Hanging By a Moment escrita por Fernaanda


Capítulo 7
Party Hard


Notas iniciais do capítulo

Maior capítulo até agora. Não estou completamente satisfeita com ele, mas tambem nunca estou completamente satisfeita... Espero que gostem.
BTW, monicaab0203 eu já tinha planejado tudo antes de você fazer aquele comentário e acertar o que ia acontecer HAUAHAUAHUAS



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  A primeira coisa que a garota notou foi a quantidade de copos no chão. Era um mar vermelho no chão. Todos de plástico, é claro. Além disso, o som estava tão alto que não dava para escutar muita coisa além das batidas. Sem falar que todo mundo parecia estar bêbado, mesmo que a festa só tivesse começado a menos de uma hora. Ela viu logo Puck sentando, rodeado de lideres de torcida, e flertando com elas. Ele estava usando uma calça jeans e uma camisa pólo azul clara. Os olhos dele encontraram os da garota, e ele lhe deu um sorriso, se despedindo das garotas e andando em sua direção. Ela fez uma careta ao ver ele olhando para o seu corpo e lambendo os lábios. Típico de Puck.

- Quinn, Quinn, Quinn – ele falou se aproximando dela e a envolvendo em um abraço, que a garota se esforçou muito para retribuir, e se afastando, mas não antes de dar um beijo no rosto dela.

- Puckerman – ela acenou para ele com a cabeça e lhe deu um sorriso forçado.

- Onde você escondeu tudo isso? – o garoto arqueou uma sobrancelha e segurou na cintura da garota com as duas mãos. Ela tirou as mãos dele na mesma hora, e olhou em volta avistando Sam.

- Acho que as suas amigas estão sentindo falta de você – ela respondeu, ignorando a pergunta dele, e apontando para as garotas que estavam no mesmo lugar onde ele havia deixando elas, só que dessa vez as quatro estavam olhando para a loira como se quisessem matá-la.

- Eu estou com uma companhia melhor agora – ele falou inclinando sua cabeça para frente, fazendo a loira recuar.

- Puck, Quinn – Sam cumprimentou os dois recebendo um sorriso aliviado de Quinn e um olhar irritado de Puck.

- Evans, você não tinha outra lugar para estar? – o garoto perguntou suplicante, acenando para a mesa de bebidas no canto da sala.

- Na verdade... – o loiro parecia estar pensando, e depois se virou para o outro – Não, eu não tenho.

- Unf, vou deixar os dois a vontade – Puck falou contrariado, avistando Santana sozinha tomando um copo do ponche, e quase vomitando ao sentir o gosto – Se precisar de mim é só chamar, Quinn – ele piscou o olho para ela e deu um tapa um pouco forte demais nos ombros de Sam, antes de sair em direção a latina, deixando as lideres de torcida ainda mais enraivadas.

- Obrigada por vir, Sam. Juro que é muito difícil me livrar do Puck sozinha. Por mais que ele seja um cara legal, às vezes ele consegue ser grudento – ela comentou andando com o garoto em direção a onde alguns garotos do time de futebol estavam reunidos.

- Tudo isso é pra mim, Fabray? – Azimio perguntou e recebeu em resposta o dedo do meio de Quinn, que sorriu sarcasticamente para ele e continuou andando com Sam, que recebeu alguns tapinhas nas costas.

- Eu não entendo porque todo mundo acha que nós estamos dormindo juntos – ela comentou pegando um copo de água, enquanto Sam enchia seu copo com alguma bebida alcoólica.

- Talvez por que nós sempre andamos juntos – ele disse.

- Mas ninguém acha que eu estou dormindo com o Mike.

- Ainda bem – ela ouviu uma voz atrás dela e se virou para encarar Tina, com um grande sorriso no rosto, ao lado de Mike que balançava a cabeça no ritmo da música.

- Tina, Mike – Sam falou com eles, sorrindo e dando um gole da sua bebida, fazendo uma careta, mas bebendo mais um gole logo depois.

- Olá gente – Quinn deu um abraço nos dois e depois voltou para o seu lugar ao lado de Sam, olhando em volta para evitar encontrar Puck novamente.

- Já estão bebendo cedo? – Mike perguntou pegando uma lata de coca-cola que estava cima da mesa, e limpando a parte de cima na sua camisa antes de abri-la.

- Sam já está enchendo a cara – Quinn falou sem deixar o loiro se defender – E eu vou ficar só na água hoje.

- Mike vai dirigir então... – Tina pegou um copo e colocou a mesma bebida que Sam havia pegado – Vamos beber.

- Isso mesmo, Tina – Sam disse rindo e brindando com a asiática enquanto os outros dois apenas balançavam as cabeças, achando graça.

- Amigos, eu tenho que fazer uma coisa – a loira disse ao ver que o anfitrião estava chegando perto deles com rapidez – Vejo vocês daqui a pouco.

- Não seja uma estranha, Quinn – Mike disse antes de a garota ir andando em uma direção oposta a de Puck.

  A loira havia conseguido se livrar, finalmente, do dono da casa e agora estava subindo as escadas em direção ao banheiro. Ela encontrou uma fila gigantesca, e decidiu procurar o quarto da mãe de Puck ou o dele mesmo, já que um dos dois deveria ter um banheiro. Ela finalmente encontrou um quarto e abriu a porta dando de cara com um casal deitado numa cama, no maior amasso. Ela fez uma careta e fechou a porta atrás dela, andando devagar até o banheiro e fechando a porta rapidamente.

