Capítulo 10 - Novos amigos.

Ao chegarmos em casa meus amigo ainda me zoavam, mas eu não estava nem ligando, pois eu me sentia leve e feliz, finalmente eu sentia que eu estava superando o meu passado. Na mesa da cozinha havia um grosso envelope de papel pardo, devia ser as fotos que eu havia pedido ao meu tio.

–Gente, as fotos estão aqui na cozinha! –gritei para eles que logo apareciam e se sentavam na mesa.

Espalhamos as fotos sobre a mesa e analisamos uma por um.

–Isso parece uma mordida humana? –perguntou Rony apontando para uma marca no pescoço de uma das vitimas, era um homem.

–Um humano não teria força o suficiente na mandíbula para causar uma marca dessa magnitude. –explicou Hermione. –A mordida é muito profunda.

–E estamos lidando com o que então? –perguntou Harry. –Vampiros?

–Harry vampiros tem presa e essas são as únicas que deixam marcas em uma mordida. –Hermione disse.

–Eu sei, mas quantos vampiros que vocês conhecem? –ele perguntou. –Eu só conheço um e pra mim ele é um charlatão.

–Eu tenho um no meu porão e ele nem dente têm mais! –disse Rony e eu tive que rir disso.

–Vocês percebem que nunca nos ensinaram muito sobre vampiros em Hogwarts? –disse Hermione pensativa. –Tudo era muito superficial não é? Só nos disseram que eram criaturas noturnas e que bebiam sangue, nunca nos ensinaram a eliminá-los nem mesmo na academia. –ela realmente ela tinha razão, e eu só reparei nisso agora. Nunca aprendemos muito sobre vampiros e era de se esperar, que na Aurores Academy, que aprendêssemos a combate-los não é?

–Se não é vampiro ou lobisomem o que pode ser então? –perguntei.

–Não sei não. –disse Hermione. Ficamos analisando as fotos até a hora do jantar.

Notamos que as marcas de mordidas não eram somente em pescoços, mas em toda parte. Havia algumas vítimas que tinham mordidas espelhadas por todo o corpo, e também varias marcas roxas e arranhões.

Estávamos todos prontos para dormir quando Hermione começou a conversar comigo em nosso quarto.

–Então você aceitou o convite de Edward Cullen? –ela perguntou sorrindo.

–Sim. –eu disse tímida.

–Então você esta começando a superar? –ela perguntou.

–Finalmente sim! –sorri de alivio. –Pensei que nunca mais poderia esquecê-lo, mas Edward faz com que eu me sinta diferente sabe... Ele me deixa meio deslumbrada na verdade. –dei uma risadinha.

–Verdade. –disse Hermione rindo comigo. –Já notou como todos são lindos? Nunca vi nada parecido. –ela fez cara de pensativa. –E vocês dois já sabem aonde vão? –perguntou ela.

–Na verde não falamos disso ainda. –eu disse corando. –Estou esperando que ele me diga amanhã.

–Estou muito feliz por você Bella. –disse minha amiga me olhando com cara emocionada.

–Eu também estou Mione, muito feliz. –me deitei em minhas cobertas e apaguei o abajur ao lado de minha cama e ela fez o mesmo. –Boa noite e tenha bons sonhos. –eu disse.

–Você também. –ela deu uma risadinha. –Sonhe com o Edward.

No dia seguinte tomamos café e fomos direto para a escola. Eu não estava lá essas coisas, eu havia tido sonhos turbulentos em que ‘ele’ vinha até mim e me beijava na frente de todos e Edward aparecia do nada e eles começavam a brigar, parecia que Edward estava ganhando a luta mas então ‘ele’ sacou a sua varinha e... Acordei nessa hora suando frio e depois disso não dormi mais.

Ao chegarmos à escola Edward já estava lá com sua família. Assim que sai do carro ele veio andando em minha direção.

–Bom dia. –me cumprimentou me dando seu sorriso glorioso.

–Bom dia. –eu disse tímida.

–Olá. –Edward cumprimentou meus amigos. –Como passou a noite? –ele me perguntou e franziu o cenho ao ver minhas olheiras.

