The Sound Of 2 Hearts escrita por Mariia_T


Capítulo 30
29.


Notas iniciais do capítulo

Um capítulo enoorme para vocês ;DEspero que gostem :*



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- Miranda

     Com assim comum? Eu não era alguém à altura de Justin? Era isso? Eu não era suficiente? As perguntas apenas se formavam em minha cabeça e ficavam lá, me torturando.

     Mas eu não podia acreditar na conversinha da Victoria.

     Não ia.

     Apoiei-me na pia, sentindo-me humilhada.

     - Miranda? – A voz de Justin me fez desviar os olhos do espelho.

     - Ahn, oi? – Respondi, enxugado algumas lágrimas que se formaram.

     Ele abriu um pouquinho a porta, olhou em volta e entrou.

     - Jus! É o banheiro feminino. – Falei, sem graça.

     - E daí? Uma regra de etiqueta idiota não vai me impedir de ficar com você. – Respondeu, abraçando minha cintura.

     Etiqueta. Droga, me reprimi por fazer essa relação. Sorri.

     - Victoria esteve aqui? – Perguntou.

     - Hã? – Me fiz de desentendida.

     - Esquece. Vem, vamos almoçar. – Ele me puxou. Deixei-me ser arrastada.

     - Cara, você entrou no banheiro feminino? Cadê tua honra? – Chris falou quando saímos.

     - Cala a boca, pigmeu. – Justin disse, soltando a minha mão e indo em direção a Scooter, que havia chamado. Chris e eu ficamos para trás.

     - Você está bem?

     - Aham. – Não convenci nem a mim mesma.

     - Quer conversar? – Ofereceu, fazendo uma carinha fofa.

     - Na verdade, não. Acho que se conversar sobre isso, ficarei pior. Vou ficar bem. – Garanti. – Obrigada mesmo assim, Chris.

     - Por nada. – Ele me olhou novamente, certificando-se de algo. Comprimiu os lábios e abriu a porta para mim, com um leve sorriso.

     Justin me puxou, antes que eu saísse e segurou minha mão.

     - Segure a minha mão. De maneira alguma solte minha mão. – Pedi, olhando no fundo dos seus olhos, um pouco assustada de repente.

     Era meio dia e mesmo assim havia gente lá fora fazendo barulho, apenas esperando por nossa saída. Aquelas pessoas não comiam? Não dormiam?

     - Justin! Justin! – Algumas garotas conseguiam gritar mais alto que o alvoroço dos fotógrafos. Elas tinham alguns cartazes, dizendo que amava ele.

     Justin tentou achar passagem na multidão, mas não conseguiu, por isso só acenou para elas. Veio para perto de mim, colocou a mão nas minhas costas e me conduziu até o carro do Scooter.

     - É sempre assim? – Perguntei, antes de entrar no carro. Justin riu e arrumou o cabelo com seu hair flip. Apenas esperei a resposta.

     Meu coração falhou quando senti algo passar raspando em meu cabelo e bater no carro. Olhei para o chão. Era uma pedra.

     - Ah! Qual é! Por quê? – Scooter reclamou, olhando de perto a marquinha que a pedra deixara na lataria.

     Olhei a multidão, assustada.

     - Anda, entra. Antes que jogue de novo. – Justin me apressou. Assenti e entramos no carro. Scooter acelerou.

     - Sinto muito pelo carro, Scoot. – Falei, depois que a confusão ficou para trás.

     - Antes o carro que você, Miranda. O que importa é que ninguém se machucou. – Kenny falou.

     Scooter murmurou alguma coisa e Kenny deu um tapa na nuca dele.

     - É. Claro. – Respondeu ele depois do incentivo de Kenny. Apesar da má vontade dele, tive vontade de rir.

     Olhei pela janela, começando a sentir toda a pressão daquilo tudo. Agora os olhos do mundo estavam voltados para mim. E aquilo me assustava um pouco.

