- Bem...

Falei, sem saber por onde começar.

- Fala logo Rose!

- Joseph! Não pressiona a garota!

- Gente, cala a boca! O problema é: Eu vou ter que ajudar o Malfoy a recuperar a memória!

- O QUE?

Eles gritaram.

- Calma! Vou ficar surda!

- Mas Rose, você odeia o Malfoy! Como pôde...

- Mcgonagall.

- Como aquela... – Ele olhou para os lados para ver se ela não estava lá – morcega velha pode propor isso???

- Não sei... Só sei que estou num caos.

- Concordo com você Miga.

Agradeço muito o seu apoio Carla!

- Desculpa gente, eu preciso ir. Até mais.

Eles murmuraram um até mais e foram embora. Como eu sentiria saudade deles... Topei com Malfoy assim que cheguei no Salão Comunal.

- Está atrasada! O que houve?

Ele disse, mas não irritado. Preocupado.

- Nada. Venha, preciso preparar comida para você. Do que gosta?

- Hum... Não sei.

- Já provou comida trouxa? É uma delícia.

- Bom... Sempre tem uma primeira vez, não é mesmo?

Ele disse, e sorriu. Como era bom conhecer esse novo Malfoy. E eu sabia que ele era assim por dentro. Apenas não gostava de admitir que essa parte existia.

Fiz um belo frango assado, com feijão e arroz, algo que aprendi com mamãe e vovó. Elas sabiam o quanto eu aprovava coisas trouxas, e até compraram uma televisão para mim. Era ótimo!

Levei até a mesa que tinha ali, e ele provou.

- Delicioso! O que é?

- Frango assado, com feijão e arroz.

- É ótimo!

Sorri para ele.

- Obrigada.

Comi, e depois fui lavar a louça e tomar banho. Quando eu estava no chuveiro, ouvi algumas batidas na porta, então enrolei a toalha pelo corpo e fui até lá.

- Rose?

Abri a porta.

- O que houve Scorpius?

- Não consigo dormir.

Eu ri.

- Eu já vou. Vai se deitando lá.

Ele foi, eu acabei meu banho, coloquei uma roupa e fui até lá. Ele estava estendido na cama, sem camisa, e com os olhos inteiramente abertos.

- Scorpius?

Ele olhou para mim.

- Quero dormir.

- Eu sei. Vou pensar numa solução.

E eu pensei. Pensei, e a primeira coisa que pensei foi fazer o que minha mãe fazia quando eu era pequena: Dar leite.

- Vem Scorp.

Ele me seguiu até a cozinha, onde preparei leite quente com chocolate para ele. Ele tomou tudo.

- Não me sinto com sono.

- Hum...

É, só tinha uma opção. E por mais que eu a odiasse precisava usá-la.

- Vamos voltar para o seu quarto. Vou te contar histórias de sua vida.

E lá fomos nós. Eu lhe contava histórias, como quando nos conhecemos e eu saí correndo de perto dele (Ele riu quando eu contei), quando Alvo fora selecionado para a Sonserina e eu achei isso muito ruim, pois pensei que estava perdendo meu primo, quando nós três estávamos na sala da diretora e tia Gina começou a gritar que tinha errado na educação de Alvo, que ela era culpada de tudo, e ela até brigou com tio Harry quando ele tentou acalmá-la (Dessa vez nós dois rimos), quando ele foi aceito para o time de Quadribol...

E assim passei um tempo, até que ele começou a fechar os olhos e dormiu. Quando tive certeza que Scorpius já estava dormindo, fui até meu quarto, desliguei a luz e apaguei.