Angels Cry escrita por SnakeBite


Capítulo 44
Capítulo 44: Um Pouco Melhor


Notas iniciais do capítulo

mais um capitulo (:



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 POV. Avril

  Tio Henrique estava sentado no sofá do lado de tia Marianne, June e Jake estavam sentados no chão, June encostada em seu ombro, Jake acariciando seus cabelos.

  Estávamos na casa da Lisa. Desde que ela chegou, estava trancada no seu quarto. Não sai, e não déia ninguém entrar. Não come, não bebe. Só escuta musica, alto, mais precisamente Nirvana.

  Ninguém sabia o que fazer para tirá-la de lá.

  Eu estava sentada no chão, encostada na porta dela. A musica tinha parado, e um silencio predominava lá dentro. Eu batia as unhas na porta.

-Amiga, abre a porta. Por favor.

  Fechei os olhos, as lagrimas caindo.

  Sempre foi assim; a tristeza dela, era a minha tristeza. A tristeza de June, era a nossa tristeza. Sempre que uma ficava mal, a outra ficava também. Éramos assim desde sempre.

-Avril, você podia tentar o Dean.

  June me perguntou, quando eu me levantei e me sentei no chão da sala.

-Já tentei.

  Respondi a June, que estava com o rosto inchado de tanto chorar.

-E se ela passa mal?

  Tio Henrique perguntou.

-Só sei que ela não vai abrir.

-E o Syn? Será que ela abre para ele?

  Jake perguntou, encarando todos.

-Não sei...

-Podemos tentar.

  Falei, desanimada, me levantando do sofá, abrindo a porta e descendo as escadas. Respirei fundo, parada na porta de Brian. Bati na porta levemente.

  Ele apareceu, a cara abatida, pálido, mal pra caramba.

-Hey.

  Sorri, tristonha.

-Ela ainda não saiu do quarto, hm?

  Neguei com a cabeça.

-Brian, Lisa precisa de você. Quem sabe ela não abre a porta e...

-Acha que ela vai abrir pra mim?

  Perguntou, irônico.

-Ela não abiu pro Dean, e você sabe que sempre foi o favorito dela. Você conseguiu vencer o Jake, Syn. Ela esta tão mal, só vai escutar você agora. Por favor.

  Pedi, quase implorando. Ele respirou fundo, calçando os chinelos e fechando a porta.

  Quando chegamos lá, todos se levantaram, o encarando com esperança. Chegamos perto da porta; Syn fechou os olhos, respirando fundo.

-Liss? Sou eu, Brian.

  Um momento de silencio.

-Está aberta.

  Ele girou a maçaneta, entrando no quarto. De relance, apenas vi o quarto fechado, e Lisa sentada na cama, abraçada com as pernas, até ele fechar a porta de novo.

      POV. Lisa

  Escutei a voz de Syn soar atrás da porta.

  Estava na hora de eles perceberem que eu queria falar com ele. Só com ele.

-Está aberta.

  Ele girou calmamente a maçaneta. Quando entrou, me encarou por segundos. Vi Avril me encarar, com uma dor fraternal nos olhos, e ele então fechou a porta. Brian se sentou na minha frente, e senti-me automaticamente começar a choramingar.

-Como eu posso sentir tanta dor por alguém que nem se quer veio ao mundo, Syn?

  Ele abaixou o olhar por um segundo, engolindo a seco. Ele subiu na cama, se sentando do meu lado, abraçando-me.

-Hey, meu amor, não chora.

-Ela era minha filha, Brian, como você não quer que eu chore?

  Perguntei, meio grogue de sono, encostando a cabeça em seu braço, falando baixo.

  Ele apareceu pensar um pouco, e então perguntou:

-“Ela”?

  Sorri, já sabendo qual era a dele. Mas eu estava tão doida que nem liguei.

-Era uma garota.

  Ele sorriu, puxando meu rosto e deitando-o em seu ombro.

-Qual seria seu nome?

-Eu pensei que Alice.

-Por causa do seu filme favorito?

  Ele me perguntou; minhas pálpebras quase fecharam uma vez que pisquei.

-Não, meu filme favorito é Pânico, mas eu não posso colocar o nome da minha filha de Pânico, então...

  Caí dormindo em seu colo.

  Quando acordei, já meio de tarde, Syn ainda estava do meu lado, acariciando meus cabelos, Vênus deitada em meu colo.

-Tudo bem?

  Ele perguntou, me encarando. Desencostei-me dele, me sentando e espreguiçando. Assenti com a cabeça.

-Acho melhor você ir pegar umas roupas.

  Falei, me encolhendo num canto entre o Syn e a parede, bem perto dele, encarando seus olhos, cansada.

-Por que?

-Você pode dormir aqui, não pode? Meu pai não vai...

-Ok, eu posso.

  Assenti, respirando fundo.

  Formou-se silencio.

  Mais silencio.

-Por que não foi me visitar no Hospital?

  Perguntei, a pergunta que não calava.

  Ele pareceu ficar irritado.

-Não me deixaram. Mas deixaram o babaca do Dean.

-Não se preocupe, eu conversei com ele e... Dean vai embora.

  Brian franziu a testa.

-Falei pra ele que se ele ficasse mais tempo aqui, eu me lembraria da Alice e...

  Funguei, limpando o nariz com as costas da mão esquerda.

-Não precisamos falar sobre isso. Agora, Liss, meu amor; você tem que sai desse quarto.

-Não quero encarar meus pais. Eles vão me...

-Não vão. Eles perderam uma neta, não vão crucificá-la.

-Ok. Mas agora não.


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