Let It Burn escrita por Gorski


Capítulo 30
Capítulo 29; Maracujá, Limão e Mini ataques


Notas iniciais do capítulo

O nome do capítulo inteiro: Alho, Sorvete, Maracujá, Limão e Mini ataques cardíacos *-*

ditte_glabes; KK é dificil ter essa fama u_u mas você é metal puro, ignora KKKKK

Naty_Meendes; Agradeço sim u_u RUM KKK

RosalieHalle; Também achei muito engraçado ela falando das unhas, achei que pra toda essa história (de tantos anos) que os dois tem juntos, tinha que começar tudo de uma maneira meio inesperada. *-*

bashadows; FELIZ DIA DO AMIGO ♥3 KK nha quando você tiver crédito a gente fala sobre os garotos, aaa você é tão Val, quando comecei a escrever o capitulo sobre o Shadows e tal lembrei de você *-* AA



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;JAMES SULLIVAN;

            Era quarta feira e eu já contava os dias nos dedo para não ter mais que vir ao colégio. Me apoiei no portão do colégio e olhei as multidão de grupos que se formavam nas beiradas do muro do colégio, os alunos esperando o sinal tocar. Fiquei encostado ali até que vi Leana cruzar a esquina com as mesmas botas pretas de fivelas prateadas, que usara na segunda feira quando a vi no hospital. A mochila estava no ombro, caída e ela havia tingido os cabelos de preto. Não sei se era para acompanhar a visão Rock da banda, mas havia ficado linda. Sou suspeito para dizer isto é claro, mas não tinha duvidas de que ela ficaria linda com o cabelo da cor que fosse.

- Eu pareço uma puta? – Perguntou ela se inclinando para me dar um selinho.

- Do que esta falando? – Perguntei em resposta. Ela fez uma careta, como se quisesse logo a resposta e não mais perguntas.

- Uns caras na rua, me chamaram de puta. – Disse ela, em tom sério. – eles me ofereceram dinheiro, como se eu realmente fosse puta.

- Não tem que ligar para esses idiotas. – Tentei manter o tom de voz calmo, para não deixá-la mais nervosa. – vou quebrar a cara deles.

- É que eu acho que a maneira como eu me visto... – Ela olhou para seu jeans preto apertado que definia parte das suas curvas, e então para as botas cano alto. – ou é esse maldito cabelo preto!

- Não. – Falei puxando-a pela entrada do cinto na calça jeans. – você ta linda assim.

- Quer dizer que não gostava do meu cabelo natural? – Semicerrando os olhos seus lábios se tornaram ameaçadores, em um bico.

- Não Lea, você é linda de qualquer jeito.

- Oi gente. – Escutamos Val falar atrás de nós. Quando me virei dei de cara com Shadows, ele me encara com sua expressão comum de... Shadows. Não havia vestígios de que estivesse com raiva de mim ou querendo tentar me matar. E pela primeira vez cogitou a idéia de que fossemos mesmo melhores amigos, ou sei lá... Algo do tipo.

- Oi Val. – Lea sorriu a ela e balançou os cabelos negros cacheados a fim de mostrar o que havia feito. – estou parecendo uma puta?

- Não. – Val gargalhou.

- Ela esta perguntando isso pra todo mundo hoje. – Falei voltando a encará-la.

- Shad estou parecendo uma puta?

- Não Lea. – Disse ele gentilmente.

- O fato de você perguntar isso tantas vezes, esta fazendo com que você mesma ache que esteja parecendo uma. – Falei em um tom tão hostil que ela não perguntou mais. Meu anão favorito estava cruzando a rua com dois copos de café nas mãos, e um cigarro aceso entre os dedos.

- Aqui grandão. – Disse ele me entregando o café e cumprimentando Lea, Shadows e Val. – eu tenho uma coisa pra falar pra vocês.

- O que? – Perguntei tomando um gole do café e dando-o para Lea.

- Descobri que meu pai é muito amigo de um cara que tem um desses bares que rola jantar a noite, e gente esnobe. Acho que tem como enfiar o Avenged lá pra tocar. – Disse todo eufórico esfregando as mãos e inspirando a fumaça do cigarro.

