Somebody To Love escrita por meggeiferreira, claudia00, Sarinhaas


Capítulo 3
3º Capitulo – Each morning I get up I die a little


Notas iniciais do capítulo

Voltei :D (explicações em baixo)
Ao longo do capitulo irão aparecer link's para imagem, quem quer abre, quem não quer não abre.



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Um novo dia, um novo começo, uma nova vida, uma nova casa, uma nova escola, uma vida mais feliz, pelo menos espero eu. Sim é verdade, hoje é o dia da minha grande mudança para Seattle, para a casa dos meus primos. Nem acredito em tudo o que esta a acontecer, posso não gostar de todas estas mudanças, mas para mim Seattle significa um novo começo, e de isso gosto.

O meu pai foi à escola de manhã mas a minha mãe ficou-me a ajudar a arrumar as últimas coisa. Almoçamos todos juntos em casa e depois eles foram-me levar ao aeroporto de Port Angeles. A despedida foi calma, nada de lágrimas, nem sorrisos, algo verdadeiramente calmo. Um simples “adeus”, e embarquei no meu avião.

Pensei que seria mais difícil conseguir embarcar, de novo, num avião. Mas o processo até foi bastante rápido, e 10 minutos antes da descolagem do avião já estava sentada e instalada no meu lugar, 23-E.

-Senhorita Isabella Swan, certo?

-Sim. – Fui tirada dos meus pensamentos pela assistente de bordo.

-Desculpe estar a interromper, Sr.ª Swan, mas não se importaria que esta menina se senta-se ao seu lado? – A assistente de bordo parecia um pouco envergonhada por ter que me pedir isso, e com a minha distracção nem tinha reparado na menina que se encontrava ao lado dela. Era uma menina linda, não deveria ter mais de 5 anos. Ela tinha um largo sorriso espelhado na cara, e os seus cabelos em cascatas eram de uma cor castanha acobreada o que destacava os seus olhos verde esmeralda. Houve algo de conhecido na menina que me chamou a atenção, mas não sei bem ao certo o quê… talvez os olhos, o cabelo ou até mesmo o sorriso… Eu não sei o que era, mas sabia que era algo bastante conhecido para mim. -Ela está a viajar sozinha e eu não gostaria que fica-se ali naqueles bancos sozinha. – a senhora apontou para um grupo de 3 bancos, todos vazios, um deles deveria de ser o lugar da menina – e já que tem um lugar vazio ao seu lado….

-Oh! Claro. – Finalmente fez-se luz na minha cabeça, no início não estava a perceber muito bem onde é que a hospedeira queria chegar. - Queres sentar-te ao pé da janela ou do corredor? – se passaria uma hora junto de uma criança tão fofinha, seria melhor começar a falar com ela.

-Posso sentar-me ao pé da janela?! A sério!? – o sorriso da menina aumentou umas 10 vezes – É que o meu pai nunca me deixa ir ao pé da janela.

-Mas eu deixo. Queres?

-Claro que quero! - A hospedeira começou a arrumar as malinhas da menina na cabine superior e ela sentou-se ao meu lado. – Eu sou a Kate. E tu como te chamas?

- Eu chamo-me Isabella, mas podes-me tratar por Bella.

- Oh, que nome tão bonito.

- O que uma menina tão pequenina, está a fazer sozinha num avião?

- Sempre que vou visitar os meus avós venho de avião sozinho, pelo menos desde que a minha mãe… - o sorriso de Kate começou a desaparecer. Comecei a ficar preocupada, porque aquilo a que antes se podia chamar cara sorridente agora se estava a transformar na cara da menina mais triste do mundo. Não sei onde foi arranjar forçar, mas passado pouco tempo já estava pronta a acabar a frase e um sorriso voltou a aparecer.- a minha mãe teve um acidente de avião e por isso o anjinho da guarda dela acho que era melhor leva-la com ele. Eu não fiquei muito triste porque sabia que ele ia cuidar muito bem da minha mama, mas o meu pai ficou.

- Foi à muito tempo que o anjinho levou a tua mãe?

- Fez um ano esta semana, por isso é que vim ver os meus avós. O papa não queria que andasse de avião, mas eu prometi-lhe que o meu anjinho não me ia levar para ao pé dele, como fez com a mama. – Kate esboçou um sorriso mágico, qualquer um não lhe teria dito não. Quando ela falou que o acidente da mãe dela tinha sido à um ano eu nem queria acreditar, a mãe dela também estava naquele avião…

- Senhoras e Senhores passageiros do voo 3569 com destino a Seattle, informamos que dentro de instantes iremos iniciar a nossa descolagem. Por favor coloquem os cintos de segurança, juntando as pontas e ajustem ao vosso corpo, para abrir puxem a parte superior da patilha para cima. – uma hospedeira foi para o corredor e começou a fazer a demonstração – Por favor estejam atentos aos procedimentos em caso de emergência: as máscaras de oxigénio estão colocadas na cabine superior, em caso de emergência irão cair automaticamente. Para aumentar o nível de oxigénio coloque a máscara sobre o nariz e a boca, ajuste o elástico em volta da sua cabeça e continue a respirar normalmente. Auxilie as crianças e pessoas com maior dificuldade após a colocação da sua máscara.

