A Verdadeira Guerra escrita por Zeuseocara


Capítulo 7
Capítulo 6 - Problemas....(parte 2)


Notas iniciais do capítulo

Foi muito mal por eu ter demorado, mas eu me mudei e acabei ficando sem internet por um tempo, mas esse cap. tá pronto faz tempo. Espero que gostem (na verdade esse e o "Problemas..." eram pra ser o mesmo, mas eu decidi postar para naum ficar TANTO tempo sem postar).



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/124221/chapter/7

Acordei num lugar que, depois de um segundo reconheci com sendo a enfermaria do castelo de Poseidon. Levantei-me, e vi todos os deuses do meu lado, com uma cara de preocupação.

- O que aconteceu?

- Como você está? – perguntou meu pai, me ignorando.

- Eu estou bem. Mas e o exército? Vocês conseguiram fazer ele recuar?

- Sim, sim. Somente um semideus foi levado por ele...

- Quem? – perguntei interrompendo-o.

- Ninguém importante, - cara, meu pai mente muito mal, ás vezes me pergunto se realmente sou filha dele - quer dizer, você saberá em breve.

- Pai, todos que vieram nessa missão são importantes. Quem foi?

Zeus suspirou pesadamente.

- Perseu. – foi o que ele disse. Uma palavra. Somente uma, e fez meu mundo virar de cabeça pra baixo.

- Como? – foi só o que consegui falar.

- Na verdade... – ele parecia perturbado. Seus olhos estavam com uma cor cinza, como uma tempestade, e eu soube que em algum lugar estava chovendo muito – nós não sabemos. Foi logo depois que você caiu. O tenente do exército gritou algo, e todos bateram em retirada. Nós obviamente achamos isso estranho, porque eles tinham muito mais exército que nós e poderiam tomar o castelo sem maiores problemas. Mas eles simplesmente se foram. Então isso nos fez pensar que, talvez, fosse uma missão com um só objetivo, não ocupar o castelo. Nós nos preocupamos, primeiramente, em cuidar dos feridos, só então leva-los para a enfermaria. Aí percebemos que o filho de Poseidon não estava aqui, e que o exército devia estar muito longe para seguirmos, mesmo para Poseidon.

Eu não tinha palavras.

 Percy POV

Acordei com um tremendo sacolejo na minha cabeça. Meus Deuses, o que era aquilo? O que aconteceu? Como vim parar aqui...? Onde exatamente é “aqui”? Ousei olhar discretamente para frente e vi um monstro carregando minha maca e logo me dei conta que não estava no palácio de meu pai. Neste lugar, estava muito mais calor, e com certeza eu não estava debaixo d’agua. Lá tinha muitos “militares” monstros, então achei melhor não interferir e deixei ele me levar para onde quer que seja. Depois de um tempo eles entraram em uma das cavernas que tinham lá. Dentro era muito escuro e mais quente ainda, com várias estalactites no teto, e nas paredes. E no centro havia uma pessoa presa, com as mãos presas por uma espécie de forca, e os pés amarrados... O rosto estava sujo, por isso difícil de reconhecer, mas por baixo de toda sujeira e tristeza ainda havia um rosto lindo por debaixo de tudo. O rosto de Annabeth. Mesmo depois de tudo vê-la daquele jeito me deu aperto no coração e deu uma tremenda vontade de acabar com os únicos quatro monstros da sala, e livrar ela. Mas uma pequena parte do meu cérebro decidiu não fazer nada, porque depois teria que lidar com todo o exército. Por isso fingi que ainda estava desacordado. Só levantei quando recebi um tapa forte pra caramba no rosto, abri meus olhos e vi um dos monstros que me carregaram rindo igual a um idiota.

- Acorda! – berrou ele.

- Desgraçado! – falei baixinho enquanto eles me amarravam ao lado de Annabeth.

- Percy! – gritou ela, chorando de felicidade e pena – o que você faz aqui?

         - Calada! – rugiu o outro monstro, dando um tapa forte no rosto dela. Mesmo sabendo o que ela fez não suportei ver aquilo e gritei:

         - Maldito! Assim que sair daqui vou te mandar para o fundo do Tártaro!

         Ele riu com escárnio e disse:

         - Você nunca vai sair daqui! Assim que descobrirmos seu Calcanhar de Aquiles, iremos te matar! E, acredite, estamos muito perto disso.

