Segredos Reais escrita por Lena


Capítulo 23
Dezoito


Notas iniciais do capítulo

Hey, aqui estou eu novamente!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/129794/chapter/23

Acordei de madrugada. Edward estava ao meu lado, velando por meu sono.

— Hmm? Edward? – perguntei, verificando mesmo se estava acordado.

— Bella? Estás acordada? – eu sussurrei afirmativamente. – Tenho uma noticia para dar-te. Além de que, desmaiastes, é claro; o médico deixou-nos faz meia hora e confirmou o que me disseres a um mês atrás. Quando disseste que seria uma boa Imperatriz – o sorriso torto de Edward, que eu mais gostava, estava estampado em seu rosto.

— Então, estás dizendo que...– demorei um segundo para processar o que Edward estava me dizendo, olhando para ele, apesar de noite, eu ainda conseguia enxergar o brilho dos olhos dele. Não consegui conter-me esqueci toda a etiqueta que me fora ensinada. – Oh, Edward! – eu joguei-me nos braços dele. Iríamos ter uma herdeira! As lágrimas caíram devagar dos meus olhos, sem controle algum, todas as preocupações foram esquecidas, todo o resto sem sentido algum. Os segundos foram se passando, até que as palavras fizeram meu coração bater mais rápido. Eu. Iria. Ser. Mãe. Carregava no ventre um filho de Edward e meu.

— Bella? Estás deixando-me com o pé atrás. Estás feliz? – eu dei uma risada, voltando a olhar para ele, ainda segurando suas mãos.

— Se eu estou feliz? – eu ri de novo – Eu não caibo em mim de tanta felicidade Edward. Sabes o que é isto? Vamos ter um filho! Um herdeiro! – levantei-me da cama e dei a volta nela. – Vamos ter um herdeiro – eu disse entre risadas – vamos ter um herdeiro... – Edward riu de mim, levantou-se e me abraçou. Naquele momento, talvez eu parecesse uma criança de sete anos de idade que descobre uma coisa nova, mas eu não me sentia assim; eu nunca havia me sentido mais decidida, mais forte. De alguma maneira, ter certeza daquilo... era como se toda a minha vida tivesse ganho um novo sentido. De alguma maneira, eu não tinha que me preocupar com os Segredos Reais, que estavam entalhados no meu coração, eu não tinha que me preocupar com um Império, nem com os nobres, nem com anarquistas, nem com a viagem que teríamos que fazer, e muito menos com as cartas inescrupulosas que eu teria que ler e descobrir o que havia por trás delas.

— Alice vai amar isso. – Edward me disse, enquanto dançávamos lentamente, encostados um no outro, ao som da música que não existia.

— Ah, é? Vai, por que? – eu virei o pescoço para olhar para ele.

— Já estou até vendo o enxoval que ela vai querer fazer. As costureiras vão ficar loucas, ela vai escolher os panos dos seus vestidos, como devem ser cortados, onde devem ser bordados... Ainda não conheces completamente minha irmã. – Edward riu, mexendo nos meus cabelos soltos. – Seu cabelo tem cheiro de morango, sabia? E eu adoro.

— Eu não deveria te contar isso, mas, quando eu lavo meu cabelo, morangos são prensados e derramados na água, por isso eles ficam com esse cheiro. Sabe, eu sou muito vaidosa com a minha aparência, um hábito que me foi imposto e não criado, então, eu não escolhi, apenas me ensinaram assim – dei de ombros – Talvez, se eu pudesse escolher, teria sido da mesma maneira.

— Hmm, ótimo; não mude essa mania nunca.

— Não vou mudar, se meu senhor marido diz que gosta. Imaginas o quanto te amo? – virei de frente para ele, passando as mãos pelo pescoço dele, encostando, em seguida, a cabeça em seu ombro.

— Creio que não mais do que eu amo a ti. – a mão direita dele passava devagar por meu cabelo solto, a esquerda mantinha-me perto. Eu conseguia ouvir o coração dele bater, exatamente como o meu batia. Era incrível a que ponto havíamos chego. Eu estava tão feliz com Edward, que não podia acreditar que alguém podia acabar com aquilo. Talvez o amor sobrevivesse mesmo que a vida me fosse tirada. – Em que pensas? – quis saber ele.

— Se eu morrer, - minha voz não passou de um sussurro – nosso amor ainda existirá? Eu não quero que ele morra, Edward. Tudo o que eu senti de melhor foi contigo. – ele pegou meu rosto nas mãos, não paramos de dançar.

