Fruto do Nosso Amor escrita por Jajabarnes


Capítulo 20
Os Antigos. Os atuais. Os que Ainda Não se Conhece


Notas iniciais do capítulo

Sei que demorei, mas para compensar a demora vou postar dois ou três capítulos hoje ;D
Espero que gostem!!



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POV. Lucia.

Não, não sei se vou pôr a cara lá fora de novo. Por que será que ele agiu assim tão de repente? Sim, já conversamos algumas vezes e devo confessar que gosto da companhia dele, mas mesmo assim...

- Pensando no Julian, Lucia? – perguntou Rany, da cabine. Eu estava na “varanda” da cabine principal, olhando para as inúmeras constelações no céu e para o trajeto que o Peregrino deixava para trás. Virei num susto para ela assim que ouvi sua voz. Ela estava deitando em sua cama.

- Engraçadinha. – resmunguei entrando. Susana riu deitando na cama e embrulhando-se, assim como Ranyelle. Fui para o lugar onde iria dormir e logo relaxei envolvida pelo conforto das cobertas brancas.

Colhi uma rosa amarela do solo coberto de flores da campina gigantesca que se estendia a perder de vista coberta por um céu azul magnifico.

“Lucia” uma voz conhecida me chamou de algum lugar em meio às flores. Um sorriso se formou em meu rosto e eu corri em direção a quem me chamava mesmo sem saber onde ele se encontrava. Aos poucos fui diminuindo a velocidade ao não encontrar ninguém. Ouvi novamente: “Lucia...”. Corri novamente e poucos metros mais a frente encontrei com o leão.

“Aslam” abracei-o. “Onde você estava, não lhe vi mais depois de seu aviso em Cair Parável...?”

“Ora, Lucia, estava onde sempre estive junto de vocês.” Explicou com um sorriso. Sorri também. Começamos a caminhar lado a lado, em silêncio.

“Aslam...” chamei. “Se é que posso perguntar... Por que deixou acontecer aquilo com a Jay...?” comecei, meio receosa, talvez eu não devesse saber sobre isso, mas eu precisava arriscar. “Todos sofreram, principalmente Julian, ela era a única família que ele tinha...”.

“Lucia, eu nunca disse que seria fácil.” Começou ele. “Ela morreu para que não só a Susana e o bebê sobrevivessem, mas você e Ranyelle também. Uma por todas, se é que me entende.” Seu tom de voz era calmo e compreensível. “E Julian, assim como todos, precisa de todos vocês para juntos enfrentarem a dor da melhor maneira possível, não se deixar abater por esse sentimento, todos terão que ser fortes, pois ainda há longos meses a serem percorridos.”. Concluiu.

“Mais pessoas vão morrer?!”. Minha voz quase não saiu por causa do aperto no peito. 

“Talvez, não há como saber.” Disse ele.

“Não pode me dizer?”

“Tudo o que posso dizer é que Jadis está cada vez mais forte, ela recebeu o apoio de vários aliados. Inimigos de Narnia lutarão ao lado dela; tanto os antigos, como os atuais e os que ainda não se conheceu”.

“Como assim?”

“Os inimigos antigos de Narnia, os inimigos atuais e os que ainda virão se uniram a Feiticeira Branca” explicou. “Mas não se preocupe, vocês também terão aliados, os amigos de Narnia, tanto os antigos, como os atuais e os que ainda não conheceram virão ao encontro de vocês para juntos lutarem contra o mal até que a Criança Escolhida nasça” foi a ultima coisa que ouvi. Despertei em um salto, sentando na cama, vi que o sol já brilhava e só restava eu na cabine. Levantei e preparei-me para sair. Os outros precisavam saber desse sonho.

POV. Julian.

- Estou de olho em você! – alertou Pedro em meio a um sorriso. Caspian riu.

- Tô sabendo, tô sabendo... – murmurei, seguindo para a escada. Subi os degraus arrastando os pés, ao sair no convés, vi Lucia chegando até Rany e Susana que conversavam próximas a beira do navio. Lucia tinha uma expressão preocupada e isso não era um bom sinal. – Bom dia, meninas! – cheguei até elas. – O que está acontecendo? – perguntei percebendo agora que a expressão preocupada também estava em Rany e na Su depois do que Lucia falou para elas.

