Protegendo Nico escrita por DeadByJune


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Hello!
Sei que demorei, mas eu estava viajando e eu nem tinha tempo para escrever lá no Reino unido, então só dava uma entradinha pra ver como estavam as coisas aqui.
bem... lá vai mais um.



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Nico
Uma babá! Era só o que me faltava. Não sei se o meu pai ainda não se ligou que eu não sou mais criança.
Tentei ir até o Mundo Inferior, mas não conseguia viajar pelas sombras. Só consegui um ombro deslocado. Era por isso que eu estava na enfermaria agora.
 - Meus deuses, Nico! O que aconteceu com você? – Perguntou Jolie, uma filha de Apolo.
- Dei um encontrão na parede do chalé de Deméter.
- E por que você fez isso? – disse Jolie com o cenho franzido. Eu podia até ler o que ela estava pensando: “retardado”.
- Eu ia pro palácio do meu pai, mas as sombras não estão funcionando.
Ela chamou o líder do chalé de Apolo pra dar um jeito no meu ombro.
- Isso vai doer um pouco, amigo – disse Jason.
Só entendi quando ele colocou as mãos na minha clavícula.
- Não, não. Espera!
Jason puxou meu ombro com força pra trás, não me dando tempo nem pra respirar.
- Seu filho de uma cadela! – Xinguei, enquanto recuperada o fôlego e piscava para dissolver as lágrimas de dor.
Jason riu e ainda deu um tapinha em mim. – Tente não mover muito por enquanto.
Saí de lá com uma careta no rosto. Jason tinha avisado que Quíron queria falar comigo e provavelmente boa coisa não era.

Encontrei o centauro jogando cartas com o Sr.D na varanda da Casa Grande.
- Quíron?
Ele olhou rapidamente pra mim.
- Sente-se, garoto. – Disse ele.
Praticamente me joguei na cadeira ao lado de Quíron.
- Bom... as vezes temos que fazer algo que não gostamos por um bem maior.- Ele olhou sugestivamente pra mim.
Suspirei pesadamente. Antes de poder responder uma voz rouca pouco conhecida, mas já familiar, chegou ao alcance de nossos ouvidos.
- Devia escutar o centauro. – Falou a deusa da tortura.
- Afinal – Prosseguiu quando a olhei- Vou estar na sua cola mesmo que você não queira, então não importa muito a sua decisão, mas seria ótimo se você colaborasse.

Os olhos cinza como a chuva me distraíram, assim como sua aparência. Os cabelos escuros estavam bagunçados e a roupa, desalinhada. Mas o que mais chamava a atenção pra ela era o sorriso irônico e o olhar malicioso, tirando o corpo delgado que me dava vontade de deitá-la na grama e...

- E então garoto? Dá pra ser ou tá difícil?
- Tanto faz. – Falei, já levantando da cadeira. Minha imaginação me deixou perturbado e eu só precisava de um tempo sozinho.
Vi  Aleera piscar para Quíron e logo depois senti braços ao redor do meu pescoço junto com o cheiro enjoativo de perfume doce.
- Nico, meu querido, você sumiu... Por onde andou?? Hein?- Falou Molly

- Primeiro, não sou seu  querido. Segundo, posso fazer o que eu quiser, você não  é minha dona.- Falei tirando seus braços da minha volta.
A próxima coisa que vi foi um brutamontes vir correndo na minha direção segurando uma espada e, antes de chegar a 1 metro de mim, largou a espada e começou a convulsionar e gritar coisas horrendas.
Olhei para trás e notei o sorrisinho sádico de uma deusa muito irada. Aleera abaixou o braço, correu até o filho de Ares e o ergueu pelo colarinho da camisa. Até eu me surpreendi com sua força.
- Não encosta no garoto, entendeu? Isso foi só uma pequena amostra do que você vai ter se chegar perto dele de novo.

Eu tentei. Eu realmente tentei parar a gargalhada que subia pela minha garganta, mas...Fazer o que?Ela venceu.
Sam estava mijado.
Sim, sim. Com as calças molhadas, tanto faz. Tenho que admitir que nunca ri tanto. A cara de pavor na cara de Molly e a de medo na cara de Sam eram impagáveis.
Aleera o olhou com nojo e o atirou no chão.
- Seu pai deve estar querendo enfiar uma espada no cérebro por ver um filho esvaziar a bexiga por medo. Você deveria ter vergonha. – Ela disse – Antigamente os filhos de Ares eram um exemplo no campo de batalha, não importava se iriam morrer ou não, entravam na luta para proteger e conquistar o que quisessem.
A deusa fez uma rápida pausa, olhando para o garoto que chorava no chão. Ela fez uma careta.
-  Você não duraria um segundo, moleque.
E então Aleera levantou o braço novamente, e o pobre Sam se contorceu. Agora já não tinha graça. Todo o acampamento se juntou a nossa volta e Quíron levantou rapidamente de sua cadeira de rodas para evitar o pior.

Eu não conseguia mais assistir aquilo. Corri para o lado da minha “babá” e tentei fazê-la parar.
- Aleera, por favor, pare! Ele já entendeu, pare de torturá-lo.
Ela me olhou de esguelha e simplesmente disse:

- Não
Quíron gritava pra ela parar. Sangue começou a sair do nariz do filho de Ares e eu comecei a entrar em pânico, foi quando eu soube o que dizer.
- Tudo bem, eu aceito! Você pode ficar como minha sombra ou o que quer que seja, mas pare de torturar o garoto!
 Então minha guarda-costas abaixou o braço e deu um sorrisinho pra mim. Ela agachou-se  ao lado do filho de Ares, tenho que admitir o jeito que ela fez isso foi muito sexy, e acariciou seus cabelos, o que era estranho demais.
- Treine garoto, treine. Pense no que tem de pior no mundo, pense em mim e me prove que eu estou errada sobre você, porque eu vou voltar. E se você não agir com força e honra como os filhos de Ares devem agir, como seu pai age...eu mesma dou um jeito em você.
- Levem-no para a enfermaria – Gritou Quíron.
Os filhos de Apolo se aproximaram temerosos e Aleera caminhou calmamente para o meu lado, deu seu irritante sorriso irônico e perguntou:
- Pra onde, chefe?


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Notas finais do capítulo

A Aleera é um pouco dura né?? Mas ela é a deusa da tortura,fazer o que?
bom, prometo postar mais seguido e agradeço os reviews que recebi até agora, obrigada gente :)