Amor e Ódio escrita por Clarissa Cullen Potter Mellark


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Amores, tudo bem? Meu pai liberou o pc mais cedo pra mim porque eu fiquei doente, por isso eu estou podendo postar hoje. É ninas, eu fiquei doente, mas mesmo assim eu apareço pra postar pra vocês. Esse capítulo é meio tenso, mas acaba tudo bem já vou adiantando. Espero que gostem. Eu tenho capítulos prontos até o 19 (que é o próximo), depois eu devo demorar mais um pouquinho pois eu tenho 3 fics em andamento e uma em construção, fora que eu tenho tarefas como estudar, trabalhar e me cuidar [minha doença é meio grave (início de pneumonia)], eu tenho um pulmão meio fraquinho, por isso minha mãe me obriga a tomar todo o cuidado, me deixa toda encasacada, é até cômico. Sem mais blablablá, aí vai o capítulo. Beijos!



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Capítulo 18

PDV Bella

Era um dia comum. Estava saindo do escritório em direção ao meu carro. Iria para a casa de Alice para resolver algumas coisas do casamento, segundo ela tinha encontrado um estilista muito promissor que ela conheceu no Japão, que havia aceito fazer um vestido exclusivo pra mim, de acordo com ela um dos melhores que ela já tinha visto, chamado Alexandre Herchcovitch.

Faltavam duas semanas para o meu casamento, estava morrendo de ansiedade. Se não fosse por Alice eu não sabia o que seria de mim. Estacionei em frente a sua casa e de Jasper e saí acionando o alarme. Do nada sinto alguém me agarrando por trás e colocando um pano no meu rosto. Senti a escuridão me invadir, sem saber o que fazer.

PDV Alice

Estava muito preocupada. Há cerca de uma hora Bella havia me ligado dizendo que estava entrando no carro para vir para minha casa e do escritório dela pra minha casa era meia hora quando tinha trânsito. Eu ligava para o seu celular e chamava até cair. Ainda não tinha ligado para Edward, com medo de apavorá-lo, mas eu não via mais escolha.

- Edward.

- Oi Alice, tudo bem?

­- Depende. Bella está com você?

- Não, ela me disse que ia para a sua casa depois do trabalho. Aconteceu alguma coisa?

- Ela ainda não chegou, sendo que ela me ligou há uma hora dizendo que estava a caminho, mas do escritório dela até aqui é no máximo meia hora. Estou com medo Edward.

- Estou indo pra aí agora. Já tentou ligar para ela?

- Já, o celular dela chama até cair.

­- Vou tentar também quando estiver indo pra aí. Até logo.

- Até, maninho.

Desliguei o telefone e sentei, esperando Edward chegar para tentarmos achar Bella.

PDV Edward

Tentei manter meu controle. Nada poderia acontecer com a minha Bella, eu morreria se acontecesse. Entrei na rua de Alice e vi o carro de Bella em frente à casa. Respirei aliviado, Bella havia chegado, mas eu a repreenderia pela preocupação que causou. Estranhei Bella ter feito aquilo, não era do seu feitio fazer uma coisa dessas.

Estacionei atrás de seu carro e vi sua bolsa e as chaves do carro no chão. O pânico voltou com força total. Bella havia sido sequestrada, a bolsa e as chaves abandonadas na calçada eram prova disso. Liguei imediatamente para a polícia, mesmo percebendo que não daria muito resultado.

- Departamento de polícia. – falou a atendente.

- Eu quero dar queixa de sequestro.

- Qual é o nome da vítima? Qual é a idade? Qual seu grau de parentesco?

- O nome dela é Isabella Marie Swan, tem 28 anos e eu sou o noivo dela.

- Há quanto tempo está desaparecida? Há alguma testemunha?

- Ela sumiu tem cerca de uma hora e meia e eu não sei se alguém viu.

­- Lamento senhor, mas a pessoa só será dada como desaparecida depois de 48 horas.

- Mas há indícios de que ela foi sequestrada! Encontrei a bolsa dela e as chaves do carro jogados na calçada, ela nunca faria isso!

- Lamento, senhor, só depois de 48 horas.

Não me incomodei em falar mais nada, desliguei o telefone, peguei as coisas de Bella e entrei na casa de Alice.

- Então Edward? Encontrou Bella? Está tudo bem?

