À volta para casa foi tensa. Bill continuava silencioso desde que saímos do Fangtasia. Percebi que ele havia ficado furioso por eu ter aceitado “ajudar” Eric. Bill provavelmente se sentia impotente diante de toda a situação. Ele queria dizer não ao Eric sempre que ele pedia para irmos ao Fangtasia, aliás, ele queria que eu nunca tivesse conhecido o Eric só pra começar, mais não podia ir contra as ordens do seu xerife.

Bill parou silenciosamente o carro na porta de minha casa. Olhou para mim, sua expressão era insondável.

-Sookie você deveria ter dito não ao Eric-disse. Sua voz era um pouco mais que uma alteração no ar.

-Você não percebe que pode ser perigoso?

-Bill- falei- estou tão cansada. Já está tarde. Daqui a algumas horas vai amanhecer. Quero entrar e deitar mais não gostaria de fazer isso sozinha.

Minhas palavras surtiram o efeito desejado. Sua expressão suavizou e logo depois, Bill estava me carregando direto para o quarto.

Despimo-nos rapidamente. Desabotoei a calça dele puxando-a para baixo e comecei a massagear seu membro com força. Ele permaneceu com os olhos abertos e voltados para mim até quando nossos lábios voltaram a se encontrar. As mãos de Bill subiram lentamente pela minha cintura até chegar em meus seios. Meu coração deu um pulo. Era bom sentir o toque daqueles dedos longos e finos.

-Você é minha, Sookie- disse ele enquanto deixava a mão ir descendo lentamente até o centro do meu corpo.

-Eu te amo- sussurrei enquanto os dedos dele se enfiaram com muita perícia dentro de mim, me fazendo arquear o corpo com violência, gemer e gozar tudo na mesma hora.

Bill deslizou-se por dentro de mim bem devagar. A cavalgada foi escorregadia e bem suave. Senti por fim os dentes dele se enterrarem em minha carne. O orgasmo veio lento, como um suspiro longo e baixinho.

Ficamos deitados sem nos mexer por um tempo. Eu estava exausta. Antes dos meus olhos se fecharem, ouvi Bill dizer que me amava.

Acordei bem mais disposta. Enquanto tomava banho lembrei-me de Eric. Ele era lindo é claro, mas eu amava o Bill, então porque diabos sonhei com Eric? Desde que conheci Eric ele tentava ter algo a mais comigo, mas a verdade é que eu não queria nada com ele, pelo menos eu achava que não queria. Quanta incoerência pensei. Talvez eu precisasse de umas férias.

Decidi por fim, enquanto ia para o trabalho que não iria pensar em Eric ou no sonho. Já tinha problemas suficientes na cabeça.

Cheguei ao Merlotte´s às cinco horas da tarde e não me surpreendi ao ver o bar cheio.

Como havia prometido, deixei minha mente fluir tentando bisbilhotar os pensamentos das pessoas ali em busca de algo diferente ou suspeito.

Após quase quatro horas, não obtive resultado algum além de uma terrível dor de cabeça. Já estava perdendo as esperanças quando houve uma mudança nítida no ar. Virei-me olhando em direção a porta e vi três mulheres. Todas lindas, iguais e ao mesmo tempo muito diferentes.

Elas olhavam ao redor como se estivessem procurando por alguma coisa ou alguém. Após alguns segundos ambas olharam para mim.

Senti um arrepio de puro medo ao perceber que elas vinham em minha direção.