Beijo da Morte escrita por dentedeleão


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Estava louca para postar mais capitulos para vcs...mas o site nao estava ajudando estes dias...espero que gostem...bjs



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Amor

-Sou Alec. – a desvencilhei de meu topôr completamente e a auxiliei colando meu corpo ao seu assim que levantamos - Se me permitir Miroir, serei seu servo por toda a eternidade.

Não entendia o porquê de me expor de forma tão espontânea a uma desconhecida, mas meu coração voltou a bater. Eu a desejava e ela seria minha.

Ela sorriu e se afastou alguns passos sem desviar os olhos dos meus.

-Sr. Alec fico muito feliz com o lisonjeiro, mas devo adverti-lo que não estou só. Suas palavras doces chegaram a meu coração, mas não posso dizer se as aceito sem conhecer a qual família pertence.

Sua formalidade não condizia com suas roupas e suas maneiras. Toda aquela cena destoava de nossa realidade e não compreendia seu objetivo.

-Muito bem minha jovem, esta certa em exigir de mim maiores informações. Os que estão com você são ameaças a um servo Volturi? – questionei já esperando ansioso por sua reação, aquele nome só provocava duas, admiração ou ódio.

-Um Volturi! O que um membro da realiza faz por estas terras? – Indiferença. Ela me tratava com indiferença, senti o ódio com aquela reação me queimando.

-Esta é sua reação a minha família? Ignora minha linhagem, não sabe o que posso fazer contra você?

-Sim meu senhor, sei muito bem o que pode fazer comigo e com os que me tem amor, mas você sabe o que podemos fazer com o senhor? – neste mesmo instante senti minha mente ser invadida e meus pensamentos comandados por outros, eu ainda ouvia meus próprios pensamentos, mas eram como um zunido distante, outra voz tomava conta de mim e senti meu corpo entregue a suas ações -.

-Muito bem meu irmão. Acho que já mostramos do que somos capazes, ele não tentara nada.

Senti meus pensamentos voltarem ao controle de minha mente e corpo e ainda abismado olhei para minha frente onde mais um vampiro me observava.

-Muito prazer jovem Alec Volturi, sou Aryana, Abaé Aryana. – sua postura era divertida, ao contrario de sua voz seca e autoritária.

-Aryana? Você vem de uma linhagem ariana? – meu fascínio pela historia antiga desfez minhas barreiras e logo me animei por aumentar meus conhecimentos. -

-Você me parece um bom rapaz e pelo que percebi faz boa escolha de caráter e parceria – ele olhou para irmã que estava apoiando seu corpo em uma pilastra e piscou – venha conosco para nossa casa, será melhor conversarmos em um local mais tranqüilo e longe dos olhares humanos – apontou com os olhos em direção a parte superior da ponte onde dois jovens rapazes estavam dependurados tentando entender a conversa -, mas se quiser fazer um lanchinho nós esperamos – sua risada foi forte assustando os jovens –

-Não seria uma má idéia. Dêem-me apenas 10 minutos e já podemos ir. – ambos concordaram com a cabeça e Abáe foi se juntar a irmã nas sombras -.

Depois de me alimentar sentia meu corpo disposto e minha sede aplacada temporariamente. Segui correndo pelas ruas escuras em direção ao subúrbio da cidade, entramos pela cobertura de um edifício antigo, sua fachada de tijolos gastos e sem reboco davam um ar de abandono ao local, o cheiro de umidade comum em cidades frias ficava mais forte enquanto adentrávamos um salão escuro. Miroir acendeu as luzes do local e o aquecedor interno para aquecer os ambientes, não que precisássemos do calar, mas acredito que o faziam para não chamar a atenção de outros moradores.

Nos acomodamos na sala, as cores claras e a limpeza do local demonstravam o quanto se preocupavam em não chamar a atenção, uma musica leve começou a tocar e reconheci a voz da cantora, era Caro Emerald, uma cantora de jazz nascida naqueles subúrbios, a musica era ‘’A nigth like this’’ e Miroir cantarolava o refrão mais que perfeito para nosso encontro.

‘’Eu nunca sonhei com ela

Alguma vez você já sonhou uma noite como esta


Eu não posso acreditar


Nunca pode ver uma noite como esta


Quando tudo o que você acha que está incompleto


Começa a acontecer quando você está de rosto colado


Você pode sempre sonhar


Eu nunca sonhou, sonhou uma noite como esta ‘’

-Alec. – Abaé chamou minha atencao – sua presenca nao é bem vinda em minhas terras. Não recebo em minha casa pessoas de  linhagens ruins. Estou apenas permitindo sua presenca aqui por minha irmã, ela o quer bem e por este motivo eu o tolero. Nao pense que seu poder é util e te dara alguma vantagem, sabemos muito bem do que é capaz e seu poder nao afeta a mim, posso muito bem controlar sua mente e voltar o feitico contra o feiticeiro. – um sorriso apareceu em seus rosto deixando todos os dentes expostos, ele estava me ameacando e mantinha-se muito seguro.- Quero deixar claro que não me refiro a sua linhagem bruxa e sim aos Volturis.