  Ainda bem que a garota não tinha inventado de fazer alguma festa em sua casa, porque ela tinha certeza de que ver duas pessoas na cama da sua mãe seria uma experiência traumatizante. Ainda mais que ver na cama da mãe de Puck já tinha sido...

  Ela ligou a torneira e lavou o rosto, concertando a maquiagem que havia borrado um pouco. Na verdade ela tinha ido ali para fugir de Puck, que não parecia desistir de tentar ficar com ela. Por um minuto ela havia pensando em dar um tapa nele, mas o garoto era o dono da festa e se ela tivesse de fazer isso seria apenas no final, quando estivesse indo embora.

  A loira ainda ficaria mais um tempinho ali dentro, mas ela começou a ouvir barulhos vindo do lado de fora, e seria ainda mais estranho se ela abrisse a porta e desse de cara com uma cena proibida para menores de 16. Ela respirou fundo e abriu a porta do banheiro tentando fazer o mínimo de barulho possível para não chamar a atenção de ninguém e tornar aquela situação ainda mais desagradável.

  Ela andou em direção a porta e fez de tudo para não olhar para os outros dois. Ela abriu a porta e depois fechou, encostando a cabeça na mesma e dando um suspiro de alivio, mas antes que a garota pudesse se virar completamente ela deu de cara com um corpo que colidiu fortemente com o dela.

– Oh meu deus, eu… - ela levantou sua cabeça para olhar para a pessoa com quem havia se batido e deu um tapa no peito dele ao reconhecer quem era aquela pessoa - Jesus Sam! Que diabos você está fazendo aqui? – ela gritou atraindo a atenção de algumas pessoas que estavam na fila do banheiro - Tentando me dar um ataque cardíaco?

- Sim, você me pegou Q! Eu venho tentando ficar sozinho com você pelo mês inteiro, esperando pela oportunidade de fazer você ter um ataque cardíaco, porque isso é o que eu faço - ele respondeu sarcasticamente enquanto ela rolava os olhos, pelo que parecia ser a centésima vez naquela noite. As outras pessoas vendo que eram apenas Sam Evans e Quinn Fabray em mais uma de suas discussões, apenas ignoraram e voltaram para as duas próprias conversas.

– Isso não foi nem um pouco engraçado – ela falou cutucando o seu peito e Sam rolou seus olhos, imitando o que a outra havia feito segundos atrás.

– Você sabe que se você continuar fazendo isso seu olhos vão ficar presos para sempre na parte de trás da sua cabeça – ele fez gestos exagerados indicando a parte de trás da cabeça dela.

- Oh, tipo como a sua cara ficou? – Quinn deu um sorriso vitorioso.

- Cala a boca – Sam murmurou.

- Whoa! – a loira balançou suas mãos no ar – É melhor eu parar por aqui se você vai retrucar assim. Eu não sei se eu posso competir – ela falou séria enquanto tentava não rir da cara do seu amigo.

- Você é estúpida – o loiro fez um bico como se tivesse cinco anos.

- Sua cara é estúpida – a outra devolveu, cruzando os braços e fingindo estar irritada com ele.

- E você ainda acha que as minhas respostas são ruins? Querida, as suas são tãaao ano passado – Sam disse com uma voz de garota e estalou seu dedo. A loira se segurou para não rir, e sem hesitação e completamente séria respondeu.

- A sua cara é tão ano passado!

- Isso... – Sam riu - Isso nem fez sentido – ele continuou rindo.

  Quinn também não agüentou mais e começou a rir. Ela encostou-se à parede, ao lado da porta, e ficou rindo enquanto Sam tentava recuperar a fôlego. Eles sempre gostavam de fazer esse tipo de brincadeira um com o outro. Quinn sempre comentava que o loiro deveria assumir logo que era gay, porque ele sempre falava algo que fazia ela questionar se ele era mesmo hetero. Ele apenas ria dela e dizia que era a pessoa mais hetero do colégio, e só viraria gay por Luke Skywalker, fazendo sua amiga balançar a cabeça e ir para longe dele antes que o garoto começasse a falar sobre as coisas de nerd dele.

- Então, o que você estava fazendo aqui? – ele perguntou colocando uma mão na parede, ao lado da cabeça dela, e se inclinado em sua direção. Era difícil ouvir a voz um do outro com a música tocando tão alto pela casa.

- Eu fui no banheiro.

- Você entrou nessa fila toda? – ele virou a cabeça para olhar para a fila do banheiro que só fazia aumentar e depois se virou para encarar a garota, balançando sua franja.

- Para de fazer isso, Bieber – ela comentou levando sua mão ao cabelo dele e ajeitando-o, com um sorriso no rosto – E não, eu não encarei essa fila. Eu fui ao banheiro da mãe do Puck – a loira apontou para a porta ao lado deles.

- Sério? Eu acho que eu vou lá tambem, eu não estou completamente apertado, mas é... – ele falou enquanto ia em direção a porta, mas a loira segurou o braço dele antes que ele pudesse abrir a porta e ver uma cena nem um pouco agradável.