- Infelizmente não, Alice. Ela chegou até aqui, não sei se percebeu, mas o carro dela está estacionado aqui na frente da casa, mas eu encontrei a bolsa e as chaves jogadas na calçada. Minha Bella foi sequestrada, Alice, e eu não sei o que fazer!

- Já ligou para a polícia?

- Já, mas eles disseram que só depois de 48 horas. Teremos que começar a investigar por conta própria.

No momento que eu acabei de falar alguém bate à porta. Alice, desesperada, vai correndo atender a porta na esperança de alguma notícia.

- Sra. Levine? O que a traz aqui?

- Eu vi uma coisa muito estranha, Sra. Whitlock e achei que pudesse ter alguma coisa a ver com você, pois foi em frente a sua casa.

- Entre e nos conte o que aconteceu.

Entrou uma senhora de meia idade na sala. Alice nos apresentou e pediu que ela contasse.

- Uma moça, que eu reparei que a visita bastante, às vezes com o senhor – falou apontando pra mim. – estacionou aqui em frente a sua casa. Eu estava voltando do mercado e vi ela saindo do carro e acionando o alarme quando um moço loiro caminhou sorrateiramente por trás dela e colocou um pano em seu rosto, logo parecia que ela tinha desmaiado. O moço pegou-a no colo e levou para uma van preta com vidro também preto.

- Como era esse moço? – perguntei, meio que já sabendo de quem se tratava.

- Um pouco mais baixo que o senhor, cabelo bem loiro e todo arrumado, parecia um desses filhinhos de papai. Não consegui ver a cor dos olhos.

- Muito obrigado, Sra. Levine, a senhora nos ajudou muito. Essa moça é minha noiva e ela tinha desaparecido, agora temos uma pista de quem seja. Se for preciso, a senhora pode falar tudo isso que nos falou para a polícia?

- Claro, faço o que for preciso para ajudar.

- Obrigada, vamos a uma delegacia então, agora temos uma testemunha, não será preciso esperar dois dias.

Saí de casa com Alice e a Sra. Levine rumo à delegacia. Entramos todos no meu carro e voei para a delegacia mais próxima. Chegamos e logo fui registrar uma queixa.

- Eu quero fazer uma queixa de sequestro, minha noiva foi sequestrada.

- Há provas ou testemunhas?

- Tem uma testemunha que viu tudo o que aconteceu.

E novamente a Sra. Levine explicou tudo que viu.

- Bom, como houve testemunha ocular do ocorrido podemos abrir um boletim de ocorrência. Vamos começar a investigação, começando com o primeiro suspeito, o ex-noivo da vitima, o senhor Michael Jason Newton.

O delegado explicou cada passo que seria dado. Falei que poderia tentar conseguir o telefone do desgraçado. Liguei para o meu sogro, muito provavelmente ele ou Renée tivessem o número de Mike.

- Alô? Charlie?

- Oi Edward, como vai?

- Mal, Charlie, tenho péssimas notícias, eu estou desesperado! Bella foi sequestrada e o principal suspeito é o Mike.

- Se esse desgraçado mexer em um fio de cabelo sequer da minha filha ele vai se ver comigo. Estou a caminho de Seattle nesse instante, farei o possível e o impossível para ajudar.

- Há uma coisa que você pode fazer para ajudar nesse instante.

- O quê? Diga-me que eu faço.

- Você ou Renée tem o telefone do desgraçado?

- Eu não tenho, mas Renée deve ter. Vou procurar por ela nesse momento, aguarde meu telefonema.

- Ok. Estarei esperando.

Menos de cinco minutos depois Charlie retornou a ligação.

- Consegui o telefone da casa dele e do celular.

- Excelente Charlie, me passe o número que agora mesmo a polícia entrará em contato com ele.

Anotado o telefone dele logo a polícia ligou para a sua casa. Ele mesmo atendeu o telefone, mas negou ter sequestrado Bella, dizendo que não a via há mais de um ano. Eu sabia que ele estava mentindo, sabia que ele estava com a minha Bella, mas não sabia como descobrir onde ele a havia deixado.

