Accidentally In Love escrita por Nunah


Capítulo 2
capítulo 2 - my life would suck without you


Notas iniciais do capítulo

É, e agora eles se encontram :B
Obrigada pelos reviews!



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Poseidon

     Escondido, apareci na praia. Percy e Annabeth estavam lá. Eu não gostava de interromper os dois, afinal, ele nunca fez isso comigo e sabia muito bem que eu ia me vingar se fizesse, mas naquele momento, era preciso.

     - Ahn, licensa?

     Os dois se sobressaltaram e acho que comeram areia de tanto afobamento.

     - Er... quem é você? – Percy perguntou.

     - Percy, não é por nada não mas... acho que é seu irmão – menina esperta.

     - Ah, sim, eu sou filho de Poseidon – okay, falei, mas eu tinha que dar alguma desculpa; ainda mais quando meu filho-irmão arqueoou as sobrancelhas lá em cima – Minha mãe... me contou.

     - Ah, sim, sim, ela te trouxe aqui?

     - Er... foi.

     - Tudo bem, vamos falar com Quíron.

(...)

     - Percy, mostre a Sean o acampamento e o trate como um irmão que nunca teve – disse Quíron. No geral, eu estava surpreso. Nunca tinha ouvido Quíron falando assim. As poucas vezes que conversei com ele foi na forma de deus e ele usou toda sua educação, mas agora, eu era um simples semideus, apesar de ser um dos três grandes, e seria tratado como qualquer outro ali.

     É. Gostei. Era exatamente o que eu queria.

     - Quíron, olha só, mais um novato! Ou melhor, novata – ouvi Annabeth gritando de longe.

Acho que isso quer dizer que você sente muito

Você está parado em minha porta

Acho que isso quer dizer que você voltou atrás

No que você disse antes

Como o quanto você queria

Qualquer uma, exceto a mim

Disse que você nunca voltaria

Mas aqui está você novamente

     - Gente, essa é minha irmã. Jane Waage – disse ela.

     Me virei e o que eu vi foi... a visão do paraíso. Ela era... extremamente... perfeita.

     Sim, sim, estou me precipitando. Sou casado, um pegador, galinha e por aí vai. Mas aqui, eu quero ter liberdade, sabe? Ser, de novo, um adolescente. E isso inclui ter um verdadeiro relacionamento, se for possível. Não esses casinhos de uma noite só, entendem? E poxa, ela era uma filha de Athena, assim como Annabeth, tem noção do que é isso?

     Mas, vamos por partes.

     - Oi – ela disse, meio tímida. Era incrível. Ela era uma cópia exatamente exata da mãe. Eu sei que os nossos filhos são idênticos, mas ela tinha algo a mais, sabe? Era... diferente. Ela tinha os mesmos olhos, os mesmos cachos, a mesma expressão sábia, mas tudo parecia meio que ‘reforçado’ nela. Não era como as outras. E, ela tinha uma coisa... uma coisa meio surreal... e, ao contrário da mãe, parecia muito simpática, com o semblante tímido então, uma bonequinha.

Porque nós pertencemos um ao outro agora

De alguma forma unidos aqui, para sempre

Você tem um pedaço de mim

E, honestamente

Minha vida seria uma droga sem você

Palas Athena

     Aqueles olhos. Santo Zeus... aqueles olhos. Outro filho de Poseidon. Se eu estivesse com aquela pose da toda poderosa e sábia deusa, eu o xingaria até não poder mais por trazer mais um heroi ao mundo, mas já que eu quero viver de verdade, vou começar parando de culpá-los por isso.

     O garoto parece até mais que um filho. É uma cópia legítima, como uma foto do pai há séculos atrás. Com cerca de 1,75-1,80 de altura, cabelos negros e rebeldes, aquele bronzeado jovial... sim, um legítimo filho de Poseidon... e os olhos... aqueles olhos... tão verdes quanto os do pai. Sim, aqueles olhos verdes profundos e penetrantes que pareciam ver através da sua alma, mas de um modo diferente de Hades.  Tenho certeza que se visse aquelas orbes brilhantes em outra pessoa, saberia na hora que é filho dele.

     Mas os olhos dele... do tal de Sean que Annabeth me falou... deuses, eram idênticos ao de Poseidon... incrível... nem Percy se parecia tanto com ele. E só agora, por estar perdida naquela imensidão da cor do mar, percebi que ele sorria para mim. Normalmente eu mandaria o cara para o Tártaro, mas eu sou uma garota normal agora. Então, sorri de volta. E com sinceridade.

Talvez eu tenha sido burra por te dizer adeus

Talvez eu tenha errado por tentar entrar numa briga

Eu sei que eu tenho problemas

Mas você também está muito confuso

De qualquer forma, eu descobri que não sou nada sem você

     - Jane? – perguntou uma voz vaga – Jane!

     Ai. Minha cabeça.

     - Au... doeu...

     Annabeth revirou os olhos.

     - Jane, Jane, eu sei que os filhos de Poseidon são lindos e maravilhosos, mas não fique babando por eles.

     - Mas... mas... – pela primeira vez, fiquei sem palavras, e pelo jeito eu teria que me acostumar a isso.

(...)