- É melhor você não entrar ai. Aquele fortão do time de basquete está ai dentro... Com a namorada – Sam franziu a sobrancelha e depois de alguns segundos pareceu ter entendido o que a garota queria dizer, fazendo uma careta – Exatamente o que eu pensei. Mas você subiu aqui só pra me procurar e saber onde eu estava? – ela perguntou largando o braço dele e se encostando novamente na parede, observando as pessoas passarem pelos dois sem olharem duas vezes.

- Não, foi bom você ter dito isso. O Puck mandou eu te chamar – ela lutou contra a urgência de rolar os olhos mais uma vez – Parece que todo mundo do glee club vai jogar um jogo – ele falou começando a andar e indicando com a cabeça que ela deveria seguir ele.

- Tipo o que? Verdade ou conseqüência? Sete minutos no paraíso? – ela perguntou com um tom debochado, ajeitando seu vestido e segurando na jaqueta do rapaz para não se perder no mar de gente que estava subindo as escadas agora.

- Eu não faço idéia, mas você conhece o Puck – ele deu de ombros e os dois foram andando em direção a parte de trás da casa, entrando na cozinha que estava completamente vazia.

- Você vai me matar com uma das facas da cozinha? – a loira perguntou olhando em volta e notando que a cozinha estava bem organizada em relação ao resto da casa. Uma cena de Dexter passou pela sua cabeça, mas ela apenas sorriu e apertou o braço de Sam.

- Porque você sempre acha que eu vou te matar? – ele perguntou balançando a cabeça e abrindo outra porta, dando de cara com uma escada que dava para um quarto iluminado. Quinn podia ver as cabeças de Finn e Puck e ouvir a voz de Kurt gritando alguma coisa – E antes que você pergunte, isso não é um plano para matar todos vocês.

- Obrigada, Sam. Estou bem mais aliviada agora – ela sorriu sarcasticamente enquanto ouvia Puck gritando seus nomes.

  A loira desceu na frente, enquanto o garoto fechava a porta e trancava. O porão era bem iluminado e tinha alguns sofás no fundo, e uns pufs espalhados pelo lugar. Também tinha algumas caixas de som e uma mesa, com algumas garrafas de bebida e uma vasilha cheia de salgadinhos.

  Mike estava sentado no sofá com Tina e os dois deram um sorriso para ela assim que a viram. Artie estava na sua cadeira de rodas, claro, e Brittany estava sentada no seu colo, contando alguma coisa para ele. Santana estava conversando com Puck e Finn, e dando alguns olhares para o casal de tempos em tempos. Finn acenou para a loira, enquanto Puck e Santana apenas deram um sorriso para ela. Rachel estava sentada em um puf, conversando com Kurt e Mercedes. Nenhum dos três notou a entrada dela, apenas quando a loira se sentou perto deles.

- Uau garota, você caprichou – Mercedes comentou estendendo a mão para que Quinn lhe cumprimentasse com um Hi-Five.

- Cedes tem razão, Quinn. E eu que pensava que você viria com uma das suas calças jeans e blusa velhas – ele falou com um olhar de reprovação e depois olhou para os seus pés que estavam calçados por um all-star – Claro que você não ia deixar esses em casa.

- Eu sei que você adora o meu estilo, Kurt – a loira comentou olhando para o seu tênis e dando um sorriso quando o garoto murmurou um talvez – Além disso, ele dá um toque especial.

- Quinn tem razão nisso, Kurtie – Mercedes comentou com um largo sorriso, fazendo o garoto balançar a cabeça e rolar os olhos.

  A loira se virou para a morena que estava calada desde que ela havia chegado. Rachel estava olhando para as pernas de Quinn, que normalmente estavam cobertas por uma calça jeans, mas agora a diva não entendia porque a outra escondia aquela parte do seu corpo. A morena estava mais perto da outra garota do que os outros, e ela logo sentiu a respiração quente de Quinn no seu pescoço.

- Gosta do que vê, Rach? – a outra sussurrou, e mesmo sem olhar a morena sabia que a outra tinha um sorriso sacana no rosto, como se soubesse exatamente o efeito que ela tinha nas outras pessoas. Talvez ela soubesse mesmo.

- Eu... eu vou falar com o Finn – a outra disse se levantando rapidamente e falando aquilo mais para os outros dois do que para a loira. Ela foi andando o mais rápido possível para onde seu namorado estava, abraçando ele e recebendo um beijo na testa do garoto que ainda prestava atenção no que Puck falava. Santana estava agora com Sam.

- Então Puck, o que viemos fazer aqui? – Santana perguntou depois que Sam comentou alguma coisa sobre Avatar. A latina só sabia que o filme era sobre criaturas azuis, e estava feliz daquele jeito.

- Eu pensei que talvez meus queridos colegas pudessem ter um pouco de diversão – ele falou passando os braços pelos ombros de Finn e Rachel e trazendo os dois para perto dos pufs. Tina e Mike se levantaram e assim como Artie e Brittany se juntaram ao grupo – Eu proponho um jogo – o garoto se sentou no chão e indicou para que todos fizessem o mesmo – Todos conhecem o jogo da garrafa, não é? – várias ahhhh foram ouvidos e Puck apenas balançou a cabeça – Vamos lá, gente.