PDV Bella

Acordei com uma dor de cabeça horrível, parecia que eu estava de ressaca, mas eu sabia que não estava. Era o efeito do clorofórmio. Levantei e percebi que estava deitada em uma cama, por isso não estava desconfortável. Olhei em volta e me vi em um cômodo sem janelas, havia a cama onde eu estava sentada, uma mesa circular de madeira com duas cadeiras desaparelhadas, um velho guarda-roupa de duas portas e uma escada que dava para o teto, tinha quase certeza que eu estava em um tipo de porão.

Segundos depois de ter me sentado ouvi o trinco de uma porta e alguém descendo as escadas. Mike.

- Que bom que acordou meu amor!

- Para onde você me trouxe Mike?

- Nossa! Onde está a sua educação? Tenho certeza que Renée a educou muito bem.

- Mike me tira daqui.

- Daqui você não sai, docinho, enquanto você não disser que me ama.

- Pare com isso, Mike, você sabe que eu nunca te amei e não vai ser assim que você vai conseguir isso.

- É o que veremos, minha linda.

- Não me chame assim, só Edward pode me chamar assim. Pra você eu sou Dra. Isabella Swan.

- Enfezada. Adoro quando fica assim. Aqui está sua comida, não quero que a minha mulherzinha morra de fome. – disse ele deixando uma bandeja com um prato de comida e um copo de suco em cima da mesa. Aproximei-me da mesa e peguei o suco. Fingi que ia beber, mas joguei o suco em seu rosto.

- Sua vagabunda! – vociferou ele, batendo em meu rosto, me fazendo cair na cama. – Só por causa dessa sua gracinha eu vou levar a comida de volta lá pra cima e você vai ficar sem comer hoje, pra você aprender a me respeitar.

- Não quero nada que venha de você! Eu tenho nojo de você! Nojo!

- Cedo ou tarde eu vou fazer você mudar de opinião, minha querida. Você vai ser minha, querendo ou não. Mas não se preocupe, não será hoje. Mais tarde eu volto. Se comporte na minha ausência.

Assim que ele saiu deixei que as lágrimas inundassem meu rosto. O que eu tinha feito para sofrer isso? Como será que Edward estava? Será que ele já havia percebido meu desaparecimento? Será que ele estava me procurando? Eram perguntas pelas quais eu não tinha resposta.

PDV Edward

Estávamos todos no meu apartamento. Charlie havia chegado e para minha surpresa com Renée junto. Assim que chegaram Renée pediu desculpas pelo seu comportamento para comigo, disse que agiu daquela forma porque Michael a estava ameaçando, dizendo que se não o ajudasse a me separar da Bella ele iria acabar com a vida de toda a sua família. Desculpei-a, pois entendia seus motivos. Logo depois Jasper, Emmett e Rosalie também chegaram. Estavam todos desesperados, afinal apesar de apenas Emmett ser irmão de sangue de Bella, Jasper e Rosalie a considerava como sangue do mesmo sangue.

Naquele instante eu estava com uma blusa de Bella nas mãos, para ter seu cheiro perto de mim enquanto ela estivesse distante. Como queria que ela estivesse em meus braços para que eu pudesse protegê-la de todo o mal. A polícia estava tentando um mandato de busca para a casa de Mike, mas o juiz ainda não havia liberado. Alguém bateu na porta e eu fui correndo atender, pensando ser alguma notícia da minha princesa. Abri e me deparei com Jacob e Nessie, que transbordavam de preocupação.

- Alguma notícia, cara?

- Nenhuma, eu estou desesperado. Eu quero ela aqui comigo, Jake!

- Eu sei, cara. Agora só nos resta rezar e ter fé que tudo vai dar certo.

- Eu ainda estou torcendo para que isso seja só um pesadelo, que daqui a pouco vou acordar e me ver deitado abraçado a ela.

- Infelizmente não é um pesadelo, Edward, mas pode contar conosco para o que der e vier. – falou Nessie.

- Obrigado, pessoal. O apoio de vocês ajuda muito.

Naquele segundo escutei o telefone de casa tocando. Corri até ele em desespero.

- Alô?

- Sr. Edward aqui é o delegado Demetri, recebi algumas informações sobre o desaparecimento de sua noiva.

- Então fale delegado.

­- Parece que alguns vizinhos do senhor Michael Newton ouviram gritos vindo da casa dele, gritos de socorro. Estamos tentando agilizar o mandato com o juiz, creio que em pelo menos meia hora eu devo conseguir o mandato. Vamos invadir a casa dele ainda hoje.