            Zacky atravessou a rua e deu um tapa nas costas de Johnny.

- Eae gente boa. – Disse sorridente, tomando o cigarro da mão do anão e dando um trago. Deu pra perceber que agora todos eram amigos? Tá, deu sim. – o que ta rolando?

- Johnny descolou um lugar pra gente tocar. – Disse Shadows, não parecendo tão eufórico quanto achei que fosse ficar. – mas sei lá, é um lugar esnobe... Tínhamos que procurar um lugar onde tenha publico jovem, é esse publico que o Metal atinge.

- Eu sei... – O anão pareceu desapontado. – só achei que seria legal pelo fato de ter gente importante, alguém pode gostar da música.

- Podíamos ir até esse lugar. Cantar uma das nossas melhores musicas, Warmeness the soul. – Falei. – ela é suave, tem uma batida boa, e seria uma boa para demonstrar como somos bons nisso. Então se alguém curtisse, e por sorte acharmos um produtor, podemos mostrar o trabalho na integra... Tudo, o rock metal, e tudo o mais.

- Verdade. – Val disse assentindo. – o que vocês tem a perder se apresentando para gente velha?

- As vezes podem ter sorte como disse o Jimmy, e encontrar alguém que realmente goste e que possa passar a música de vocês adiante. – Leana disse olhando para Shadows.

- Por mim tudo bem. Não importa pra que publico seja, eu não vejo a hora de tocar... – Zacky abriu um sorriso sincero.

- Podemos pensar nisso. Alguém ligue para o Brian e para o Matt, vamos nos reunir no sábado na casa do Zacky. – Shadows se espreguiçou. – e podemos conversar sobre.

- E eu... – Johnny engoliu em seco. – eu posso aparecer?

            Shadows riu.

- Johnny você faz parte da banda. Não toca. Mas faz parte. Apareça lá também. – Shadows deu um tapa incentivador no ombro de Johnny, o que lhe fez ficar radiante. – alguém liga para o Brian e o Matt?

- Eu posso falar com o Brian. – Falei, me sentindo estranho, por que na minha cabeça já parecia que Brian não era Brian. Brian era Synyster. Mas ninguém entenderia, então...

- Então eu ligo para o Matt. – Zacky coçou a nuca.

            O sinal tocou. E todos foram para suas respectivas salas. Johnny me acompanhou pelos corredores com as mãos no bolso, um sorriso tão gigante no rosto que não parecia vir dele.

- Ah cara que máximo. – Disse com os pequenos olhos negros brilhando.

- Pare de sonhar acordado, vem. – Puxei ele pra sala e lá ficamos fazendo planos por boas três aulas seguidas, descemos para o intervalo. Johnny tirou um frasco de dentro do bolso de alho moído.

- Que diabos é isso? – Perguntei sem entender. Ele abriu o pote, e no mesmo segundo o cheiro de alho vencido me invadiu. Ele bateu a tampa no corrimão da escadaria, e vi aquele alho moído escorrendo até a ponta do corrimão.

- Olha se ninguém ta olhando. – disse ele com urgência, batendo o pote contra o outro lado do corrimão. Fiquei de olho enquanto ele fazia aquilo até que descemos para o pátio. O cheiro de alho já havia empesteado o colégio inteiro quando o intervalo havia acabo. Eu e Johnny nos juntamos para jogar o pote vazio no terreno baldio atrás do colégio. Sentir aquele cheiro dominar tudo me trouxe lembranças da infância e logo me vi relembrando cinco ou quatro anos atrás...

 Há três ou quatro anos atrás

- Cara que cheiro horrível. – Sombra girou a cabeça abanando o ar em frente ao rosto, aquilo me fez rir.

- Porra olha em volta pra ninguém pegar a gente. – Falei a ele, Sombra obedeceu. Abri a tampa do pote e com ajuda da colher fui ateando tempero de alho em todo o corrimão, mas maçanetas das portas das salas e em parte das paredes.

- Jogue nas fechaduras das janelas. – Incentivou Sombra. – ali Gigante.