- Eu não sei se essa é uma boa idéia. Muitos de nós estão em relacionamentos – Rachel falou apontando para ela mesma e depois para Tina e Brittany.

- Beijar não é trair, Berry – Santana comentou com um largo sorriso no rosto.

- Eu concordo com a Rachel nisso – Tina comentou e Mike balançou a cabeça concordando com ela.

- Cinco rodadas. Cinco rodadas é tudo o que eu peço para vocês.

  Puck fez uma cara que ninguém sabia que ele podia fazer. Algumas garotas tentaram não olhar para ele, mas era impossível quando outros garotos como Finn e Sam faziam a mesma cara. Por fim, a maioria das pessoas deu de ombros ou concordou com a cabeça, com exceção da diva.

- Eu só gostaria de dizer que sou completamente contra esse jogo, mas não vou estragar a festa de vocês – ela recebeu um beijo no rosto do namorado, e um tapinha nas costas de Sam.

  Os doze estavam sentados em um circulo. Brittany estava do lado de Artie, que estava sentado ao lado de Finn, que por sua vez tinha Rachel do seu lado direito, que estava ao lado de Sam, e por ai ia na ordem Santana, Puck, Tina, Mike, Quinn, Kurt e finalmente Mercedes, completando o circulo. Puck pegou uma garrafa e colocou no meio da roda, piscando o olho para Quinn, que decidiu ignorar isso, e girando a garrafa. No final ela acabou apontando para ele, mas do outro lado estava Mercedes.

- Não era bem quem eu esperava – ele deu uma olhada rápida para a outra – Mas serve.

- Vai lá, Mercedes – Kurt deu um empurrãozinho na garota que foi em direção ao meio da roda onde Puck já esperava.

  Na outra rodada Mike acabou beijando Brittany. Artie e Santana ficaram visivelmente incomodados, mas os dois dançarinos não ligaram muito. Eles já tinham se beijado antes, mas nenhum dos beijos significou alguma coisa. Ele voltou para o lado da namorada e pegou na sua mão, enquanto Quinn apenas sorriu e encostou a cabeça no ombro dele.

- O que o Mike fez pra ter as duas? – Puck perguntou se referindo a Quinn e Tina que apenas sorriram, e Mike balançou a cabeça, abraçando as duas garotas de lado e dando de ombros, fazendo todos rirem.

  Na terceira rodada foi a fez da namorada do asiático beijar alguém. Ela deu um sorriso nervoso e olhou para Rachel, como se estivesse pedindo desculpas, e beijou Finn. Ela apenas encostou os lábios no dele por poucos segundos e se afastou, deixando o garoto com uma cara meio decepcionada, e voltando a sentar ao lado do seu namorado. Foi a vez dela confortar ele dando um beijo no rosto, enquanto Rachel cruzava os braços, mesmo sabendo que Tina nunca tentaria roubar seu namorado.

  A quarta rodada foi a mais desconfortável onde Santana e Artie se beijaram. Ela teve de andar até a cadeira de rodas, se ajoelhar e dar um beijo nele. A latina jurava que o nerd havia tentado colocar a língua no meio, mas antes que o beijo prosseguisse, ela se afastou dele, dando uma olhada para Brittany que encarava as unhas, nem um pouco preocupada com a ação que estava acontecendo ao seu lado, e depois se sentou novamente no seu lugar. Mandando Puck calar a boca quando ele perguntou se havia sido bom.

  A quinta rodada era a próxima. Puck havia rodado a garrafa mais uma vez e Quinn sentia que seria a vez dela de beijar alguém. Quando a garrafa começou a perder a força ela tinha quase certeza de que ela seria a escolhida. Quando ela viu a garrafa apontada para ela, sua primeira reação foi olhar em quem parou. Ela suspirou ao ver que não havia sido Finn, mas ela arregalou os olhos ao ver em quem havia parado. Não era possível.

- Essa eu quero ver – Santana disse cruzando os braços e dando um sorriso sacana para Quinn, que apenas balançou a cabeça.

- Beijo de verdade, hein? – Puck comentou encostando sua cabeça em seus braços, se inclinando para a frente.

- Mas não precisa ser de língua, certo? – Finn perguntou curioso e um pouco desconfortável com a situação. Ele olhava para Rachel e depois para todas as pessoas da roda.

- Vai lá, Q – Mike disse empurrando ela para frente, do mesmo jeito que Kurt havia feito com Mercedes.

  A garota andou até o meio da roda e se ajoelhou, sentando nos seus calcanhares em seguida. Ela olhou para frente e viu Rachel encarando ela, mas em seguida a morena olhou para as duas próprias mãos, parecendo estar nervosa e também desconfortável. Ela murmurou alguma coisa que ninguém conseguiu ouvir. Quando Quinn sentiu as mãos no seu cabelo, ela se inclinou para a frente e encostou seus lábios nos de Sam, a pessoa que a garrafa havia apontado. Suas mãos foram parar nos ombros dele, e depois de quatro segundos ela tentou se separar dele, mas o garoto permaneceu segurando a sua cabeça, mantendo ela no mesmo lugar. Quinn então o empurrou para trás, e o garoto finalmente percebeu o que estava fazendo e soltou-a, corando e voltando para o seu lugar.