Apenas ouvi o que aquele homem me dizia, só agora reparei em quanto seus tracos eram diferentes da jovem a seu lado, Abaé é um homem alto e de aparencia tao forte quanto Alex, seus cabelos de um loiro escuro iam ate a altura de seu ombro e estavam presos a um rabo de cavalo, suas sombrancelhas e ciclios claros me fazem pensar que seus olhos teriam tons entre o verde e o cinza. Os tracos marcantes e postura firme remetiam a um passado de lutas, com certeza ele foi um soldado quando humano.

-Como não vejo perigo em você e sei que esta sozinho nestas terras responderei a sua pergunta. – Abaé voltou a falar agora em um tom mais ameno e Miroir sentou-se a seu lado colocando as maos em volta de seus ombros de forma protetora -. Nao sou um ariano puro, mas decendo dos persas, meu criador carregava o nome de seu povo com orgulho e eu fiz o mesmo após sua destruicão em respeito a sua memoria. Ambos, eu e minha irma nascemos no Irã, ou se me permitir usar minha lingua de origem ‘’terra dos arianos ‘’.

-Meu criador era o que a historia considera como ‘’barbaro’’. Na antiguidade os Persas utilizaram do termo Ariano como sentido racial e etico ao descrever sua linhagem e a sua lingua, tal fato persiste ate os dias atuais  entre os povos iranianos. Como deve saber os termos Areía ou Aría de oriem graga tiveram suas adaptacoes ao serem usadas para designarem a parte ocidental da Persia, hoje considerada Persia antiga ou Asia, e remetem-se a ideia de povos invasores e dominantes, que mantinham, contudo, solidariedade étnica em relacao aos povos dominados, considerados ‘’barbaros’’.

- Meu criador em sua grande sagacidade e poder se uniao aos Volturis na intencão de uma lutar ímpar em favor da raca que este considerava superior, a união foi mantida por anos e neste período eu fui criado longe dos muros de Voltera. Considerando minha criacão uma afronta, visto o poder que eu apresentava, aniquilaram meu criador sem lhe dar a oportunidade de expor suas intencões. Seu desejo era apenas aumentar o poder da ‘’dita familia real’’ e não confronta-los.

- Não lhe darei nomes e espero que acredite em minha palavra sem a necessidade de provas, pois o que digo é a pura verdade.

-Consegui fugir de meus perseguidores atordoando suas mentes e manipulando seus corpos. Meu refugiu foi esta cidade gelida e após um seculo sozinho encontrei Miroir quase morta deitada na beira de um rio congelado, suas mãos seguravam um corpinho ja arrocheado pelo frio. Ela e seu irma cacula, um rescem nascido, foram postos na rua após o fechamento de um abrigo para menores. Os olhos acinzentados da jovem suplicavam pelo auxilio que seus labios nao podiam proferir. – uma pequena pausa foi feita e os irmaos trocaram olhares ternos e cumplices -

-Nunca a vi como uma parceira, cuidei de seu corpo e a transformei quando seu corpo estava forte o suficiente para passar pela transformacao. Só o fiz porque a pneumonia havia contaminado seus pulmões de forma severa e não regridiria. – Abáe fez um breve carinho na face da irmã e eu o invejei por poder toca-la tão livremente. - Meu mundo se transformou quando esta doce crianca acordou e aceitou minha escolha me seguindo por este mundo de sombras e sangue. Nossos poderes unidos nós dao vantagem contra inimigos e nosso anonimato nos protege da cobica de mentes fracas como a dos Volturis. – seus olhos focaram o meu com furia -

-Nao conheco seus motivos jovem rapaz, sua escolha foi feita e nao o julgo. Assim como voce escolheu minha irma quando a viu, ela também o escolheu e fico feliz com a uniao de ambos. Nao impedirei a partida de ambos, so pesso que minha identidade e moradia sejam preservadas. – acenti com a cabeca concordando com a posicao de Abaé, sua historia de perdas e medos é comum entre os da nossa raca, mas nunca poderia lhe conceder tal pedido, Aro descobriria tudo ao me tocar –

-Abaé, gostaria muito de lhe ser fiel ao segredo que carrega, mas nao posso. De minha boca ninguem sabera, mas meu mestre Aro consegue ler mentes e ao me tocar sabera sobre sua existencia.

-Qual sua missao nestas terras meu jovem?

-Vim a procura de um vampiro desertor, Paulo Volturi.

-Quando voltar a Italia eu serei o proximo é isso que quis dizer?

-Sinto muito. – apenas declinei a cabeca, eu queria estar com Miroir e pagaria o preco por esta escolha, mas outras forcas me impediam de ser fiel a seu irmao.-

Miroir desfez o abraco e sentou no colo de seu irmao, ambos pareciam manter uma conversa secreta e senti-me aflito, estaria preparado para desistir de minha posicao entre os Volturis por ela? Estaria pronto para passar o resto dos meus dias fugindo? Abandonaria minha irma? Fiquei impressionado com a rapidez que as respostas surgiram em minha mente. Sim, eu faria tudo por ela.

Miroir levantou-se sorrindo e se colocou na minha frente segurando minha face e olhando diretamente em meus olhos.

-Nao precisa desistir da sua vida por nós. Nós vamos desistir da nossa por voce, partiremos para Italia com voce levando a mensagem que seu mestre aguarda e nos colocaremos a disposicao para ajuda-los.

-Porque? Nao podem ariscar suas vidas! Eles podem decidir pela morte de Abáe.

-Nao irao. Faremos uma troca. – seu sorriso era malicioso – a vida da filha de Paulo por nossa liberdade.




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