The Sound Of 2 Hearts escrita por Mariia_T


Capítulo 32
31.


Notas iniciais do capítulo

Eu to aqui, por pura pirraça. Bom, como quase todo mundo resolveu enfatizar que eu demoro séculos, por pura pirraça eu digitei até de madrugada para fazer esse capítulo. Isso vai principalmente para a fofinha da larisbieber e para a Claraa_F, cujas fics me distraem muito e eu não faço os capítulos mais rápidos. Culpem elas, não a mim, mentira eu to brincando ;D Enfim, chega de papo. Ficou uma droga, aliás, a fic toda está uma droga, então, não me taquem pedras, por favor :*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/137068/chapter/32

 - Miranda

     Abri os olhos e rolei na cama, me sentindo estranha. O dia anterior fora péssimo. Victoria havia conseguido de novo; estragou tudo. Levantei da cama, me recusando a pensar naquilo mais uma vez. Troquei de roupa e desci.

     - Miranda, venha aqui por favor. – Ouvi a voz do meu pai, que vinha da sala.

     - Sim?

     - Sente-se. – Minha mãe pediu e eu obedeci.

     - Antes de qualquer coisa, sabe que amamos muito você, não sabe? – Meu pai disse. Assenti, achando aquilo tudo muito estranho. – Norah já deve ter te deixado ciente do problema, imagino. O que deu errado na papelada, não importa. O que importa são as consequências que o erro pode trazer.

     - O que seu pai está querendo dizer é que você... Pode ser deportada. Vai voltar para algum orfanato no Brasil até completar 18 anos. – Ela explicou. – Estamos tentando de tudo, mas os promotores não acham que a sua adoção é legal por ter sido feita em outro país.

    Encarei a mesa de mogno à minha frente. Aquilo não fazia sentido. Pelo menos não naquele momento. Por que tudo tinha que dar errado de uma vez só?

    - Quais são as chances de o processo não acabar… bem? – Perguntei, minha voz estava estranha.

     - Não muitas. – Meu pai confessou. Minha mãe baixou a cabeça, enxugando uma lágrima. Senti um aperto no peito, como se não houvesse chance alguma. – De qualquer maneira, teremos um resultado definitivo na semana que vem. Não queremos que se sinta responsável de nada.

     Assenti apesar de ser quase impossível não se sentir responsável de alguma coisa. Pelo menos, eu teria o meu natal, ainda veria Norah novamente... Quem eu estava tentando enganar? Aquilo era terrível. Tudo o que eu tinha... Minha família, meus amigos, Justin... Toda a minha vida seria arrancada de mim.

     - Bom, nós temos que ir. Foi bom conversar com você. Acho que vamos conseguir trabalhar assim daqui para frente. – Meu pai falou como se eu fosse uma das fornecedoras da empresa dele. Minha mãe o encarou, mas acabou levantando também.

     Recebi uma mensagem. “Temos que conversar. Que tal almoçarmos? Eu te amo, JB.”. Ainda tinha isso. O que mais poderia dar errado? Joguei-me no sofá e respondi a mensagem com um mísero “Ok”.

    Encarei o teto e fiquei lá, fazendo nada por um bom tempo.

     - Que tal um café com um pão de queijo? – Sam se ajoelhou ao meu lado.

     - Você fez pão de queijo? – Abri um sorriso.

     - Especialmente para você. Direto do Brasil para o seu café-da-manhã.

     Levantei e segui para a cozinha. O cheiro de queijo inundava o cômodo. Sentei na banqueta e comecei a comer.

     - Vai almoçar em casa hoje?

     - Não, Justin quer conversar.

     - Ih...

     - Eu sei! – Larguei o pão de queijo no prato e tombei a cabeça nas mãos.

     - Relaxe... Que estranho isso.

     - O que?

     - Geralmente, é a garota quem quer conversar.

     Ficamos em silêncio por um segundo, mas depois começamos a rir.

     - Termine seu café. Já está tarde, vai atrapalhar seu almoço. – Ralhou ela.

     Revirei os olhos. Às vezes Sam me tratava como criança.

