Quando cheguei em casa, depois de deixar Rosalie perto da mansão dos Cullen, Jasper e Emmett estavam sentados na sala completamente compenetrados em um tipo de videogame de corrida.
Pelo jeito, eles também haviam feito compras, porque eu não me lembrava de ter todos aqueles videogames, jogos e acessórios.
Rolei meus olhos. Garotos nunca crescem?
— Rosalie está em casa. – informei a Emmett, mas este somente assentiu sem me olhar e fez um Aham. – Okay, vou tomar banho. – avisei, e Jasper imitou Emmett. Rolei meus olhos de novo. Eu não mereço isso.

Subi para tomar banho, porque eu podia sentir todas as partículas de sujeira da rua em minha pele e me sentia suja. Eu estava lavando o cabelo quando ouvi Emmett gritar desnecessariamente um Tchau Bells! E me despedi de volta. Ouvi Jasper murmurando algo no andar de baixo, mas estava muito ocupada cantarolando e tentando não pensar em minha conversa com Rosalie para me importar com o que quer que fosse.
Terminei meu banho e me vesti – somente um jeans e uma camiseta larga de ombro caido para ficar em casa. Sequei o cabelo com secador e o prendi em um rabo de cavalo alto. Havia ficado com ele solto o dia todo e me cansado.
Quando desci, Jasper ainda jogava o maldito videogame, mas era outro jogo o qual ele jogava com um controle do XBox. Me encostei na parede e o assisti jogar enquanto ele matava pessoas no jogo. Eu sorri sarcasticamente.
— Sabe, na vida real é mais divertido. – sorri, Jasper se virou por um momento para me dar um olhar zombador, mas logo se virou de volta ao videogame. – que jogo é esse?
— Assassin’s Creed: Revelations. – sorriu um pouco sem tirar os olhos da televisão. Eu ri e uma visão apareceu em minha mente.
— Se você entrar ai, vai baixar a sincronização do carinha. – eu disse, logo que a visão de Jasper praguejando me veio á mente. Ele assentiu, e continuou reto.
Outra visão.
— Hey, esse cara não. Ele é inocente. – disse e Jasper soprou um obrigado baixinho.
Ficamos nessa por mais algum tempo, até que eu senti um cheiro ruim e franzi o nariz.
— Mas o que diabos... – parei de respirar. – fede desse jeito?
Jasper franziu o cenho e respirou fundo, fazendo uma careta em seguida.
Mas então, como se estivéssemos sincronizados, ambas nossas expressões se tornaram sérias.
— Um lobo. – falamos juntos. Em um segundo, já estávamos ao lado da porta, a abrindo e olhando ao redor.
Os pensamentos dele chegaram primeiro, mas não dei atenção, pois em minha frente estava Jacob Black. Meu amigo Jake.
 Ele subiu os degraus rapidamente e parou a nossa frente. Nos olhamos nos olhos por alguns instantes, e os profundos olhos castanhos dele mandaram uma enxurrada de lembranças humanas em minha cabeça.
— Então, você está mesmo viva. – ele comentou, me olhando da cabeça aos pés por um segundo. Eu soltei uma respiração trêmula. – ou quase isso.
— Acho que essa fala é minha. – comentei, ignorando sua ultima frase.
Droga, ele parecia ter no maximo 20 anos.
— Posso entrar? Acho que precisamos conversar. – ele sorriu debochado. Eu e Jasper nos olhamos por um momento. – Qual é, sou só eu contra os dois. Não vou fazer nada, prometo. Palavra de lobo.
Rolei os olhos pela sua idiotice. Com certeza, garotos não crescem.
Dei um passo para fora e Jasper também, fechando a porta atrás dele.
— Se não se importa, prefiro que minha casa não fique fedendo depois. – sorri falsamente. Foi a vez dele de rolar os olhos, e simplesmente se sentar no balanço da varanda.
— É, porque vocês cheiram como milhões de rosas.
Jasper cruzou os braços ao meu lado e o olhou curiosamente.
— O que quer, Black?
Jacob sorriu.
— Só checando, você sabe... um Alfa tem suas responsabilidades. – respirou fundo. Então me olhou e seu sorriso se abriu mais. – Sabe, eu não sou um fã de vampiros, mas Bells, - ele assoviou. – isso só te melhorou garota.
Eu rolei os olhos e foi impossível não rir. Jacob não mudara uma vírgula.
— Eu só preciso saber se vocês estão ou não com os Cullen e se vão respeitar o tratado. – ele ficou sério de repente. Eu travei o maxilar.
