Beijo da Morte escrita por dentedeleão


Capítulo 7
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Leitores da minha vida.......amo vcs de coracao.....os recadinhos me animam a escrever cada vez mais para voces...bjs



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/130443/chapter/7

– Duas novas vidas

À cinco dias do aniversario de Luna

-Filha acorda, temos que passar na reserva hoje. – Sentei ao lado da cama de Luna balançando seus ombros para que ela levantasse logo, o despertador já havia tocado por duas vezes. –

-Só mais cinco minutos mãe. – ela falava toda manhosa já virando para o lado e puxando a colcha -.

-Esta bem, se quiser ficar dormindo não tem problema. Já estou saindo, passe mais tarde na casa de seus tios. – já estava na porta segurando o riso -. Pode deixar que aviso Samy que você quis ficar dormindo.

Ouvi um estalo forte e minha filha já estava de pé, sua colcha no chão junto aos travesseiros e o despertador da cômoda que caiu com a agitação da cama. Só a senti passar correndo pelo corredor em direção ao banheiro.

-Ah mãe, por que não me avisou antes que eles haviam voltado. Preciso lavar os cabelos....ai que roupa eu ponho.....MÃE, me ajuda!

Eu não parava de rir com o seu desespero.

-Mãe, para de rir e me ajuda.

-Ta bom filha, não precisa gritar. Toma seu banho tranqüila que separo sua roupa e preparo seu café. – já na cozinha gritei - Carlisle deixou uma bolsa de sangue para você, só vai sair se beber tudo e sem desculpas.

Ouvi a porta do banheiro bater com forca e já sabia que ela estava nervosa e bufando no banheiro. Esta era minha vampirinha, tinha o gênio da mãe. Ela odiava se alimentar de sangue e tínhamos outro problema, o sangue animal não fazia efeito nenhum em seu corpo. Carlisle conseguia as bolsas de sangue doado no hospital da cidade, não era uma tarefa muito simples, mas ajudava o fato de minha filha só se alimentar duas vezes ao mês.

Deixei sobre sua cama o meu presente pré aniversario, um shorts jeans azul escuro e uma bata também em tom escuro de azul na altura do busto e uma renda transparente com flores bordadas em preto até a altura da cintura. Seth não gostava muito das roupas que ela escolhia ou que eu comprava, mas tenho culpa que minha filha adora transparências, mais uma coisa que ela puxou a mãe....adora estas nossas semelhanças.

Ouvi quando minha filia saiu do banheiro e deu pulinhos pelo quarto.

-Ah mãe, obrigado. A roupa é linda. – ela já estava na cozinha girando pela mesa –

-Que bom que gostou amor. Agora toma seu café.

-Não quero tomar sangue. Eu não gosto, você sabe que não preciso. – ela fez bico e deitou a cabeça na mesa sobre os braços.

-Querida é necessário e além disso coloquei uma coisa nele para deixar mais gostoso.

Seu rosto levantou alguns centímetros e seu nariz franziu ao sentir o cheiro de sangue, mas algo lhe chamou a atenção e ela inalou o ar mais uma vez e agora mais forte.

-Queria ser como você ou o papai. Não gosto de ser vampira. – depois de reclamar como sempre antes de tomar seu sangue, levou o copo ate a boca e sugou um pequeno gole –

-Ei, ta gostoso. – ela tomou todo o liquido rapidamente e logo terminou com a jarra a sua frente sem reclamar e quando acabou ainda passou a língua pelos lábios.-

-Não foi tão ruim, não é?

-O gosto estava diferente. Mamãe, o que a senhora aprontou?

-Nada filha, eu só temperei – ri com vontade lhe mostrando as folhas de tomilho a meu lado –

-Ficou maravilhoso, pode colocar sempre. – ela dizia lambendo os lábios novamente. A planta tem um sabor e aroma muito agradável e doce,não dava para resistir.

-Fico feliz que tenha gostado, agora já sei como alimentá-la melhor. – baguncei seu cabelo já saindo da cozinha – Agora vamos, quero chegar logo a reserva para conversar com Carlisle.

Seguimos para a reserva de moto e conversávamos o tempo todo. Minha pequena estava muito animada por rever seu amor e pedia para acelerar mais a cada meio minuto.

-Vai mais rápido mãe!

-Já estamos chegando, se acalma, ate parece que não o vê a 4 dias. – não pude deixar de rir.-

-Não tem graça.

(...)

Chegamos à reserva e mal desliguei a moto Luna já havia saltado quase me lavando ao chão e corria feito louco para os braços de Samy, que a esperava na porta do consultório com um sorriso enorme.

-Eu os pego no final da tarde, agora sumam da minha frente, uma mãe não pode ver esta pegação toda. – falei em um tom brincalhão enquanto entrava na clinica e nem me dei ao trabalho de ver o rostinho corado da minha filha –

-Bom dia Bella, te trouxe um presentinho. – retirei da bolsa um óleo que preparei especialmente para ela. Uma mistura de morangos silvestres com um toque apimentado, ótimo para apimentar suas noites de amor.

