Segredos Reais escrita por Lena


Capítulo 12
Nove


Notas iniciais do capítulo

Capítulo menorzinho porque eu prometi que iria postar pra vocês hoje. Boa leitura e desculpem a demora!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/129794/chapter/12

 Os sinos tocaram.

As duas daminhas menores entraram na frente, seguida por duas meninas que aparentavam ter sete anos de idade, depois por mais duas que aparentavam 10 anos.

Eu sorria, parte era nervosismo e parte de mim era amor. Charlie me guiou para o altar e durante o caminho eu só olhava para Edward. Ele estava lindo em seu uniforme militar,uma calça caqui e a farda vermelha com detalhes dourados. As medalhas no lado esquerdo do peito.

Ao pararmos em frente a ele, Charlie me deu um beijo na testa e foi ao seu lugar, Edward pegou minha mão e Alice foi ao lado, pegar meu buquê.  Eu estava ao lado esquerdo de Edward, quando paramos em frente ao Papa.

— Eminência. – eu disse, beijando-lhe o anel da mão. Edward bateu uma continência rápida. Assim que me levantei, minhas mãos estavam juntas, como se fosse rezar.

— Peguem os anéis, disse o Papa. – As alianças que os acompanharão dia a dia e para sempre, a fidelidade que vós haveis prometido mutuamente. – Edward pegou a aliança e a colocou em meu dedo anelar da mão esquerda (o do lado do dedinho). – Fidelidade que perdurará até o fim de vossos dias. – eu peguei o anel com a mão tremendo e coloquei no dedo de Edward, eu estava tremendo, não mais de medo, mas de felicidade, tudo estava dando certo. Edward colocou a mão esquerda em cima da minha mão esquerda, apertando-a. – A junção de vossas mãos é um símbolo. Simboliza o juramento que neste preciso instante prestais diante de Deus e de toda a comunidade Cristã. Nenhum dos dois abandonará o outro até que a morte os separe. Uno-vos com este pano em sagrado matrimonio – o Papa colocou-o por cima de nossas mãos – que fica desta maneira, santificado e benzido pela Igreja. In nomine patris et filii et spiritus sancti. Amen. – olhei para Edward, que olhava para mim.

— Amen – respondemos em uníssono.

Nós nos viramos para a igreja, as pessoas sorriam. Andamos até a porta, sem dizer uma palavra. A multidão permanecia lá fora, esperando por nós.

— Edward? – eu perguntei, quando paramos antes do tapete vermelho acabar.

— Sim? – ele olhou para mim e eu me peguei fitando longamente aqueles olhos verdes-esmeralda.

— Posso dar-te um beijo? – perguntei. Pelo que eu soubera, era costume que quando se casassem, os noivos dessem um beijo antes de entrar na carruagem.

— Aqui? – ele perguntou, olhando-me também; eu assenti, então, Edward inclinou-se sobre mim e me beijou. A multidão explodiu em gritos.

Subimos na carruagem e seguimos em direção ao palácio. Novamente, Rosalie havia preparado meu vestido de cerimonial e não deixou que eu fosse ao meu quarto. Troquei-me no quarto de minha irmã, com a ajuda de minha dama de companhia.

As cornetas tocavam quando entrei na sala anterior ao salão. O Papa esperava-me para iniciar a cerimônia reservada. Apenas algumas pessoas estavam presentes na ante-sala, os pais de Edward, Charlie, Felipe, titia, membros do parlamento...

— Estamos aqui reunidos, por desejo de vossa Majestade, a Imperatriz.

— Deus salve a Imperatriz – responderam.

