1 SEMANA ANTES

    Eu sentia meu corpo se deformar aos poucos, perdi minha filha, a única pessoa com quem podia contar, meu marido me ajudava em muito mas mesmo assim sentia falta da minha filha, tentei engravidar muitas vezes mas nunca consegui terminar a gravidez, fiquei grávida quando tinha 22 anos, era uma menina. Eu e Charlie estávamos radiante por sua chegada, eu já estava com 6 meses de grávida quando a perdi. Entrei em depressão profunda e como sempre Charlie ficou do meu lado, foi então que encontramos Isabella, me apaixonei pela aquela menina de olhos cor de chocolate.

Demos um jeito de adota-la, eu e Charlie fizemos o acordo de nunca falarmos que ela era adotada, eu sorria em lembrar, ter aquela menininha no meu colo e cuidar dela como se fosse minha filha era uma sensação brilhante. Mas de uns dias para cá minha vida desmoronou, Isabella descobriu que era adotada e desde então nos abandonou. Comecei a arrumar a casa da minha patroa mas o rosto da minha filha ainda estava na minha mente. Limpei toda a casa quando senti uma forte dor na cabeça, depois não vi mais nada. Apenas apaguei.

Hoje

      Minha filha viria me visitar hoje, ela tem me apoiado desde quando descobriu que eu estava aqui, eu me sentia melhor por esses dias pois ela sempre me apoiava, havia me perdoado por não ter falado que ela era minha filha de verdade, mas agora me perdoou. Me levantei sorrindo da cama para me arrumar para vê-la, me pus na frente do espelho, eu estava mais magra do que o normal, talvez por não está comendo direito, eu estava vendo meu apetite evaporar, minha mente não estava tão boa quanto antes, era estranho, eu não estava mais sentindo o cheiro das coisas, como se eu estivesse gripada, me dirigi ao banheiro e tomei um banho rápido lavando meu cabelo com shampoo, assim que sai peguei a escova e comecei a penteá-lo.

Troquei de roupa  e me deitei na cama.

PDV BELLA

      Me arrumei rapidamente, peguei o meu vestido preto favorito e vesti, prendi meu cabelo em um rabo de cavalo um pouco desarrumado e me dirigi ao hospital, peguei um táxi e sai em frente do hospital, assim que sai vi Alice mas fingi que não tinha visto.

- Ei Bella, Espere. – ela gritou e eu parei.

- O que você quer? – perguntei.

- Quero que você fale com a mamãe, ela está ficando mal por sua causa, o papai também, você precisa resolver isso.

- Vou falar com ela Ok? Só deixe-me resolver os problemas da minha mãe. – falei suspirando.

- Obrigada. – ela falou sorrindo.

- O que faz aqui? – perguntei.

- Estou vindo visitar meu irmão, o Edward.

- O que aconteceu com ele?

- Sofreu um acidente de carro, mas está tudo bem, já está acordado e falando. – disse ela sorrindo e percebi que mesmo o irmão sendo um ignorante com ela, ela o amava.

- Mande lembranças para ele. – sorri – Agora preciso ir.

- Tudo bem,  qualquer coisa pode falar comigo.

PDV EDWARD

     Estava no quarto e meu pai apareceu sorrindo na porta.

- Soube que acordou.

- Alice já foi te falar? – perguntei brincando.

- Como está se sentindo? – perguntou ele se aproximando de mim.

- Acho que estou bem. – falei suspirando.

- Está sentindo dor? – falou ele vendo minha pressão.

- Só meu braço. Dói um pouco. – sussurrei.

- Normal.  Vou pegar alguns analgésicos.

- Tudo bem.

Meu pai estava saindo quando resolvi falar.

- Não estou sentindo minha perna. – ele olhou para mim chocado.

PDV BELLA

- Como está se sentindo? – perguntei entrando no quarto sorrindo.

- Estou melhor, só minha cabeça que dói um pouco.

- Acho que é normal, vou chamar a enfermeira para ver isso. – me aproximei da minha mãe e beijei seu rosto, abri minha bolsa e tirei um pequeno embrulho dela. – Feliz aniversário.

- Você lembrou. – ela falou surpresa.

- Você acha que eu iria esquecer? – minha mãe sentou-se na cama pegando o presente abriu e deu um sorriso gigante.

- Gostou?

- A-M-E-I. – ela falou e eu ri baixinho.

- Que bom que gostou. Agora vou chamar o médico, já volto. – falei saindo do quarto.

PDV EDWARD

- Você tem certeza disso Edward? – perguntou meu pai mais uma vez.

- Tenho, eu não consigo movê-las. – sussurrei.

- Vamos fazer os exames. Você ficará bem. – meu pai falou como se fosse para ele mesmo.

- Espero. – falei baixinho.