Fruto do Nosso Amor escrita por Jajabarnes


Capítulo 23
Você não precisa ser igual a ele.


Notas iniciais do capítulo

Well, quem lembra do final super suspense do capítulo passado??? O/ kkk, bom, muitos deram palpites e a maioria acertou!!!! Agora é a hora de saber quem estava no quarto da Su!
Esse capítulo vai especialmente para Anma que deixou uma recomendação muito fofa para mim ha algum tempo. Flor, eu li sua recomendação e amei, mas desculpa a demora para lhe agradecer, eu ando meio desligada, mas abafa! Muito, muito, muitissimo obrigada!
Boa leitura, espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/131347/chapter/23

POV. Caspian.

Teimosa como sempre, Susana decidiu ir sozinha para o quarto. Sei que isso era comum e nem um pouco perigoso, mas ela estava mal. Continuei na mesa, tomando café da manhã com os outros. Todos conversavam tranquilamente quando ouvimos um soar de instrumento.

– SUSANA! – Pedro deu pulo da cadeira correndo em direção ao som comigo logo atrás, sendo seguido pelos outros. Subimos os degraus aos saltos. Ele bateu na porta do quarto ao percebê-la trancada. – Susana?! – chamou. Uma voz grave respondeu.

– Agora, não. Estamos tendo uma conversa séria. – havia um homem ali dentro?

– Não acredito... – murmurou Edmundo. – Não pode ser...

– O que? – perguntou Julian.

– Caspian, arromba logo essa porta! – berrou ele enquanto eu me preparava para dar um segundo chute na mesma. Com o impacto ela abriu, entramos no mesmo momento e eu vi um rapaz de pé de costas para nós e de frente para Susana que buscava apoio no encosto da cama, com o rosto molhado por lagrimas e os olhos em quase desespero; no chão, ali perto, jogada no chão estava a trompa dela. Edmundo paralisou de meu lado esquerdo olhando boquiaberto para o rapaz. - Impossível. - Eu estava tentando entender o que acontecia ali e de onde surgira aquele sujeito.

– Eu disse que estamos tendo uma conversa séria. – rosnou ele, por cima do ombro, mas foi ignorado.

– Como pode estar aqui...? – perguntou Edmundo.

– Edmundo o que está acontecendo? Quem é ele? – questionou Pedro.

– É o Príncipe Rabadash... – respondeu completamente abismado.

– Será ótimo matar a saudade de todos, mas depois. – disse o tal príncipe, cínico. – Agora meu assunto é com ela. – olhou para Susana.

– Você não tem nada para falar com ela. – falei firme. Ele olhou para mim desafiador, com uma sobrancelha arqueada.

– E você quem é? – perguntou. Eu podia ignora-lo, mas fiz questão de responder ainda em tom firme.

– Rei Caspian, marido da Rainha Susana.

Os olhos de Rabadash flamejaram de fúria, porém ele não deixou tal sentimento fluir e manteve a compostura.

– Então foi com ele que você me traiu...? – disse à Susana, por cima do ombro fazendo meu sangue ferver.

– Não sou absolutamente nada sua para lhe dever tal fidelidade! – Gritou ela. Susana estava alterada num misto de raiva, medo, desespero e nervosismo, isso não era nada bom.

– Calada! – vociferou ele. – Você devia fidelidade sim! Seria minha esposa e como tal devia não só fidelidade como amor também!

– Não o teria como marido nem sobe tortura, preferia mil vezes morrer. Eu jamais seria capaz de amar você! – gritou ela – EU AMO CASPIAN!

– JÁ CHEGA! – ele ergueu a mão para uma bofetada, mas antes que o fizesse acertei suas costelas com um chute fazendo-o cambalear para o lado, lamentei não ter minha espada ao alcance, mas isso não me impediria de agir. Agora era briga.

Pedro veio comigo para cima de Rabadash e com alguns socos e chutes nós o botamos no chão. Julian e Edmundo se aproximaram erguendo o príncipe brutamente para pô-lo bem longe de Susana e de todos nós. Mas ele, numa oportunidade, acertou Edmundo no abdômen fazendo o mesmo cair de joelhos, com uma das mãos acertou o rosto de Julian. Pedro e eu conseguimos segurá-lo, ele se debateu, mas Ed, recuperado, veio nos ajudar novamente. Ele e o irmão seguraram o individuo, fazendo-o me encarar. Sua boca estava cheia de sangue e seus olhos de fúria. Julian ofereceu-me o cabo de um punhal. Peguei-o pronto para acabar de vez com aquele infeliz. Ergui a arma, foi quando senti uma mão pálida, fria e tremula pousar fragilmente sobre a minha que segurava o punhal. Era Susana.

– Você não precisa ser igual a ele. – disse ela, suavemente, olhando em meus olhos ainda com a face molhada pelas lagrimas. O que ela estava querendo? Eu sabia que Rabadash era seu pior pesadelo, eu estava a um passo de acabar com ele e ela não queria?! Era isso mesmo?!

Não só o meu, mas todos os olhares pousavam confusos sobre Susana. Seus olhos diziam tudo. Ela baixou minha mão com o punhal.

– Susana, o que você...? – Pedro não terminou a frase. Aproveitando o momento de distração, Rabadash se soltou novamente, agora correndo para a varanda e saltando da mesma. Ele se matou? Pouco me importava. Julian e Edmundo correram para lá. Logo depois que ele pulou um grifo voou pelo céu com o príncipe calormano em suas costas, indo para Leste. Eu ainda olhava para Susana sentindo uma irritação tomar conta de mim.