  Rachel deu um olhar furioso para o loiro, que apenas olhou para ela com uma cara confusa e depois se virou para encarar Quinn que olhava para qualquer canto do porão, menos para ele.

- Suas cinco rodadas já aconteceram, Puck – Mike comentou olhando a expressão que sua amiga fez depois do beijo.

- Tudo bem, mas se as garotas quiserem mais dos meus beijos – ele falou olhando diretamente para Mercedes, que abaixou a cabeça antes que ela corasse – Eu estou à disposição.

  Todos se levantaram e Puck e Finn foram ajudar Artie a subir as escadas, enquanto Brittany subia com a cadeira de rodas dele. Kurt, Mercedes e Rachel subiram juntos, mas não antes da diva dar uma olhada em direção a Quinn. Santana subiu sozinha, mas não sem antes encher um copo de bebida. Tina, Sam, Mike e Quinn ficaram no porão. Os dois namorados se comunicaram rapidamente pelo olhar e Tina puxou o loiro, falando alguma coisa sobre gibis, e começando uma discussão. Ele ainda olhou por cima do ombro para Quinn, mas ela ainda se recusava a olhar para ele. Quando os dois sumiram, Mike se virou para a amiga.

- Quer falar sobre isso, Q?

- Não aconteceu nada – ela falou batucando em um puff, ainda sem encarar o asiático – Foi só um beijo.

- Eu acho que o Sam exagerou um pouco – ele comentou segurando na mão dela e fazendo a garota parar de fazer barulho – Mas você sabe que ele gosta de você.

- Esse é o problema, Mike – ela levou as mãos a cabeça e ele apenas alisou as suas costas, mostrando que estava ali para ela – Ele sabe que eu sou gay. Eu pensei que ele tinha entendido.

- Ele pode ter entendido, mas isso não quer dizer que ele aceite – o garoto levantou e estendeu uma mão para ela, que aceitou. Ele levou a garota até o sofá e os dois se sentaram. Ele abraçou a garota, que encostou sua cabeça no ombro dele e começou a falar contra a pele do seu pescoço.

- Opoehquug...

- Quinn, querida. Eu não entendo nada do que você esta falando – ele disse rindo em seguida – E isso meio que faz cócegas.

- Desculpa, Mike – ela falou entrelaçando suas mãos no pescoço dele e encolhendo as pernas, encostando sua testa no pescoço dele e brincando com a gola da sua camisa.

- Você dizia...

- Sabe, o pior é que eu gosto dele – ela completou logo ao perceber que aquilo poderia ser entendido de outra forma – Como amigo. Você e o Sam são meus melhores amigos. E eu sei que pode parecer meio egoísta, mas eu quero continuar perto dele. É por isso que eu nunca dou um fora nele quando ele flerta comigo ou quando está me tocando... – e mais uma vez aquilo poderia ser interpretado de outra forma. A loira sentiu o asiático rindo – Não dessa forma, pervertido.

- Olha Quinn, você não está sendo egoísta. Mas também é difícil para o Sam bloquear esses sentimentos – ele falou e a garota balançou a cabeça, concordando. De repente ela começou a pensar em uma teoria dela e o garoto notou que sua cabeça estava longe no momento – No que você está pensando?

- E se o Sam quiser que eu seja o gay beard dele? – a garota levantou a cabeça com um grande sorriso no rosto.

- Fale inglês, Quinn.

- Você sabe essas pessoas que namoram com alguém de um sexo diferente apenas para fazer os outros acreditarem que ela é hetero quando na verdade essa pessoa se sente atraída pelo mesmo sexo?

- Hm, eu acho que sim. Mas espera... – ele disse levantando o dedo indicador e franzindo a testa – Você acha que o Sam é gay? – ele sussurrou a ultima parte, obviamente não acreditando nela.

- Talvez, mas eu ainda não tenho certeza.

- Certo detetive Fabray – ele disse batendo no joelho dela e sorrindo – Vamos voltar para a festa – o garoto levantou e mais uma vez estendeu uma mão para ela, que aceitou e se levantou, ajeitando o vestido que havia subido um pouco. Ele beijou o rosto dela e lhe deu um abraço. Ela encaixou sua cabeça em baixo do queixo, sorrindo contra sua pele – Eu estou aqui se você precisar, Quinn.

- Promete que se você não casar com a Tina você casa comigo? – ela perguntou fazendo o garoto rir enquanto alisava seus cabelos. Os dois se separaram e ele lhe ofereceu o braço, que ela aceitou e segurou nele.

- Eu posso ser o seu gay beard – ele falou fazendo agora a outra rir.

- Eu aceito.

  Os dois subiram as escadas em direção a festa. Mike lhe deu um beijo no rosto e foi procurar Tina, que agora não estava mais conversando com Sam. Enquanto isso, Quinn foi procurar alguma coisa para fazer e passar o tempo. E talvez evitar um encontro com Sam.

***

  Quinn estava sentada no sofá, observando as pessoas ao seu redor bebendo e dançando. A garota estava parecendo uma daquelas pessoas mais velhas que ficam apenas olhando o que os outros estão fazendo. Ela gosta de festas, isso era o que não faltava nas cidades em que ela já havia morado, mas no momento ela não estava com cabeça para ficar bêbada e dançar a noite toda. Além de que ela também estava encarregada de dar carona para alguém que estivesse bêbado demais para dirigir.