- Obrigado delegado Demetri. Será que eu poderia ir com vocês?

- Sim, desde que não interfira no meu trabalho.

- Não, eu só quero a minha Bella o mais rápido possível comigo.

- Até logo, senhor Edward.

- Até logo delegado.

Desliguei o telefone e todos perceberam o meu olhar de esperança.

- Alguma notícia Edward? – perguntou Charlie.

- Sim, parece que vizinhos de Mike ouviram gritos de socorro vindo da casa dele e o mandato deve sair em no máximo meia hora. Ainda hoje eles vão invadir a casa do desgraçado.

- Graças a Deus! – agradeceu Renée. – Eu só quero minha filha à salvo.

- Ela ficará, Renée, pode ter certeza. – falei otimista. Se tudo desse certo em menos de duas horas minha Bella estaria de volta para os meus braços.

PDV Bella

Assim que me recuperei da minha crise de choro e levantei e fui até a porta no alto da escada. Tentei abrir, mas obviamente estava trancada. Comecei a bater na porta e gritar, na esperança de alguém ouvir e me tirar daqui. Gritei por cerca de uma hora, até que Michael voltou. Ouvi a porta sendo destrancada e me afastei, não queria que ele me batesse de novo.

- Cala essa boca, sua vagabunda. – disse ele se aproximando e me segurando pela garganta. – Se alguém ouviu você gritando provavelmente vai ligar para a polícia, que já me ligou perguntando coisas sobre você, seu precioso noivinho está atrás de você. Fui distraído e uma pessoa me viu trazendo você, mas erros não serão mais cometidos. Se prepare que sairemos daqui o mais rápido possível.

Mike me jogou na cama e saiu do cômodo. Sentei-me na cama, abracei os joelhos e pensei em tudo que estava acontecendo. Edward estava me procurando, afinal, já tinha até acionado a polícia. Tive sorte e uma testemunha viu Mike me carregando. O que me restava no momento era rezar e ter fé de que alguém tivesse ouvido meus gritos e ligado para a polícia, que poderia ligar os fatos.

Do nada a porta bateu com força e Mike entrou furioso.

- Você conseguiu, sua v****, os vizinhos ouviram seus gritos e ligaram para a polícia. Agora eles estão lá fora com armas apontadas para a casa. Mas se eles pensam que vai ser fácil estão muito enganados. – disse ele me pegando pelos cabelos e arrastando escada acima.

PDV Edward

Alguém bateu à porta e fui correndo atender. Era o delegado Demetri e mais dois policiais.

- Sr. Cullen, consegui o mandato de busca e apreensão. Vamos com alguns carros, muito provavelmente o sequestrador já sabe que estamos com fortes suspeitas sobre ele e deve mudar de cativeiro o mais depressa possível, por isso teremos que ser rápidos.

- Partimos quando o senhor quiser.

- Alguém além do senhor vai conosco?

- Sim, meu sogro, meu cunhado e Jasper, que é quase um irmão para minha Bella.

- Tudo bem. Temos várias viaturas lá em baixo, vamos nelas que é mais rápido.

- Ok.

Descemos o delegado, os policiais, Charlie, Emmett, Jasper e eu. Alice, Rose, Nessie e Jacob ficariam no meu apartamento, por questão de segurança caso o desgraçado tente algum contato por telefone. Entramos nas viaturas, que aceleraram quase que imediatamente. Em menos de quinze minutos estávamos em frente a mansão de Michael. Era possível ouvir gritos de dor lá de dentro. Ele estava machucando minha Bella, minha vontade era de entrar e acabar com a vida dele.

- Michael Newton, a casa está cercada. Se entregue. – falou o delegado pelo megafone.

- Nunca! – ele gritou de uma janela do primeiro andar.

- Sua pena pode ser reduzida se você se entregar. Se realmente ama essa mulher se entregue.

- Bella é minha, entenderam? Ela não pertence a mais ninguém a não ser eu. Se ela não for minha não vai ser de mais ninguém!

