Crystal Moon escrita por Julieta


Capítulo 4
Meu primeiro beijo... Minha primeira morte...




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    No caminho para a festa não foi o que eu imaginava, ele ficou tenso e não tínhamos assunto, então simplesmente falamos sobre a escola, trabalhos e lições de casa.

Estávamos em silêncio faz um sete minutos até chegar ao evento.

Por um bobo silêncio, eu estava triste e com raiva, não queria mais ficar naquele lugar. Mas, Erick trancou a porta do carro e me puxou para ele.

— Meg, olha eu também não queria que fosse assim, eu queria te pegar na porta e te cumprimentar melhor, mas eu não consegui, me senti preso ao chão. E você está tão bonita, linda pra falar a verdade, e eu não consegui dizer nada. - ele disse a mim.

— Você gosta de mim. - sussurrei.

— É claro. Vamos entrar?

Assenti, deixamos o carro e eu me encantei com a decoração do lugar. Estava escuro e sombrio. Tinha uma pista de dança com a maioria dos alunos de La Push.

Quando me toquei estava dançando com Erick, e a Beca estava com mais duas garotas dançando uma música eletrônica em cima de um palco. E seu irmão gêmeo Cauã estava como DJ.

— Agora galera, peguem seus pares por que vamos desacelerar o ritmo.

— Quer dançar comigo? - perguntou Erick a mim.

— É claro - respondi.

 Ele enlaçou minha cintura e eu a sua nuca, ficamos tão próximos, conseguia sentir seu hálito quente e de hortelã.

— Me desculpe, mas tenho que fazer isso.  - disse ele ofegante.

— Não hesite. - respondi.

Devagar, sem pressa nossas peças se tocaram levemente, nossos narizes se roçaram um no outro.

Seu hálito quente e sua respiração conseguia senti-los perfeitamente.  Senti meu lábio sendo pressionado por um singelo e inocente selinho, mas não queria que o beijo acabasse por isso abri um pouco mais a minha boca para continuar o beijo.

Senti pessoas me empurrando e percebi que uma música agitada começou.

— Vamos para outro lugar.

Não vá. - algo gritou em minha cabeça.

Hesitei por um segundo, mas depois eu senti, ele me pegou no colo e correu para a floresta.

Pare, você pode se machucar - era uma mulher e percebi que ela estava agoniada.

Desisti dessa ideia de saber o que era isso na minha cabeça, quando ele me pressionou contra uma árvore e começou a me beijar novamente.

— ORA, ORA, ORA, QUEM DIRIA.

— UM CASALZINHO PERVERTIDO NA FLORESTA.

— PODERÍAMOS NOS JUNTAR A FESTA?

Sete alunos da reserva entraram na floresta nos interrompendo.

Saia Daí. - disse a mulher novamente.

Fique! Enfrente-os! - disse um homem dessa vez.

Estava confusa, não sabia o que fazer até que o Erick me disse:

— Toma. Pegue. - ele me estendeu a espada de sua fantasia.

Peguei sem hesitar enquanto ele avançava para cima de um dos rapazes que estava dizendo coisas inúteis a mim.

A briga estava feia. De repente outro garoto surgiu atrás de mim.

Acerte-o.

Não faça isso.

Puxe essa espada e acerte-o em cima de seus ombros. 

Não sabia o que fazer, estava confusa e prestes de ser abusada por um homem que nunca conheci. Resolvi não escutar a mulher em minha cabeça, puxei a espada e de lá saiu uma pequena faca afiada e ataquei aquele garoto, acertando em cima de seus ombros, no pescoço. Ele caiu no chão com as mãos no pescoço ensangüentado. Ele murmurava algumas coisas, incrédulo, olhei para trás e vi que os outros seis estavam mortos ou estavam apenas desacordados no chão, e Erick corria até mim, ele me abraçou.

— Você está bem, Meg? - e então respondi.

— Eu não sei, estou um pouco tonta.

O que não era mentira estava tonta e quase sem ar, e as vozes em minha cabeça agora brigavam.

 Eu disse para não fazer isso. - disse a mulher.

Ela fez o que devia.

Coitada, quase menos do que uma criança, doce menina. Irá sofrer tanto com mentiras.

Cale-se, Sarah, o que está feito está feito, não dá mais para mudar.

As vozes pararam e na minha cabeça rodavam apenas três coisas: Primeira - o Erick havia me beijado e ele me amava.

Segunda - eu havia matado uma pessoa

 Terceira - essas vozes que me assombravam estavam cantando um poema que nunca ouvi.

Óbito refletido pelas lendas

Carrega-se o mito eterno

Sem recuar

Lua vós completa

Cheia é a sua estadia

Fora de controle

Refletida pela pele

Com o fogo inicia

Torna se o mito próprio

Dominada por ela

Queimadura de prata

Revela pelo sangue

Até a Deusa se por

Tira o manto negro de si

E volta ao passado

A maldição se concretiza

E tudo ficou escuro.


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