Ester ajudou Safia com tudo que ela precisaria em nossa viagem, apesar de ser jovem Safia se mostrava muito segura, durante nossa viagem há vi ler livros sobre artes, isso me deixava bastante intrigado, mas decidi não me importar, mal pronunciamos algumas palavras, as horas pareciam cruéis comigo, apesar de fazermos nossa viagem em um jato particular com todas as regalias possíveis, sempre me sinto incomodado em viajar de avião, enquanto tentava dormir, senti um corpo se debruçar sob o meu Safia parecia dormir profundamente, seu perfume e o calor do seu corpo me anestesiou fazendo meu corpo relaxar e o sono chegar:

- Esta cansada?

- Um pouco, o voo foi longo, mas ainda assim estou bem! – ela sorriu mostrando-me que estava bem.

- Ser jovem é bom! Eu estou com dores nas pernas.

- Mas o senhor é jovem – ela imediatamente colocou as mãos em seus lábios – desculpe.

- Senhor e jovem em uma frase, juntos? Isso definitivamente não combina. – gargalhei.

- Desculpe é que eu... Eu...

- Não importa, eu lhe desculpo, vamos! 

Por sorte conseguimos chegar antes do previsto e não fomos recepcionados pelo Juan, quando chegamos ao hotel, mandei que levassem Safia para meu apartamento na cobertura, não era exatamente uma casa, mas supriria qualquer necessidade, eu mesmo criei um cômodo deste em cada hotel que possuo, para mim e meus convidados, Safia ficaria bem descansaria enquanto eu iria me reunir com os outros investidores:

- Senhor Fadel sua esposa nos ligou, pedindo ara avisá-la quando chegasse ao hotel. – Olivia nossa concierge me informava sempre de tudo que acontecia dentro e fora do hotel.

- Problemas?

- Acredito que não, ela apenas estava preocupada com a viagem. – Naíma possuia um instinto protetor, eu apreciava sua preocupação.

- Esta bem, eu mesmo ligarei para ela.

- Como o senhor desejar, o senhor Juan Vardin também nos ligou, perguntando se o jantar estaria marcado para hoje.

- Claro que sim!

- E o voo? Muito cansativo? – Olivia desta vez tentava se manter educada e bem receptiva.

- Desta vez consegui dormir. – a companhia de Safia foi relaxante.  

- Com licença senhor Fadel agora eu preciso checar outros áreas do hotel, tenha um bom descanço.

Cheguei ao apartamento, Safia estava em pé de frente para janela, apreciando a vista da cidade:

- Cansada?

- Sim. – ela esfregou os braços.

- Por que não descansa?

- Não sei onde fica o meu quarto a senhora que esta aqui é francesa e eu não sei o que ela diz para mim.

- Ok, vou lhe mostrar – a levei pelos corredores – aqui esta nosso quarto.

Nosso?! – ela pigarreou.

Sim.

Mas tem mais de um quarto aqui, eu poderia ficar em algum deles. – ela gaguejou.

Safia este quarto é muito confortável, você ficará melhor aqui.

Mas... – ela parecia não entender.

Safia eu respeito você e pretendo continuar assim, não há nada de anormal em dormimos juntos, enfim mais cedo ou mais tarde você será minha. – toquei seu rosto, ela estremeceu ao meu toque.

* * *

Não aposte nisso!

Pensei estas palavras, quando senti sua mão em meu rosto, eu fugiria bem antes que ele pudesse ter alguma relação comigo, mas uma vez veio em meus pensamentos: Por que eu? E não Ranya? Badi tomou banho, vestiu-se, parecia esta cansado, mas tentou não aparentar embora seus olhos não escondesse, até eu mesma que aproveitei para dormir durante o voo, estava muito cansada e enfadada, agora que estava apenas eu e uma governanta que não falava minha lingua, mas entendia meu estômao naquele apartamento, decidi que estava na hora de tomar um banho relaxante antes de dormir, a grande banheira se é que posso chamá-la assim parecia mais uma piscina estava me chamando dizendo “venha descansar, eu sei o que fazer” usei uma mistura de óleos e sais que deixaram meu corpo perfumado, macio e limpo, depois do banho coloquei um roupão e procurei minhas roupas que já estavam no armário pois aquela senhora francesa já havia desfeito nossas malas, encontrei um dos meus pijamas que Ester me ajudou à comprar era duas peças uma calça comprida e uma camisa confeccionadas em algodão egipício, rendas e fitas tudo na cor branca, as mangas longas tinham muitos detalhes, tanto na gola quanto nos botões cor de pérola, nem parecia que eu estava me vestindo para dormir, eu estava acostumada a usar algo bem mais simples, mas Ester me disse que eu precisava usar tudo do bom e do melhor, e que até minhas roupas intimas precisavam ser a mais perfeita, compramos muitas roupas novas – apesar de eu já ter muitas que ganhei de Badi quando nos casamos – Ester me disse que o clima da França era muito frio comparado aos nossos interminantes verões e que eu precisava me proteger de resfriados, calcei meus chinelos coloquei meu robby e fui me deitar, me enrolei naquela imensa colcha e me deitei bem no cantinho daquela enorme cama lembrando que a dividiria com Badi, com sorte ele não retornaria até eu esta dormindo profundamente.