-Ah irmãzinha já disse o quanto te amo hoje. 

-Ainda não. – rimos juntas e ela me apontou a sala de Carlisle –

-Ele já esta te esperando.

Entrei na sala após uma breve batida na porta.

-Bom dia Carlisle!

-Bom dia querida. Espero que também tenha me trago um de seus presentinhos. –seu olhar era brincalhão e ele sorria –

-Pergunte a Esme mais tarde. – pisquei me sentando na cadeira em frente a sua mesa –

-Então Nala, o que esta sentindo?

-Os sintomas são bem semelhantes aos de antes, mas agora minha barriga dói muito e não consigo me alimentar direito. Tenho as febres e enjôos que tinha antes e agora eles estão associados a fadiga e tonturas. Fiz alguns chás e estou tomando pequenas doses de beladona para conseguir dormir.

-Certo, vamos fazer os exames de sangue e um ultra-som. Com os resultados podemos conversar melhor.

Carlisle colheu meu sangue, separou em uma lamina e o observou muito concentrado. Apos alguns segundos seus olhos ficaram mais atentos e seus lábios se abriram em um tímido sorriso.

-Anala, já tenho uma idéia de qual seja seu problema, mas quero fazer o ultra-som antes de lhe dar o diagnostico tudo bem. – concordei com seu pedido e seguimos para uma salinha nos fundos onde ficavam os aparelhos para o ultra-som.-

Troquei as roupas e me deitei na maca ao lado do aparelho. Carlisle espalhou um gel frio sobre minha barriga e posicionou o aparelho.

-Carlisle, eu não deveria estar com a bexiga cheia para fazer este tipo de exame.

-Não neste caso querida.

-Qual caso? – ele olhava atendo para a tela do computador e sem desviar os olhos me respondeu –

-Gravidez.

tudo estava negro a minha volta e não sentia mais meu corpo...

-Nala, Nala você esta bem. BELLA!

Carlisle estava desesperado, Anala desmaiou com a noticia e a confirmação da gravidez quando ouviu o coração de seu filho batendo rápido através da maquina de ultra-som. Bella correu para a sala de exame e levou sua Irma ate uma das macas enquanto Carlisle telefonava para Seth.

Bella passava compressas de água gelada sobre a testa de Anala esperando que ela voltasse do desmaio. Como seu pulso e respiração estavam normais não havia nada mais a fazer do que aguardar que a noticia fosse interpretada e aceita por seu inconsciente. Agora na pequena sala Seth esperava sentado ao lado da maca com Luna em seu colo toda empolgada com a idéia de ter um irmão.

-Não pode ser verdade, como eu posso estar grávida. Eu não posso mais ter filhos. – com estes pensamentos assombrando minha mente voltei ao normal e acordei já em uma sala branca e bem iluminada –

-Nala meu amor, finalmente acordou. Como se sente?

-Ah Seth, acho que estive sonhando, meu corpo deve estar pregando pecas em mim. – Seth me ajudou a sentar na maca e vi minha filha quase quicando na cadeira em que estava e toda sorridente –

-Venha aqui filha, me conta o por que de tanta felicidade!

-Ah mãe, como você é sem noção!

-Eu o que? Olha como fala comigo mocinha! – tentei dar uma bronca, mas não consegui, achei engraçado a forma como ela falou comigo.-

-Ah, é sem noção mesmo, nem percebeu que estava grávida.

-Seth – olhei para seu rosto buscando por ajuda e respostas – não pode ser verdade Seth, você sabe!

-Nao fique aflita Anala – Carlisle entrou em meu campo de visão – seu corpo foi curado a alguns anos e acredito que a cura não tenha se limitado apenas aqueles ferimentos causados...bom, você sabe por quem. – Carlisle não queria trazer as lembranças daquele dia de volta principalmente na frente da minha filha. Com um ar brincalhão voltou a falar - . Você pode sim ficar grávida, esta grávida e pelos exames que fiz enquanto dormia a gravidez é de 4 semanas. Parabéns querida, pelos dois anjinhos que estão dentro de você.

Ouvimos o som de uma cadeira caindo no chão e agora foi a vez de Seth passar pelo susto que passei antes. O choque foi tão grande q      ue ele foi parar de joelhos no chão e chorava feito um bebe.

-Eu vou ser pai. Pai de dois bebes? Meus filhos! – a voz saia falhada em meio aos soluços. Luna o abraçava com forca e também chorava –

-Oh filha. – ele afagava seus cabelos e a segurava no colo –

Chamei os dois para ficarem ao meu lado na maca.

-Mãe, você ainda vai me amar como filha? – acho que ela interpretou mal a reação de Seth e agora estava triste –

-Filha, não ha como te amar de outra forma, você é minha filha independente de qualquer coisa que esteja se passando nesta cabecinha.

-Mas eu não nasci de você!

-Não nasceu filha e isso a torna mais especial, porque você não é minha filha biológica e sim minha filha de alma, minha companheira, minha vida.

Nos abraçamos e ficamos curtindo o momento. Minha família iria crescer, eu teria mais  dois filhos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Beijo da Morte" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.