Let It Burn escrita por Gorski


Capítulo 1
Prólogo;


Notas iniciais do capítulo

Eu quis imaginar como seria o inicio da banda, e como eles se tornariam tão importantes uns para os outros. É claro que nem tudo que escrevo faz muito sentido com a verdadeira história, mas espero que gostem



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Residência da família Sullivan; Um dos quartos de hospedes.


Por mais nervoso que eu pudesse estar não quebrei nenhum objeto caro e nenhum dos moveis da mobilia dos meus pais, por que de certo modo era isso que eles desejavam que eu fizesse. Eles adoravam me punir, com motivo ou sem ele. Ronnie estava fumando um cigarro de menta no canto do quarto, o mais próximo da janela e mais distante da porta. Pedi que ele não incediasse nada como quase fizera da última vez, e sobretudo implorei que não deixasse rastros de cigarro ou garrafas de Heineken no quarto; ele não se importava com as regras que eu impunha, então não ligava para meu olhar nervoso depositado em seus ombros.

- Relaxa James. - Foi tudo que ele disse, de forma lenta e preguiçosa. - seus pais irão arrumar uma forma de chicoteá-lo de qualquer maneira, independente de eu botar fogo nas cortinas ou derramar cerveja no carpete.

- Eu estou pouco me fudendo pra opinião deles Ron. - Falei. - só não quero que você faça sujeira aqui, depois eles me mandam limpar.

- OK, OK. Alguma vez eu já te decepcionei? Alguma vez eu... - Suas palavras foram interrompidas pelo tinindo da garrafa de vidro caindo no chão, e derramando cerveja no carpete. - opa, foi mal cara.

Eu juro que tentei me controlar. Na maior parte do tempo eu sou eu mesmo: explosivo, ignorante e sarcástico. Sério, com o passar do tempo você mesmo não aguentará mais um minuto perto de mim. Mas naquele segundo, meu sangue ferveu até dentro dos ossos, e eu não pude ignorar a vontade que se esgueirou por dentro de mim de esganá-lo. Quando notei, embora um pouco tarde, minhas mãos já estavam fechadas em volta do pescoço de Ronnie. 

Não leve a mal meu temperamento um pouco doentio, eu venho me tornando uma pessoa ruim desde que comecei a andar com a galera de Ronnie, mesmo ele sendo meu melhor amigo, eu ainda tenho vontade de matá-lo as vezes.

- Por favor Ja-James... - Gaguejou Ronnie com a voz engasgada. - me solte-te cara, por fa-favor...

Eu o soltei. Ronnie me encarou atordoado por alguns segundos, após isso passou por mim sem dizer mais nenhuma palavra e bateu a porta atrás de si. Eu o vi atravessar o jardim da frente resmugando algo e sumindo de vista na esquina. Bem, eu me sentia mal agora... Não por ter perco o controle, e nem por ser bipolar (que eu sei bem que sou), mas por ter quase certeza de que havia perco meu único melhor amigo, nesse exato segundo.

- Você é impulssivo, agressivo, desmiolado e problemático! - Gritou minha mãe depois de ter me encontrado fumando dentro do quarto, com garrafas de Heinekein vazias; cujo quem havia as tomado teria sido Ronnie... Mas isso não mudava o fato de eu ainda estar sentado perto das cortinas fumando um cigarro de menta. Eu não costumava fumar, mesmo por que odiava cheiro de cigarro. Só que tinha momentos que eu fazia isso por passatempo, ou por que, eu precisava esquecer os problemas e concentrar no problema futuro: um possível câncer de pulmão, em tanto fumar quando estava nervoso. 

- Você está dizendo que eu sou tudo isso? Já pensou em fazer uma auto analise, mãe? - Perguntei com sarcasmo. Seu rosto ficou em chamas. 

- Calado! E ainda é desrespeitoso! Não quero mais que você ande com esse bando de delinqüentes, quero que você suma da minha frente seu marginal! Saia daqui agora! Que vergonha... Que vergonha para a familia! - Berrou ela com as mãos para o alto. Sra. Sullivan, aquela era minha mãe; Sempre preocupada com a imagem da familia, e nenhum pouco preocupada com os sentimentos de um filho que era chamado na mesma frase de: marginal, desrespeitoso, agressivo, impulsivo, desmiolado e problemático. 

Fechei os olhos, para não atacá-la como fiz com Ronnie. E me virando para sair dali antes de pegar o primeiro objeto próximo e atirar na cabeça dela ou algo assim, caminhei lentamente até as escadarias quando o telefone tocou. Soltei um suspiro alto e o peguei em cima da mesa de vidro, querendo usá-lo como arma. 

- O quê foi? - Berrei sem medir esforços para ser, agora, agressivo. 

- Oi, desculpe... É que... Bem, é o James Sullivan? - Era uma voz suave, que eu nunca tinha escutado antes por sinal. 

- Não. - O sarcasmo controlou minha voz.

- você liga na minha casa, e não sabe quem é.

- Desculpe por ser educada. Mas enfim, Ronnie me passou este número e disse que eu poderia começar a me entrosar com o pessoal da galera com você. Porém, percebi que você é não é bem quem ele disse que fosse. - Ela estava com raiva, mas eu não conseguia sentir a tensão e a ignorância cortar sua voz maravilhosa e delicada.

- O que ele falou sobre mim?- Que era o melhor amigo dele. - Respondeu ela como se fosse óbvio. - você é mesmo James Sullivan?

- Sou. E você quem é? - Quis saber.

- Leana. Leana Silver. Sou prima do Ronnie. - Bem, eu não tinha um motivo especifico para querer nunca mais esquecer daquele nome. Embora, eu fosse problemático como minha mãe disse, eu não queria de fato ser problemática para ela. Ainda não sabia o motivo de tudo isso... Nem por que eu queria agradar uma pessoa que nunca tinha visto na vida. Mas quis memorizar o nome dela, como nunca quis memorizar outro nome antes na vida. 

- Leana... - Falei tornando o tom de voz mais brando. - desculpe, eu fui um pouco grosso com você. Eu não sei se faço mais parte da galera... Talvez não faça mais.

- Desculpas aceita. - Eu senti que ela sorriu. - hm, não faz mais parte da galera?

- Não sei. Mas hoje a noite todos nós iremos nos reunir para... Dar uma volta. Sabe como é, seria a oportunidade perfeita de você entrar no meio do grupo.

- Ótimo! - Disse ela eufórica. - me dê o endereço, que eu encontro vocês lá.

- Não... Me dê você o endereço da sua casa... Eu vou buscá-la. - Eu era realmente uma pessoa ruim, era chato, ignorante, mal-educado... Mas... Eu ainda era um Sullivan, ainda era o James, ainda era um homem, e ainda tinha lábia. 


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