— Não estamos com os Cullen. – murmurei entre dentes.
— Mas vamos respeitar o tratado e não se preocupem, não representamos qualquer perigo. Apesar de não estarmos com eles, mantemos a mesma dieta. – Jasper disse, me lançando um olhar de esguelha.
“Fica calma. Te controla.”
Jacob assentiu.
— Avisem isso pra sua amiga ruivinha. Ela tem nos irritado muito ultimamente, continua aparecendo e desaparecendo nas fronteiras. – resmungou.  
Automaticamente meu corpo retesou e eu troquei um olhar preocupado com Jasper.
— Ruiva? Como alta, de cabelos cacheados e tão vermelhos quanto os olhos? – perguntei, torcendo internamente para que sim.
Inferno, finalmente a pegaríamos!
— Yeah, não é sua amiga? – arqueou uma sobrancelha. Eu bufei.
— Não exatamente. – resmunguei, mas logo completei ao ver sua expressão confusa. – É Victória, foi ela quem matou meu pai.
Ela engasgou e me olhou incrédula.
— E ela está por aqui?
— Bem, foi você quem disse, certo? – repliquei sarcasticamente. – Mas não se preocupe, vamos pegá-la. Dessa vez ela não escapa, pelo menos não com a cabeça...
Jasper bufou e resmungou algo em sua cabeça sobre eu não ser capaz de perder com dignidade. Eu somente lhe lancei um olhar assassino.
Felizmente pra ele, não assassino no estilo Jane.
Jacob assentiu.
— Mas se ela estiver em nossas terras, cuidaremos dela. – sua expressão era mortalmente seria. Somente assenti, concordando. – De qualquer forma, foi bom te ver Bells. Sabe, podendo me mover. – disse sarcasticamente. Eu sorri cínica.
— Não fui eu quem tentou te matar.
— Touché. – ele riu. Então me olhou sorrindo e ficou em um dilema sobre me abraçar ou não. Infelizmente, eu não tive tempo de dizer que não, já que no momento em que abri a boca seus enormes e quentes braços se enrolaram a minha volta. – Você fede e é uma sanguessuga, mas eu ainda te amo Bella.
Eu não pude deixar de rir e o abraçar de volta, as memórias que ele inconscientemente me mostrava por seus pensamentos me deixava mais emocional do que nunca.
Yeah, como se eu já não tivesse tido o suficiente de emoção para o dia.
Nos separamos e eu sorri para ele.
— Eu senti sua falta Jake.
— Hey, estamos todos em Forks novamente, certo? É simplesmente impossível evitar alguém por aqui. – ele piscou, se levantando e eu ri novamente. – Mas é melhor eu ir, a ronda da madrugada é minha. Te vejo por ai, Bells. Loiro. – ele acenou, e Jasper lhe lançou um olhar mortal. Jacob somente sorriu.
— Até mais, Jacob. – rolei os olhos.
Enquanto Jacob corria pela rua até sair de nosso campo de visão, senti os olhos zombadores de Jasper em mim.
— O que? – resmunguei, prevendo o que viria dali.
— Nada... – riu. – ‘Bella, a amiga dos lobos.’ – gargalhou.
Eu rolei os olhos e entrei em casa de novo, com Jasper em meu encalço.
Me encostei na parede de novo e deixei meus pensamentos irem até Victoria e sobre o que ela estaria tramando. Jasper se jogou no sofá.
— E então, o que faremos sobre a ruiva dos infernos? – perguntou, sério de repente. Eu mordi o lábio e balancei a cabeça, o olhar perdido no chão.
— Ainda não sei... Quero descobrir o que ela tem em mente, mas... Ela toma decisões e então muda de ideia, é como se... Como se ela soubesse.
Jasper balançou a cabeça e a levantou um pouco, me encarando. Eu ainda tinha o olhar no chão, sem realmente ver. Flashes de seus cabelos ruivos passando por minha cabeça em direções opostas por frações de segundos.
— É impossível ela saber, provavelmente só está confusa. Ninguém sabe o que você pode fazer.
Tive um estalo e levantei meus olhos para ele.
— Então ela esta bloqueando Alice, não eu. – refleti. Jaspe me olhou, se levantando em um pulo.
— Vamos falar com os Cullen.
Saímos correndo de casa, sem nos preocupar com os eletrodomésticos ligados e as portas abertas. Forks sempre seria Forks, afinal. E mesmo que tentassem roubar alguma coisa, nós sempre saberíamos quem foi.