— Enquanto estiveres ao meu lado, ninguém te tocará Bella. Nem Mike, nem Jacob, nem nenhuma força sobrenatural que tentar de atacar. Iremos conseguir isso juntos. Verás Bella. Eu prometo isto a ti. Sabíamos que ia ser complicado, sabíamos que iríamos enfrentar, além da corte tudo isto, e eu estou contigo; porque escolhi estar contigo desde que nos casamos, desde que eu fiz amor contigo. – os olhos de Edward brilharam, eu nunca havia percebido quão profundo ele era quando falava sobre amor. Deveria ser mal de família, porque eu reparara que Carlisle agia da mesma maneira. – Desde que gritara comigo na biblioteca, dizendo que me amava. Porque deves acreditar, essas três palavras, com sete letras, mudaram tudo na minha vida; sabes do que estou falando, não sabes?

— Eu te amo. – sussurrei, fazendo menção às palavras, e dizendo, também a mais pura verdade que estava marcada no meu coração.

— É. – disse Edward e meu coração pareceu parar por um minuto. O modo como ele me encarava... não era grosseiro, era profundo. Os olhos, pela minha mal feita interpretação, evidenciavam o amor que ele sentia por mim. Talvez eu já tivesse morrido, pelo simples fato de ter um marido tão perfeito como ele. Edward me deixava tão desnorteada, com um simples olhar. As mãos de Edward deixaram meu rosto e foram para minha cintura, puxando-me para perto. Fiquei na ponta dos pés para beijá-lo. Foi a melhor coisa que fiz. Enquanto as mãos dele estavam em minha cintura, eu desci minhas mãos aos botões do meu vestido, abrindo-os, sem pudor algum. Quando Edward percebeu o que eu estava tentando fazer, as mãos dele pegaram meus punhos, parando-me. – Querida, eu não acho que seja uma boa ideia. Eu não quero vos machucar. – dei alguns passos para trás, pensando em uma estratégia.

— Não vais querer que eu recorra a algum Lorde de meu Império, vai? Sei que muitos ficariam honrados em cumprir o que desejo. – eu sorri para ele, controlando-me para não corar.

— Ah, tu nãos ousarias... – Edward abriu o sorriso torto para mim.

— Não sabes do que sou capaz. Então, vais me dar o que quero, ou vou ter que sair por esta porta, vendo se algum Lorde está acordado? – eu fiz menção de ir em direção a porta, e realmente fui, mas Edward passou, no que me parecia uma velocidade inumana, na minha frente e colocou-se entre mim e a porta. – Quê?

— Não vais passar por esta porta, senhora Cullen.

— Então atenda meu pedido, senhor Cullen. Ou será que já esquecestes que sou a Imperatriz e tu eras apenas um senhor de algumas terras que também estava sujeito a mim?

— Nunca vou esquecer que Vossa Majestade deste-me um título e amor, e que passei de ser um mero senhor de “algumas terras” porque Vossa Majestade escolheu-me como teu consorte. A única coisa que possa dar-te em troca, no entanto, é o amor que sinto por ti.

— Então trate-me como uma Imperatriz merece ser tratada pelo marido. Eu nem ao menos lhe dei o título de Príncipe Consorte, mas sim o de Rei, senhor Cullen; então qual é o tratamento que vais dar-me? Negarás isto a mim? – franzi o cenho.

— Não fazes isso... – Edward estava lutando para se manter no lugar, pelo que pude perceber.

— Fazer o quê? – fingi-me de desentendida.

— Colocar-me em xeque-mate, do jeito que estás fazendo.

— Vais atender-me, ou vou ter que ver se algum Lorde está...? – dei um passo para o lado, enquanto falava, mas não consegui terminar o que ia dizer. Os lábios de Edward tocaram ferozmente os meus, mas depois relaxaram. Eu tinha certeza que Esme o havia educado desta forma, assim como Carlisle, sempre gentil.

— Nunca ouses repetir que irás procurar outro Lorde que não eu para isto, Isabella. – Edward disse para mim, entre beijos, enquanto suas mãos ágeis tiravam, uma a uma, minhas anáguas, depois minhas meias 7/8, meu corselete, minha camisola... – Eu sou o único que podes ter-te, prometestes que nunca irias me abandonar.

— Mas isso não seria caracterizado como abandono, Edward; mas sim como não cumprimento do dever de cônjuge; ou, ao acaso, não sabes que não podes negar isso? – ele me levantou no colo e me colocou sentada na cama, segurando meu cabelo.