     - Ok, já chega. – Ela arrancou o prato da minha frente quando eu ia pegar o quarto pão de queijo.

     - Sam! – Reclamei.

     - Já são onze horas! Aposto que o Justin vem te pegar daqui a pouco, não é?

     - É. – Respondi sem a menor vontade.

     - Vai escovar os dentes e esperar sentadinha e comportada no sofá.

     Bufei e fiz o que ela mandou. Alguns minutos depois, por ironia do destino, ele chegou.

     - Bom dia, amor. – Falou ele, sorrindo.

     - Olá. Como foi sua manhã? – Sorri também.

     - Chata. – Ele deu um meio sorriso, como se quisesse dizer algo mais.

     - Se a sua foi chata, a minha foi pior. Onde vamos almoçar? – Mudei de assunto antes que ele pudesse me perguntar mais detalhes. Não queria falar sobre aquilo com ninguém.

     - Lá em casa. Todos estão lá. –Ele disse. Aquilo foi como um soco no meu estômago. Todos era aquilo que eu ia perder... – Ei, baixinha. O que foi? Está quieta. - Ele alternava olhares; eu depois a estrada e vice-versa.

     - Não é nada... Só não dormi bem. – Menti.

     Olhei pela janela e tentei não pensar demais sobre muita coisa. Quando me dei conta, já estávamos na garagem. Ele ficou me encarando.

     - Está bem mesmo?

     - Estou, amor!

     Ele abriu um sorriso.

     - O quê? O que foi? – Perguntei.

     - Você me chamou de amor.

     - Chamei... Você me chama assim também.

     - Achei que não tinha reparado.

     - Mas reparei. Anteontem foi a primeira vez que você me chamou assim. – Dei um selinho nele e sorri.

     Ele sorriu e destravou as portas.

     - Não sabia que reparava nessas coisas.

     - Reparo. – Confessei indo em direção à porta da garagem, mas de repente o chão sumiu de baixo de mim. – Justin! Me solta! – Ele começou a andar mais depressa. Segurei mais forte a gola de sua camisa. – Não! Justin, eu vou cair!

     Ele riu de mim e me colocou no chão. Já estávamos na porta principal da casa, que ele abriu para mim. Antes que eu pudesse dar o primeiro passo dentro da casa, fui carregada de novo, dessa vez por Kenny.

     - Que demora! Pattie não vai nos deixar comer enquanto você não chegar. – Falou ele enquanto me carregava pela casa, indo em direção à sala de jantar.

     - Que bom que você chegou! – Pattie disse, assim que voltou da cozinha. – Vamos comer.

     Todos se serviram. Scooter, Kenny, Ryan... Até mesmo o Usher estava lá. Eles riam e conversavam animadamente. E eu apenas observei, não me sentindo parte daquilo. Talvez Victoria pudesse estar certa em dizer aquelas coisas por mais que não tivesse usado aquelas palavras. Talvez ao lado de Justin deveria estar uma garota que entendesse pelo menos metade do que ele passa.

     Servi-me de alguma coisa que estava deliciosa, mas não comi muito. Eu queria logo conversar com Justin e sair dali. Eu estava apressada, ansiosa para que essa semana acabasse logo. Tudo estava acontecendo aos turbilhões. Eu só queria acabar com esse problema maior; receber logo o resultado do processo.  

     - Jus... – Minha voz falhou. Limpei a garganta rapidamente e completei, aproveitando que todos os outros estavam prestando atenção em algo que não era a gente. – O que você queria conversar?

     - Você está bem? – Perguntou ele, parecendo realmente preocupado. Eu estava tão mal assim?

     - Estou sim.

     - Tudo bem... Ahn, é... – Ele olhou para os lados. – Com licença. – Pediu e levantou, me puxando junto. Subimos para o quarto dele. – Bem, eu...

     Ele começou a falar, mas não terminou. De repente senti meu estômago se revirar e me xinguei internamente por ter apressado aquela conversa. O que ele iria dizer? Será que ele ia dar uma de Edward e ia dizer que o melhor para mim é que ele estivesse longe de mim? Certo, isso era meio ridículo. Umedeci os lábios, apreensiva.