— Para coroar Edward Cullen, como Rei Consorte, pela graça de Deus. Por favor, ajoelhe-se. – Edward ajoelhou-se num banquinho, com estofado vermelho e detalhes dourados, ele não era alto, apenas apoio para os joelhos (eu não sei como isso se chama). O cetro e o orbe estavam nas mãos dele. - Benedic coronam regis. Et dat sapientiam et fortitudinem eorum eximium munus regendi auxilium Imperatrix. Is dat vos animos rebellium ad faciem pugnae adsequi dat pacem vobis sanus haered. (Abençoe a coroa do rei. Dá-lhe coragem e sabedoria para ajudar a Imperatriz em sua nobre tarefa de governar. Dá-lhe coragem para enfrentar batalhas, para vencer rebeldes, dá-lhe paz para herdeiros saudáveis.) – o primeiro ministro estava segurando a coroa acima da cabeça de Edward, e assim que o Papa terminou de falar a coroa foi pousada na cabeça de Edward.

— Levante-se, disse o Papa e Edward fez o que ele pediu. – Vossa Majestade, Edward Cullen. – o Papa pegou o orbe e o cetro e deixou-os de lado. Isabella, por favor – disse o Papa, para que eu fosse ao lado de Edward. Ele pegou minha mão e esperou. – Cumprimentem o casal Imperial. – disse por fim. Todos que estavam ali disseram: longa vida ao Rei! Longa vida a querida Imperatriz! Longa vida e honra! Longa vida e sabedoria! Longa vida! Longa vida! – os homens que estavam com espadas as ergueram ao alto – Deus salve a Imperatriz, Deus salve o Rei! – então todos fizeram mensuras.  

Eu cumprimentei abaixando-me um pouco e assentindo.

— Com licença, Majestades. – disse o Papa novamente. – Seria prudente que o senhor não usasse essa coroa. – Edward então a tirou e entregou ao Papa. – Majestades, o anunciador está esperando.

— Vamos, eu sussurrei baixinho, esperando, enquanto todos os outros iam para o salão.

As cornetas tocaram, indicando nossa chegada, os empregados estavam abaixados e assim que entramos ao salão, os nobres também se abaixaram, eu seguia olhando para frente e sorrindo, para o grupo de pessoas em pé, ao final do “corredor”.

A Valsa do Imperador começou a tocar. Edward me pegou nos braços, como fizera tantas outras vezes.

Nós rodopiamos duas vezes pelo salão, fazendo um circulo grande, virávamos sem nunca nos cansar. Então, todos se juntaram a nós, eu pensava que havia jurado amor eterno a Edward e ele a mim. Ele me amava realmente, ou agora, que, talvez tivesse conseguido o que queria, iria me tratar mal?

Eu realmente esperava que Edward me amasse, apesar de ter quase certeza disso, ele nunca me disse; eu apenas era a razão pela qual ele vivia. Existia algo mais, então?

Ao final da valsa, abriram espaço para que Edward e eu fossemos em direção aos tronos. Apertei a mão dele, quando nos sentamos.

Edward olhou para mim e eu olhei para ele, nós parecíamos conectados, como se uma estranha força nos forçasse a verificar a todo o momento se o outro estava bem.

— Com licença, Majestades – disse alguém, fazendo uma mensura diante dos degraus que levavam aos tronos. Eu assenti para Edward.

— Sim? – disse ele.

— Os convidados irão prestar felicitações, pelo casamento e pela recepção, vossas Majestades dignam-se a cumprimentá-los?  - quis saber o primeiro ministro, ainda com a cabeça abaixada.

— Sim, ministro – eu disse – que a recepção se inicie.

Marquês e Marquesa de Reins – o casal se aproximou de nós, que continuávamos sentados, eu estava com as mãos no colo, a postura perfeita. O homem arrogante guiava a jovem esposa com cuidado, ele fez uma mensura e a esposa fez outra se abaixando ao chão, com o rosto virado, para o batom não sujar o vestido.

— Marquês, Marquesa. – eu disse. – Já ouvi falar muito de vós. – eu sorri falsamente.

— Majestades, disse o homem, ainda com a cabeça abaixada; gostaria de prestar a felicitação por vosso casamento.

— Claro. – eu assenti e ele se aproximou. Fiquei em pé, assim como Edward, que me acompanhou.

— É com honra que recebemos nosso Rei Edward. Deus salve o Rei! Deus salve a Imperatriz! – disse ele, pegando minha mão e a beijando.