  O que não faltava ali eram pessoas bêbadas. Ela jurava que havia visto Mercedes e Puck subindo em direção aos quartos e Artie estava jogando dinheiro em Brittany enquanto ela dançava. Aquele tipo de cena era bem melhor em clipes de cantores famosos, porque naquele momento tudo aquilo parecia ser bem ofensivo. A garota parou de pensar sobre isso quando alguém sentou do seu lado e suspirou algo.

- Se divertindo, Fabray? – a voz de Santana perguntou e a loira virou a cabeça para ver a latina sentada ao seu lado, bebendo um longo gole da sua bebida.

- Depende do que você chama de diversão – ela respondeu dando mais uma olhada na garota do seu lado e depois voltando a observar as outras pessoas – Mas você parece estar se divertindo bastante – ela apontou em direção ao copo nas mãos da outra.

- Eu poderia estar me divertindo bem mais – ela arqueou as sobrancelhas sugestivamente, mas a ação foi ignorada pela outra que parecia estar perdida em pensamentos.

  Santana rolou os olhos, ela não estava acostumada a ser ignorada tão facilmente, e deu mais um gole na sua bebida, avistando agora Brittany sentada em um sofá numa direção oposta, conversando com Artie. Ele estava falando alguma coisa para ela enquanto a garota ria e colocava sua mão no joelho dele. Aquele simples toque fez o sangue da latina ferver, tudo o que ela queria no momento era acabar com aquele garoto, sem pensar que ele estava em uma cadeira de rodas e provavelmente não poderia se defender dela.

- Você deveria falar com ela.

  A latina deu um pulo e quase derrubou o resto da sua bebida ao ouvir essa frase. Ela virou-se rapidamente para o seu lado esquerdo e encontrou os olhos compreensivos de Quinn lhe observando. A outra tinha um pequeno sorriso nos lábios como se entendesse o que ela estava sentindo, mas Santana não iria admitir aquilo para a garota nova tão rápido.

- Eu não sei do que você esta falando – ela colocou seu copo em cima da mesinha na sua frente e cruzou os braços, olhando para o outro lado onde Mike e Tina dançavam e riam sem parar.

- Você não precisa fingir comigo – a loira falou olhando para Brittany e Artie, que agora estavam calados, mas continuavam sentados um do lado do outro – Eu já notei o jeito que você olha para eles.

- Como assim? – a morena virou o rosto para encarar a outra que ainda olhava para o casal.

- Vai dizer que você não olha para ele como se quisesse matá-lo toda a vez que ele toca ou fala com a Brittany? – agora a loira estava encarando ela com um sorrisinho no rosto. A latina não queria fazer nada além de arrancar aquela expressão da cara da outra – E eu vejo como você olha para ela como se você quisesse ser a única pessoa que ouve ela e que pode tocar nela...

- Você acha que sabe de tudo não é? Brittany é a minha melhor amiga...

- Mas você queria que ela fosse mais do que isso, não é? – a loira terminou com um sorriso, pegando o copo da outra que estava em cima da mesa, tomando um gole da bebida e fazendo uma careta depois. Vodka, claro.

- Isso não é um seriado de tv, Quinn. Eu não sou uma personagem de Gossip Girl ou algo do gênero. Não está acontecendo nada.

  A verdade era que Santana se sentia exatamente daquele jeito. Era difícil ver a sua melhor amiga com aquele garoto. Ainda mais porque ele não parecia ser nem um pouco interessante, falando sobre seus jogos de computador e sobre assuntos que exigiam muito conhecimento. E o pior de tudo era que Brittany prestava atenção em tudo o que ele dizia, mesmo sem entender metade. Além disso, ela estava sempre ocupada com o garoto e quase não sobrava mais tempo para as duas irem ao Breadstix juntas, ou passarem a noite uma na casa da outra. Santana não iria admitir, mas ela sentia falta daqueles pequenos momentos, que agora eram quase inexistentes.

  Nos últimos meses, Santana tinha saído com mais garotos/garotas do que ela já havia saído antes. O plano dela era tentar esquecer a outra líder de torcida, mas nada funcionava. Primeiro porque os garotos a entediavam enquanto falavam sobre suas vidas desinteressantes, e a maioria das garotas apenas conversava sobre coisas fúteis, que normalmente ela estaria muito interessada, mas que ultimamente eram insuportáveis. Segundo, ela não saía com eles apenas para conversar, mas no final da noite ela sempre voltava para casa sozinha, fingindo que havia tido uma boa noite, quando aquilo era a maior mentira.

- Você assiste Gossip Girl? – a loira perguntou com um tom de quem estava se segurando para não rir.

- Eu não falei isso – a latina fez uma cara feia e pegou seu copo de volta, bebendo mais um pouco e dando outra olhada para o casal em questão.

- Então você admite que gosta da Brittany? – ela perguntou mordendo seu lábio inferior e olhando para a outra garota que se remexia desconfortável em seu lugar.

- E se eu gostar?