     Nós quatro caminhávamos pelo acampamento, ‘conhecendo’ as coisas, mas eu nem prestava atenção, sabia de cor onde cada plantinha estava.

     E o pior é que eu ainda estava com as bochechas queimando, de cabeça baixa, que vergonha, que vergonha.

     - O que foi? – perguntou Sean. Ah, aqueles olhos.

     - N-nada.

Porque nós pertencemos um ao outro agora

De alguma forma unidos aqui, para sempre

Você tem um pedaço de mim

E, honestamente

Minha vida seria uma droga sem você

     Era esquisito o jeito como ele parecia com o pai. É, eu não consigo admitir isso, mas ele era idêntico ao pai. Só espero, é claro, que seja menos safado.

     Depois de ver todo o acampamento, que eu ajudei a projetar, pela milésima vez, chegara a hora de ficar em meu chalé.

     O meu passou primeiro, já que estávamos andando do maior para o menor, mas eu não entrei simplesmente e fui arrumar minhas coisas. Não, eu fiz questão de ficar do lado de fora, observando por mais alguns momentos, até que vi que eles chegaram até o chalé 3. Então, eu entrei. Afinal, se Annabeth resolvesse voltar pro chalé, não quero que ela pense que eu estava observando o garoto, mesmo que eu estivesse, pois eu só poderia negar e ficar com um sorriso amarelo na cara, afinal, agora eu não era mais Athena.

     Ou seja, não podia passar um sermão ou algo do gênero. Não, agora eu era uma simples campista; Jane Waage. E não queria começar já fazendo tipo de apaixonada ou qualquer coisa assim. Não, eu ia começar como uma garota forte e inteligente e, acima de tudo, muito cabeça no lugar... ia começar como uma filha de Athena...

     E tentar manter essa imagem, forte e inabalável. Se eu consegui por três mil anos, por que não conseguiria por um verão, apenas?

     Então, eu me toquei. O objetivo aqui era mudar minha vida, ser uma campista meio-sangue comum. Mas mesmo assim, não abrirei mão da minha identidade.

Estar com você é tão disfuncional

Eu realmente não devia sentir sua falta, mas eu não posso deixar você ir

Porque nós pertencemos um ao outro agora

De alguma forma unidos aqui, para sempre

Você tem um pedaço de mim

E, honestamente

Minha vida seria uma droga sem você

     Mas ele era tão igual ao pai... mas parecia ser honesto, ao contrário do cachorrro do Poseidon. Enfim, não importa.

     Coloquei a mala perfeitamente bem feita na cama e fui, com cuidado, organizando tudo em uma gaveta da beliche que estava disponível. Eu sabia exatamente a quantidade de roupas que davam ali, afinal, eu projetei cada móvel deste acampamento. Conheço ele como a palma da minha mão. Então, os outros campistas ficaram atônitosao ver que uma simples novata tinha acertado de primeira a quantidade exata de roupas que uma gaveta dessas aguentaria.

     Não era grande mérito, mas era o suficiente pra uma novata, que era o que eu era. Sim, ainda não tinha me acostumado com essa realidade, e repetir parecia uma forma de o fazer.

     - Como é ela? – arrisquei – A mamãe?

     - Awn, ela é uma grande mulher – disse John, um dos mais velhos por ali, sem desgrudar os olhos do livro de grego – Séria, decidida, ninguém mexe com ela – então ele me olhou – A não ser...

     - O nosso querido e amado tio Poseidon – disse Annabeth, entrando – Ainda bem que ela não sabe o quanto adoramos ver os dois brigarem.

     Deuses, eu tenho que me controlar.

     - Acho que vai gostar dela – ele continuou – Pena que Zeus não deixa os deuses falarem com seus filhos. Ele não é um semideus pra saber o quanto sofremos por isso mas, a gente se acostuma.

Porque nós pertencemos um ao outro agora

De alguma forma unidos aqui, para sempre

Você tem um pedaço de mim

E, honestamente

Minha vida seria uma droga sem você

Poseidon

     Joguei a mochila na cama e sorri. Ah, eu já estava adorando minha nova vida.

     - Então...

     - Então o quê? – Percy disse. Okay, me esqueci que aqui era a mesma mentalidade que a minha. Não era uma reunião do Olimpo, onde cada um responderia de um jeito, como com um ‘então, o quê?’. Não, essa era a minha resposta. Alguns deuses levariam isso como um ‘tudo bem?’ ou ‘novidades?’, mas um ‘então’ parecia bom.

     Tá, isso não tem nada a ver. E alguns, como uma certa sabichona e uma outra castidade em pessoa, levavam isso como um insulto, então reviravam os olhos ou respondiam com palavras que eu tinha que procurar o significado depois, no Aurélio Online ou algo do gênero.

     - Como é nosso pai? – perguntei distraído. Droga, essa gaveta não fecha. Acho que deveria ter perguntado a Athena o tanto de roupas que elas suportavam.

     Se bem que, ela iria querer saber o porquê, e eu não teria nem como explicar sem a fazer desconfiar das minhas intenções, ou então sem revelar meu plano. Agora, minha roupa vai ficar amassada.

Trágico.


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Notas finais do capítulo

Quem aí me ajuda com ideias? Porfas *-*