         Logo depois que ele saiu da sala, Annie se virou para mim e falou:

         - Meus deuses Percy! O que aconteceu? Oque você está fazendo aqui? Como te pegaram?

         - Calma! Me conte você, foi o Tritão que te pegou?

         - O quê?! – ela parecia indignada – não! Quando cheguei ao castelo de seu pai, ele me chamou para a carruagem, porém, no meio do caminho alguns outros tritões nos emboscaram, eles imobilizaram primeiro Tritão depois eu. Quanto a mim, acordei aqui, Tritão, bem... Não sei o que aconteceu a ele, só posso esperar o melhor – ela falou como se realmente torcesse por ele.

         Ri com escárnio.

         - Pode apostar que ele está bem! – falei um pouco rude ao me lembrar do modo com que ele fugiu da batalha.

         - Desculpe? – respondeu novamente indignada.

         - Quando me avisaram que você tinha sido raptada e que o Olimpo estava com problemas, fomos para o castelo do meu pai... – pensei em dizer que ela tinha feito um ótimo trabalho (o que era verdade), mas imaginei a cena dela beijando aquele inseto então não disse nada – e Cetus tinha acabado de invadir o castelo, e lá estava seu salvador, lutando. Mas do jeito que vi ele lutando imagino como deve ter sido fácil imobilizar ele... – deixei a frase no ar para que ela interpretasse do jeito que quiser.

         - Porque você está falando comigo assim?

         - Pergunte ao Felipe! – ataquei.

         Ela arregalou os olhos, surpresa, mas depois os fechou com força. Quando percebi que ela não ia falar nada continuei:

         - Sabe muitas pessoas dizem que eu sou burro. Até mesmo você! Mas eu sou inteligente o suficiente para sair daqui!

         Ela abriu os olhos devagar e um pequeno sorriso de escárnio surgiu em seu rosto.

         - Percy, eu já tentei de muitos jeitos... Não dá pra fugir.

         - Talvez você não consiga, mas você está se esquecendo de uma coisa.

         Ela fez cara que não entendeu.

         - O que?

         - Eu sou o herói Percy Jackson!

         Eu só repeti a piada do filme Piratas do Caribe, porque foi o último filme que nós vimos juntos e Annie sempre acha graça. Tá certo que eu não deveria ter feito essa piada, mas ela escapou. De qualquer jeito ela riu com gosto.

         - Percy, realmente não tem jeito! – ela insistiu – Isso é uma fortaleza!

         - Só olhe para meus pés! – pedi.

         - O que é? – respondeu, agora visivelmente perdendo a paciência.

         - Repare, por favor, que a ponta dos pés estão grudados, mas os calcanhares não! – aí ela finalmente percebeu. Eu só juntei os calcanhares e a corda caiu – agora as mãos!

         Fui balançando meu corpo até conseguir chegar a prender meus pés na corda que prendia a minha mão, desse jeito fui fazendo força para baixo e quando senti que faltava pouco para a corda ceder voltei à posição normal. Me levantei como se fizesse barra e quando minhas mãos chegaram n altura do peito relaxei e a corda finalmente cedeu e eu caí de pé. Parei na Annie, totalmente surpresa.

         - Por mais que, agora, eu esteja te odiando – dei ênfase no “agora” – não posso deixar você morrer. E, por mais irritante que seja admitir, você tem razão, eu preciso de você! Então...

         Peguei Contra-Corrente e cortei primeiro a corda dos pés dela, depois das mãos.

         - E agora gênio? Como pretende sair daqui? Esses monstros vão e voltam sempre, para se certificar de que eu estou aqui, então...?

         - Então se puder ir logo... – falei indicando minha mão. Annabeth parecia indecisa – estou esperando... – ela finalmente cedeu e pegou minha mão.

         - Agora, como vamos sair daqui... – ela voltou a reclamar, mas eu a calei com um dedo.

         Como, alguns anos antes percebi que Bessie, o Ofiotauro, pode se transportar meu pai (com a permissão de Zeus) me ensinou a fazer o mesmo!

         Então desejei estar no castelo de meu pai, e lá estava.

         Annabeth POV

         Senti como se minha cabeça estivesse dando voltas e voltas. Não que eu não estivesse feliz com o modo que o Percy nos tirou de lá. Mas, não sei, porque ele parece bem mais inteligente e esperto do que antes. Como muitas falam “só se dá valor quando se perde”.