- Onde estão os outros? – perguntou Rany.

- Estamos aqui... – respondeu Pedro chegando com Caspian, Edmundo, que estava próximo ao mastro vinha mais ao nosso encontro. – O que aconteceu?

- Precisamos conversar. – disse Lucia.

[...]

- Você tem certeza? – perguntou Edmundo. Estávamos na cabine principal, Lucia acabara de nos contar seu sonho.

- Absoluta. – ela garantiu, com a voz cheia de certeza. – Era mesmo o Aslam.

- Eu acredito nela. – Rany pronunciou-se.

- Nós acreditamos também, Rany. – Pedro disse. – Só que ainda não entendi o que ele quis dizer com os antigos, os atuais e os que ainda não se conhece.

- Mas não precisa de explicação, Pedro, é simples. Os antigos, os atuais e os futuros amigos de Narnia, virão para lutar ao nosso lado. – explicou a Destemida.

- Mas não sabemos quem são os futuros amigos de Narnia... Não será fácil confundi-los com os inimigos? – questionou Edmundo.

- Eu não sei se o que você disse faz sentido, Edmundo, mas saberemos reconhece-los... Eu acho. – Rany deu de ombros. Susana suspirou.

- Só espero que eles venham logo. – murmurou ela. Houve silêncio.

- HOMENS AO MAR!- gritou um marujo. Todos correram para o convés, para a beira do navio. Alguns marinheiros já haviam pulado na água para acudir os que já estavam lá. Eles trouxeram a bordo um senhor e uma senhora. Assim que os dois, vestindo roupas estranhas e completamente encharcadas, alcançaram o convés, Lucia passou por nós levando toalhas para os novos tripulantes. Susana se aproximou dos dois em passos lentos, com um olhar ao mesmo tempo surpreso e confuso.

- Professor...? – ela perguntou para o senhor. Ao ouvir a voz dela ele ergueu a cabeça, encarando-a surpreso. Lucia olhou de Susana para o homem com um sorriso se formando em seu rosto enquanto colocava uma toalha sobre os ombros da senhora.

- Susana... É você? – perguntou o homem, Susana sorriu e ele olhou para Lucia. – Lucia...  – olhou para nós. – Pedro, Edmundo! – ele sorriu e os quatro o acompanharam. – Polly, veja, são eles! – ele tinha um sorriso incontido no rosto. – Oh, céus! – Os quatro riram se aproximando. A tal Polly e Lucia se aproximaram do senhor e Caspian, Rany e eu nos aproximamos sem entender nada.

- Professor! – Pedro o abraçou, seguido dos irmãos. Que em seguida cumprimentaram Polly. – Gente – ele voltou-se para nós três mais atrás. – Esses são o Professor Kirke e a Senhora Polly, mas aqui em Narnia eles são mais conhecidos como Lorde Digory e Lady Polly.

Nós sorrimos. Mas espera aí, eu estava mesmo diante das pessoas que viram Narnia nascer?! Cumprimentamos os dois com enormes sorrisos.

- Bem vindos a Narnia novamente! – disse Edmundo.

- Estamos em Narnia? – perguntou Polly.

- Não exatamente. – respondeu Lucia. – Estamos a caminho da Calormânia.

- Pelo visto, as coisas não estão boas...

- Não, não estão. – Pedro assentiu.

Lucia, Susana e Ranyelle foram levar Lady Polly para vestir roupas limpas e nós, homens, levamos Lorde Digory. Assim que eles estavam secos, Pedro os apresentou aos marinheiros e então voltamos a nos reunir na cabine principal para informar os recém-chegados da situação em que Narnia e todos nós nos encontrávamos. Contamos toda a historia, a profecia da Criança Escolhida, o ataque na Calormânia, a atitude de Aller, a fuga de Rany e Jay da Arquelândia, o aviso de Aslam em Cair Parável, o segundo ataque, a morte de Jay, nossa decisão de despistar o perigo do povo narniano e a busca de auxilio ao Tisroc assim que chegássemos a Tashbaan.


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Notas finais do capítulo

Bom, já vou correndo postar o proximo!
Quero comentários!
Beijokas!!