 - Justin

     Sabe eu não gosto de ver a Miranda se dando bem com meu melhor amigo, tudo bem que pode ser normal, e eu esteja com ciúme, mas vejo o jeito como ele olha para ela. Mas para não magoar ninguém de novo eu ando deixando isso de lado.
               Puxei Miranda para perto e era exatamente o que eu queria: ela sempreperto de mim. Segurei sua mãe e me peguei surpreso quando ela me pediu:
               - Segure a minha mão. De maneira alguma solte minha mão. – Pediu ela, olhando no fundo dos meus olhos. Ela me hipnotizava.
              A gravadora estava lotada do lado de fora, beliebers loucas esperando para eu sair. Cara eu amo minhas fãs, mas privacidade era tudo que eu queria. E sei que Miranda ainda não havia se acostumado com isso.
               - Justin! Justin! – Algumas garotas conseguiam gritar para mim mais alto que o alvoroço dos fotógrafos. Elas tinham alguns cartazes,
dizendo que me amavam. Sou muito agradecido por todo esse carinho, mas
só acho que tem lugar para isso. E tudo que eu queria era estar a sós com Miranda.
              Tentei realmente achar passagem na multidão, mas não consegui. Porisso, como minha mãe me educou muito bem, acenei com todo esforço para elas, mas aquilo no fundo me incomodava. Fui para perto de Miranda, ondeeu realmente queria estar, coloquei a mão nas suas costas e a conduzi até o carro.
              - É sempre assim? – Ela me perguntou. Confesso que fiquei
surpreso, envergonhado, e confuso e na verdade não sei se deveria
responder. Não queria dizer "Sim é." não queria assustar a minha
garota. Então só ri e fiz meu famoso hair flip (elas nunca resistem a ele).
             Bom até lá a situação estava controlada. Eu estava quase a sós com a minha garota, mais 1 minuto e pronto; todo transtorno acabado. Seriamos eu e ela. Eu não sei qual era o receio do Scooter, estar apaixonado era tudo de bom, quando se tem a garota certa... Levei um susto quando algo me despertou de meus pensamentos sobre o amor. E então logo percebi o que tinha acontecido... Meu coração disparando. Alguém jogou uma pedra perto de nós, queria acertar Miranda. Eu queria muito acreditar que não foi uma das razões de eu viver um sonho, rezei para que não fosse uma de minhas fãs. Olhei em volta, procurando quem havia jogado a pedra. Não consegui ver e provavelmente nem iria sabe quem havia sido. Virei-me a fim de olhar a reação de Miranda e encontrei
medo em seus olhos. Ela também olhava em volta. Senti-me mal por
aquilo. Ela não deveria passar por aquilo. Só queria saber se Miranda estava bem, felizmente estava. Já Scooter...
              - Ah! Qual é! Por quê? – Scooter reclamou, olhando de perto a
marquinha que a pedra deixara na lataria.
              Bom nem me preocupei em respondê-lo, só percebi que Miranda estava muito assustada. Só Deus sabe como eu queria que isso não tivesse acontecido! Só queria minha garota salva.
              - Anda, entra. Antes que jogue de novo. – Falei tentando
apressa-la, antes que algo pior acontecesse.
              - Sinto muito pelo carro, Scoot. – Miranda falou quando conseguimos deixar o local. Caramba isso que eu mais admirava nela, a culpa nem foi dela, mas ela fazia questão de se preocupar com todos ao seu redor e de ser solidaria, mesmo com quem não merecia. Não era culpa dela.
              Antes o carro que você, Miranda. O que importa é que ninguém se
machucou. – Kenny falou. – Não é, Scoot?
              Ele murmurou algo. Ia dar um tapa nele, mas Ken o fez por mim.
              - É. Claro. – Respondeu, naquele tom de má vontade dele. Revirei
os olhos. Não estava acreditando naquilo, mas já deveria ter imaginado.

     Um silêncio, um tanto constrangedor para mim, pairou sobre nós, no carro. Miranda encarava a janela e Chris mexia naquele celular dele. Afinal, o que ele tanto fazia ali? Tentei espiar um pouco, mas ele percebeu e quase meteu a mão na minha cara. Caímos na gargalhada. Scooter fez uma curva fechada e eu fui jogado em cima dele, ainda sem ar, de tanto rir. O carro foi parado na frente do restaurante que fora fechado para nós.

     - Você está bem? – Perguntei a Miranda, segurando seu braço e nos deixando afastar do grupo pela velocidade lenta. Ela me fitou e conseguiu sorrir. Ok, eu esperava que ela começasse a chorar e dizer que aquilo fora a gota d’água. Mas, como sempre, não foi o que ela fez.

     - Sim, estou. Por que não estaria?

     - Relaxe. – Falou uma voz alheia, invadindo nossa bolha de quase privacidade. Chris. – Isso faz parte da vida dos “íntimos do JB”. – Ele fez aspas com os dedos e abriu um sorriso.

     Miranda riu fraco. Fechei a cara. Era patético que eu continuasse sentindo ciúme dele com ela. Ele era meu amigo, era mais novo que ela... Mas... Ah, droga. Esquece, estou beirando o ridículo já. Parei e abri a porta do restaurante para eles.

     - Não tá ajudando, Chris. – Falei.