-Encontram-se luzes de emergência ao longo da cabine, no tecto e no chão, que indicam o caminho para as 8 saídas de emergência neste avião. Duas encontram-se na parte dianteira do avião, quatro sobre as asas e outras duas na parte traseira. O assento em que se encontra sentado é flutuante, por isso, em caso de acidente ou aterragem na água leve-o consigo.

-Para mais esclarecimento de dúvidas encontra-se um cartão de medidas de segurança na bolsa do banco à sua frente. Por determinação da companhia aérea é extremamente proibido qualquer tipo de uso de aparelhos electrónicos durante a sua permanência no avião. Eu sou a Becca Fitzpatrick , e sou a hospedeira responsável por este voo, a todos desejo uma boa viagem.

Depois de acabar a demonstração o meu coração começou a bater descompassadamente, o fluxo sanguíneo aumentou e comecei a transpirar por todos os lados. Isto não podia estar a acontecer, eu não podia estar a ter um ataque de pânico momentos antes da descolagem, não podia ser verdade.

‘Inspira… expira… vai ficar tudo bem…. Inspira… expira… acalma-te Isabella, vai ficar tudo bem… inspira… expira… ‘ – estas poucas palavras, eram as únicas que consegui pensar.

- Bella passasse alguma coisa? – fui tirada da minha sequência de palavras pela vozinha de Kate, ela parecia preocupada. – Estas a ficar branca… Como a mama antes de ir com o anjinho... Não me vais deixar e ir com o teu anjinho, pois não? – sem eu dar conta grandes gotas de água começam a escorrer pela face da menina.

Mesmo que eu não tivesse forças para aguentar uma viagem assim, eu tinha que arranja-las. Neste momento havia uma menina bastante pequena ao meu lado que acabará de perder a mãe e acha que me vai acontecer o mesmo.

A único movimento que consegui fazer foi abrir os meus braços e dar um grande e demorado abraço. Cheguei a minha boca ao seu ouvido e sussurrei: “Eu estou bem. Nenhum anjo me vai levar do teu lado.

Eu não consegui largar Kate, por isso, comecei a acarinhar os seus cabelos e quando dei por ela, ela já estava a dormir em meus braços.

A viagem não foi muito demorada e em 1 hora já tínhamos chegado ao nosso destino. Kate ainda dormia em meus braços, por isso, por mais que me custasse teria que a acordar e dizer-lhe adeus. O mais provável era nunca mais a ver, e este ser o último momento com ela.

- Kate, chegamos, hora de acordar querida… - até parecia uma mãe a acordar o seu filho, mas não era e estava na hora das despedidas. – Kate, vá. Vamos levantar…

- Eu não quero… estou tão bem aqui… - neste momento Kate tinha a sua cabecinha ao meu ombro e estava completamente sentada em cima de mim.

- Eu sei queria, mas o seu pai já deve estar lá fora à sua espera. Já aterramos e tudo.

- Desculpe senhorita Swan, a menina Kate tem que sair agora comigo. Estou responsável por a entregar a seu pai. – com a preocupação em acordar Kate, nem tinha reparado que a hospedeira chefe se tinha aproximado de nós. Era agora, ao final de uma hora tinha chegado o momento da despedida. – Kate vamos? – a hospedeira depois de tirar as malas de Kate da cabine superior, retirou-a do meu colo e agarrou-a ao colo.

- Bela – Kate me chamou, antes de se ir embora com a hospedeira – podemos continuar a ser amigas?

Mesmo sabendo que o mais provável era nunca mais a voltar a ver, tentei esbocei o meu maior sorriso e disse-lhe que sim. Levantei-me do meu banco, dei-lhe beijo na face e sussurrei-lhe ao ouvido: “Amigas para sempre

Kate retribuiu o meu beijo e depois a hospedeira de bordo levou-a consigo. Eu logo de seguida, também, agarrei nas minhas coisas e encaminhei para a saída do avião.

Neste momento encontro-me junto das passadeiras rolantes onde as nossas malas saem. A minha mala até foi fácil de encontrar, já que era um cor-de-laranja que se destacava no meio das outras, e por ser das primeiras a sair.

Segundo as informações que a minha mãe me tinha dado, a minha prima Renata iria estar junto ao seu carro na entrada do aeroporto. À vários anos que não a vejo, não sei se a vou reconhecer assim de um momento para o outro.