     - Eu sei que não deveria ter feito nada daquilo... Eu sei que foi um grande erro ter te exposto daquele jeito. O que Victoria fez... Me desculpe por não ter feito nada... Eu só... Só...

     O alívio invadiu meu corpo. Eu devia matar aquele menino por me fazer ficar apreensiva daquele jeito.

     - Jus! Ei, relaxa. Era sobre isso que você queria conversar? – Perguntei, meio atônita.

     - Era... Era sim. – Ele deu um meio sorriso.  – O que achou que eu iria dizer?

     - Com certeza eu não achei que você ia se xingar. – Ri fraco.

     - Bom... Eu... Eu achei que você estava chateada por causa disso... – Falou, enquanto sentava na cama. – Vem cá. – Ele abriu os braços, me aninhei neles. – Como está se sentindo? Quero dizer, ontem...

     - Ontem foi um dia cheio e conturbado, Jus. As pessoas ainda estão se acostumando ao fato de que Justin Bieber não está namorando Victoria ou qualquer outra celebridade. Tudo bem que jogar uma pedrinha seja um pouco extremo, mas o quê se pode fazer? – Argumentei.

     - Não quero que se machuque. – Ele apertou mais o abraço. Ficamos em silêncio por um segundo. – Isso ainda te incomoda? Esse negócio da fama?

     - Ahn... Não é que eu me incomode, mas é algo que está evidente em nós. Você é famoso e eu... Sou só uma garota comum. – Baixei o tom de voz na última frase, encarando o chão.

     Justin soltou um suspiro pesado, mas permaneceu em silêncio. Eu não ia mais falar sobre aquilo, não ia fazê-lo sentir-se mal pelo que ele era. O que eu havia dito era só uma simples verdade, um fato que apesar de poder ser ignorado, era relevante quando notado.

     - Não achei que iríamos ficar apertando essa tecla. – Falou. – Liga para isso? Tipo, eu não ter todo o tempo do mundo para ficar com você como um namorado normal teria...

     - Justin Drew Bieber. Eu te amo. Você me ama?

     - Muito.

     - Isso basta. – Falei, escondendo meu rosto em seu pescoço. Depositei um beijinho ali.

     Ele passou um braço por debaixo das minhas pernas e levantou, mas no meio do caminho caiu no chão.

     - Câimbra! – Ele caiu em cima de mim. Sabia que ele estava fingindo.

     - Ugh! Bieber, seu idiota! Sai de cima de mim!

     - Ah, eu sou idiota? Poxa, magoei. – Ele ficou em cima de mim, parecendo um peso morto.

     - Sai de cima de mim! Ai, você é pesado. – Tentava falar.

     - Ainda sou idiota? – Ele levantou a cabeça de modo que pudesse me olhar.

     - Não. – Arfei, tentando recuperar o ar.

     - Hm, bom. Melhor assim. – Ele sustentou o próprio peso no braços, mas não saiu daquela posição. Foi inclinando até os seus lábios roçarem os meus.

     Alguém pigarrou. Nós dois olhamos para a porta. Scooter nos encarava como se estivéssemos fazendo outra coisa.

     - Será que os pombinhos podem se interromper? Será que você pode descer para que possamos ir embora?

     - Não, agora sai! – Justin quase gritou. Scooter nos analisou de novo e pude sentir minhas bochechas corarem.

     - Justin Drew Bieber. – Ouvi Pattie dizendo, mas não a vi. Justin levantou rápido e me puxou. Pattie apareceu na porta, logo atrás de Scooter, que tinha um sorriso cínico no rosto. – Como é que se diz?

     - Desculpe, Scooter. – Ele murmurou.

     - Não ouvi direito. – Ela disse.

     - Desculpe, Scooter. – Repetiu, dessa vez em alto e bom som.

     - Melhor assim. – Scooter e ela disseram juntos.

