Fruto do Nosso Amor escrita por Jajabarnes


Capítulo 37
Pequeno Grande Rei.


Notas iniciais do capítulo

Oi de novo, não demorei nada, né? Bom, espero que se divirtam com o cap, no vemos nas notas finais!



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Pov. Susana.

Sentei com cuidado na cama, soltando lentamente o ar pela boca. Caspian acompanhava meus movimentos com um olhar minucioso a poucos centímetros de mim, pronto para qualquer coisa, aposto como se o chão se abrisse sobre meus pés ele estaria pronto para me pegar. Ele estava começando a exagerar, mas eu não o culpava. Ser pai estava sendo um sonho para ele e ele fazia de tudo para que fosse perfeito, sem contar que eu adoro receber os cuidados dele...

-Está começando a ficar pesada... - eu falava da barriga, já bem visível sob o tecido vermelho do vestido. Depois da descoberta da falsidade ideológica de Renere, eu voltara ao meu quarto para tomar um banho relaxante. Havia acabado de sair dele. Caspian se banhou antes de mim.

-Isso é um bom sinal, não é? - ele se sentou com todo cuidado ao meu lado.

-Aposto que sim. Mas isso é o de menos... Ando comendo sem parar ultimamente... - comentei.

-Não há nada de mais nisso, afinal, você tem que comer por dois... Ou três, quem sabe...?

-Você não vai me querer quando eu estiver cheia de celulites. - resmunguei.

-Claro que vou. - protestou. - Vai ser sempre a minha Su. - ele beijou meu pescoço, fazendo borboletas voarem em meu estomago.

-Nem quando eu estiver cheia de estrias. - continuei em minha nóia, tentando ignorar os beijos, mais exatamente, a sensação que eles me causavam.

-Claro que vou querer, sempre vou! - ele protestava, ainda beijando meu pescoço.

-Nem quando eu estiver gorda. - resmunguei. Ele parou.

-É, estando gorda... Eu já não sei... - brincou. Dei-lhe um tapa leve no ombro. Caspian riu, abraçando-me. - Sabe qual a pior parte?

-Qual?

-Eu estou morrendo de saudades de você... - sussurrou em minha orelha, roçando o nariz em meu pescoço.

-Também estou com saudades suas, Cas. - sussurrei de volta. Ele me beijou, beijou intensamente, provocando-me arrepios, mas logo interrompi o beijo suavemente. - Mas comporte-se. - toquei a ponta de seu nariz com o indicador e ele riu. Pus-me de pé. - Vou comer alguma coisa, você vem?

-De novo?!

-Antes eu não estava com desejos. - eu já caminhava para a porta.

-E agora você está com o desejo de comer o que? - ele me seguiu.

-Doces.

-Doces engordam. - ele fechou a porta do quarto e eu ri enquanto seguíamos pelo corredor.

Começamos a descer as escadas e Caspian insistiu para que eu fosse devagar. Quase parando, eu obedeci. Mas ouvimos um grito.

-PEDRO, PARA COM ISSO! - não muito longe dali.

-É a voz da Lúcia. - falei, descendo mais rápido, ignorando os protestos de Caspian e segui andando ligeiramente até o lugar de onde vinham as vozes.

-EU VOU MATAR VOCÊ! - era a voz furiosa de Pedro.

-O que está acontecendo aqui?! - perguntei, chegando ao pátio e vendo Pedro com a espada em punho, vermelho de raiva. Rany tentava acalmá-lo e Julian se escondia atrás de Lúcia, os olhos arregalados de medo.

-Susana, Caspian, graças à Aslam! - Lúcia parecia desesperada.

-Caspian, não deixe Pedro fazer nenhuma besteira, por favor! - suplicou Rany.

-NEM SE ATREVA A CHEGAR PERTO DE MIM! - berrou Pedro – NINGUÉM VAI ME IMPEDIR DE ACABAR COM A RAÇA DESSE APROVEITADOR! - ele avançou para Julian, escapando do cerco de Rany e Edmundo chegou a tempo de impedir, junto com Caspian, que Pedro o alcançasse.