         De repente senti como se algo tivesse puxado minha camiseta com força, e me vi no chão, do lado de fora da vase. Depois de algum tempo que finalmente percebi o que aconteceu. Com certeza base deveria ter alguma proteção contra esse tipo de fuga.

         - Caramba hein Percy! Você não pensou que esse lugar com certeza teria alguma proteção?

         Ele parecia envergonhado; é lógico que ele não pensou.

         - Mas que merda é essa? – ouvi uma voz gritar.

         - Droga, telquines – murmurei. Olhei melhor e eram três armados com espadas e escudos.

         - Eles estão fugindo! – berrou um deles. – chame o chefe! – e o mais gordo dos três começou a correr de volta à base. Porém de repente uma espada surgiu no meio do seu peito e quando dei conta era Contra-Corrente. Ele foi mandado para o Tártaro e Percy se levantou abruptamente e se postou na frente dos outros dois telquines desarmado.

         O primeiro encarou Percy nos olhos e depois fez menção de atacar, mas voltou um passo. Seu grande erro, pois o cabeça-de-alga colocou o pé bem onde ele iria pisar fazendo ele perder o equilíbrio, logo depois Percy escorregou para o lado e deu um soco no rosto que doeu até em mim. O outro fez um arco com a espada mirando no seu pescoço, mas o cabeça-de-alga foi mais rápido e pegou a espada do chão – cujo monstro foi para o Tártaro por causa do soco – e só foi necessário perfurar um pouco de sua barriga para fazê-lo ir para o Tártaro.

         Percy pegou Contra-Corrente de chão e veio até mim.

         - Gostou? – perguntou com um sorriso no rosto.

         - Maldição de Aquiles – resmunguei o fazendo fechar a cara.

         - Segunda chance? – perguntou estendendo a mão, é, realmente ele fica muito mais gato do jeito que ele está agora, suado. /

         Novamente senti aquela sensação terrível tomar conta de mim e, para piorar, fomos para debaixo d’agua então senti a pressão de lá. Estávamos na frente de castelo de Poseidon e Percy me deu o famoso colar que permitia respirar debaixo d’agua (não sei de onde ele tirou o colar, mas tudo bem). Como estava no meio da noite, não tinha ninguém treinando. Entramos no castelo e, estranhamente, a primeira que vimos foi Ártemis que logo convocou todos os outros deuses para uma reunião de emergência.

         Na verdade, foi a reunião mais chata da minha vida. Foi uma choradeira da Atena e da Thalia agradecendo Percy por ele ter me salvado. Só teve uma coisa que eu não entendi. Por que a Tha estava mancando e enfaixada na barriga, como eu não tive a oportunidade depois vou perguntar a ela o porquê.

         Após a reunião eu, Percy, Thalia e Nico fomos para um lugar que o Percy nos mostrou, ele disse que era o lugar preferido dele no mar, mas só fomos lá para conversar um pouco, como nos velhos tempos. Eu fui a primeira a falar:

         - Como você cortou a barriga?

         - Logo depois do Percy desmaiar, na primeira noite que passamos aqui, o exército de Oceanus atacou.

         - Oque? – eu e o Percy perguntamos juntos.       - Percy, você desmaiou por muito tempo, e você Annie ficou fora por muito tempo.

         - Tempo demais – Percy resmungou em tom quase imperceptível, mas como estava silêncio todos ouvimos. Deixando Thalia fazer um sorriso malicioso se formar nos eu rosto, fazendo ele ficar vermelho. Então só para acabar com o clima ruim para o Percy disse:

         - Continuando...

         - Bem; - quem continuou foi o Nico – Poseidon estava recebendo algumas ameaças e era praticamente impossível encontrar quem enviou. Percy, você sabia disso não é? – ele assentiu – Então descobrimos que foi Oceanus, por causa do monstro que ele mandou.

         - Qual monstro? – perguntei.

         - Cetus.

         Fiquei muito surpresa, pois realmente foi uma jogada inteligente, por que os deuses com certeza se achariam bons o bastante para o monstro (como já fizeram em muitos outros casos) então seria necessário metade de um exército para isso, com muitas perdas e depois um ataque em massa, seria complicado superar.

         - Depois disso, à noite – agora quem continuou foi a Thalia – ele mandou seu exército, nos pegando de surpresa – realmente deve ter sido muito difícil superar essa – Mas nada tão difícil – O QUE? – Na verdade duvido que tenha sido todo seu exército, porque não foi nada muito mais difícil que todos os deuses pudessem ganhar com maiores prejuízos.