De repente ele abre a porta da entrada com Bella na sua frente. Uma das mãos dele estava em sua garganta, apertando, e a outra segurava uma arma apontada para a cabeça de Bella. O rosto dela estava vermelho, provavelmente por ter apanhado dele, e lágrimas escorriam por seu lindo rosto. Prometi a mim mesmo que nunca mais aquele rosto derramaria uma lágrima de tristeza, se dependesse de mim ela só choraria de felicidade. Ela moveu os lábios, olhando pra mim. Consegui ler seus lábios, que diziam “Eu te amo”. Mesmo passando por tudo aquilo ela ainda tentava me confortar. Isso me dava forças para continuar em pé, firme e forte por ela, firme para ser seu porto seguro, sua fortaleza.

Olhei para os lados, procurando por Jasper, Charlie e Emmett, mas só encontrei Charlie, que olhava fixamente para sua filha nas mãos daquele desgraçado. Do nada vejo alguém aplicando uma chave de braço em Mike e Emmett puxando Bella para seus braços. Jasper, que era quem tinha dado a chave de braço, conseguiu tirar a arma das mãos dele. Corri até Bella e sem pensar a tirei dos braços de Emmett e puxei para os meus. Enterrei meu rosto em seus cabelos, memorizando o delicioso cheiro de morangos que emanavam dele.

- Graças a Deus! Graças a Deus! Graças a Deus! – repeti várias vezes. Senti Bella soluçando em meu peito, agarrada a minha cintura. Levantei seu rosto, limpei suas lágrimas com as costas da mão livre e beijei-a com todo o amor possível, o que não era pouco. Eu pensei que iria enlouquecer em cogitar a hipótese de não beijar mais aquela boca doce. – Senti tanto a sua falta! Pensei que fosse enlouquecer! Juro que se acontecesse alguma coisa com você eu mataria esse desgraçado! Eu te amo tanto, meu anjo, você não vai mais se afastar de mim tão cedo!

- Está tudo bem, meu amor, eu estou aqui, graças a Deus e a você, Emm e Jazz. Eu te amo!

- Como eu te amo!

- Minha filha! – gritou Charlie.

- Pai! – disse Bella, depois olhando pra mim.

- Vá ver seu pai, tenho que agradecer a Emm e Jazz por trazer você de volta pra mim.

Bella sorriu pra mim, selou nossos lábios e foi abraçar Charlie. Olhei em volta procurando por Emmett e Jasper, mas antes vi Michael entrando na viatura algemado. Lançou-me um olhar assassino, no qual não dei a mínima importância. Aproximei-me de Emmett e o abracei, agradecendo por ter salvo minha Bella.

- Não foi nada, cara, Bella é minha irmã, faria tudo por ela. Agora, você deveria agradecer mesmo ao Jasper, a ideia foi toda dele.

- Valeu irmão! – disse abraçando Jasper. – Devo minha vida à você.

- Não foi nada, cara, Bella é como uma irmã pra mim, a irmã que eu nunca tive.

- Vocês dois se arriscaram demais! – disse o delegado, se aproximando e falando com Jasper e Emmett. – Mas obrigado, não sei se teríamos sem feridos.

- Não foi nada, delegado.

- Podemos ir para casa?

- Só preciso conversar com Isabella antes, não se preocupem, não vai demorar muito, no máximo dez minutos.

- Ok, logo depois eu a levarei ao médico, para ver se não há nada de errado com ela, se aquele desgraçado fez algo com a minha Bella...

- Não se preocupe, ele pagará por seu erro.

- Ele é rico, pode pagar os melhores advogados, logo um deles consegue um habeas corpus e lá está ele a solta de novo.

- Vou investigar a ficha dele, eu estou sentindo que há algo a mais na sua ficha, algo que eu possa mantê-lo na prisão, algo que nem habeas corpus resolva.

- Tomara, delegado, tomara.

Ele se afastou e foi falar com Bella. Ela me chamou, pediu que eu ficasse com ela. Devagar contou tudo que se lembrava, contou que foi agredida quando jogou suco nele, levando um tapa no rosto, e quando a polícia chegou, sendo arrastada pelos cabelos pela casa. Se ele não tivesse sido levado para a delegacia eu o teria tirado da viatura e socado a cara dele até deixá-lo desacordado. Logo depois de Bella ter dado seu depoimento levei-a até um hospital. Depois de examinada foi constatado que não tinha nada quebrado, para a sorte do Mike.

