Fruto do Nosso Amor escrita por Jajabarnes


Capítulo 44
Fogo.


Notas iniciais do capítulo

Voltei! Divirtam-se!



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POV. Pedro.

Vi a correria do lado de fora, vesti a armadura às pressas e corri para fora com a espada em punho. Ficando paralisado ao ver os monstros se aproximando. Só consegui me mover quando Caspian correu até mim.

–Pedro! Vamos! - ele puxou-me pelo braço, levando-me para junto dos outros.

Ao nos juntarmos em formação, percebi o quanto estávamos em desvantagem. Não havíamos treinado-os o suficiente, eles não estavam prontos nem equipados o suficiente, e era visível que estávamos em número menor.

Estávamos perdidos.

POV. Caspian.

Pude sentir o medo tomando conta do todos nós, mas ninguém saiu de sua posição.

–POR NÁRNIA E POR ASLAM! - gritou Pedro.

Corremos contra os monstros de Jadis e eles contra nós. Ao choque consegui matar um com um golpe só. De relance vi Pedro, Tirian e todos os outros lutando bravamente. Mas eles eram muitos.

Choviam criaturas contra mim e tive que dar o dobro do esforço para vencê-los, chegando ao ponto de lutar sozinho contra cinco deles. Um lobisomem cortou minha coxa enquanto eu lutava contra outro. Urrei de dor caindo de joelhos.

Vi um machado descendo contra mim e tudo o que pude pensar foi em tudo o que estava esperando por mim em Cair Parável. Bloqueei com a espada e o empurrei para longe, pondo-me de pé. Matei-os.

Quando virei-me para o novo oponente. Miraz avançou contra mim. Com puro ódio, nossas espadas se chocaram.

POV. Tirian.

Corri para a tenda da enfermaria e me juntei aos que lá lutavam, eles estavam dando conta então fui para dentro com o coração aos pulos. Abracei Lilliandil, aliviado por ela estar viva.

–Fique aqui, estamos protegendo vocês. - falei a ela.

–Eles são muitos. - disse.

–Eu sei, mas estamos fazendo o melhor que posso. Não saia daqui. - falei, já seguindo para fora, mas ela segurou meu braço fazendo-me voltar. Num momento girei, no outro, ela me beijou.

POV. Rillian.

–REAGRUPEM! - ouvimos a ordem de Pedro. Amanda, eu e todos os que estavam próximo se juntaram a nós, um pequeno grupo se reuniu, liderados por Pedro e juntos investimos contra o exército de monstros. Pedro foi derrubado por um minotauro e Amanda e eu fomos ao seu socorro. Com nossas espadas, bloqueamos o golpe e o atacamos para dar tempo de Pedro levantar. Vencemos.

Com a respiração ofegante, vi a tenda da enfermaria sendo atacada, com Tumnus liderando. Vi soldados sendo empurrados e mortos sem piedade.

Em outro ponto, Caspian sangrava lutando contra Miraz, mas ninguém ousava interferir. Aquela era uma luta deles. Vi a Feiticeira Verde ateando fogo no acampamento, no qual alguns dos nossos recrutas eram atirados. No exato momento soube para onde ir.

POV. Tirian.

Ouvimos um bradar do lado de fora e os inimigos conseguiram entrar na tenda. Empurrei Lilliandil para os fundos da tenda e parti para o ataque, sendo ajudado pelos soldados de fora que os atacaram por trás. O que não foi suficiente para evitar a morte de alguns doentes. Felizmente, conseguimos evitar a morte de maioria pela lâmina, mas, por um mísero descuido meu, fui lançado ao chão, batendo a cabeça com força suficiente para fazê-la sangrar. Esperei ver a morte vir sobre mim pela lança do calormano, mas o que foi o mesmo cair carbonizado.

Tumnus também olhou sem compreender, e quando o calormano caiu, vimos uma Lilliandil brilhando, com os ventos balançando como se houvesse vento e a expressão furiosa no rosto.

POV. Rillian

Amanda me seguiu em direção à Dama. Ela estava de costas e seria o momento ideal para atacá-la, mas surpreendendo-nos, ela virou-se na hora certa. Porém não adiantou, eu estava perto o suficiente para conseguir fazê-la sangrar. Cortei sua coxa e a chutei para o chão. Ela gritou. Amanda avançou contra ela, mas foi lançada para longe pela magia da Dama, caindo dentro da tenda que começava a pegar fogo.

Pude vê-la rolar pelo chão, mas não podia ajudá-la. A Dama segurou meu punho para se levantar. Não consegui reagir, ela sugava minhas forças. Fiquei imóvel vendo o sorriso nascer em seu rosto, o mesmo sorriso pelo qual eu me encantara, mas que agora, despertava-me nojo.

Eu a derrotei uma vez, agora, entretanto, ela me vencia.

–Você devia ter ficado comigo. - disse ela, sussurrando em meu ouvido. Eu queimava por dentro.