     - Você quer que eu diga a verdade ou prefere que eu diga que provavelmente isso é pessoal e que as fãs não gostam dela? – Ele argumentou. Suspirei.

     - O que vão querer? – O garçom nos interrompeu, depositando dois menus na mesa. Restaurante italiano. Meu favorito.

     - Hã... Vejamos... – Falei, folheando o pequeno caderno de couro preto.

~x~

     Por que diabos Victoria tinha que ser tão grudenta? Ok, eu era um grude com Miranda e talvez não possa falar nada, mas vamos admitir que eram coisas bem diferentes uma da outra. Desde que voltamos à gravadora, ela não saiu de perto de mim em nenhum minuto! Fala sério!

     Miranda estava mal. Eu nem prestava atenção no que Victoria falava. Mandei o Chris ficar com ela, mas ele só havia conseguido tirar dela dois sorrisos de verdade. Eu podia fazer melhor.

     - Jus! – Victoria chamou minha atenção, estalando os dedos na minha frente. Olhei para ela e abaixei a mão dela, suspirando.

     - Que foi?

     - Você me ouviu? Quem vai abrir o seu show? – Ela repetiu. Certo, por que aquilo era relevante para ela?

     - Hã... A Selena, eu acho.

     - Selena Gomez?!

     - É. Por quê?

     - Hm, só curiosidade. – Ela abriu um sorrisinho. Só curiosidade, sei.

     Miranda levantou e saiu do salão, um tanto apressada para estar bem. Oportunidade perfeita. Sorri.

     - Scoot, onde está a programação do show? – Perguntei.

     - Na minha sala. – Respondeu, sem nem ao menos desviar os olhos do notebook.

     - Vou lá buscar. – Avisei. – Fique aqui.

     Saí do salão tentando não correr. Segui pelos corredores à procura dela. Não precisei andar muito por sinal. Ela estava tentando beber água. O que era um desafio, já que sua mão tremia visivelmente.

     - Você não está bem. – Constatei o óbvio, pegando o copo de suas mãos e colocando a água para ela.

     - Só... Meu estômago está embrulhado. – Falou, olhando para seus pés, de repente mais interessantes que eu. Passei o copo para ela. – Obrigada.

     - Talvez não tenha sido uma boa ideia ter te trazido. – Falei, baixando o tom de voz.

     - Não, Jus. Não... O problema não é esse.

     - O que é então? – Levantei seu rosto. – É Victoria?

     Ela desviou o olhar e bebeu a água.

     - Desculpe. – Abracei-a e dei um beijo em sua testa.

     - Está tudo bem, Jus. – Falou, contra o meu casaco. Ela estremeceu de leve e de desejei nunca soltá-la. Porque sabia que daquele jeito, eu poderia protegê-la de tudo e de todos. Apertei mais o abraço, fechei os olhos por um segundo e os abri novamente.

     - Vem, temos que voltar. – Falei, segurando sua mão.

     Passamos na sala do Scooter e pegamos o papel. É, a Selena vai abrir o meu show. Mas o que Victoria queria com isso?

     - Fala sério. – Foi o que ela murmurou quando viu a programação. Não sei bem o que ela esperava, mas ficou ao mesmo tempo chateada e pensativa. Sei lá, às vezes eu tinha medo quando ela fazia isso. Ela sorriu fraco e foi falar com seu agente. Aproveitei para sentar com Chris e Miranda.

     - Ah! Você foi libertado? – Chris brincou. – Não sei como a aguenta, Justin.

     - Muda de assunto, Beadles. – Pedi.

     - Hm... Você vai à festa que a Jasmine vai dar?

     - Que festa?

     - Ela inventou um negócio aí de comemoração de natal. Dia 22 vai ter uma festa só com os chegados. – Explicou ele. Jasmine era doida, só pode. Mas se ela falasse comigo, eu iria sim.

     - Ok. – Reparei na bolsa que estava perto dos pés do Chris. – Ei, o que tem nessa bolsa? Parece divertido.

     - Travessuras. – Ele sorriu e levou o indicador aos lábios, depois saímos do salão e ele abriu a bolsa. Havia 3 pistolas d’água ali. Daquelas do tipo “isso parece pistola de paintball”. Abri o mesmo sorriso travesso que Chris e peguei uma pistola.

     - Pelos velhos tempos? – Propôs ele.

     - Pelos velhos tempos. – Concordei e batemos uma pistola na outra, como se fosse um brinde. Peguei a terceira e joguei para Miranda, que me olhou, surpresa. – Venha se divertir.

     Ela abriu um sorriso e veio com a gente para encher as pistolas.

     Na volta, paramos na porta.