 — Visconde e Viscondessa de Morcon.

— Visconde, Viscondessa – eu disse novamente – Já ouvi falar muito de vós. – sorri, com um pouco mais de sinceridade.

— Majestade, disse o visconde, gostaria de prestar a felicitação por vosso casamento.

— Claro, assenti novamente e ele se aproximou. Fiquei em pé, com Edward ao meu lado, que sorria.

— É com honra que recebemos nosso Rei Edward. Deus salve o Rei! Deus salve a Imperatriz! – disse o visconde pegando em minha mão e a beijando.

— Com licença, Majestade – disse o primeiro ministro novamente.

— Sim? – eu disse me sentando com as mãos no colo, quando o casal desapareceu.

— O senhor Mike Newton, filho da Baronesa, e do finado Barão, pede a honra da próxima dança.

— Diga a ele, senhor primeiro ministro, que, infelizmente, não dançarei com ele, já que agora, como uma mulher casada, devo as próximas danças a meu marido, vosso Rei.

— E, perdão, Majestade. Mas como direi isto ao jovem senhor? – perguntou o primeiro ministro, preocupado, ainda olhando para o chão.

— Não me importa como você dirá, senhor primeiro ministro. – eu disse, convicta em minha pose de forte. – Com tanto que ele não consiga se aproximar de mim esta noite, tudo está bem.

— Sim, Majestade. – então, ele se distanciou.

— Bella, disse Edward. Por que se recusou a dançar com Mike? – eu olhei para ele, incrédula.

— Senhor! Mike Newton tentou me desvirtuar – disse o termo bem claramente – por que eu deveria dar a honra de encostar as mãos em minha cintura a um impertinente? Senhor, eu disse novamente, Mike Newton não é alguém que eu queria punir, mas ele deverá aprender que eu não sou quem ele gostaria que eu fosse. Eu não estava destinada a me casar com ele.

— Bella, acho que deve ser apreçar, porque ele parece furioso vindo em sua direção. – disse Edward, apontando para um homem de postura rígida, com as mãos fechadas em punhos, andando pesadamente em minha direção. – eu fiz um gesto com a mão para os guardas ao pé do trono, rente as colunas. Eles foram um pouco para frente e viraram. Com as lanças que seguravam seria fácil impedir a aproximação de Mike.

Mike deu mais alguns passos e passaria pelos guardas, até chegar a nós, mas eu fiz outro gesto aos guardas e eles bloquearam a passagem dele.

Ele tentou discutir com os guardas que continuavam imóveis, olhando para o nada. E então, a atenção estava toda voltada para ele, que estava gritando.

Suspirei – Edward - olhei para ele – pode, por favor, me acompanhar até lá fora? Quero me livrar deste infeliz.

— Sim, Bella. – ele levantou-se e me ofereceu o braço, que eu peguei grata. Os dois guardas foram à frente  e outros dois no seguiram atrás. Conforme íamos passando, Mike tentava investir contra nós, mas logo foram segurá-lo. Todos comentavam sobre a atitude desvairada dele.

Paramos na entrada principal do salão. Dispensei os guardas e soltei-me de Edward, descendo as grandes escadas da entrada. A lua cheia iluminava o céu.

Edward me seguia, com os braços atrás do corpo e os passos lentos e compassados.

Eu voltei-me para ele, rindo e o beijei.

— Oh, Majestade – brincou ele. – Isso é muito inapropriado.

— Não mais, meu senhor – eu sorri para ele. – seria inadequado se eu estivesse beijando outro, que não o senhor. – eu sorri e voltei a beijar-lhe, quando o relógio soou meia noite. Nós voltamos ao palácio e eu sabia, que a verdade estava por vir.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai? Espero que tenham gostado. O próximo só sai segunda-feira... Esse final de semana vou ter que estudar pras provas de recuperação então prometo que assim que der vou responder os reviews de vocês. E quero muitos, afinal eu já dei uma dica do que vai acontecer no próximo. Beijos, Lena. ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Segredos Reais" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.