De repente, algo chocou-se contra a Dama fazendo-a chocar-se contra mim num grito. Aos poucos, a quentura foi diminuindo e ela encarava-me boquiaberta, com os olhos em pânico, escorregando para o chão. Por sua boca escorria sangue.

Quando ela caiu, Amanda puxou o punhal do pescoço da Dama. A mesma agonizava no chão e como última saída ela sumiu, usando a pouca força que lhe restava para se salvar, antes que a morte a levasse de vez.

POV. Pedro.

Certamente recebíamos a ajuda de Aslam. Tivemos muitas baixas, mas ainda continuávamos numerosos, não tanto quanto os inimigos, mas o suficiente para ter esperanças.

O fogo destruía tudo e se espalhava cada vez mais. De repente, uma luz forte veio da tenda da enfermaria e no mesmo momento começou a chover raios do céu sobre os inimigos.

POV. Edmundo.

–Você terá que voltar logo, não é? - perguntou Jay. Nós estávamos deitados na cama, Jay tinha a cabeça deitada em meu peito, sua mão esquerda segurava a minha direita e eu a mantinha abraçada a mim.

–Ainda precisam de mim lá. - falei. Ela respirou fundo.

–Quando você vai?

–Não sei... Amanhã ou depois, talvez. - falei. Ela apenas assentiu. - Hey, não fica assim, Jay! Logo estarei de volta.

–Talvez eu deva ir com você. - falou baixo o suficiente, como se estivesse na dúvida se eu devia ou não ouvir.

–Já conversamos sobre isso. - lembrei. - Você deve ficar.

–Por que?! Você não faz ideia de como é angustiante ficar aqui sem notícias, sem fazer nada.

–Você, assim como todos os que ficaram, permaneceram aqui por precaução. Se o castelo for atacado, tem que ser protegido. - tentei argumentar novamente.

–Desculpas. - pude quase vê-la rolando os olhos.

–Estou falando sério! - garanti, rindo. - Está tão chato lá quando aqui.

–Duvido! - ela riu.

–As únicas coisas que acontecem são treinos, treinos, recrutamentos, recrutamentos... Só. Nada mais acontece. - dei de ombros.

–Aposto como você está dizendo isso para me convencer a ficar. - desafiou, erguendo-se nos cotovelos para olhar nos meus olhos.

–Não estou tentando convencer você, Jay, não há hipótese alguma de você ir. - sorri malando e ela me bateu com o travesseiro.

Nós rimos e eu a abracei, pronto para beijá-la de novo. Quando tudo começava de novo, ouvimos um som, seguido de chamados. Bateram em nossa porta.

–Edmundo, venha logo! - ela Lúcia, ela parecia estar muito preocupada e pudemos ouvi-la correndo logo após chamar. Jay e eu nos entreolhamos preocupados, levantando-nos e vestindo-nos às presas.

POV. Lúcia.

Em pouco tempo, todos estavam reunidos no pátio, ao peitoral que o cercava, olhando apreensivos para um ponto no horizonte. Começamos a ouvir o som estrondoso há pouco tempo. Raios destruíram algumas partes do castelo e no céu do amanhecer, ao longe no bosque, vimos a fumaça subindo densa, o céu fechou-se tempestuoso em segundos e então vieram mais raios caindo por diversas partes de Nárnia, incluindo aqui, mas principalmente, na mesma região de onde subia a fumaça.

Os que acordaram com o barulho foram chamar pelos outros e, agora, estávamos todos reunidos. Edmundo e Jay acabaram de chegar, seguidos de Jill e um sonolento Eustáquio. Rany e Susana estavam ao meu lado.

–Estão todos aqui? - perguntei.

–Sim, chamei todos que pude. - disse Rany.

–Onde está Julian? - perguntou Jay. Olhamos em volta. Não o vi. Meu coração se apertou.

–Ele deve estar bem. - disse Susana. - Graças à Aslam não havia ninguém nas torres que desmoronaram.

–Mas o que é aquilo? - perguntou Jill.

–Será que a Feiticeira vem contra nós? Estamos desfalcados, não haverá como vencer um ataque surpresa. - disse Helena.

Edmundo tinha o olhar fixo no horizonte.

–É melhor nos prepararmos de qualquer forma, toquem os sinos! - disse Bri.

–Não. - disse Edmundo. - É um ataque, mas não contra nós. - ele fez uma pausa e todos esperamos apreensivos. - O acampamento está pegando fogo.

–Devemos ir em socorro! - disse Susana, com as mãos sobre a barriga, com lágrimas de desespero fazendo seus olhos brilharem. Edmundo balançou a cabeça negativamente.

–Não. - disse ele, com dificuldade. - Não há nada que possamos fazer.


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Notas finais do capítulo

Bem gente, não sei se vou postar em mais alguma fanfic antes do natal, então, desejo a vocês e à suas famílias um ótimo Natal, e um 2014 cheio de paz, alegria, saúde e sucesso!
Não esqueçam dos meus reviews! Eu sei que tenho muuuiittooss leitores. O contador de acesso aponta 505 acessos para essa fanfic!
Beijokas!!