            Segui sua linha de visão, e encontrei as maçanetas das janelas. Sombra veio fechando as janelas do corredor inteiro, e eu passando alho nas maçanetas.

- Acho que ouvi alguém. – Ele disse encarando atrás de nós, estava nas pontas dos pés e seus olhos verdes estavam pousados em mim com urgência. – vamos sair correndo?

- Calma... – Falei jogando o pote de alho pra trás e puxando Sombra pela mão. Descemos as escadas correndo e sumimos de vista, entrando no meio da multidão do terceiro ano que estava em intervalo. Estávamos matando a aula de Ed. Física, e pelo canto do olho vi nossa turma correndo feito uma manada em volta da quadra poliesportiva. Me arrastei por entre um grupo de gente engraçada que fumava durante o intervalo e tomava café ao mesmo tempo, e empurrei Sombra para o banheiro masculino. Onde nos sentamos no chão frio e começamos a respirar rápido e rir ao mesmo tempo.

- Cara, vão matar a gente. – Disse ele secando o suor da testa, um sorriso no rosto. – a escola inteira vai cheirar a alho!

- Acho que vão nos mandar pra casa. – Falei abrindo um sorriso, a idéia me alegrava. – podemos tomar sorvete.

- Hm, eu vou querer de limão. – Sombra disse. – e você?

- Sei lá... Macarujá. Estou precisando acalmar os ânimos. – Falei e ele riu.

- Maracujá e Limão.

- Isso. – Assenti.

- Pode ser. – Concordou Sombra. Sombra era o apelido que eu havia dado a algum tempo a Matthew Sanders. Éramos amigos a mais de um ano e sempre estávamos juntos nas roubadas. Ele me encarou, seu peito se estufando de ar e se esvaziando. – como vamos voltar pra aula?

- Não sei. – Parei pra pensar. Sombra fez uma careta, sinal de que estava pensando também.

- Podemos dar a volta atrás da cantina, correr por entre aqueles grupos de adolescentes. Se formos rápidos, entramos no meio da nossa turma e fingimos estar dando as voltas que o professor sempre pede no inicio da aula. – Disse Sombra erguendo os olhos pra mim. Sombra era sempre o cérebro entre nós dois. Eu tinha o gênio bom para fazer merda, tinha idéias incríveis para atazanar a vida dos outros, e fazer Sombra rir. Ele tinha as ótimas idéias para nos tirar do aperto.

- Vamos. – Ergui-me. E estendi a mão para ajudá-lo a se levantar. Conforme o plano, andamos pelos grupos como se não estivéssemos perdidos, passamos por trás da cantina e corremos para entrar no meio da nossa classe que ainda estava correndo as voltas pela quadra. Mas quando estávamos prestes a entrar, o professor nos parou. Sombra no mesmo instante puxou-me para perto e apoiou o braço em volta do meu ombro, sua expressão atenta demonstrando que ele já tinha um novo plano para nos tirar da roubada.

- O que você Sullivan e você Sanders, estavam fazendo fora do grupo? – Perguntou o professor nos encarando atentamente. – matando aula?

- Desculpe professor. – Sombra disse, a voz arrastada, como se estivesse sentindo dor. – eu cai durante as primeiras voltas e estava sentindo uma fisgada muito forte no peito, como se eu estivesse tendo um mini ataque cardíaco.

            Mini ataque cardíaco?

            O professor riu.

- Oh Sanders, por que não me procurou? Mini ataques cardíacos matam sabia? – Brincou ele passando o braço se Sombra pela sua cintura e ajudando-o a andar. – esta se sentindo melhor?

- Estou sim, o James me levou à enfermaria... – Ele foi mancando ao lado do professor como se tivesse sentindo mesmo dor, virou-se pra trás e por sobre o ombro e piscou pra mim. Caminhei atrás dele e ficamos o restante da aula de Ed. Física inteira sentados no banco. O professor disse que se Sombra sentisse novamente aquela fisgada pré mini ataque cardíaco, era para que eu o levasse a enfermaria correndo. Sentados ali começamos a rir e a comentar como o plano havia dado certo. Minutos depois ouviu-se um guincho de nojo em uníssono. A escola inteira estava reclamando do fedor que havia se espalhado pelos corredores do primeiro e do segundo andar. Ninguém conseguia transitar, abrir as portas ou as janelas. E então fomos suspensos das aulas. A diretora jurou que iria encontrar os responsáveis pela brincadeira através das câmeras de segurança. Mas mesmo não sendo o cérebro inocente da equipe, eu sabia tanto quanto Sombra que as câmeras não funcionavam.