– Vamos deixa-los a sós. – disse Polly, saindo pela porta levando Digory com ela. Sem dizer nada Ranyelle, Renere e Lucia os seguiram depois Julian e Edmundo, por fim Pedro que fechou a porta ao passar por ela. Eu nada falei. Sabia que Susana percebera minha irritação e incredulidade. Depois de alguns segundos ela desviou o olhar.

– Pode me explicar o que aconteceu aqui? – perguntei sério.

– Quando cheguei Rabadash estava aqui e... – ela deu alguns passos, de costas para mim.

– Não me refiro a isso. – interrompi. – Por que não me deixou mata-lo? – aproximei-me. Ela permaneceu de costas para mim. – Susana, eu sei que Rabadash foi, ou... É, a pior coisa que já aconteceu com você. Eu estava pronto para livrá-la disso de uma vez por todas...

– Eu já achava que estava livre dele há muito tempo... – falou ela, depois suspirou. – Caspian, eu sei o quanto Rabadash é cruel e frio e sei também que você não é como ele. – ela virou para mim, novamente com lagrimas nos olhos. – Você é doce, atencioso, um rei sábio e justo, uma pessoa maravilhosa... – houve um ar de sorriso em seus lábios enquanto ela falava sobre mim. – e eu amo você por tudo isso e muito mais. Se você o matasse estaria descendo ao nível dele e eu não podia deixar o Caspian que eu amo ser rebaixado para um assassino. – ela afagou meu rosto.

– Ele podia ter feito alguma coisa para vocês, Su... – sussurrei com a raiva e a irritação se esvaindo de mim, secando suas lagrimas. Susana sorriu.

– Ele não fez. O rei que eu amo tanto estava aqui para nos proteger.

Eu não contive o sorriso, pegando o rosto de Susana delicadamente entre minhas mãos.

– Vocês estão bem mesmo? – perguntei.

– Estamos sim. Graças a você – ela sorriu, pondo uma das mãos sobre a barriga, pus a minha sobre a dela e tomei seus lábios nos meus. Uma batida na porta fez aquele momento se interromper. Relutei por segundos, mas fui atender. Era Lucia. Ela tinha um sorriso no rosto.

– Desculpe interromper, Caspian, mas nós temos visitas. – sue sorriso era radiante.

– Quem é? – perguntou Susana, um pouco receosa.

– É melhor vocês virem ver. – Lucia saiu e nós a seguimos.

Descemos as escadas e atravessamos o salão, em direção à entrada do castelo. Lá, junto com os outros, estava um grupo de pessoas. Um grande grupo de pessoas. Alguns conversavam animadamente entre si, com Pedro, Edmundo e os outros, ou olhavam em volta. Mas o que todos faziam era sorrir.

– Ah, eles chegaram! – disse Digory, sorrindo ao nos ver aproximar.

– Não acredito! – disse Susana, animada, ao reconhecer alguns dos novos rostos, apressando-se em chegar logo até eles. Pude ver Ranyelle e Renere conversando encantadas com dois homens, que obviamente eram gêmeos e uma mulher. Digory e Polly conversavam com um casal, o homem era de estatura media, tinha cabelos negros, uma coroa imponente na cabeça e roupas elegantes; a mulher, igualmente elegante, tinha longos e ondulados cabelos castanhos, em sua cabeça uma tiara prateada e femininamente imponente como a do homem. Pedro e Edmundo conversavam com dois rapazes, um era loiro, um pouco mais baixo que Pedro, um rosto forte, mas de boa aparência. O outro era mais alto e robusto, os cabelos na altura dos ombros estavam presos para trás e os dois também usavam coroas. Lucia ria encantada com dois castores, um fauno, um garoto e uma garota; esses usavam roupas estranhas, não usavam coroas e estavam olhando para tudo encantados. Havia também, um cavalo alado, próximo a ele estava uma moça de longos cabelos loiros, um senhor com uma longa túnica, um cavalo narniano normal e uma égua de Narnia. E ainda tinha os que não consegui prestar atenção.

– Bom, vamos às apresentações! – disse Pedro. Logo dizendo os nomes de todos para todos não importando se já conhecíamos ou não – Esses são o Rei Franco e a Rainha Helena, os primeiros reis que Narnia teve. – ele indicou o casal de modos incrivelmente magníficos (que Pedro não me ouça). – O Príncipe Corin, o Rei Cor e a Rainha Aravis, da Arquelândia. – indicou os dois rapazes e a moça que conversavam com Ranyelle e Renere. – Bri e Huin – indicou a égua e o cavalo, ambos eram animais falantes de Narnia. – Rei Rillian e Rei Tirian, de Narnia. Eustáquio, meu primo, e a amiga dele, Jill. – mostrou o garoto e a garota. – Sr. e Sra. Castor, Sr. Tumnus. –eram os castores e o fauno. – Lilliandil, filha de Ramandu e o Mago Coriakin. – gesticulou para a moça loira e o senhor da túnica. – Sr. Noel. – era um velho alto, de barba e cabelos brancos e uma roupa avermelhada. – e Brejeiro. – o ultimo era um paulama, dificilmente se via um desses em Narnia, só próximo a Charneca. – Sou Rei Pedro – apontou para si mesmo e depois para cada um a medida que ia dizendo os nomes. – Rei Edmundo, Rainha Lucia, Rainha Susana e Rei Caspian X. As princesas Renere e Ranyelle, da Arquelêndia. O guerreiro Julian e Tisroc, rei da Calormânia, Lorde Digory e Lady Polly. – ele abriu um sorriso. – Estamos todos aqui. Todos os amigos de Narnia.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? Mereço reviews??? Recomendações? Alguma coisa? Queria agradecer a quem comentou, comenta e vai comentar minha fic, saibam que cada um de vocês mora no meu cori cor de rosa!!!
Beijokas!!