* * *

-  E sua bela e jovem esposa? – Juan piscou para mim, enquanto nos davamos as mãos.

- Ela esta descansando, o voo durou mais do que o esperado.

- É uma pena não conhecê-la dizem que ela é muito jovem. – Samantha replicou.

- Safia é meu diamante. – bruto, mas ainda era meu diamente.

- Palavras de um homem apaixonado? – Romeu Piaf tentou brincar com a situação.

O jantar durou muito mais do que deveria, mas a companhia dos meus amigos me manteram acordado, depois que nos despedimos, fui ao escritório ver como estava o turno da noite, conforme o gerente me tranquilizou fui para o meu apartamento, as luzes estavam desligadas, o silêncio ecoava pelos cômodos fui em direção ao quarto, a encontrei encolhida na cama bem na beirada, seus cabelos negros constratavam na colcha branca, abri as cortinas para que um pouco da luz que vinha de fora adentrasse e eu pudesse enxergar dentro do quarto, abri a porta do guarda-roupa e logo encontrei uma calça de seda, tirei minhas roupas ali mesmo no quarto, vesti a calça e me deitei na cama.

* * *

Eu me sentia em transe em relação ao meus sono, meus olhos estavam pesados demais, mais eu ainda conseguia sentir pequenas faícas de luzes penetrar em meus olhos, quando Ranya resolveria ir dormir?

- Ranya, desliga essa luz. – disse para ela apesar de minha voz aparentar fraqueza e rouquidão, me virei em direção oposta a luz, sentindo que havia algo mais em minha cama, eu não estava sozinha, alguém estava deitado ao meu lado – RANYA! – fui agarrada, tentei me soltar.

- Calma! – minha respiração estava descompassada, a figura de Badi aparecia diante de mim, seu cabelo bagunçado, logo dei por falta de uma camisa nele, sempre me acostumei a vê-lo vestido, agradeci por esta escuro demais para ele perceber o rubor de minhas buchechas, seu corpo parecia com uma dessas esculturas de homens do século passado que custuma ver em livros, ele parecia ter sido desenhado por mãos de uma divindade – você esta bem? Foram pesadelos?

- Não, apenas pensei esta em casa.

- Mas esta é sua casa, ou parte dela.

- Quando me referi a casa, estava pensando na casa dos meus pais.

- Sua casa, sua família, sou eu, você faz parte de mim assim como eu faço parte de você – ele me abraçou, sua mão escorregou dos meus cabelose desceu até a minha cintura onde revelava-se um pouco de pele, senti o toque de suas mãos quentes, uma carga de ondas elétricas atravessaram meu corpo me fazendo estremecer.

- Eu já estou bem, obrigado. – tentei me soltar de seu abraço, minhas tocaram seu peito, eu pude sentir os batimentos acelerados do seu coração, ele me encarou um segundo.

- Apenas mais cinco minutos. – seus olhos me impactaram, sua mão segurou firme minha nuca me deixando imóvel, eu senti sua respiração mais próximo a minha, ele estava prestes a me beijar e eu não poderia evitar, eu senti pânico segundos antes de seus lábios tocarem os meus, me fazendo esquecer até meu nome, isso tudo parecia errado, mas meu corpo não reagia ao meu favor, eu estava envenenada por aquela carícia, eu apenas acompanhava seus movimentos, não havia reação, nem mesmo quando suas mãos passeavam pelos botões do meu pijama desbotoando as primeiras cinco fileiras, ele afostou o tecido expondo parte do meu ombro seus lábios se dirigiam ao meu pescoço, não pude evitar gemer quando senti seus dentes mordiscar gentilmente minha pele, tudo isso ainda era errado, mas eu não conseguia me esforçar e me ver livre daquela situação, eu estava gostando?! Ele se deitou sob mim, foi quando minha alma com o pouco de inocência que lhe restava resolveu opor-se diante de meu corpo que já havia perdido a batalha:

- Eu não estou pronta, seguir em frente significa o não cumprimento da lei. – seu corpo congelou diante das minhas palavras.

- Esperar... – ele disse tentando convencer a si mesmo – eu esperarei! – ele se sentou de costas para mim.

- Se você tivesse se casado com Ranya não seria preciso esperar. – ele me encarou e sorriu sarcásticamente.

- Eu fiz a escolha certa, isso que aconteceu apenas prova que eu não estou errado, eu estarei disposto a esperar por cada minuto.

- Talvez dure muito mais do que simples minutos.

- Não importa, estou em contagem regressiva, você vai ser minha a qualquer momento.

- Levar uma surra pára mim seria menos torturante.

- Nem você mesma acredita no que diz – ele se aproximou me segurando pela cintura, ele observou mais uma vez meu corpo agora exposto pelos botões abertos, seus olhos me encararam como um animal que avalia sua presa, sua lingua percorreu o desenho dos meus lábios, umedecendo-os e instantâneamente me fazer abrir um pouco mais minha boca para receber mais um beijo caloroso – eu disse – ele me soltou e saiu da cama, e consequêntemente do quarto, deixando meu corpo fervendo, sentindo cada toque, cada carícia do seu corpo junto ao meu e me amaldiçoando por responder a cada  um deles.