-Pedro, o que deu em você?! - perguntou Ed, que chegara com Jay, provavelmente por causa da gritaria. - O que está acontecendo aqui?!

-Esse... Esse... Esse APROVEITADOR! - Pedro estocou com a espada, mas Julian e Lúcia recuaram a tempo.

-Aproveitador? - questionou Jay, consigo mesma.

-EU NÃO SOU UM APROVEITADOR! - rebateu Julian. - VOCÊ ESTÁ SENDO MUITO INFATIL, LÚCIA NÃO É MAIS UMA CRIANÇA! ELA CRESCEU E ESTÁ NA HORA DE VOCÊ CRESCER TAMBÉM!

Nesse momento chegaram o Tisroc e Professor Kirke, seguidos de Rillian e Tirian, provavelmente estavam perto e vieram ver o motivo de tanta gritaria.

-CALE A BOCA! QUEM VOCÊ PENSA QUE É?! A IRMÃ É MINHA! - rebateu Pedro. Julian iria retrucar, mas Edmundo empurrou Pedro para trás, a fim de fazê-lo parar de querer passar por ele e por Caspian; Rany foi até Pedro, este, por sua vez, pareceu mais calmo, demorou alguns segundos, mas finalmente respondeu a pergunta de nosso irmão.

-Eu estava com Rany... - ofegou. - Caminhando para a biblioteca tranquilamente... - ofegou. - Mas... Quando chegamos lá... EU PEGUEI ESSES DOIS AOS BEIJOS! - ele avançou de novo, mas Caspian e Edmundo o contiveram e ele voltou a ficar parado, balançando a espada.

Jay, o Tisroc, Professor Kirke, Edmundo, Caspian, Rillian, Tirian e eu olhamos para Lúcia e Julian, nossas bocas formando um “O”. Lúcia corou intensamente e Julian, por trás dela, pigarreou.

-Isso é verdade? - perguntou Jay, ainda embasbacada. Lúcia abriu a boca para responder, mas Pedro foi mais rápido.

-CLARO QUE É! ESTÁ AÍ A RANY QUE NÃO ME DEIXA MENTIR! - ele parecia estar inconformado. Um longo e tenso silêncio prevaleceu, até que eu o quebrei.

-Owwwwwnnnn eu ganhei um cunhado! - falei, realmente feliz por eles, que, diga-se de passagem, demoraram a se acertar. Pedro me fulminou com o olhar enquanto eu puxava Julian e Lúcia para um abraço. -Ed, nós temos um cunhado! - comemorei.

Edmundo se aproximou de Julian, com uma expressão séria, a mão repousava no punho da espada. Ele parou a nossa frente, encarando Julian por longos segundos com a expressão indecifrável, deixando todos tensos. Até que abriu um sorriso largo.

-Bem vindo a família, cara. - ele e Julian trocaram um abraço.

Lúcia sorriu e vimos Rillian se retirar do ambiente, dando as costas a todos. Tirian fez menção de segui-lo, mas o Tisroc segurou em seu ombro, para que ele ficasse e deixasse Rillian sozinho.

Nós começamos a cumprimentar o novo casal e o próximo a sair dali, pisando fundo e fumegando, foi Pedro. Ele subiu as escadas furioso e Rany foi a trás dele.

-Não se preocupem com ele – disse Caspian, para Julian e Lúcia. - Logo, logo ele aceita.

Jay largou o pescoço do irmão e foi para o lado de Edmundo.

-É – ele concordou com Caspian. - Ele pode invadir o quarto de Julian a noite e decapitá-lo, ou prender Lúcia numa camisa de força... mas ele acaba aceitando. - deu um sorriso largo e maroto. Houve um breve momento de silêncio depois de sua piadinha, até que todos caímos na gargalhada.

Pov. Ranyelle.

-Pedro me espere! - falei, segurando a porta do quarto dele e entrando, fechando-a ao passar.

