Garota Americana escrita por Natii_C


Capítulo 14
Capítulo 14 - Castigo


Notas iniciais do capítulo

Demoreii muitooooooo pra postar, eu seii .
Miil desculpaas, mas agora tá ai .
Capitulo novinho !
Amanhãa tem maiis , mto mais
;) beijos e boa leitura , galeriinha !



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Realmente não dava pra acreditar que aquilo estava mesmo acontecendo e logo comigo.

Sério mesmo. Ainda me lembro daquela cena com toda perfeição. Os sons, os carinhos... Tudo, tudo mesmo.

E o tanto que isso dóia! Eu já tinha vivido de tudo nessa vida, tantas dores, tantos problemas, só que nada se comparava ao tupor que estava sentindo agora.

Traição. Toda vez que eu pensava nessa palavra, dava uma vontade enorme de desaparecer, morrer, se fosse possível. Tenho toda certeza de que se eu fizesse isso que estava pensando, ninguém ia sentir minha falta. Ou então isso era só coisa de momento. Dor de corna, como muitos pensam.

Caramba! Como eu estou dramática!

-Jacob! Seu desgraçado! Filho de uma p...! - eu peguei uma almofada que estava jogada no canto do quarto e comecei a bater nele. Na verdade, eu devia era ter batido nos dois: Esme e Jacob. Ali, nenhum ou outro tinha mais culpa. Havia um empate entre os dois e um empasse entre eu e aqueles dois sem vergonhas.

-Bella, pare já com isso! - Esme ergueu seu tom de voz. Há! Aquilo já era demais! Ela estava caçando briga comigo e eu iria dar o que ela tanto pedia.

-Olhe aqui, sua desgraçada! Você não é ninguém para ficar gritando comigo desse jeito. Você que é a errada da história, Esme! - Quer saber, eu não vou ficar aqui, perdendo meu tempo precioso com vocês dois. Tenho mais o que fazer, se querem saber.

Sai dali pisando forte. Não aguentava mais sequer olhar para a cara dos dois. Eu tinha nojo. Sim! Nojo! Muito nojo mesmo! E eu que pensava que isso nunca iria acontecer comigo, que esse lance de traição era só coisa de filme, novela ou então filme.

Na verdade, eu acho que todo mundo, homem ou mulher, pensaria ou pensa que nem estando numa situação dessas.

Voltei para trás e ainda tive coragem de jogar uma coisa na cara de Jacob:

-Ah, Jacob. Só pra você não se esquecer: isso ainda vai ter volta. Quando, eu não sei. Mas vai ter volta, sim. Você pode contar com minha vingança.

Falei tudo o que eu queria falar, apesar de ter visto o que eu não queria ter visto. Mas, apesar de tudo, no fundo, bem no fundo mesmo, eu me sentia aliviada.

Pelo menos, no dia seguinte, assim que todos da cidade soubessem (certeza de que a notícia ia correr rápido em Forks, que, além de ser um buraco no fim do mundo, ainda por cima era pequena demais. Então, você já deve imaginar como são as coisas numa cidade pequena: antes mesmo de você fazer algo, as pessoas já sabem o que você pensava em fazer ), eu não ia pagar uma de coitadinha. Certamente, no outro dia, ou seja, amanha, as pessoas saberiam de tudo: tanto a versão de Jacob e Esme como a minha. Só dependia de cada um em qual de nós acreditar.

Entrei no carro. Torci a chave.

-Merda! - gritei comigo mesma, batendo as mãos contra o volante.

Cara, aquilo só podia ser uma brincadeira do destino comigo. E uma brincadeira de muito mal gosto, diga-se de passagem. Tentei mais uma vez e ... Nada! O carro não ligava.

O jeito, então, foi sair de dentro do carro e ver o que estava acontecendo do lado de fora. Ou melhor, com o motor.

Talvez você esteja imaginando aí o que você faria numa situação dessas, sem conhecimento algum sobre carros e suas ''manhas''. Pois bem, para minha sorte - ou azar, não sei - eu tinha aprendido algumas dessas ''manhas'' com Jacob. Aí, está vendo o motivo de eu ter dito que saber sobre motores de carros era uma azar e tanto !

Tinha prometido a mim mesma que iria esquecer Jacob e tudo o que eu tinha descoberto hoje. Então, isso quer dizer que já estava mais do que na hora de eu colocar a minha promessa em prática.

Resolvi deixar isso para mais tarde. Estava preocupada mesmo era em concertar aquele carro e ir logo embora. Precisava de pelo menos 12 horas de sono. Sério mesmo! Hoje foi um dia e tanto.

Abri o capô do carro. Do nada, começou a sair uma fumaça cinzenta do motor. Se eu já estava com a cabeça doendo, agora é que a dor era quase insuportável. Aquela fumacinha era sinal de que a coisa não estava nada boa.

Sem nem ao menos pensar, coloquei a minha mão numa espécie de tanque de água que havia ali dentro.

-Merda! - gritei alto. Bem, para ser mais sincera, berrei.