     - 1, 2, 3 e... Vai! – Gritei e entramos no salão de novo, dessa vez parecendo loucos.

     - Água neles! – Chris gritava.

     Miranda atirou no Scooter. Acho que era a opção mais segura para ela, já que ele a adorava. Acho também que ela podia tacar fogo no seu carro recém-importado e Scooter apenas ficaria chateado. Ele a pegou pela cintura e arrancou a pistola de suas mãos, molhando-a de volta.

     - Ninguém mexe com a minha garota! – Gritei e ataquei Scooter. – O resgate chegou, baby. – Meio que abaixei na sua frente e ela subiu em minhas costas. Saí correndo com ela, sendo molhados pelo Scooter.

     A gargalhada de Miranda bem no meu ouvido dava outra cor à brincadeira. Já estávamos todos molhados quando cansamos. Até Victoria que tinha tentado de todas as formas possíveis não ser molhada, acabou com marcas d’água na roupa.

     - Ok, ok. A brincadeira acabou. – Scooter falou. – De volta ao trabalho.

     - Ah, Scoot, deixa de ser chato. – Falei, enquanto Miranda escorregava de minhas costas para o chão. Lancei um esguicho na cara dele. Ri alto, mas a risada foi diminuindo à medida que Scooter endurecia mais a expressão.

     Ferrou.

~x~

     - Você sempre tem que exagerar, né Bieber? – Chris acusou, enquanto se enrolava mais na toalha e se aconchegava mais no sofá que tinha no canto do salão.

     - Chris, por favor. – Miranda o repreendeu e veio se ajoelhar ao meu lado, pegou um pano e começou a enxugar outra poça de água. Victoria saiu do salão, meio enrolada em sua toalha.

     Alguns minutos mais tarde, Scooter irrompeu pelas portas.

     - Não, não, não! Nada de ajuda! O senhorzinho quis começar, agora termine. – Scooter disse. – Miranda, por favor, levante-se.

     - Mas Scoot...

     - Anda!

     Ela levantou e foi sentar-se ao lado de Chris novamente.

     - Pronto. Você tem mais 20 minutos, Bieber. – Avisou ele, saindo do salão.

     Comecei a esfregar o pano mais rápido. Victoria voltou, parecendo satisfeita com algo.

     - Estou morto! – Falei quando terminei tudo e me joguei no sofá. – Que tal uma massagem? – Pisquei para Miranda. Ela riu.

     - Não. – Falou, sorrindo.

     - Eu faço! – Victoria se ofereceu e sentou-se entre eu e Miranda. Eu ia dizer algo para que ela não fizesse nada, mas ela já havia começado e aquilo estava muito bom. Ouvi alguns cochichos e logo me afastei.

     - Hm, obrigado, Vick. Não precisava.

     - De nada. – Ela abriu um sorriso.

     - Ei, Victoria. Você não esqueceu nada no banheiro, não? – Chris perguntou, olhando com desgosto para ela.

     - Ah! É verdade! Obrigada, fofo. – Ela levantou e saiu do salão novamente. Como ele sabia daquilo?

     - Hm, vou comprar um refrigerante.  – Avisou Chris, saindo também.

     Sentei mais perto de Miranda, bem perto.

     - O que foi? – Perguntei, olhando seu rosto.

     - O que eu sou para você, de verdade, Justin? – Perguntou num fio de voz, esse mergulhado em mágoa.

     Como assim o que ela era para mim? Ela era tudo, meu mundo todo. Espere. Aquela não era uma daquelas perguntas que as mulheres faziam e você tinha que pensar muito bem antes de responder? Ok, muita calma...

     - Miranda...

     - Responde!

     - Você é a minha vida, meu amor. Tudo fica simplesmente melhor com você. – Respondi, olhando no fundo de seus olhos, desfrutando da sinceridade daquelas palavras. – Você sabe disso. Por que a pergunta?

     - Eu não sou só mais uma garota comum que você protege dos paparazzi? – Perguntou, olhando o chão. Por que aquilo era familiar para mim? Ah, não. Eu havia dito aquilo para Victoria uma vez. Victoria.

     - Comum? Miranda você não é nada comum. Você é a garota mais incrível que eu já conheci em toda a minha vida. Você está preocupada com o fato de não ser famosa? Dane-se isso. Ninguém famoso jamais me fez sentir como você fez. Ela desviou o olhar. – Tem mais, não é? O que mais Victoria disse?

     Ela corou, mas não disse nada.

     - Olhe, você é a garota mais linda, mais confusa, mais complicada, mais cheia de mania, mais divertida que eu já conheci. Independente do Victoria disse ou não. – Falei.