     Descemos e saímos de casa como todos os outros. Entramos naquela espécie de mini van e Kenny deu partida nela. Eu não estava muito a fim de ir para o “trabalho” do Justin de novo, não mesmo. Acho até que eu fiquei traumatizada.

     Desafio qualquer grupo de amigos a não fazer bagunça dentro de um carro. Impossível. Chaz e Justin ficaram fazendo vídeos da situação ali dentro. Ryan e Chris ficavam fazendo brincadeirinhas comigo.

     De repente Justin comentou alguma coisa e eles começaram a discutir, mas nem prestei atenção. As pessoas passavam como um borrão por nós. Todas aparentemente sabendo exatamente aonde iam. Por que comigo tinha que ser tão difícil?  Por que sempre que eu consigo controlar um problema, me apareciam mais 10? O carro parou num semáforo, perto do shopping.

     - Ken? Pode me deixar aqui mesmo? – Pedi e todos se viraram para mim. Abri um sorriso. Kenny assentiu e destravou a porta. – Obrigada.

     - Vou também. – Ryan falou, tirando um papel do bolso, uma espécie de listinha. Sorri ao saber que teria companhia.

     Abri a porta, mas fui puxada por Justin. Ele me beijou suavemente, mas eu podia sentir a diversão naqueles lábios. Scooter nos chamou, mas ignoramos. O som das buzinas dos outros carros nos separou e eu desci do carro rindo e vermelha, acompanhada de Ryan.

     - Ela é minha, Ry! – Justin gritou antes de fechar a porta. Ryan riu e em resposta, com um puxão, chocou meu corpo no dele, brincando. Ri também.

     - O que vai comprar? – Perguntou ele, quando o carro sumiu de vista e nos viramos, indo em direção à entrada.

     - O presente de natal da minha irmã. – Aquilo era meio de repente e muito cedo para comprar presentes, mas eu precisava me distrair, se não me despedaçava de estresse. – E você?

     - Bom... Minha mãe fez uma lista de coisas que tenho que comprar. – Ele leu a folha e fez uma careta. – Para quem minha mãe vai dar um travesseiro? Minha mãe ficou doida?

     Entramos no shopping.

     - Primeiro o seu ou o meu? – Ele perguntou.

     - Os seus.

     - Certo. Hm, par de meias. – Ele leu o papel e levantou a cabeça, horrorizado. – Será que é para mim?

     - Deixa de ser besta, Butler. Vamos naquela loja de departamentos. – Apontei e puxei ele até lá. Começamos a andar pelas seções até chegar às meias.

     - Desculpe. – Falou Ryan, de repente, enquanto pegava as meias.

     - Desculpar pelo o quê?

     - Não tenho sido um bom amigo... Não estive muito presente e coisas assim. Sei o quanto é importante para o Justin, mas...

     - Que isso, Ry. Sério, não liga para isso. – Sorri para ele, tentando convencê-lo.

     - Eu sei, mas... É que eu sinto como se devesse estar mais presente. Sempre me senti o pai do Justin... Bom, o pai com a mesma idade e talvez um pouco menos insano, enfim. – Falou ele, arrancando uma risada de mim.

     - Tenho certeza de que Justin compreende sua ausência. – Tranquilizei.

     - Obrigado.

     - Que isso... Já pegou tudo o que precisa aqui? – Perguntei, indo em direção ao caixa.

     - Ah, não. Falta esse troço estranho aqui... Já volto. – Ele saiu.

     Fiquei esperando ele na fila. Olhei algumas revistas e lá no fundo, bem atrás de todas as outras, eu vi uma de fofoca. Peguei essa e olhei a capa. Uau, não sabia que meu rosto ficava daquele jeito quando eu ria. Sim, eu e Justin éramos a capa da revista. Havia um comentário maldoso logo abaixo da foto. Esse povo não se cansa mesmo, deixei escapar um suspiro.

     - Ah, não liga para isso. – Ryan disse, de repente ao meu lado.

     - Hein? Ah, não. Não ligo, só é estranho me ver na capa de uma revista. Sei lá, é bizarro. – Sorri.

     - Sei como é.

     Pagamos tudo e fomos comprar o presente de Norah.

