Palavras de Heagle escrita por Heagle


Capítulo 43
A reunião e a briga.


Notas iniciais do capítulo

Olá lindas, hoje eu adiantei tanta coisa da fic, hoho. E pra apimentar a situação... UMA BRIGA, DAS PESADAS, ADOOOOOOOOOOOOOOOOOORO! BARRACO, BARRACO, BARRACOOO! Boa leituuura, mon chers *-* e comentem ein?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/130789/chapter/43

Já eram duas horas da tarde quando Jared chegou, todo esbaforido. Tim o cumprimentou, antes que ele se aproximasse de mim. Deu-me um beijo carinhoso no rosto e sorriu:

- Oi Marietta, Anne disse muito sobre você. Ela pediu desculpas por não vir... coisas urgentes, mesmo. – e virando-se para os demais, acenou. – E aí gente?

- Jared e sua forma triunfal de interromper reuniões. – riu Tim, pedindo que ele se sentasse. Com tudo calmo, desta vez, continuamos a conversar.

- Eu gostaria muito que a estilista Anne Blake fosse responsável pelo figurino. Já havíamos conversado sobre isso antes. – comecei, em bom tom. – As roupas são maravilhosas, e não vejo ninguém mais capaz que ela.

- Ela nunca foi responsável por um filme. Acho arriscado por tudo nas mãos de uma pessoa inexperiente. – opinou Richard. Suspirei, afastando o cabelo do rosto.

- Meus fãs vão assistir o filme com intuito de encontrar lealdade ao livro. Por isso eu exigi que eu estivesse presente quando escolhesse o elenco e os profissionais da equipe técnica. Não quero decepcionar a todos que esperam algo digno.

- Não é fato disso, Marietta. Fato que... não podemos deixar as roupas ou o som, na mãos de pessoas sem experiência cinematográfica.

- Eu me responsabilizo pelos danos, sério. E boto a mão no fogo que Anne vai nos surpreender, de forma positiva, lógico. – insisti, séria. Eles deviam levar em conta que EU era a escritora, EU entendia o que falava e que EU não mudaria de ideia.

Embora meio relutantes, concordaram.

- E lamento parecer um pouco teimosa e abelhuda, mas “Os Murphy” é tudo para mim. – completei, antes que alguém pensasse que eu era uma chata.

Eles riram, assentindo também.

- Marietta está com a perna quebrada, e tirará o gesso daqui três semanas. – contou Mel, pegando uma pasta na mesinha ao lado. – Acredito que, nesse tempo, Matthew já possa participar das aulas e...

- Aulas? – questionou, assustado. Melissa deu-lhe um tapa na testa.

- Aulas, bocó, para aprender falar, atuar com mais facilidade...

- Mas eu já não passei no teste?

- Sanders, não complica, por favor. – resmunguei. – As aulas serão feitas com a Raven, não é?

- Uhum... ela é a professora mais capacitada que temos. Além, claro, que será a responsável pela sonoplastia.

- Acho ótimo! É perfeita... e muito, mas muito turrona. – ri, lembrando da forma “delicada” que minha amiga (é, desde os 11 anos de idade) tratava seus alunos. Ela sempre gritava: “PARA DE AGIR COMO MULHERZINHA. BEIJA COM VONTADE, CARA, BEIJA!” ou “Tenho mais que fazer. Aproveite essa aula ou morra”.

- Animador... além de aguentar as “M” em dose dupla... vou ter que engolir uma louca chamada de Corvo que...

- Matthew, se você falar isso para ela, além de botar fogo no seu saco... vai fazer de tudo pra sua vida tornar um INFERNO. Ouça que estou falando: a Raven não é FÁCIL.

- Tá, tá, tá... já entendi, Marietta.

- E a Marietta vai junto. – completou Mel, folheando o contrato. Olhei-a um pouco perplexa, assustada, ou sei lá o que. Como assim?

- Ein?

