- E... eu sempre... pensei que ele me amasse... eu queria que ele fosse o menino mais amado do mundo... AAAAAAAAAAH

Chelsea tirou um lenço de papel de dentro de uma caixinha, e deu para Selena que chorava sem parar. Eu suspirei. Conseguimos de novo driblar Selena. Contamos uma história fajuta, dizendo que eu e Justin nunca tivemos nada. Pelo contrario: Scooter na festa de despedida de solteiro tinha feito sexo com Grace. Agora, ela  estava se lamentando, por que Justin antes de ir para o Japão, tinha discutido com ela. E eu, Mark, Chelsea e Grace estávamos de baba, e Selena alugava nossos ouvidos.  Mas... coitada, eu devia uma para ela.

- Sel... – Me ajeitei para ficar mais perto dela – Isso é besteira. Justin te ama. Ele vai relevar isso.

- Eu tenho o remédio – Chelsea levantou do sofá, e foi até a cozinha.

Depois de seis minutos, Chelsea voltou com um copo de vidro e tinha um liquido marrom claro dentro dele. Whisky.

- Beba – Chelsea falou – Vai melhorar em cinco minutos.

- O que... é isso? – Selena perguntou, assoando o nariz logo em seguida.

- Whisky – Chelsea falou sem mais demandas – É o que todos nós maiores de idade fazemos quando estamos mal. Um bom red label, black label, tudo label – Soltou um riso – É bom para espantar a tristeza.

- Falou o Charlie Harper – Mark riu – Selena, tome cuidado, não vire tudo de uma vez.

- É mesmo – Apoei Mark – Você não tem o costume de beber...

Selena me olhou com seus olhos inchados de tanto chorar. Depois olhou para o copo de Whisky.  Ela tomou um gole pequeno. Fez a pior cara do mundo. Todos nós rimos.

- Isso é... – Ela olhou para mim – Horrivel. Azedo.

- Beba tudo que vai melhorar  – Grace falou – Quer apostar?

- Ela vai é cair de bêbada – Mark comentou.

Selena colocou o copo de novo entre os lábios. Ela virou o copo de whisky gelado em cinco segundos. Todos nós arregalamos os olhos.  Chelsea foi para a cozinha e depois voltou com três garrafas diferentes. Uma de absolut, black label e por último smirnoff.

- Quem quer virar? – Chelsea levantou as sobrancelhas. Olhei para Selena e ela sorriu.

- Não tenho nada a perder – Ela comentou.

- Só eu tenho juízo nessa casa? – Me levantei do sofá e sentei do lado de Selena que estava no chão.

- Vamos El – Selena bateu seu ombro no meu  - Vamos virar amigas de bebida!

Chelsea pegou mais quatro copos de vidro. Ela nos serviu com smirnoff. Segurei meu copo, e virei a vodca em dois segundos.

- Calma El – Grace falou – Chels, encha o copo dela de novo. Vamos brindar.

- Sério? – Selena perguntou – Sobre o que?

- Sobre... – Chelsea encheu meu copo de novo – Mark e Ellie passaram em Harvard.

- Sério? – Selena se surpreendeu – Parabéns! – Ela me abraçou – Mesmo sendo... prostituta, conseguiu passar?

- Sim – Olhei para cima. Selena e suas perguntas diretas.

- Ok, um brinde – Grace levantou seu copo para cima, e eu fiz a mesma coisa – A Mark e Ellie. Que tenham uma ótima estadia na melhor faculdade do mundo. Um ótimo estudo.  E que sejam felizes!

Batemos nossos copos nos dos outros. Soltamos sorrisos, e gargalhamos. Depois de uns 10 copos, todos nós estávamos bêbados. Muito bêbados. Mas eu estava feliz. Apesar de querer dividir minha felicidade com Justin.

                                                                            ***

- El, calma. Não pode ser muita coisa...

- ESTÁ TUDO ERRADO MARK! TUDO! EU NÃO ACREDITO, ISSO NÃO PODE SER VERDADE.

As lágrimas desciam pelo meu rosto. Tinha que dar tudo errado. Tinha! Fazia uma semana que eu e Mark tínhamos trago nossas coisas para Harvard. Seu dormitório era bem longe do meu, e eu dividia meu quarto com uma menina chamada Dorothy. Ela era legal, loira falsificada e completamente doida. Estava fazendo medicina. Meu quarto marrom escuro estava me dando náuseas. Minhas caixas de roupas ainda não penduradas estavam no canto do quarto. No outro estava Dorothy, pensando.

- Quantos dias está atrasada?

- Três – Falei, quase berrando – Eu não vou fazer minha faculdade GRÁVIDA!

Sim. Grávida. Talvez. Não sei. Quem sabe? Só Deus nesse momento! Precisava sair para pegar um ar, e Dorothy e Mark me mantinham em cativeiro. Não queriam que eu saísse por causa dos meus enjôos e desmaios matinais. Mas... não! Não pode ser verdade!

- Vou sair – Peguei minha bolsa – Eu preciso de um ar.

- Precisa de um médico. De um teste de gravidez. Quem é o pai desse filho Elise? – Dorothy perguntou diretamente.

Justin Bieber. Afinal, só fiz sexo com ele sem camisinha. Só podia ser ele.

- Alguém – Falei.

Sai do quarto estressada, deixando os dois lá. Parados. Corri para fora do campus o mais rápido o possível. As aulas iam começar daqui á três semanas. Isso só podia ser castigo. Sim, castigo!

Corri pelo campus verde e sai da universidade. Eu parecia uma mendiga com o moletom de Harvard, um short jeans e um all star branco. Estava com uma trança raiz, e meus olhos estavam inchados de tanto chorar. Em pensar na possibilidade de estar grávida. Justin tinha que saber. Eu precisava falar com ele sobre isso. Precisava ouvir a voz dele mais que tudo naquele momento.

Peguei meu celular, e digitei uma mensagem. Mandei para Justin. Espero que ele ainda tenha o mesmo numero. Caminhei até uma cafeteria que tinha perto do campus. Entrei dentro dela, e procurei o banheiro. Me apoiei na parede, e comecei a chorar de novo.

‘ Preciso falar com você. Muito sério. Quando você vai para New York, ou para Cambridge? Ellie’

Como eu ia falar para Justin que talvez estava grávida?