Agarrei na minha mala e foi caminhando até à entrada principal do aeroporto. Estavam muitos táxis estacionados junto da entrada, mas ouve um carro que me chamou à atenção. Era um carro branco, um SsangYong. Eu nem queria acreditar. Sempre gostei muito de carros, e eu sabia perfeitamente que este tipo de carro era bastante caro, não era para qualquer um.

Do nada, a senhora que estava ao volante do carro começou a sair e a acenar na minha direcção. Era uma rapariga de cabelos ruivos e encaracolados, alta, elegante e de olhos verdes. Como não a conheci pensei que o aceno fosse para alguém que estivesse ao pé de mim. Mas depois a rapariga começou a gritar Bella, e eu ai percebi que era mesmo para mim. Será que seria Renata? Se fosse mesmo ela, só quero dizer que ela tinha mudou muito.

A rapariga começou a aproximar-se cada vez mais e depois quando finalmente chegou perto de mim, cumprimentou-me.

- Olá Bella, bem-vinda à tua nova casa. – Pronto, está confirmado é mesmo Renata.

- Olá Renata. Obrigado por me acolherem.

- Então como correu a viagem? A tua mãe estava muito preocupada, achou que irias ter um ataque de pânico ou algo do género. Mas não se passou nada, pois não?

-Correu bem.

-Ainda bem. É que a tua mãe estava muito preocupada. – não queria assustar Renata com o que se tinha passado, por isso não lhe disse, afinal de contas já se tinha passado e eu já estava bem.

-Não se passou nada. Tudo ok. – soltei um sorriso meio forçado, mas acho que Renata não se apercebeu.

- Pronta para conhecer a tua nova casa?

- Pronta. – Renata levou a minha mala para a bagageira do carro, enquanto eu entrava para o lado do co-piloto e colocava o sinto.

A viagem até casa dos meus primos nem foi muito demorada, em 15 minutos chegamos. Renata foi a caminho todo a falar. Contou-me onde seria a universidade que iria frequentar, como tinha sido fácil arranjar alguém para me ajudar no estágio, como havia decorado o meu novo quarto, resumindo falou um pouco de todo.

Renata deixou seu carro estacionado na garagem, e ajudou-me, mais uma vez, com as minhas malas. Fez questão de me mostrar os quantos à casa. Só do lado de fora notava-se que a casa era grande, mas nada comparado com o lado de dentro.

A cozinha estava ligada à sala. Pelo que tinha percebido a decoração da casa nunca saía do preto e branco, ao início não estava a gostar muito, mas depois a mistura das cores começou a agradar-me. Realmente a casa era gigante, acabei por descobrir que havia mais uma sala de estar no outro lado da casa.

Antes de Renata me mostrar o meu novo quarto fomos ver primeiro o jardim. No lado de fora havia uma piscina, que era bastante iluminada. Na parte de fora também havia uma zona com alguns sofás e no meio uma pequena “ladeira”. Aquele local era bastante calmo. Apesar de termos aceso à cozinha e a uns dos quartos a partir dali, aquele local transmitia uma paz bastante boa.

-Bella, estas a ver aquele quarto que podemos ver daqui? – Renata tirou-me dos meus pensamentos.

- Sim… O que tem?

- Diz Olá, ao teu novo quarto.

- A sério?! Um quarto com aceso à piscina. Uau. – pela primeira vez em muito tempo soltei um sorriso de verdadeira alegria.

Foi andado até o meu quarto. Ele seguia os mesmos tons do resto da casa, branco e preto. Tinha uma cama de casal, uma mesinha de cabeceira em cada lado, e pequeno sofá branco junto à janela, um aparador em preto e um plasma por cima dele. No lado contrário à janela que dava acesso à piscina, raparei numa porta, era a porta que dava acesso à casa de banho, sim uma casa de banho pessoal. Eu como hóspede, não estava à espera de tanto luxo.

Renata apareceu na entrada do meu quarto com as minhas malas nas suas mãos novamente. Disse que se precisasse ela estaria na sala e depois foi se embora, deixando-me sozinha.

O dia havia sido longo, por isso achei melhor ir dormir. Amanhã teria que ir à universidade apresentar-me ao meu coordenador de estágio, por isso, seria mais um dia longo.


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Notas finais do capítulo

Oi... Desculpem a demora, mas este períodos de aulas para mim é muito pequeno e por isso ando cheia de testes e trabalhos para entregar.
Desculpem dos link's, mas eu sei que há muitas leitoras que gostam de ver as imagens, por isso, vou tentar agradar a todas. Ok?
Queria agradecer à minha Beta Cláudia, por ter corrigido este cap em tempo recorde, e a todas que lêem a fic.
BJ's e até ao próximo cap.



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