Uma bolha enorme se formou no meu dedo indicador e o que vinha em seguida. Ardia. Corri pra dentro do carro novamente, dessa vez para ver se achava uma garrafa de água ou algo do tipo. Desde que tivesse água para aliviar a dor e ardência, já estava de bom tamanho.

Caramba! Doía tanto que eu mal dei conta de abrir a porta do carro. O jeito foi ter que abrir com a outra mão e eu não era canhota! Poxa! O que mais de ruim podia me acontecer agora?

-Precisando de ajuda? - uma voz rouca e forte transpassou atrás de mim. Me arrepiei toda. Pronto! Agora estava tudo feito: um louco tarado atrás de mim, ia abrir a porta do carro, me jogar lá dentro e fazer sabe se lá o quê comigo. - Ei, sem medo. Eu não sou um tarado e nem vou fazer mal a você. - Ah, então quer dizer que além de ser um louco, ele ainda lê meus pensamentos?

-Quem é você? - eu perguntei, mal olhando para o rosto do cara que estava atrás de mim.

-Ah, ia me esquecendo. Sou Edward. Acho que você já deve ter ouvido falar de mim.

Foi só ouvir aquele nome que me arrepiei toda. Eu já sabia sim, e muito bem, quem era esse tal de Edward. Ele era um professor novo da escola, um substituto, na verdade. O que queria dizer que ele talvez não passasse muito tempo no cargo. Mas não era só isso que me fazia lembrar dele. Haviam ainda outros dois motivos: primeiro, eu sentia que já o conhecia, só não me lembrava de onde, uma espécie de déja vú; e segundo, Jess tinha me prometido que ia ficar com ele. Ah! Jess e suas idéias malucas!

-Ah, sim. Mas é claro que eu já ouvi falar de você. Afinal, não se fala em outra coisa a não ser você nessa cidade! - eu virei os olhos, como se aquilo não me importasse.

-Pois é. Então, pelo jeito já me conhece bem. O que quer dizer que não precisa ter medo. - ele sorriu para mim. Era o sorriso mais lindo que eu já tinha visto. Os dentes brancos como a neve, tão brilhantes. Ele todo tão perfeito.

Não sei se foi por causa do seu sorriso, mas eu fiquei completamente desequilibrada. Não consegui abrir a porta do carro. Até a dor da queimadura tinha passado. Cai ali mesmo, sentada, na calçada.

-Vocês mulheres e sua velha mania de achar que sabem sobre carros - ele falou em tom irônico, enquanto pegava uma faixa (não sei onde ele a arranjou) e passava entre meus dedos.

-Já vi que você é daquele tipo super-machista. - ataquei.

-Sério? - ele sorriu mais uma vez, agora, soltando uma risadinha baixa - Só posso dizer que você se enganou quanto a isso. Só dei a minha opinião, nada demais. Se você entendeu o contrário... bem, não posso fazer nada.

-Você está me tirando? - perguntei ainda incrédula. O que Edward tinha de bonito, tinha de ignorante - Olha, Edward, muito obrigada,mas não preciso da sua ajuda. Sei me virar sozinha, ok? - puxei a minha mão das suas com força. Já era demais pra mim. Isso sem falar na consequência constrangedora que seu toque me dava.

-Ei, calma. Mas como você é nervosa, garota. Eu só estava tentando te ajudar. - ele gritou pra mim, enquanto eu andava de volta na direção do carro.

Pode parecer bobeira minha,mas eu estava muito abalada - não sei bem se essa é melhor palavra pra definir a minha situação - com a presença de Edward. Foi só ele chegar e eu ficar assim, de repente.

-Já disse que eu sei me virar sozinha - gritei de volta. Finalmente, consegui abrir e fechar a porta do carro.

Encostei a cabeça no volante, os pensamentos a mil por hora. Acho que meu cérebro nunca tinha trabalhado tanto como agora. Eram muitas informações para processar.

Girei a chave na inguinição. O carro não quis pegar.

-Inferno! Que raiva!

Chinguei tudo quanto é nome que me veio à mente.

Alguém bateu no vidro do carro. Fechei a cara. Já imaginava quem era. Abaixei o vidro e lá estava ele, com aquele seu sorriso de lado.

-E agora?

-Pelo jeito, minha salvação vai ser aceitar a sua ajuda. Tudo bem, tudo bem. Eu aceito. Não tenho outra escolha mesmo.

-Sabia que ia acabar cedendo.

-Hum. Você lê pensamentos, então?

-Não. Geralmente, a única coisa que faço é mostrar para os outros do que eu sou capaz.

-E além de tudo, ainda é convencido. - bufei.

-Ah, que nada. Nem sou! - Edward começou a rir.

-E gosta de ficar mostrando os dentes também. - rebati seu sorrisinho.

-E você adora bancar uma de 'boazuda'. Anda, sai do carro. Vou te mostrar como é que se resolve esse problema.

Olhei bem para o seu rosto, revirando os olhos e saindo do carro, pisando alto.

Até então eu não tinha reparado, mas Edward era muito mais do que lindo. Seus olhos verdes, a boca bem desenhada, o rosto fino, mostrava seu ar de superioridade, os cabelos desgrenhados aumentando seu charme natural.


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