- Eu juro! – Gritou a diretora com raiva no microfone, fazendo todo mundo tapar os ouvidos pelo som que o microfone produziu. – vou encontrar o responsável e puni-lo!

            Eu olhei pra Sombra, ele abriu um sorriso pra mim. No inicio ficamos meio com receio de que fossem nos pegar... Mas não pegaram. Ninguém nunca descobriu que nós tínhamos causado aquela alvoroço todo. 

- Vamos Gigante, tem sorvete nos esperando. – Ele sorriu.

 ...

Então Denise, a tia do uniforme, trancou as portas que davam acesso às salas com o nariz tapado com uma das mãos.

- O que estão fazendo? – Perguntou Shadows a mim.

- Interditando. – Disse eu. – acho que... Eles estão tendo problemas com temperos.

- O que? – Perguntou Val e Mich ao mesmo tempo. Mich não costumava andar com a gente, por que tinha sua própria turma, mas algumas vezes se juntava a nos para bater um papo.

            Fiquei olhando pra Denise e me recordei daquele dia no corredor, quando ela me pegou com Leana... Se atracando no corredor. Ela bateu palmas tentando chamar atenção dos alunos.

- Gente, alguém passou creme de alho podre nos corrimões, e o cheiro esta insuportável... – Disse ela gritando com o tanto de voz que tinha. – a diretora vai descer aqui, e conversar com vocês.

            Todos ficaram encarando-a, até que ela deu as costas e desapareceu. Um minuto depois todos estavam falando ao mesmo tempo, Johnny começou a rir. Shadows me encarou rapidamente, em seus olhos verdes vi o choque, os mesmos olhos verdes que haviam me fitado no dia em que nós dois havíamos pregado aquela peça na escola inteira. Ele soltou uma lufada de ar, relembrando. Então piscando varias vezes, tomando visão novamente ele me encarou, um sorriso brotou em sua face bronzeada e lembrei que aquele era o Sombra.

- Caralho... – Balbuciou Shadows. – não acredito velho, me sinto cinco anos mais jovem.

            Comecei a rir, sentindo-me feliz por ter Shadows novamente. Ele se espreguiçou.

- Vamos ser liberados mais cedo... – Ele piscou pra mim. – alguém quer tomar sorvete depois da aula?

- Eu vou querer. – Ergui a mão.

- Hm, eu vou querer de limão. – Shadows me disse. Um dejavú cortando a manhã. Era como se estivéssemos cinco anos mais jovens, mesmo, mas apenas eu e Shadows estávamos mais jovens. Os outros ficaram olhando aquela cena como espectadores de um filme. – e você?

- Hm... Sei lá... Macarujá. – Falei e ele gargalhou.

- Esta precisando acalmar os ânimos? – Perguntou.

- Exatamente. – Assenti. – Macacujá e Limão.

- Isso. – Ele passou o braço em volta do meu ombro. Cinco minutos depois, pegamos nossos materiais. Fomos liberados por conta do cheiro horrível de alho. O sol estava brilhando intensamente com uma bola de fogo pendurava no meio do nada. Um dia ótimo pra tomar sorvete. Leana estava eufórica para sair do colégio, e me obrigou a lhe contar todos os detalhes depois sobre o que eu e Johnny havíamos aprontado. E todos nós saímos juntos. Eu, Shadows, Johnny, Zacky, Val, Leana, Mich. E Brian que estava no portão nos esperando.

- Vamos Gigante, tem sorvete nos esperando. – Shadows disse me puxando.


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Notas finais do capítulo

Esse foi mais um dos meus capítulos prediletos, por causa do flashback KKKKKKKKKKKK -q quando eles eram pequenos, e eu amei



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