–Não muito bem e você? –perguntei.

–Pensando em você. –disse ele e eu corei, muito. –Na verdade eu queria fazer uma coisa, mas não sei o que você pensa a respeito. –disse ele e o encarei confusa.

–O que é? –perguntei. Ele balançou a cabeça negando e chegou mais perto de mim, colocando uma mão em minha cintura e a outra em minha nuca.

Não tive tempo de reação, só senti quando seus lábios gelados tocaram os meus. Eu não havia notado antes como a sua pele era gelada, mas deve ser porque eu estava distraída pela beleza de seu olhar e seus sorrisos gloriosos, mas agora eu sentia a frieza de sua pele que estava em alto contraste com o calor da minha. Ele me beijou de vagar e com doçura, eu queria aprofundar mais o beijo e sentir o gosto de sua língua, mas ele se afastou rindo.

–Então... O que você pensa a respeito de eu te beijar? –ele perguntou me dando o sorriso mais lindo que já vi.

–Eu penso muito bem sobre isso. –voltei a beijá-lo e dessa vez pude sentir o gosto de sua língua gelada se movendo com a minha quente. Quando nos separamos todos, absolutamente todos nos encaravam.

A família de Edward e meus amigos sorriam cheios de malicia, o resto da escola nos encaravam chocados. Pude perceber que algumas garotas olhavam para mim com raiva e que os meninos olhavam para Edward, também com raiva.

–Ta todo mundo olhando. –eu disse constrangida.

–Não se preocupe com eles. –disse Edward pegando em minha mão. –Vamos pra aula?

–Sim. –eu disse e seguimos em direção a sala de inglês.

Nas aulas que eu tinha com Harry eu ainda me sentava com meu amigo, Edward não reclamou, e Harry continuava com as suas gracinha. Inclusive desenhando eu beijando Edward no estacionamento. No desenho minha perna direita ficava levantando e descendo que nem as das princesas quando beijam o príncipe encantado.

–Idiota a minha perna não subiu! –eu dei um tapa em sua cabeça.

–Porque você se controlou para que isso não acontecesse. –meu amigo riu da minha cara indignada e continuou com seus desenhos malucos.

–Que história é essa de perna subir? –perguntou Edward quando me acompanhava para a aula de espanhol.

–Como você sabe disso? –perguntei.

–Você praticamente gritou isso na aula de história. –disse ele dando uma risadinha.

–Coisas do Harry. –eu disse.

–E eu vou querer saber disso? –ele perguntou.

–Não. –eu disse me corando.

–É que ela se controlou muito pra perna dela não subir. –disse Harry quando entramos na sala.

–Como assim? –perguntou Edward confuso.

–Como as princesas fazem quando beijam seus príncipes nos filmes. –Edward gargalhou alto e todos na sala estavam nos encarando.

–Harry Potter, você é um homem morto! –eu sibilei.

–Nada, você me ama! –disse ele se sentando na carteira e eu fiquei olhando indignada para ele, Edward ainda ria de mim.

Durante as aulas até o almoço todo mundo nos encarava nos corredores nos intervalos das aulas. Eu já me sentia constrangida e não via à hora de me juntar aos meus amigos e poder ouvir algum tipo de consolo vindo de Hermione, ela era boa em dar conselhos, embora vez ou outra eu não a tenha ouvido e me arrependi mais tarde.

Quando Edward, Harry e eu entramos no refeitório eu tomei um baita susto, a mesa dos Cullen estava juntada com a nossa, e meus amigos e a família de Edward conversavam animadamente. Ao que parece Hermione já havia esquecido sua desavença com Rosalie, pois conversava com ela e com a Alice.

–Minha família quer te conhecer. –Edward sussurrou em meu ouvido quando viu que eu os encarava de boca aberta,

Passamos o almoço assim. Conversando com a família de Edward e nos divertindo muito. Eles eram realmente gente boa e muito divertidos. O refeitório ficou em um silencio constrangedor, mas nós não nos incomodamos com a atenção das pessoas. Ocasionalmente ouvíamos diversos cochichos e algumas risadinhas.