Quando nós chegamos à mansão, todos já estavam na sala, tendo nos ouvido chegando. Edward tinha o cenho franzido e Alice parecia derrotada. Não demorei para perceber que ela tinha tentado ver nosso motivo para vir e fracassado. Estranho, já que eu havia parado de bloqueá-la desde o incidente com os lobos.
— O que aconteceu? – Esme foi a primeira a perguntar, abrindo a porta para nós. – Imagino que seja algo grave, para chegarem desse jeito.
Eu e Jasper trocamos um olhar tenso, e eu decidi falar somente o necessário.
— Quem, além de vocês mesmos, sabe de seus dons?
Carlisle franziu o cenho para mim.
— Alguns amigos, talvez só os Denali... Por quê? O que houve?
Jasper me olhou, uma sobrancelha em riste. Eu bufei, porque não havia mais nada a fazer a não ser contar tudo.
— Victoria voltou. Ela esta cercando ao redor, os lobos já encontraram com ela, mas a perderam. Ela fica pulando dentro e fora das fronteiras. Tentei ver algo mas não consigo, ela esta bloqueando, tomando decisões conflitantes o tempo todo. Como se soubesse que eu posso ver.
— Ou que Alice pode. – Jasper replicou, deixando claro nossa teoria.
Eles trocaram olhares entre si, e Rosalie tomou a frente.
— Acham que alguém contou a ela?
— Parece ser a única forma de ela saber, alguém que tenha contato com vocês ou alguém próximo a vocês. O que os Denali sabem?
— Eles são da família. Não há segredos entre família. – Esme disse, lançando um olhar a Carlisle. Eu umedeci os lábios e olhei para baixo. Outro estalo soou em minha cabeça.
— Laurent.
— O que tem ele? – a cabeça de Alice virou em minha direção.
— Ele ficara com os Denali por um tempo, não foi? Quando não quis participar da briga com James. – eu troquei um longo olhar com Carlisle. – Acha que ele ficara tempo suficiente para saber sobre vocês?
— Você ach- Acha que ele os trairia? Por Victoria?
— Ela provavelmente lhe pediu um pequeno favor. Informações não colocariam o dele na linha de fogo imediatamente. – Jasper bufou, cruzando os braços em frente ao peito.
— Ele ainda vive em Denali? – perguntei, maquinando comigo mesma. Emmett assentiu duramente.
— Por alguns meses, depois passa um tempo fora e volta. – ele sorriu sarcasticamente. – Irina é completamente apaixonada por ele. Todos sabemos o que faz quando está fora, mas ela sempre insiste que ele precisa de um tempo só, e bate na tecla do drogado em reabilitação que tem recaídas. Mas frequentes do que gostaria, claro.
Eu sorri cinicamente de volta para ele, sem conseguir escapar da ironia da historia.
— Ótimo, então vamos Bella. Rumo a Denali. – Jasper resmungou, se virando para a porta.
— Vamos com vocês. – Esme declarou, dando um passo a frente.
— Essa briga é nossa Esme, se mantenham fora disso. – pedi.
— Vocês dois são da Família. Nós protegemos a família. – ela me encarou decidida, como que me desafiando a replicar. Bufei.
— Façam o que quiserem. – resmunguei.
Eu e Jasper tomamos a frente, saindo em disparada pela floresta. A voz de Rosalie nos parou ainda antes que chegássemos ao riacho perto da casa dos Cullen.
 — Vamos correndo? Até o Alaska?
— E você quer ir como? De carro? Leva no mínimo um dia e meio. Correndo é mais rápido. – resmunguei. A loira bufou e resmungou algo sobre impaciência e cabelos infestados de folhas e resíduos da floresta.
Mesmo correndo, levamos quase o dia todo correndo, com as ocasionais paradas porque Rosalie enroscava os cabelos nos galhos ou coisa assim.
E Ah, teve a hora em que Alice quebrou o salto e teve de ficar descalça, resmungando.
— Fresca. – Emmett murmurou. Tirou as palavras da minha boca. Quem no mundo corre pela floresta de salto 15? Deus.
Já estávamos em Yukon no Canadá, quase no Alaska, quando eu li, sem querer os pensamentos de Rosalie.
“... Malditos galhos! Urgh, meu cabelo está cheio de folhas! E cara, eu totalmente vou precisar de botas novas depois disso...”
Eu mordi o lábio, me sentindo culpada de repente.
“Me desculpe. Eu disse para vocês que nós dávamos conta sozinhos.”
