De Volta ao Ponto de Origem escrita por estherly
Notas iniciais do capítulo
Oii...
Espero que gostem desta história!
Bjs
“Bati na porta de novo impaciente. Estava nervosa. A bolsa apertada contra mim e eu sempre olhava para trás. Ele morava no final do corredor. Não sei por que estava com medo. Quando ouvi os passos, é que fiquei mais aliviada. Ele abriu a porta. Deus, não mudou nada. Apenas na idade e em alguns traços no rosto. Os olhos penetradores dele me olharam de cima a baixo. Voltou aquela sensação.
- Está perdida meu anjo? – perguntou ele se encostando na porta. – Aqui pode ser o céu, se quiser.
- Não me venha com charme barato pintor. Posso sugar seu sangue. – falei irritada entrando na sala dele.
Ele olhou assustado para mim. Fiquei de costas para ele olhando a vista de Londres. Mesmo estando um sol de ficar cego, estava nublado para mim. Como se ele tivesse lá em cima olhando para mim, esperando por mim.
- Pintor? – perguntou ele. Eu era a única que chamava ele assim, espero que ainda seja a única a chamar-lo ele assim. Ele balbuciou algumas coisas e eu me virei. – Ro... Rose? – perguntou ele lentamente como se ele quisesse ter certeza que eu estava ali depois de dez anos.
- Oi Scorpius. – disse deixando minha bolsa no sofá dele e me aproximando dele.
Ele se aproximou também. Seus olhos nublados ainda focados em mim, sua boca aberta e suas mãos no meu rosto. Uma sustentava ele e a outra acariciava.
- É você mesmo? – perguntou ele com esperança nos olhos.
- Sou. – eu disse. Olhei para ele. Cada traço, cuidadosamente. Eram tão parecidos. A única diferença é que a cor do cabelo de Chad é mais escuro. Mais para o ruivo. Tirando isso, eram idênticos. O cabelo espetado, o rosto pontudo, a pele pálida, e os olhos... Deus. O mesmo tom. As vezes eu chamava Chad de pintor. Por sorte, não era Scorpius. Sem pensar duas vezes, o puxei para um abraço.
Ele ficou surpreso, mas retribuiu. Escondi meu rosto no peito dele. Depois de tudo, eu ainda o amava. Comecei a chorar. Scorpius era o Chad mais velho. Chad pintava também! Ele me apertou, não perguntou o motivo. Apenas apertou-me.
- O que houve? O que faz aqui? – perguntou ele afastando meu rosto e limpando minhas lágrimas. Segurei suas mãos no meu rosto.
- Você está casado? – perguntei de olhos fechados. Não queria ver nem sentir a aliança.
- Não. – respondeu ele surpreso.
- Namorando? – perguntei não querendo ver algum sinal de mulher na casa.
- Não.
- Está afim de alguém? – perguntei apertando seus pulsos para sentir-lo.
- Não. – disse ele firme. Meu coração se partiu mais um pouco. O que eu pensava? Que ele iria ficar dez anos esperando por mim? Como eu fiz?
- Ficou em algum relacionamento durante esses dez anos? – perguntei.
- Não. – disse ele. Fiquei mais aliviada. – Agora minha vez. Você...
- Estou solteira desde o dia que nos separamos. – eu disse cortando ele. Ainda estava de olhos fechados. Medo. Medo de abrir os olhos e não ver o meu pintor.
- Posso saber o por que? – perguntou ele.
- Por que eu estava grávida. – eu disse ainda de olhos fechados. Pavor. Pavor de ver a reação diferente da que eu esperava. Silêncio. Meu coração saltou. O mesmo daquele dia. Abri os olhos, respirando fundo.
Vi ele estático, olhando para mim. Olhava de mim para o chão recordando da viagem.
- Eu? – perguntou ele. Comecei a chorar. Diabo! Por que chorava? Que merda. – Pai? – perguntou ele. Assenti para ele. – Por que nunca me contou?
- Quem iria querer um filho de uma mulher que conheceu a um mês e que poderia estragar a vida de um jovem pintor? – perguntei. Ninguém quer isso.
- Eu. – disse ele sentando ao lado de mim. Ele respirou fundo. – Eu te amava Rosa. Ficaria com você na hora. – disse ele. Por que me incomoda ele falar com os verbos no passado? - Como é o nome dele?
- Chad. – respondi. Ele esboçou um sorriso. – Chad Weasley.
- E quando vou conhecer ele? – perguntou Scorpius curioso.
- Venha. – chamei ele me levantando. Iria fazer ele conhecer o filho e depois pedir sua ajuda.
Entramos no carro e eu parti para casa.
- Como ele é? – me perguntou ele.
- A sua cara. – eu disse. – Tem a sua pele pálida, o seu cabelo espetado. Os seus olhos. Na física, a única coisa que tem de mim é o tom levemente ruivo no cabelo loiro. – eu disse me lembrando do dia que comecei a ver Chad com o cabelo mais escuro. – Adora pintar, brincar e ouvir história.
- Quando soube que estava grávida? – perguntou ele. O clima aumentou.
- Um mês depois. – eu menti.
- Por que não me falou nada? – perguntou ele.
- Medo. Eu tinha 25 anos. Imatura. – eu disse.
- Para uma escritora? – perguntou ele. Fiquei vermelha.
- Chegamos. – eu disse saindo do carro.
Entramos no apartamento. Subi os andares e entrei em casa. Alvo estava no sofá vendo futebol. Fiquei parada esperando ver um furacão vindo na minha direção. Nada. Quando viu quem me acompanhava, se levantou num susto.
- Contei tudo. – disse. Ele me olhou boquiaberto. - Vai ser melhor.
- Vai dar problema. – avisou Alvo. Queria conversar com ele e Scorpius queria conhecer o filho.
- Terceira porta a esquerda. – eu disse. Rapidamente ele foi indo em direção do quarto de Chad.
- Rose ficou louca? – perguntou Alvo me puxando pelo braço.
- Vai ser melhor. – eu afirmei. – Um a mais. – eu disse. Alvo suspirou derrotado e se jogou no sofá. Respirei fundo e fui para o quarto do Chad. Vi Scorpius sentado na cama brincando com um macaquinho que ele me deu na Disney. O macaquinho era a única coisa que Chad tinha do pai.
- Onde ele está? – perguntou Scorpius. Ele percebeu algo diferente. Me sentei ao lado dele.
- Chad foi seqüestrado. – disse.
- O quê? – perguntou ele assustado. Assenti com lágrimas.
- Faz três dias. – eu disse.
- Quem seqüestrou? – perguntou Scorpius nervoso.
- Não sei. – eu disse tentando conter o choro. Ele me abraçou e eu chorei. Fui me acalmando e sentindo o cansaço me consumir. Acabei dormindo no colo dele.
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O que acharam?
Trailler:
"- Recebi isso enquanto vocês saíram. – disse ele mostrando para mim uma carta.
“YROWEM DR SRQWR GH RULJHP” "