – ele finalizou e afastou completamente o roupão de seda que eu usava. Estava apenas com ele e logo senti suas mãos desamarrarem o laço mal feito que eu tinha dado a pouco tempo.

Edward me levantou e me fez prender as pernas em sua cintura de modo que meu sexo que já estava muito molhado tocasse seu membro que estava bastante excitado dentro de um calção de seda, com que ele costumava dormir aqui em casa.

Eu já podia sentir o liquido que escorria dele também, ou será meu? Sinceramente eu não sabia responder. Todos os meus pensamentos se perderam assim que ele me prendeu em seus braços e me prensou na parede próxima a nossa cama, e tocou com os dedos minha intimidade.

Automaticamente rebolei sob ele e Edward devorou minha boca, me deixando escorregar por seu corpo e pousei meus pés no chão. Ele me puxou pela mão sem quebrar o nosso contato visual, primeiramente ele sentou na cama e me puxou para ele, me fazendo ficar de frente para ele, espalhou beijos pelos meus seios, depois desceu pela minha barriga e finalmente se ajoelhou e alcançou meu sexo.

Ele estava me levando ao céu, com seus dedos e sua língua, que descobria me dar um prazer que nunca experimentei na vida. Eu apertava minhas mãos em sua cabeça, eu gemia e sentia cada vez mais prazer e Edward fazia questão de aprofundar ainda mais naquele lugar.

Ele se ergueu e me puxou para a cama, me deitou e depois veio para cima de mim, beijando meus lábios e meu queixo, para depois sussurrar palavras de amor, desejo e paixão em meu ouvido. Ao senti-lo me preenchendo mordi os lábios com um pouco de força e gemi por entre os lábios, depois disso só podiam-se ouvir os sons que nossos corpos faziam e os sons do nosso prazer que saiam por nossos lábios.

Aquele era o lugar certo pra mim, estar nos braços de Edward me completava. Ele me amava me fazia mulher, sua mulher, o mundo podia estar caindo lá fora que nós não saberíamos. Estávamos no nosso lugar perfeito, apesar de que posso afirmar que o lugar pouco importava tanto para mim quanto para ele. Só de estar um nos braços do outro já valia. E isso fluía por todos os nossos poros.