— Claro que o sei. Não quero que duvides de meu amor por ti. – Edward sussurrou no meu ouvido.

— Nunca duvidei. – eu disse, voltando a beijá-lo.

–-------

Não consegui dormir. As palavras da carta ficavam rodando e rodando na minha cabeça, posso ter cochilado algumas vezes durante a noite, mas dormir efetivamente, isso eu não consegui fazer. Não demorou muito até que o céu começasse a clarear, por volta das seis da manhã. Edward estava dormindo do meu lado, enquanto eu estava reencostada no dossel da cama. O que queriam dizer aquelas palavras? “Ela pertence a ele.” Isso rodava o tempo todo na minha cabeça, eu pertencia a Edward e eu tinha certeza de que o ele da carta não era Edward.

Levantei-me da cama, numa tentativa de me manter ocupada para não pensar. Fui ao quarto de banho, peguei as jarras com água e despejei-as na banheira. Depois disso, sem muita prática, procurei pela loção que colocavam na água do meu banho, ela era feita de rosas. Pétalas de rosas. Despejei metade do vidro (afinal, eu não era pobre para me importar com o número de gotas que realmente deveriam ser usadas) e depois o coloquei no lugar.

A água afastou um pouco as preocupações em relação à carta. Eu sabia o que aquilo significava, mas não sabia quem a havia mandando. O que me fazia pressupor que eu deveria ficar alerta. A água estava gelada, e por isso eu não estranhei quando meu corpo tremeu com o contato. Eu podia esquentá-la num estalar de dedos, se quisesse, mas não queria frisar ainda mais que eu tinha “dons especiais”.

Banhei-me devagar, pensando no novo significado que minha vida teria com a confirmação que Edward (e o médico Imperial) me dera. Uma perspectiva enorme parecia surgir a minha frente, repleta de opções, de mais deveres, de escolhas que antes eu parecia não ter. Meus cabelos estavam presos num coque alto na cabeça, que eu fizera para não molhá-los, pois sabia que iria começar o dia com uma visita oficial a Escola de Artes do Império de Swan, e não seria nada bom se eu tivesse que trançar meu cabelo com ele molhado; afinal, eu poderia pegar um resfriado.

Às sete da manhã, como era habitual, as empregadas bateram na porta do quarto. Era eu que sempre lhes respondia, por isso, quando não obtiveram resposta, elas já sabiam que deveriam retornar depois. Apenas mais uma hora, eu pensei, encostando a cabeça na borda da banheira.

— Bom dia, amor. – eu ouvi Edward dizer, provavelmente parado na porta do quarto de banho. – Fiquei decepcionado ao perceber que tu não estavas na cama ao meu lado; talvez, até pensei que tivesses ido mesmo procurar algum outro Lorde.

— Bom dia, senhor Cullen. – eu disse, de olhos fechados, sem me mover. – Talvez eu devesse mesmo ter ido procurar outro Lorde enquanto o senhor continuava dormindo, mas depois da reação de ontem à noite, eu não ouso tentar fazer mais nada, sabendo o quão bravo o senhor pode ficar quando fores contrariado; parece que o poder subiu a tua cabeça, senhor meu marido.

— Ficas tão linda assim. – que droga. Edward sabia muito bem como derreter o meu coração. Principalmente quando ele, em especial, me elogiava. Eu sempre ouvi, durante os bailes: “Adorei o seu vestido”; “Estás encantadora esta noite, Majestade”; “A cada dia mais bela”; e outras coisinhas do gênero. Meu coração tinha uma espécie de surto quando Edward me elogiava. Especialmente quando eu estava numa banheira e que ele poderia ter total acesso a mim, porque ambos estávamos sozinhos, sem nenhum valete, dama de companhia, ou empregado. – Acho que devo me considerar afortunado por ter sido escolhido por uma Imperatriz para se casar, quando ela tinha Arquiduques, Duques e Marqueses. Ela escolheu apenas a mim, um jovem senhor.

— Mas, digo eu, a Imperatriz, ao senhor que se casou comigo: eu o fiz porque sabia que tu podias aguentar o peso de uma coroa em tua cabeça, e o fiz também porque fostes o único que me amaste, não porque eu seria a Imperatriz, mas por ser a Bella. – Edward já estava devidamente vestido. A camisa de musseline por baixo da casaca azul marinho, as calças beges, as botas pretas, as abotoaduras douradas. As medalhas todas penduradas do lado esquerdo do peito. A de Rei Consorte, a de Cavaleiro da Ordem da Imperatriz, a de Príncipe Consorte, a de Arquiduque, a de Duque, a de Marquês ou Margrave, a de Conde, a de Visconde, a de Barão, a de Comendador, a de Senhor, a de Baronete, e a de Cavaleiro. A aliança na mão esquerda. Os cabelos cor de cobre estavam um pouco desalinhados, como ele gostava de usá-los, mas tinha um desalinhamento controlado, o que fazia parte do protocolo Imperial.