- Eu não estou te julgando, Santana – Quinn se defendeu, colocando suas duas mãos para cima como se estivesse se rendendo, e arrancando uma risada baixa da morena – Apenas estou tentando te ajudar.

- Eu posso saber por que você quer tanto me ajudar?

- Talvez eu queira ganhar pontos com Deus? – ela perguntou com uma voz de deboche – Não sei, talvez eu tenha cansado de ver você fuzilando o Artie com os olhos. Afinal das contas ele é um cara legal.

- Hm – a latina rolou os olhos, ela concordava que o garoto não era uma má pessoa, mas ninguém precisava ficar sabendo daquilo, ainda mais a garota sentada do seu lado.

- Então você vai falar com a Brittany? – a loira perguntou animada com a idéia de ver as duas juntas. Ela não podia negar que as duas formavam um casal bonitinho, mesmo sendo tão diferentes.

- Quando você falar com a Rachel.

  O grande sorriso que estava estampado no rosto de Quinn desapareceu no momento que a outra falou, e foi a vez de Santana dar um sorriso vitorioso ao notar a expressão que tomou conta do rosto da loira. Era engraçado a ver ficar sem expressão, depois juntas as sobrancelhas e morder seu lábio inferior mostrando que estava confusa, e depois cerrar os dentes com raiva. E ela foi mudando as expressões naquela ordem, por algum tempo até recuperar sua voz e a atitude.

- Como você se sente agora, Q? – Santana perguntou rindo enquanto a outra cerrou os punhos, olhando por um instante para a diva que estava encostada em uma mesa, bebendo e conversando com seu namorado, que não parecia estar tão interessado assim.

- Eu acho que você está delirando.

- Qual o problema? Não é bom estar do outro lado? – a latina sussurrou no seu ouvido, adorando estar no poder novamente. Era bom pegar Quinn em seu próprio jogo.

- O problema é que eu não sinto nada por Rachel Berry. Eu não a suporto – ela falou balançando a cabeça repetidamente tentando fazer tanto Santana quanto ela mesma acreditar eu suas palavras – Eu não posso gostar dela – a loira murmurou esperando que a outra não ouvisse, mas seu pedido não foi atendido.

- Como quiser – a latina disse dando um último gole na sua bebida e jogando o copo no chão, dando um beijo no rosto da loira e se levantando em seguida – Aproveite o show.

  Quinn não havia entendido o que a outra quis dizer com “Aproveite o show”, mas na hora em que ela viu que Rachel não estava mais perto da mesa e sim subindo no mini palco armado na frente da televisão, tudo fez sentido de repente.

***

  Rachel havia passado a ultima hora bebendo do ponche vermelho que estava na mesa das bebidas. Ele tinha um gosto péssimo, mas Rachel nunca havia bebido algo alcoólico antes, então ela havia decidido que não importava o gosto, ela ficaria bêbada pela primeira vez. Além disso, Finn iria levar ela de volta para casa, era por isso que ele não estava bebendo nada. Além de dar carona para ele, ele também levaria Mercedes, Kurt e um dos seus amigos do time de futebol, Toby ou Tom ou algum outro nome com T.

  Finn estava agora conversando com uma das lideres de torcida enquanto sua namorada observava a cena. Ele tinha um sorriso bobo no rosto, sua marca registrada, enquanto falava sobre alguma coisa para a garota que estava com uma de suas mãos no ombro dele e a outra segurava um copo igual ao da própria Rachel. Puck passou pelos dois e deu um largo sorriso para seu melhor amigo, antes de ir em direção a mesa das bebidas e se servir de mais vodka.

  Rachel viu Mercedes descer as escadas e dar um leve aceno para ela antes de se juntar a Kurt que estava sentado no sofá, parecendo mais entediado do que nunca. Ele arregalou os olhos quando a garota começou a falar, e levou suas mãos a sua boca, aparentemente chocado. Mercedes deu uma olhada para Puck, que lhe devolveu o olhar com um sorriso e a outra corou, abaixando a cabeça e continuando a conversar com o outro.

  A diva olhou para outro sofá e viu Santana sentada bem perto de Quinn, enquanto as duas conversam. Ela sentiu alguma coisa ao ver a loira tão a vontade ao lado de outra pessoa e se lembrou da confissão do outro dia. Quinn era gay, ela gostava de garotas. E Santana é uma garota, bem atraente por sinal. Não é toa que Finn perdeu a virgindade no ano passado com a latina.

  Por falar em Finn, ele apareceu novamente na sua frente, parecendo nervoso e ao mesmo tempo animado. Olhando para seus pés, e dando uma olhada de canto de olho para a líder de torcida que agora subia as escadas em direção a algum quarto vazio.

- Você está bem? – ele perguntou sem olhar nos olhos dela.

- Eu estou ótima, Finn. Para falar a verdade eu nunca estive melhor. Esse ponche é maravilhoso e mesmo tendo um gosto horrível, eu me sinto tão bem. E você já notou que a cor dele é bastante única. Quer dizer, eu não sei do que isso é feito, e talvez eu tenha um pouco de medo de saber, mas ele é de um vermelho que na verdade...

- Rachel? – ele interrompeu tomando o copo da mão dela e fazendo a garota lhe olhar indignada – Eu acho melhor você parar por aqui. Puck disse que o quarto dele não está trancado, então eu vou jogar um pouco lá – ele falou dando um sorriso de lado no final.