     - E isso é bom? – Perguntou ela, seus brilhavam. Segurei seu delicado rosto entre as mãos.

     - Está brincando? Você foi a melhor coisa que já me aconteceu, baixinha.

     - Você está mentindo. E a sua carreira? E suas fãs?

     - Bom, são maravilhosas... Mas não se comparam com a única garota que te faz completo.

     Ela sorriu, deixando uma lágrima cair. Limpei-a com o dedo e dei um beijo em sua testa.

When I see your face
There's not a thing that I would change
'Cause you're amazing
Just the way you are
And when you smile,
The whole world stops and stares for a while
'Cause girl you're amazing
Just the way you are

                    Ela me interrompeu com um beijo.

     Sorri ao ver seu sorriso, aquilo me fazia completo. Apenas aquele sorriso, sincero, não forçado. Era incrível a influência que ela tinha sobre mim.

     - Já volto, ok? – Perguntei.

     Ela assentiu. Levantei rapidamente e saí decidido a acabar com aquilo.

     - Ei! Tudo bem com ela? – Chris estava sentado no chão, encostado na parede com o celular em mãos.

     - Cadê a Victoria? – Perguntei, ignorando a pergunta dele.

     - Ela está naquela sala ao lado da sala do Scooter.

     Disparei pelo corredor, indo até lá.

     - Essa garota ainda vai acabar com a sua vida, Jus. – Gritou ele, antes que eu desaparecesse pelo outro corredor. Não sabia de quem ele falava, mas com certeza não era sobre Miranda.

     Avistei a sala e reduzi a velocidade até estar andando quando cheguei lá. Entrei e sentei na cadeira de frente para a garota, que me olhava curiosa. Entrelacei as mãos, apoiando o braço nos joelhos.

     - Vamos deixar algumas coisas bem claras. – Falei.

     Ela sorriu.

     - Achei que nunca viria conversar comigo sobre algumas coisas. – Respondeu, sorrindo.

~x~

     - Vamos embora. – Entrei no salão com um pouco de desaforo, fazendo Miranda e Chris levar um susto. A conversa não fora agradável de forma alguma. Eu não gostava de ser grosso, mas Victoria havia pedido.

     Os dois levantaram num pulo e saíram comigo. Miranda me olhava, como sempre, provavelmente adivinhando o que eu estava sentindo. Paramos na recepção, esperando por Scooter, que por sinal estava demorando muito.

     - Ei, Stephen. – Victoria chamou ela, enquanto vinha em nossa direção. Aquilo não ia ser bom e...

     Victoria bateu no rosto dela. O choque atravessou o rosto de Miranda e Victoria sorriu, sombriamente. Fiquei estático, não tive reação. Ao mesmo tempo eu sentia raiva e surpresa. O que deu nela?

     - Você ficou louca? – Chris perguntou, olhando para ela como se fosse mata-la a qualquer passo em falso que ela fosse dar e depois olhou para mim.

     - Talvez. – Respondeu ela, sarcástica e fria. Apenas olhei, não falei nada. Aliás, nem eu e nem Miranda falamos nada. Mas tenho certeza de que se conseguisse me mover, eu iria fazer alguma besteira. Talvez fosse melhor assim. A recepção estava vazia, o silêncio ficou quase palpável.

     - O que houve com você, Miranda? – Perguntou Scooter, que vinha em nossa direção, acompanhado por Kenny.

     - Ela... – Tentei falar.

     - Eu caí. Escorreguei numa poça e... Bem, eu caí. – Miranda foi mais rápida e mentiu. Por que ela assumiu a culpa? Ela nem gostava de Victoria...

     - Claro, Justin, tá vendo aí seu serviço malfeito? Está feliz? – Scooter ralhou. Ah, claro, a culpa tinha que ser minha aos olhos do Scooter. – Quer ir ao hospital?

     - Não, estou bem. Vou ficar. – Ela garantiu, dando um de seus melhores sorrisos persuasivos.

     - Ok, então. Vick, seu agente está te esperando na sala de reuniões. – Avisou.

     Ela nem pronunciou uma palavra, apenas virou e adentrou pelos corredores, pisando duro. Mimada, pensei.


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Notas finais do capítulo

Parte do Justin sempre maior :B ~ Talvez tenha alguns errinhos de formatação, mas depois eu tento arrumar. AAH, estava quase esquecendo. Esse capítulo teve a ajuda minha linda e diva amiga Isabela, mano, ela escreve muito bem! A parte da pedra e tals foi ela que escreveu, deu pra sentir a diferença da qualidade né? HSAUHS, créditos a ela também. Reviews? Beeijos xoxo' ♥