500 Days escrita por H_S


Capítulo 23
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Novo capítulo!

Fortes emoções!

Boa Leitura!



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DAY 296

POV SUMMER

“Jamais haverá ano novo se continuar a copiar os erros dos anos velhos.”

Luís de Camões

http://www.youtube.com/watch?v=b3c32wBYdU0

Eu estava ficando na casa da minha mãe desde que vim de Boston.

As coisas estavam tranquilas, eu já havia resolvido tudo com a minha família.

Apesar de que eles já consideravam tudo resolvido.

Eu estava sentada na pequena mesa da cozinha olhando a pequena “fumaça” que saia de dentro do copo de café quente.

Eu estava tensa.

Eu não fazia ideia de qual seria a reação de Tyler quando eu lhe contasse que temos uma filha. Mas o que estava mais me preocupando era o que ele iria fazer.

Eu relaxei com o toque da mão de minha mãe no meu ombro.

- Vai dar tudo certo, não precisa ficar preocupada.

- Assim eu espero mãe... – eu disse suspirando alto.

- Summer, Tyler não seria capaz de fazer algo muito grave, acho que ele vai ficar mais estático do que bravo... Pelo menos a princípio.

- Você não está ajudando. – eu disse meio que cantando a frase.

Ela sorriu.

- Já são cinco e meia, vá se aprontar e acabar logo com isso.

Eu coloquei minhas sobrancelhas para cima e dei uma leve bufada.

Levantei-me da cadeira.

Eu me arrumei com presa. Eu fiquei em dúvida se levava April, mas a principio achei melhor que não.

Eu peguei o carro de minha mãe e comecei a dirigir até o parque.

Eu havia marcado com ele no mesmo parque que ele havia me levado.

Assim que eu cheguei me assustei com o grande campo vazio de terra.

O parque não estava mais lá.

Eu fechei a minha cara por um estante por que assim como o campo, não havia ninguém lá.

Eu abri a porta do carro e andei um pouco a frente.

Vazio.

Não havia ninguém.

- Eles sempre voltam depois de um mês.

Eu me virei me assustada.

Quando eu vi que era Tyler relaxei um pouco.

Ele levantou de um pequeno tronco oco que estava jogado no lugar.

- Isso responde minha dúvida. – eu disse meio sem jeito.

- Eu estou aqui. – ele disse olhando o campo vazio – Pode falar.

Eu o encarei por um tempo.

Eu pensei em meu momento no cais em Boston.

Isso me deu mais força para continuar com o que ia fazer.

- Você se lembra da vez em viemos aqui... Eu me lembro de que você segurou minha mão e me olhou fundo nos meus olhos e sorriu. No mesmo dia eu chorei. – eu o encarei firme e ele me olhava tentando decifrar o que eu ia falar, mas pelo visto, não conseguia – Por que eu ia embora, de novo. E eu não queria fazer você sofrer como eu tinha feito. Mas eu me apaixonei pela forma como você agia... E me fazia não me sentir tão horrível.

Ele continuava me olhando e prestando atenção em cada palavra que eu dizia, mas ainda mantendo a grande distancia que estávamos um do outro.

- Mas quando eu descobri sobre o seu noivado, eu não me senti horrível. Eu me senti... Um lixo. Eu me senti usada. Eu vi que tudo não passava de uma simples brincadeira para você, que eu era uma coisa usável. Eu percebi que não seria tão ruim se eu fosse embora de novo, seria melhor pra mim. Mas... Eu me fechei.  Eu magoei minha família, porque por toda a minha vida eu me fechei, por que era a única forma que eu não me sentia vulnerável e que as pessoas não poderiam me ferir novamente.

Ele abaixou o rosto pela primeira vez. Mas o levantou em seguida.

- Mas se você me perguntar... Se naquela noite... Quando eu estava com você... Eu mudaria alguma coisa... Eu te responderia que não. – ele me encarou, parecendo confuso – Porque se não fosse por aquela noite, eu não teria crescido como eu cresci até agora. Eu continuaria me fechando e me escondendo do mundo... Com medo de amar e seguir em frente. E... – eu olhei firme em seus olhos – eu não teria... – minha voz vacilou – O que eu tenho hoje.

Ele me encarava com as sobrancelhas juntas, ele não tinha entendido, porque ele estava com essa expressão desde o inicio.

 - O que eu estou tentando dizer Tyler... É...

Ele ainda esperava a minha fala, com a mesma expressão e com a mesma distância.

- É... – eu pensei nas imagens se afundando no rio... Eu precisava de força para terminar a frase. – Nós... Temos uma filha.

Seus olhos se abriram e ele começou a me olhar perplexo.

- O que? – ele perguntou pela primeira.

- Nós temos uma filha.

Eu disse com a minha voz embargada.

Ele sabia. Mas eu não estava sentido o peso ir embora.

Meus olhos estavam cheios d’água.

Eu já estava cansada de evitar que elas caíssem há muito tempo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Deixem um review com seus comentários, para eu saber o que acharam do capítulo, ou para perguntar, elogiar, ou qualquer coisa! =)
Novo post em breve!
H_s



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