- Ah, a bonita achou que fosse escapar da Ray? Neca! Vai pra aula também, acompanhando o Matthew.

- Nããão, eu agüento a Ray desde os 11, eu sei como ela vai pegar no meu pé!

- Supere esse problema, amora.

- Vai demorar um pouco até que tudo esteja pronto para iniciarmos. Já começaremos com as cenas de rua, enquanto os cenários são produzidos. Contratamos os melhores designers para os animais e efeitos especiais.

- E quanto tempo acha que isso vai durar?

- Hum... 3 ou 4 meses. Nesse tempo, adiantaremos o que podemos. Tudo tem que estar perfeito.

- Ótimo, vou poder passar o Natal com minha família no Brasil. – vibrei, batendo palmas. Matt olhou-me de forma vaga, misteriosa, e exibiu um sorriso diferente.

- Não vai ficar conosco?

- Não, Matthew. Eu tenho pai, mãe, irmãos... sobrinhos. Preciso vê-los. E você deveria fazer o mesmo com sua família.

- Querido, sabe quanto tempo vai demorar para que tudo realize? – perguntou Helena, interrompendo qualquer chance de resposta por parte de Matt.

- Fora os 4 meses... um ano.

- Separaremos os grupos: Os Murphy, os Consagrados, e os demais personagens. Esses terão reuniões diferentes, em lugares diferentes, para ensaio.  Anne Blake, com quem conversarei, começará tirar medida de todos. Raven vai ter aulas com quem precisa e o designer, começara a trabalhar nas animações.

- Certa vez li que uma boa animação demoraria 1 anos, no mínimo, para ser feita. – murmurou Mel, curiosa. Tom exibiu um sorriso enorme, como se estivesse orgulhoso de seu feito:

- O grupo que contratamos faz os melhores serviços em 4 meses. Sério.

- Então... quando começamos a nos reunir semanalmente, as aulas, entre essas coisas? – perguntei.

- A partir de janeiro. Dia 2, teremos nossa primeira reunião oficial. Lógico, notificarei a todos, principalmente você, Heagle, a quem quero bem próxima por esse tempo, para analisar como está indo o projeto.

- Por mim está ótimo, Tim.

- Elenco... algum problema?

- Acredito que não. – começou Johnny, colocando novamente o chapéu. – Esse filme vai ter um elenco realmente forte. Vejam? Os melhor diretor e os melhores atores estão aqui. Os Murphy em filme vai ser um sucesso, e sei reconhecer isso.

AAAH CARA, ERA SONHO MEW! Johnny Depp, rasgando elogios pro meu humilde filme? Eu amo ele, sério.

Depois que a reunião acabou, lá pelas voltas de tantas da noite, aquele deus grego sutilmente chegou perto de mim. Voltou a beijar minha mão e piscou, simpático:

- Prazer em conhecê-la, Marietta.

- É NOSSO, JOHNNY, É NOSSO! – berrou Melissa, voltando a se abanar.

Ai, ela trincava minha cara de vergonha. Mas fora isso, tudo okay, já que Matt havia se calado de vez e negava-se a conversar comigo.  Fomos quietos para a Limusine. Sentamos da mesma forma que antes e, irritada com aquele silêncio irritante, suspirei.

- Não cara, agora é sério, isso já está longe demais. – resmungou Matt, levantando com agressividade. Meu braço e o de Mel quase foram arrancados, mas tudo bem. – Até quando vocês vão ficar com essa frescura? Antes era até engraçadinho, mas já está se tornando um saco. Eu odeio silêncio e quando alguém ME IGNORA.

Bem que Jimmy disse. Santo Jimmy.