“Caralho Bella! Nunca mais assuste a merda pra fora de mim desse jeito!” – ela gritou em pensamento, eu sufoquei um riso, o que fez Jasper, que corria a frente ao meu lado, me lançasse um olhar curioso. Balancei a cabeça, mando ele esquecer.
“Desculpa, de novo. Eu só... Queria agradecer. Vocês não precisavam ter vindo aqui. Essa luta é nossa, afinal. Ela é nosso problema.”
“Como Esme disse, vocês são da família. Nós ajudamos a família.”
“Obrigada, de qualquer jeito. Apesar... Apesar de tudo, é bom saber que podemos contar com vocês.”
“Sempre. Nunca duvidem disso e nem hesitem em pedir ajuda quando necessário Ok? Como você disse, apesar dos apesares, somos uma família.”
Eu somente sorri para mim mesma, desligando nossa ligação. Eu não estava gostando de admitir, mas era bom saber que eu ainda tinha uma família.
Algum tempo depois, quando já estávamos em território americano novamente, Carlisle e Esme tomaram a frente, nos guiando para a casa dos Denali.
Quando já estávamos bem perto e eu já podia ouvir todos eles dentro da grande casa no estilo chalé, soltei um palavrão forte, que fez Emmett me olhar com uma sobrancelha arqueada e um sorriso zombador, mas não me importei.
Havia somente cinco pessoas lá. Sem Laurent.
Quando nos ouviram, os cinco saíram, em alerta.
Carlisle, que estava na frente, sorriu e levantou as mãos em rendimento.
O homem, que eu assumi ser Eleazar já que era o único homem ali, sorriu de volta e abriu os braços.
— Carlisle, meu amigo. Há que devo a honra da ilustre visita de todos os Cullen?
Eleazar e a morena ao seu lado, que eu assumi ser Carmen por ser a única morena, tinham um enorme sorriso no rosto e pareciam genuinamente felizes pela visita dos amigos.
— Ah Eleazar, quanto tempo não? Como vão, todos? – Carlisle sorriu amigavelmente. Eu lhe lancei um olhar ansiado. Sinceramente, não estava ali para fazer amigos. Eu precisava da informação e logo.
Carlisle hesitou, me mandando um olhar que dizia claramente acalme-se.
Bem, a minha bunda, se quer saber.
Cruzei os braços em frente ao peito.
— Bem Eleazar, Carmen, Tanya, Irina e Kate. – ele disse, olhando para cada um, com um sorriso divertido nos lábios. – Creio que lembram de Jasper, certo? Não estava conosco em nossa ultima estadia... – Jasper assentiu, em reconhecimento a eles. – E essa é Isabella... Ela é a mais nova de nós.
Eu repeti o movimento de Jasper e uma das loiras inclinou a cabeça para a esquerda, me analisando.
Okay, então seria difícil saber quem era quem. Elas não eram tão parecidas, mas até alguém me apontar e dizer; aquela é fulana, aquela é ciclana... Eu vou continuar chamando-as de loira um, loira dois e loira três.
Loira um era alta, tinha logos cabelos loiro – pálidos e traços bastante marcantes. Assim que nos olhamos nos olhos, eu senti um formigamento na ponta dos dedos. Hm, então ela tinha um dom. Eu teria de testar minha mais nova habilidade mais tarde.
Loira dois era a mais baixa delas, tinha os cabelos mais claros do que o da outra, quase cinza, e os olhos dourados pareciam um tanto cansados, se isso fosse possível.
Loira três era quem me olhava atentamente, como se me avaliasse. Tinha os longos e encaracolados cabelos loiros avermelhados e os traços doces. Mas por algum motivo, ela me despertava uma irritação sem tamanho, ainda mais me analisando daquele modo, como se me medisse. Aquilo dava uma raiva...
— Isabella? Como a Bella de Edward? – Ela perguntou, tirando seus olhos de mim para pousá-los em Edward. Eu abri minha boca, queria mandá-la para o inferno lidar com suas próprias merdas. Mas Edward foi mais rápido, sorrindo torto para ela.
— As coisas estão complicadas Tanya, é mais seguro se manter longe de toda a historia. – ele suspirou, mas logo voltou a sorrir para ela.
Oi? Porque diabos ele estava sorrindo para ela?
Ele não pode simplesmente sorrir pra ela! Ela é a Tanya, afinal. E eu posso não lembrar porque a odeio, mas eu a odeio! E isso só pode significar que ela não é uma boa pessoa, então ele não devia sorrir pra ela.
Merda, ele não devia sorrir pra mais ninguém no inferno!