     - Ainda acho que estou em falta com vocês...

     - Ryan! O que você quer que eu diga? “Não sentimos a sua falta”?

     - Aqui está. – A moça voltou com a caixinha de veludo.

     - Ah! Esse está lindo. Hm... Vou levar. – Falei, olhando o delicado anel com um solitário incrustado nele. Norah ia adorar. – E você, Ry? Não vai dar nada para a Jessica?

     - Bom, eu... – Ele mudou de posição, desconfortável. – Nós terminamos.

     - Ah, desculpe. Eu sinto muito.

     - Está tudo bem. – Ele sorriu.

     - Se você diz... Ah, obrigada. – Agradeci à mulher quando ela me deu a caixinha de veludo novamente. – Bem, vamos?

     - Claro, estou com fome.

     Fomos ao último andar e comemos um sanduíche numa lanchonete mais afastada e menos conhecida. Fui descobrindo um Ryan diferente, engraçado e fofo. Ele ia me contando casos dele e do Justin e eu não sabia se ria ou se comia.

     - Obrigada pela companhia. – Agradeci, antes de abrir a porta do táxi.

     - Que isso, eu que agradeço. – Ele disse e me deu um abraço. – Tchau Miranda.

     Entrei e ele fechou a porta. Ry era um cara legal, um desses que você acha quase nunca e depois morre de medo de perder. Justin tinha sorte de ser seu amigo há mais tempo. Como Chaz, meio assanhado, mas boa pessoa.

     - Voltou cedo. – Observou Sam quando fechei a porta de casa. – Achei que ia passar o dia com ele.

     - Eu... Não ia. Ele tem trabalho.

     - O famoso Justin Bieber.

     - Sim. – Concordei, subindo as escadas.

     Joguei-me em minha cama, peguei a caixinha e fiquei olhando o anel.

     - Psiu.

     Levantei a cabeça e vi Tyler encostado na porta, sorrindo. Sentei rapidamente, abraçando minhas pernas.

     - Está cansada, preguiçosa?

     - O que você quer, seu chato?

     - Eu ia chamar você para dar uma volta por aí. – Ele sorriu e eu arqueei uma sobrancelha. – OK, olha, eu preciso de uma acompanhante.

     - O telefone está aí. – Falei, apontando para o criado mudo.

     - Não, Miranda! Não esse tipo de acompanhante. Hoje vai ter uma festa numa boate e...

     - Quer que eu vá com você?

     - É.

     - Para se exibir?

     - Bom... Também...

     - Não.

     - Ah, vai Miranda. Por favor! Por favorzinho! – Ele fez bico.

     - Ok, mas é só hoje. Você vai ficar me devendo essa e lembre-se: eu tenho namorado. Contenha-se.

     - Você que manda. – Ele bateu continência. – Vai se arrumar. – Ele me agarrou pela cintura e me levou até o closet. – Sai daí bem linda. Não, já sei, mais linda do que você já é.

 - Justin

     - Vamos Jus, vai ser legal. – Chaz tentava me convencer de ir naquela festa idiota.

     - Mas...

     - Ótimo. Nós vamos! – Anunciou ele, revirei os olhos e joguei uma almofada na cabeça dele.

      - Vamos aonde? – Ryan chegou, com um ótimo humor.

     - Naquela festa que eu estava te dizendo. – Chaz disse.

     - Ah, nós vamos? Que bom! – Ele esfregou uma mão na outra.

     - Você deixou Miranda em casa? – Perguntei.

     - Ela foi embora de táxi, Jus. Queria que eu pegasse na mão dela e a colocasse na caminha dela?

     - Ah, bebezinho do Bieber. – Chaz provocou.

     - Cala a boca, Charles. E a Lizzie?

     - Está viajando. Vai passar o natal com a família. Vamos embora logo. – Ele desistiu da brincadeira e mudou de assunto rapidamente. Estranho, aconteceu algo?

     - Espera, deixe-me ligar para a Miranda e... – Ryan tomou o celular de mim. – Devolve, Ry.