- Eu posso ir com você. Sempre quis jogar aquele Call Of Duck.

- Call Of Duty, Rachel – ele corrigiu balançando a cabeça negativamente e tentando pensar em alguma desculpa – E eu acho melhor você ficar aqui. Eu volto logo – ele disse dando um beijo no rosto dela e subindo as escadas, quase que correndo, ainda com o copo na mão e quase tropeçando nos últimos degraus.

  Rachel rolou os olhos. Ela não precisava saber o nome do jogo favorito e estúpido do seu namorado. Ela só queria que ele ficasse mais do que cinco minutos perto dela, afinal ele era o seu acompanhante na festa, além de ser seu namorado. A diva pegou outro copo e encheu com ponche, misturando com o conteúdo de outra garrafa que estava na mesa. Ela bebeu tudo de vez antes de encher seu copo novamente. Seus olhos brilharam quando ela teve uma idéia.

  A diva foi andando em direção a televisão. Puck tinha armado um karaokê e apenas umas poucas pessoas haviam cantado ali. Brittany cantou alguma música da Ke$ha, enquanto Mercedes havia cantado Beyoncé e o próprio Puck cantou Usher. Chegando ao pequeno palco, ela pegou o microfone e deu mais um gole da sua bebida arrumando coragem para fazer o que ela estava planejando. A morena podia sentir alguns olhos nela, mas ela apenas os ignorou e escolheu uma música, dando um sorriso em seguida e começando a cantar.

They say I'm crazy!
I really don't care, that's my prerogative
They say I'm nasty!
But I don't give a damn
Getting boys is how I live

  Rachel começou a fazer uma dança que no começo era discreta, mas que com o decorrer da música acabou se tornando um pouco sensual. Se Finn estivesse ali ele provavelmente ficaria com raiva dos olhares que os garotos (e uma garota) lançavam para a sua namorada, que estava um pouco distraída demais em seu próprio mundo. Era engraçado como mesmo bêbada a garota ainda conseguia cantar melhor do que todos naquela festa.

Some ask me questions: Why am I so real?
But they don't understand me
I really don't know the deal about my sister
Trying hard to make it right
Not long ago before I won this fight

  A garota fechou os olhos enquanto cantava a estrofe antes do refrão. Ela estava meio que ignorando os gritinhos que recebia da sua platéia. A diva até ouviu Puck gritando seu nome, obviamente animado com o seu desempenho. Ela estava de costas para a maioria das pessoas, então não tinha como ver uma garota loira se aproximando de onde ela estava, claramente preocupada com o tanto de álcool que ela havia ingerido naquela noite.

Everybody's talking all this stuff about me
Why don't they just let me live?
I don't need permission, make my own decisions
That's my prerogative
That's my prerogative!

  Ela passou o resto da música dançando, provocando os garotos sem nem suspeitar, e tomando alguns goles da sua bebida quando a música permitia. Quase toda a atenção da festa parecia estar nela, que pela primeira vez nem se importava com aquilo, provavelmente resultado de tanta bebida. Ela estava finalmente se divertindo depois de passar as ultimas horas tentando chamar a atenção do seu namorado.

  Quando a garota acabou de cantar ela recebeu aplausos de todos os garotos, que riam dela junto das namoradas. Eles não negavam que a apresentação tinha sido muito sexy, mas aquela era Rachel Berry, namorada de Finn Hudson e a grande perdedora do colégio. E ela ainda estava usando um dos seus suéteres horríveis, com um animal estranho na frente.

  A garota deu um ultimo gole na bebida e deu um soco no ar, fazendo todos rirem ainda mais. Ela cambaleou um pouco, tropeçando e quase caindo. Ela fechou os olhos achando que ia cair no chão quando um par de braços fortes se entrelaçaram na sua cintura e um corpo quente se encostou no seu, fazendo ela se arrepiar completamente. As pessoas não olhavam mais para a diva, todos estavam muito preocupados em encherem seus copos que estavam vazios agora. Rachel sentiu um cheiro de um perfume delicioso, e lambeu os lábios, olhando em seguida para cima e encontrando os olhos preocupados de Quinn.

- Alguém bebeu demais – a loira comentou olhando nos olhos escuros em sua frente. Ela colocou uma mecha do cabelo de Rachel atrás da orelha e ajeitou a garota, a fazendo ficar em pé novamente, com um pouco de dificuldade.

- Eu só bebi uns dois copos – a morena falou mostrando três dedos e fazendo a outra garota rir e colocar uma mão na cintura dela, trazendo-a mais para perto do seu corpo e começando a andar – Pra onde nós estamos indo? – a diva perguntou ao notar as duas passando por várias pessoas e andando com dificuldade, abraçada a garota ao seu lado.

- Eu vou te levar para casa.


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Notas finais do capítulo

A música que a Rachel canta é My Prerogative do Bobby Brown, só que na versão da Britney Spears. Aposto que muita gente estava pensando que a Quinn ia beijar a Rachel né? Ainda não. BTW, antes que vocês fiquem preocupados não vai rolar Evansbray. Comentem e até o próximo capítulo que vai ser muito fofo por sinal *-* E quase todo Faberry.



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