Ele jogara a espada no chão e começou a andar de um lado para o outro, passando as mãos nos cabelos. Ele sentou na beira da cama e, para minha completa surpresa, ele tinha lágrimas no rosto.

O Grande Rei estava chorando.

Imediatamente sentei ao seu lado, puxando-o para meu colo.

-Ei, ei... - acalentei. - Não fique assim, meu amor. - eu afagava seus cabelos louros completamente condoída por ele.

-Ele sequer veio falar comigo! - reclamou ele. - Foi logo partindo para cima dela como se fosse sua tábua de salvação! - ele fungou. Sem reação, procurei o que dizer, não achei, então deixei-o desabafar. - Se ele tivesse vindo falar comigo, Rany, comigo com Edmundo e até com Caspian...! Estaria tudo bem, mas nãããoo, ele passou por cima de minha autoridade como irmão mais velho! EU ME SINTO TRAÍDO! Traído por eles e por todos que os apoiaram! Isso é motim!

Eu iria corrigi-lo, dizendo que motim só acontecia a capitães de navios, mas aquela não era uma boa hora.

-Jay que me perdoe, mas a vontade que eu tinha era passar minha espada no pescoço do irmão dela, bem lentamente. E O QUE DIZER DE LÚCIA?! Eu não esperava isso dela, Rany, não esperava... Mas... - ele fungou. - Mas SABE O QUE É PIOR?! … Ele tem razão... Isso é o que mais me dói... Ele tem razão... Lúcia não é mais uma criança... Infelizmente... - fungou. - Eu não esperava que isso acontecesse tão rápido. Eu já estava acostumado com a ideia de que Susana não fosse mais uma criança... Mas Lúcia! Eu ainda a vejo como aquela menina que gostava de brincar de pique-esconde, aquela que tinha medo de relâmpagos e se escondia atrás de mim para se proteger, aquela que andava segurando minha mão para atravessar a rua... - sequei as lágrimas de seu rosto.

-Imagino o que deve estar sentindo, Pedro, mas ela cresceu e não lhe resta outra opção a não ser aceitar. - falei, baixinho. Pedro ficou pensativo, em silêncio e eu o deixei ficar assim, afagando seus cabelos.

Pov. Caspian.

Sim, era um pouco impactante encarar o fato de que Lúcia, aquela que sempre fora nossa caçulinha, já não era mais tão “inha” assim. Eu entendia o que Pedro estava sentindo, pelo menos em parte, porque eu considerava Lúcia como minha irmã também, mas não chega perto do que Pedro deve sentir por ela, que a conhece e a protege desde que ela nasceu. Mas, sinceramente, eu estava feliz por ela.

Interrompendo nossos risos pela piadinha de Edmundo, chegou um soldado de expressão tensa.

-Com licença, Majestades? - ele era calormano e logo o Tisroc se aproximou dele.

-Diga, soldado.

-Trago notícias dos soldados acampados próximo a cidade... E elas não são nada boas.


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Notas finais do capítulo

Bem, não sei se vocês lembram, mas alguns(vários) capítulos atrás eu falei de uma fanfic minha chamada "Chama da Alma". Pois é, a fanfic foi excluída acidentalmente pela minha amiga, mas eu pretendo publicá-la novamente em breve escrevendo-a sozinha, bom, mais ou menos, a Laura vai me dar umas diks quando estiver disponível, mas fora isso, preciso saber se teria leitores! Para isso, vocês tem que saber um pouco da fic: a história se passa em Fernando de Noronha, é um Suspian brasileiro, durante umas férias de verão onde Pedro retorna para casa levando com ele alguns amigos de faculdade, Rilian, Digory, Eustáquio e Caspian, quando chegam em FN ficam hospedados na pousada de Helena Pevensie e conhecem os irmãos de Pedro: Susana, Lúcia e Edmundo e as amigas Polly, Jill e Aravis. Muitas coisas podem e vão acontecer nessas férias! ;D kk bem, mais resumido que isso, impossível! Então, vocês leriam uma fanfic assim?
Ah, claro, não se esqueçam de comentar o cap ;D
Beijokas!!