Jasper me deu um cutucão na costela, que fez com que eu direcionasse meus olhos raivosos pra ele.
Estava por um fio para usar um dos meus dons em Tanya. E digamos que não era um muito... Prazeroso. Pelo menos pra ela, pra mim seria o paraíso.
“O que?” – sibilei em pensamento. Jasper arqueou uma sobrancelha.
“Pare de encarar Tanya dessa maneira. Estou vendo a hora em que a garota vai cair no chão agonizando.”
“Uh, acredite, estou tentada.”
“E porque, posso saber?”
“Por que... Porque... Oras, porque eu não fui com a cara dela e... Ah, sei lá, Jasper. Você não viu o modo como ela me olhou? Ta pedindo pra levar!”
“Aham, sei. Vamos fingir que não tem nada a ver com o fato de Edward ter sorrido pra ela.”
“Ah, vai se fuder Jasper. Coisa chata...”
Eu dei as costas pra ele, como uma criança emburrada. E só ai percebi que o resto nos olhava estranho, não tendo entendido porque nos olhávamos sem falar.
Uh, bem. Não confio o suficiente neles para falar sobre meu dom. Okay, não confio o suficiente nela.
— É... Coisa de Bella. – Rosalie disparou, e eu lhe lancei um olhar duro. Ela me ignorou. – ela se comunica conosco por pensamentos.
Eleazar me olhou sorrindo, seus olhos brilhando, mas se manteve calado.
Me lembrei então do que Jasper havia me contado, sobre o dom de Eleazar.
Ele vê os dons...
Troquei um olhar com Jasper e ele assentiu quase imperceptivelmente.
Bem, não precisamos de dons para nos entender, não realmente.
Carlisle e Esme começaram a conversar com Eleazar e os outros, os distraindo. Tanya ainda me encarava.
Uh, não vadia. Já tenho que lidar com a Vacatória. Não preciso de mais sarna pra me coçar.
— Bem vinda a família Bella. – Carmen sorriu pra mim, e como com Esme, não consegui segurar o sorriso de volta.
— Obrigada Carmen.
Eu e Rosalie trocamos um olhar depois disso. Ambas já estávamos ansiosas para entrar, embora por motivos diferentes, claro.
Rosalie queria tomar um banho e algumas roupas emprestadas.
Eu queria mesmo era ir logo com isso e saber de Laurent.

Toscana Italiana, Volterra.

Aro Volturi parecia contemplar algo ao longe, através da grossa parede de sua torre. Marcus lia alguns manuscritos que ele mesmo havia escrito, algumas leis subsequentes que ele precisava analisar.
Os três estava sentados em seus tronos no centro do salão e Caius parecia irritado.
— O que estamos esperando, Aro? – Caius perguntou raivosamente.
— Mantenha a calma, meu irmão. Tudo tem seu momento certo. Segundo Demetri, eles estão com um pequeno problema com alguma outra selvagem. Deixemo-la se sentir segura. Precisamos mais dela do que ela de nós, Caius.
O loiro rosnou, se virando para o lado.
— Heidi estou com fome. Vá caçar.
 A morena assentiu rapidamente e saiu do salão. Aro riu.
— Sempre impaciente, meu irmão.
— Estou frustrado Aro, por sua culpa. Preciso me distrair.
— Minha culpa? Só estou sendo estrategista, Caius. Se formos até lá agora, estarão preparados. Sabe que ela se aliou aos Cullen. Será mais difícil do que seria na época em que era somente ela e o rapaz.
— Se a tivéssemos encontrado antes...
— Mas não o fizemos, então pare de reclamar. Se tudo der certo, essa mulher que esta rondando Forks e quem ela esta caçando, vai deixar algumas baixas na família do nosso querido Carlisle. Quem sabe, ainda consigamos trazer a outra para nosso lado se esperarmos mais um pouco...
— E que utilidade teria a outra, quando essa pode fazer o que ela faz e muito mais?
Aro gargalhou, jogando a cabeça para trás.
— Oras Caius, Isabella não poderá se concentrar no futuro o tempo todo, nos será útil em varias áreas... Alice será de extrema importância, na verdade.
— E o garoto?
— Talvez, se ele quiser... Edward poderá nos ser muito útil também.
— Você fala como se qualquer um deles tivesse escolha, uma vez que decidamos atacar. – Caius resmungou, entediado. O sorriso de Aro se tornou cruel.
— E eles tem meu irmão, eles tem...
Juntem-se a nós, ou morram.