Entramos no meu apartamento e Bella levou um susto. Rose, Alice, Nessie, Jacob e Renée vieram para cima dela para abraçá-la. Depois de a deixarem respirar, Bella foi olhar quem a havia abraçado. Seu olhar focou por último em Renée. Elas não se falavam desde a nossa única ida até Forks, ela tinha rompido relações com a mãe, sempre que Bella falava com seu pai era quando ele vinha para Seattle todas as terças, pois trabalhava como juiz em um dos fóruns de Seattle.

- Minha filha, eu peço desculpas por toda dor que eu causei a você e a seu noivo. Você não sabia, mas Michael me chantageava, falou que se eu não o ajudasse a separar vocês dois ele destruiria a vida da nossa família, incluindo a sua e de Edward, por isso não apoiei seu namoro. – disse Renée se aproximando da filha.

- Tudo bem, mãe, eu entendo o que a senhora passou. É claro que a senhora está perdoada. – disse Bella sorrindo.

- Oh, minha filha, muito obrigada! – disse Renée abraçando Bella. A cena foi comovente, ver mãe e filha que não se falavam há mais de um ano fazerem as pazes. – E você, Edward? Pode me aceitar como sua sogra? Prometo não ser daquelas que pegam no pé dos genros...

- É claro, dona Renée. Eu também entendo os motivos da senhora.

- Quem bom, então vem cá e me dê um abraço. – disse ela abrindo os braços. Dei dois passos até onde ela estava e abracei-a. Era um abraço realmente sincero, dava para sentir

- Bom, agora eu posso participar do casamento da minha filha. Vem cá, meu bebê, me conta como anda os preparativos? Tem uma profissional tomando conta de tudo ou é você quem está cuidando? Eu estou disponível para hora que precisar...

- Querida, não é melhor deixar nossa filha descansar? Ela passou por maus bocados hoje... – disse Charlie.

- Tem razão, querido, que cabeça a minha. Quer que te deixemos em casa, meu bebê?

- Não precisa, mãe, vou ficar em um quarto de hóspedes do Edward, eu acho que não estou muito bem a ponto de ficar sozinha em casa.

- Tudo bem, minha filha, nós temos que voltar para Forks ainda hoje, tenho alguns compromissos para resolver no trabalho em Port Angeles, mas amanhã eu te ligo para ver como anda o casamento, ok? Edward cuide do meu bebê!

- Pode deixar dona Renée. – falei abraçando a cintura de Bella e beijando o alto de sua cabeça.

- Só Renée, ok? Vamos Charlie. Tchau meus queridos! – disse ela se despedindo de todos.

- Nós também vamos para casa, Bells. – disse Jasper.

- Tudo bem, Jazz. Obrigada mesmo, eu te devo minha vida!

- Não foi nada, Bells. Cuide-se! Tchau mano.

- Tchau Jazz. Tchau maninha.

- Tchau Edward, tchau Bellinha. – disse Alice, depois se virando para Jasper. – Que história é essa que a Bella lhe deve a vida? Pode explicando Jasper Ethan Whitlock.

Ri da cara que Jasper fez, provavelmente ele iria ouvir algumas depois que contasse tudo que aconteceu. Logo depois de Jazz e Allie irem embora, Rose, Emm, Nessie e Jake também foram, me deixando a tarefa muito agradável de cuidar do meu amor.

- Tem alguém aqui precisando de colo? – falei me aproximando dela depois de fechar a porta.

- Tem sim, bastante colo. – disse ela passando os braços ao redor do meu pescoço.

- Pode deixar que eu vou cuidar de você direitinho, meu amor. Só tenho uma pergunta.

- Qual?

- Você tem que ir ao fórum alguma vez até o casamento?

- Não, por quê?

- Porque vamos adiantar e prolongar nossas férias. A partir de hoje você não sai da minha vista, a não ser se for para provar o vestido de casamento e na hora de se arrumar para o casamento. Quando você for provar eu vou te levar até Alice, ficar na sala esperando e te trazer de volta e no dia do casamento você vai estar com seus pais, então vou ficar mais tranquilo, mas fora isso é debaixo das minhas vistas, ok?

- Tudo bem, senhor mandão, apesar de que isso vai ser bem agradável.

- Pode ter certeza que sim. – falei e finalmente a beijando. Guiei-a até o banheiro, dei um banho relaxante na banheira e a coloquei na cama. Não fizemos nada naquela noite, apenas velei o sono do meu anjo, torcendo para que isso afastasse seus pesadelos e só tivesse sonhos lindos, como só ela merece.


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