- Graça, Matthew? – questionei, pedindo para que Mel nada dissesse. Agora aquele rolo era meu e dele. – Então, vamos retroceder os últimos tempos: Johnny morreu, e eu estava lá com você mesmo sem te conhecer direito. Você quase morreu, eu estava lá porque quase morri, PRA TE AJUDAR! Daí, você vem e fala: serei sempre seu amigo. E eu pensei comigo: que legal, vou ser amiga do Matthew, ele deve ser diferente do que aparenta. Deve ser companheiro, gentil, e faz de tudo por um amigo... MAS QUE PORRA É AQUELA QUE FEZ CONOSCO NAQUELA BOATE? Das duas, uma: ou você coloca mulher na frente de amigos, ou você blefou e não me considera sua amiga. Simples assim. Aí, se for qualquer uma das duas opções, você é um FILHO DA PUTA, e não vou abaixar a cabeça só porque você tem a voz que eu mais amo nesse mundo. E nem por você ser meu personagem mais fodelástico. E nem por tornar alguns sonhos realidade.

- Eu estava bêbado caralho. Marietta... você não pode entrar na minha vida e tentar mudar o que sou. Sempre me emputeci com isso. Eu bebo pra caralho... pego quantas mulheres quero... e isso não vai mudar, até eu deixar de ser solteiro. Tô tenso pra cacete esses últimos tempos, mew! Johnny morreu, e eu lembro dele, embora não aparenta. Jimmy está morto! Tenho meus motivos pra ser assim.

- Não, definitivamente não quero te mudar. Eu fui tola de pensar que VOCÊ era diferente. Uma coisa é você beber e sair com quantas você quer, porque isso realmente não me interessa, você enfia seu pênis nos buracos onde achar melhor. – juro que pensei que Mel ia ter uma crise de gargalhada, mas graças a Deus, ela teve senso, e continuou quieta. E eu, continuei esbravejar tudo que estava entalado. – Outra é convidar eu e Mel para um programa, embebedar, largar a gente sozinha no meio de um monte de marmanjo, sem ao menos nos avisar. Você chegou a pensar quanta merda poderia ter acontecido? Os caras daquela boate estavam altos, chapados, e eu só tinha a muleta para me defender. Mel tem as duas pernas e correria, E EU? IA PULAR SACI-PERERE?

- Não... tinha pensado nisso.

- Não, você não pensou, e eu sei disso. – resmunguei, ficando cada vez mais vermelha. – O fato é o seguinte: ou você começa lançar real para mim, ou eu saio, de vez, da sua vida. Não precisa ser meu amigo, se você não quer. Não quero ninguém obrigado a fazer nada. SÓ QUE JOGA LIMPO CARA!

- Estou jogando limpo com você. E não estou mentindo, ao falar que preferia minha vida antes... quando não precisava dar satisfações pra ninguém. Você nem é minha namorada, por que teria que fazer isso?

Melissa deu um gritinho (que na certa, deixou escapar), com a boca aberta. Meus olhos afrouxaram e suspirei, torcendo a mão. Legal... agora era oficial.

- Tudo bem, M. Shadows, vou considerar isso sua resposta. – e aquietei, cruzando os braços, virando para o lado oposto.

Tinha uma maldição “Jonathan e Sophia” sobre nós, incrível. Como que aquele idiota pode esquecer tudo que aconteceu? Eu quase morri por ele, e ele jurou amizade pra mim... e agora está agindo como um completo MANÉ! Não, chega, não nasci pra isso. Ele, Hugo, metade dos bostas do mundo, vão tudo pro cu do mundo.

- Obrigado pela carona. – agradeci ao motorista, logo que chegamos. Mel estava com uma expressão horrível no rosto, como se tentasse escolher as palavras certas a dizer, mas tivesse medo. Subimos ao apartamento de M. Shadows, à procura das chaves da algema. Soltamos-nos com facilidade e, dando meia volta, saímos pelos corredores, ainda quietas.

- Marie... – começou Mel, estalando os dedos. – Vocês não vão mais... conversar?

Não respondi. Abri a porta do meu apartamento, dei-lhe um beijo de boa noite e entrei, quieta.

- Jimmy, você estava errado. – murmurei, indo para meu quarto. Teria uma longa noite de insônia pela frente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Palavras de Heagle" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.