Edward caminhou até mim, e beijou-me lentamente. Eu me afastei, e abri os olhos. Edward me encarou confuso. Dei de ombros. Enjôo. De novo.

— Edward, pode, por favor, pegar minha camisola no quarto? Tenho certeza que as empregadas não vão gostar de me ver despida. – ele assentiu para mim, e voltou novamente com a camisola na mão, eu vestia, deixando-a que molhasse, afinal, eu deveria ter tomado banho de camisola. Então, ele disse-me que precisava ir vistoriar a cavalaria, deixou-me sozinha no quarto.

Depois que Edward saiu, as empregadas entraram e arrumaram o quarto de maneira metódica. Uma delas conteve a fila de empregadas que iam entrar no quarto de banho onde eu estava, estancando no batente da porta.

— Podem entrar. – eu suspirei, observando de relance as moças com panos, bacias e jarros. Elas fizeram mesuras a minha frente, e começaram a ajeitar as coisas dentro do quarto de banho. Levantei-me da banheira, segurando uma toalha que me fora estendida. Sequei-me e pedi para chamarem Rosalie.

Depois que ela chegou ao quarto Imperial, escolhi um vestido e ela ajudou-me a vesti-lo. Era verde claro, com alguns toques de rendas creme. Meu cabelo foi trançado e preso num coque baixo. Rosalie acompanhou-me silenciosamente até que cheguei à mesa do café, cheia de pães, frutas e alguns pães doces. Um empregado segurou a cadeira para que eu me sentasse, e Rosalie sentou-se ao meu lado esquerdo, e tomou silenciosamente o chá ao meu lado.

Peguei o sino de cima da mesa. A governanta que eu havia nomeado no dia anterior foi chamada e, enquanto eu tomava o suco, aproximou-se, fez uma mesura, e beijou minha mão estendida.

— Senhora?

— Informe as tuas empregadas que preciso que arrumem minhas malas, as de Edward, as de Rosalie, Alice, Emmet, Carlisle e Esme, e a de minha irmã, Lívia. Iremos ficar no Brasil por vinte dias. Acredito que precisarei de três malas de vestidos, duas de sapatos, e uma mala de acessórios. Quero, para nós, mulheres, vestidos leves, com poucas anáguas, pois me disseram que o clima lá é quente. Se nenhuma dama os tiver, mande vir as costureiras Imperiais, precisamos disso com urgência, partimos dentro de dez dias, com uma frota de 4 navios.

— Como quiser, Majestade Imperial. – ela fez outra mesura e saiu.

Terminado o café da manhã, eu dei uma volta pelos jardins frontais.

— Rosalie, - eu comecei, enquanto ela caminhava para o meu lado – o que pensou a respeito de Emmet?

— Depois que conversei contigo, Bella, fui direto repousar, mas nos meus sonhos, Emmet esteve comigo o tempo todo. Ele me abraçava e passava a mão pelos meus cabelos, sorrindo; o sorriso mais perfeito do mundo e...

— Rose, falando nele, olhe quem está ali. – eu apontei para o caminho que seguíamos, Emmet caminhava em nossa direção, com ceerteza querendo falar mais com Rosalie, do que comigo.

— E, quando ele está perto de mim, é como se eu não conseguisse respirar direito. – ela sussurrou para mim.

— Com licença, senhora, senhorita. – Emmet parou a nossa frente, fazendo uma mesura.

— Rosalie, eu acabei de me lembrar que prometi a Esme que iria ajudá-la a decorar o cerimonial de viagem. Acho que Emmet pode lhe fazer companhia enquanto estou ausente. O senhor poderia? – eu olhei para ele.

— Claro, seria um prazer.

— Ótimo. Ah, Rosalie, eu acho que há algumas espécies de plantas ainda não catalogadas da estufa, por que não aproveitas e olha-as? – pisquei para ela, e voltei ao castelo.

— Majestade Imperial? – disseram a mim, quando pisei com o pé direito no salão Dourado.

— Sim? – eu olhei para o valete, que olhava para o chão.

— As costureiras que pedistes estão aguardando em vosso aposento.