     - Você é grudento, cara. Ela deve estar enjoada de você. Esse celular vai ficar comigo até a gente voltar para casa.

     - Não senhor!

     - As velhinhas querem parar de discutir e ir embora? – Chaz gritou, já na porta.

~x~

     - E aquela ali? – Ryan perguntou.

     - Não sabia que gostava de ruivas. – Falei, olhando a garota que ele apontava. Por que ele pedia a minha opinião sobre as garotas? Se ele queria ficar com alguma, ficava ué. Aquela era qual; a terceira, a décima que ele me perguntava? Já nem sabia mais.

     - Ei, Ry, e aquela ali? A de vestido branco que está de costas... Ah, não, esquece. Ela está acompanhada. – Queixou-se Chaz, quando o garoto ao lado dela abraçou sua cintura. – Que pena, ela parecia perfeita.

     Com aquele comentário, fiquei olhando. Realmente linda. Mas, me era bem familiar. Ela virou um pouco o rosto, revelando o sorriso perfeito.

     - Jus? Cara, você tá bem? Biebs? – Os dois tentavam chamar a minha atenção.

     - Eu já volto. – Dei meu copo para o Chaz. Andei até a garota, a cada passo confirmando minhas suspeitas. – Miranda?

     Ela virou e seu sorriso diminuiu gradativamente. Se o Tyler percebeu, não demonstrou.

     - Ai meu Deus. – Ela gesticulou as palavras, mas não emitiu som algum.

     Virei-me por impulso, andando entre as pessoas, procurando por um lugar mais tranquilo. Sabia que estava sendo seguido. Não queria brigar, mas queria uma explicação. Quer dizer, por que ela estava ali com ele, parecendo a garota dele?

     - Jus, não é o que você está pensando. – Disse ela, com uma voz calma e controlada.

     - O que é então?

     - Ty só precisava de...

     - Ty? O que é isso? Você virou íntima dele agora? Ah não, espera um pouco. Vocês já são íntimos. – Falei.

     - Justin, fala sério. Esse seu ciúme é... Incontrolável? Porque se for, acho que eu vou ter que tomar uma série de medidas para tentar evitá-lo. – Ela me encarou, séria.

     - Desculpe, eu sei...

     - Tyler só precisava de uma companhia para a festa para ficar bem na frente dos amigos. Só isso.

     - Você jura? – Perguntei, me odiando por dentro por sempre deixar ela me controlar daquele jeito.

     - Eu juro, Justin. – Ela olhou nos meus olhos, com um sorrisinho vitorioso no canto da boca. Ela sempre ganhava.

     Sorri involuntariamente e inclinei-me para beijá-la, mas ela recuou.

     - Eles estão olhando. – Ela sorriu.

     - Ah, entendi. Dá um jeitinho de escapar. Quero te roubar. – Pisquei para ela, segurando sua cintura.

     - Tenho que voltar, Bieber. Até mais. – Ela me deu um beijo na bochecha e voltou para a mesa cheia de garotos.

     - Ela está te traindo?

     - Não. – Respondi a Chaz, quando eu voltei para perto deles.

     - Como pode ter certeza? – Ele bufou.

     - Idiota! – Ryan bateu na cabeça dele. – Já passou mais de dez minutos com Miranda, sem suas cantadas idiotas? Ela derrete até ouro com aquele olhar...

     - Ela é minha, Ry.

     - Ela não merece um garotinho como o Bieber... Ela merece um homem.

     - Ryan! – Gritei.

     - Estou brincando!

     - Não estou rindo.

     Fiquei mais um tempo lá. Saí quase correndo quando a quinta garota veio me pedir um autógrafo. Peguei o carro do Ryan e fui para casa. Entrei correndo, subi as escadas e desci de novo, voltando para a sala, quando notei algo de... Diferente.

     - Selena?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ok, é isso. Não ficou bom, acho que estou meio em crise, nada do que eu escrevo parece estar bom. Eu to achando a fic uma droga. Então... Me digam o que pode ser melhorado e tals. Vou adorar saber :) Bom, beijinhos e eu amo vocês