My Darkness escrita por Lúcia Hill


Capítulo 25
Chapter - The Mysterious Stranger


Notas iniciais do capítulo

Um misterioso Forasteiro aparece na cidade, poderia ele modificar a vida de Eloise? E Damon.



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Lise permaneceu sentada no solitário banco da praça, seu olhar estava fixo no céu cinzento, sua mente já não perturbava como antes. Damon estava ausente de novo.

Por que de tudo isso? — pensou aflita.

Suas mãos estavam protegidas dentro dos bolsos do imenso casaco de inverno, as brisas gélidas de novembro começaram a soprar. Nunca, em toda sua vida, pensaria que estaria vivendo em meio de pessoas diferenciadas de si, e, para piorar, estava apaixonada por um vampiro — meses atrás caçoaria se alguém lhe disse que vampiros existiam.

Balançou a cabeça, de forma lenta e pensativa, seus olhos estavam em um tom de azul escuro intenso. Retirou a mão direita para verificar que horas eram, e os ponteiros ainda marcavam quinze para dez da noite. Sabia que os primeiros flocos de neve não demorariam a cair.

— Devo estar louca ou dentro de um livro de terror barato. — debochou.

Mas um calafrio lhe percorreu a espinha, fazendo a jovem se virar assustada na direção oposta. Não havia ninguém, apenas ela e seus pensamentos distorcidos. A jovem se curvou sobre o banco e fechou os olhos, tentando refletir.

Aquilo tudo era uma completa loucura.

— Não existe, não podem existir. — murmurou como em uma reza pra si mesma.

O clima estava superpesado, talvez não devesse ficar ali. Noah poderia estar em sua casa, dormindo, quieto e ela ali, arriscando-se. Sentiu a mão de Damon segurar a sua e começar a trilhar o caminho de volta, fizeram em silêncio. Perto da velha igreja, Eloise parou, encarando-o e, por fim, perguntou:

Afinal, por que realmente me beijou? — sentiu seu coração pular dentro do peito.

— Já lhe disse a razão. — não a encarou, estava evidente que era mentira, desde que a viu queria fazer isso, cruzou os braços e disse: — Vamos ou vai ficar aqui, até aqueles lobos virem até nós?

— Lobos? Como sabe que eram lobos? — sentiu seu sangue gelar.

Ele descruzou os braços e, enfim, encarou-a.

— Eles são nativos dessa região. — foi à única desculpa que tinha em mente.

Suas lembranças do passado a deixavam mais confusa. Desejava não acreditar na verdade, porém as circunstâncias tomavam outro caminho.

As brisas geladas de inverno começaram a soprar com um pouco de força, deixando sua pele delicada rosada.

— Lise, ele está apenas te usando, não vê? É questão de tempo para você virar o lanche dele.

A voz de Noah ecoava em sua mente, deixando-a agoniada. Nunca desconfiara de seu amigo de infância, mas não estava disposta a perdoá-lo por ocultar todos esses anos um segredo tão obscuro. Havia contado a ele toda sua vida, desde os traumas de infância aos problemas escolares, agora, sabia que ele não confiava nela como dizia.

Seu coração pulsava vagaroso e penoso.

Sua respiração tornou-se pesada e seus olhos pareciam ter petrificado, não sabia em quem confiar... Talvez fosse melhor mudar de cidade e esquecer todos de vez!

— Por que sempre sou a última a saber? — questionou contra o vento, aguardando resposta.

Mas apenas o som proporcionado pelo vento contra as árvores lhe fora a resposta.

Era penoso, mas real.

— Sei como é ser enganado, não pense que só você foi. — disse rouco, chamando atenção da moça na direção contrária do banco onde estava.

Ao se virar, pôde notar uma sombra alta e robusta, com visibilidade horrível. Por um minuto, achou que fosse Damon, mas quando o dono da sombra se moveu, saindo da escuridão, a jovem sobressaltou-se.

— Quem é você afinal? — perguntou.

O rapaz mostrou um largo sorriso sádico. Seu rosto era branco como cera, e seus olhos continham um tom avermelhado, contrastando com os cabelos negros.

— Não precisa saber meu nome, doce criança, pois dizem os antigos que nunca devemos revelar nossos nomes, pois podemos ser amaldiçoados ao revelarmos.

Eloise ficou boquiaberta.

— Não precisa ter medo, não irei mordê-la se quer saber, sou da paz. — disse irônico.

Com agilidade, aproximou-se do banco onde a jovem estava sentada, ainda sobre o olhar investigador dela.

— Sei o que está passando, é ruim ser o último a saber de tudo. — disse, encostando-se sobre o poste.

Eloise virou-se raivosa. Toda sua vida fora uma grande mentira; rodeada por atores falsos, que tinham apenas um objetivo em vista, enrolar ela até o último ato da peça, deixando-a pobre, como marionetes presas com cordas de náilon.

Fez papel de imbecil.

— Mas posso mudar sua vida se quiser. — disse.

Eloise levantou-se e o encarou.

Ele era alto — talvez tivesse 1.90 de altura —, continha um sorriso sádico nos lábios e seus olhos tinham uma intensa cor que se modificava para escura e clara dependendo da forma com a qual ele agia.

Um forasteiro.

— Mudar? Como faria isso? — questionou curiosa.

O forasteiro mostrou um largo sorriso, aproximou-se lentamente da loura. Seus olhos pareciam hipnotizá-la, fazendo com que se entregasse por completo em seus braços; sem delonga, o rapaz afastou uma mecha do pescoço da jovem, que parecia estar em um transe profundo.

Mas para sua sorte, houve um uivo ao longe, que o fez fugir para a escuridão, enquanto Lise permanecia em transe, completamente inerte, próxima do poste.

Quem será esse forasteiro que está se aproveitando da ausência de Damon Salvatore? Afinal, quer apenas se alimentar do sangue da jovem?

Damon precisa voltar antes que seja tarde demais.

A pequena cidade de St. John's já não é mais confiável.


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Notas finais do capítulo

Boa Leitura!