— Obrigada. – subi as escadas e abri as portas do meu quarto. As moças que conversavam fizeram mesuras. Ajudaram-me a subir numa espécie de degrau redondo, para que eu pudesse ficar mais alta. Começaram tirando minhas roupas, apresentaram-me tecidos, combinações e cores. Passadas três horas, as moças levaram os vestidos para serem confeccionados. Vesti-me novamente com a ajuda de uma empregada e convidei Jasper para cavalgar. Ele atendeu prontamente o meu pedido; Alice disse que não iria comigo porque tinha que decidir o que levaria para o Brasil.

Depois de nossa rápida cavalgada, peguei um livro na biblioteca, que evidenciava os costumes e boas maneiras, estava lendo-o, quando Rosalie entrou pela porta, praticamente pulando de alegria.

Levantei-me, esperando.

— Bella, oh céus! – ela fez uma mesura na minha frente. – Emmet disse que me ama. Ele me deu um beijo na testa! – ela levantou-se do chão, dando uma voltinha.

— Nossa, um beijo na testa, que progresso. – tentei não soar sarcástica, sem sucesso.

— Ele tentou me beijar, mas eu não deixei. Não sabia se era certo e... Nunca se sabe se eu já não posso estar grávida. Eu arruinaria a minha família e... – eu ri da confusão dela, pausando-a.

— Relaxe, Rosalie. – coloquei as mãos em seus ombros – Vais aprender, em breve, que não é um beijo que a engravida. Podes deixar ele beijar teus lábios. Confessa a ele que também o ama, antes que alguém lhe proponha casamento e eu seja obrigada a aproveitar. Deixe-lhe bombons na mesa do café, faça companhia a ele, enquanto cavalga, lê, ou atira. Mostre que está ao lado dele onde quer que estejas que garanto que uma proposta de casamento não demorará.

— Ah, Bella. – ela me abraçou num impulso. – Obrigada, obrigada, obrigada.

— Tudo o que desejo é a tua felicidade, como cuida da minha. Aquela moça, Condessa de Helfer, Gianna Helfer. Achas que ela já aprendeu tudo o que tinha para aprender contigo?

— Sim. – agitei um sininho. Um empregado apareceu na porta.

— Chame a Condessa de Helfer. – a menina não tardou a se apresentar. Fez uma mesura a minha frente, como se estivesse com medo do veredito. – Senhorita Helfer, como a senhorita Rosalie deu-me certeza que já deves saber tudo o que precisavas saber, tu assumes o posto dela, como minha primeira dama de companhia. – Rosalie entregou-me o broche dela, para que eu colocasse na roupa de Gianna. Assim feito, a moça levantou-se.

— Obrigada por me dar esta extrema honra, Majestade Imperial. Juro por minha vida que farei de tudo para que sejas feliz, pois tua felicidade é meu único propósito. – dispensei-a com a mão. Sentei-me na cadeira onde estava, e Rosalie sentou-se ao meu lado.

— Ensinou-a bem, Rosalie. Só espero que essa moça não me decepcione. Acho que não confio nela. – Rosalie deu um sorrisinho para mim. – Sabes, eu já estou ouvindo os sinos da igreja tocando. – eu disse a ela, enquanto rodávamos no corredor, rindo. - E acho que não demora muito, sabe? Vais começar o ano casada. E acredito que serás logo depois que voltarmos do Brasil. Não sabes como estou feliz. Começarás uma nova etapa da tua vida, e veras, que o que conhecia até agora, não tem nenhum valor; porque Emmet serás o valor de tudo.

— Obrigada, Bella. Muito obrigada. Vou lembrar-me do que estás fazendo para mim para sempre. Serás mais do que minha Imperatriz, mas uma grande amiga.

— Sabes do que mais? Eu conheço alguém que vai adorar te ajudar a escolher a decoração da igreja, e o que usarás na tua primeira noite de casada. – eu ri, e puxei-a para o quarto de Alice.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam do capítulo? Prometo que no próximo eles já estarão no Brasil, logo no começo do capítulo. Não sei quando vou conseguir postá-lo, por causa do Natal e Ano Novo; então eu quero bastante reviews, para saber se vocês gostaram ou não, se as coisas estão no rumo certo e coisa e tal. Obrigada por me deixarem felizes, amores. Vocês não sabem como isso me deu forças para suportar coisas horriveis esse ano. Espero que 2012 seja ótimo para vocês, como acredito que será para mim. Se eu não postar antes, Feliz Natal, Ótimo Ano Novo - que todos os seus sonhos se realizem!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Segredos Reais" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.