         - Talvez ele achasse que os deuses não estavam aqui. – falei, mas Thalia negou.

         - No jantar ele mandou uma carta dizendo que sabia que os deuses estavam aqui. E outra coisa que vocês precisam saber é que Oceanus tem um espião aqui.

         - Como vocês sabem? – perguntei mas não negando a ideia. Seria bem provável que isso acontecesse.

         - Os deuses chegaram a essa conclusão. – falei Nico baixinho – além do mais, eles acham que pode ser o Tritão.

         - Não é ele – falei decidida. Eu sei o que eu vi! Porém Percy suspirou pesadamente.

         - Annie, tudo aquilo deve ter sido para te enganar, e funcionou.

         - Gente – falou Thalia – o que aconteceu? Exatamente.

         Percy POV

         Então Annie começou a falar:

 - Quando Tritão me chamou no acampamento eu e o Percy nos separamos, porque um segurança de Poseidon o mandou ir para o outro lado...

De repente, como num flash, tudo voltou à minha mente.

Flashback ON

- Tchau, Sabidinha – me despedi da minha Annie e fui pelo caminho que o segurança do castelo de meu pai me mandou, e a Annie foi pelo caminho que o outro segurança mandou-a ir.

Tudo bem que eu nunca vi um segurança de meu pai tão longe do castelo, então só para puxar assunto decidi perguntar o porquê disso.

- Porque você está tão longe do castelo?

- Poseidon mandou estender a segurança, por precaução, parece que tem alguma coisa pegando no Olimpo.

- O que?

- To louco pra saber, mas também não sei. Mas tenho quase certeza que é sobre isso que vão te falar hoje e...

De repente ouvi uma movimentação no lado em que a Annie estava, decidi olhar para ver o que estava acontecendo e quatro monstros estavam cercando Annie e Tritão.

- Annie! – gritei e comecei a ir para frente, mas fui impedido pelo soco do “segurança”, imediatamente ele tirou uma pedrinha do bolso e colocou na minha frente, mas, vamos combinar, brigar com o filho do deus do mar no meio do oceano não é uma boa ideia. Mandei a água jogar ele pra longe, e recomecei a correr, porém minha namorada já estava completamente imobilizada e estavam colocando a mesma pedrinha na frente do Tritão, já ia manda-los embora com a água, mas olhei frente e alguém colocou a mesma pedrinha na minha frente, por um momento eu não consegui tirar o olho daquela pedra o momento foi suficiente para alguém me dar um soco e eu apagar. Só acordei em casa.

Flashback OFF

Quando “acordei”, estava com mais dúvidas do que antes. Então Tritão realmente é inocente, ou será tudo uma enganação? Parecia tudo tão real...

         - Percy? – chamou Nico – Atenção! Atenção! Nóis aqui pro Percy – brincou passando a mão na minha frente. Afastei a mão com um tapa.

- To bem, to bem. – falei – é só que agora eu finalmente lembrei o que aconteceu.

- Ah, só isso – ironizou a Thalia – bobagem.

- Finalmente! – falou Annie.

- Então a pedrinha finalmente perdeu o efeito – falou Nico, realmente eu boiei por muito tempo, deu tempo da Annie explicar tudo!

- É, acho que sim.

- Então, Percy agora você vê que o Tritão é inocente, colocaram a pedrinha na frente dele... – falou Annie

- Mas, Annie, você concorda comigo que pode até ser ele fazendo isso, mas ele pode estar hipnotizado pela pedrinha.

- Pode até ser, - concordou - , mas os deuses com certeza já teria suspeitado.

- Eu não sei, - rebati – nós também não percebemos nada. Além do mais, quem disse que os deuses não suspeitam?

- Suspeitam – afirmou Nico.

- É, - continuou Thalia – na reunião, Atena sugeriu seu nome. Poseidon logo ficou irritado, mas os deuses acataram a ideia bem.

- De qualquer forma isso são só suposições, - lembrou Annie – não devemos nos precipitar.

- Claro, mas é difícil não pensar nisso. Então eu acho melhor falarmos com Atena.

- Se, - ajuntou Nico – vocês, como eu, não se sentirem à vontade falando com Atena, sempre podemos contar com Quíron. Parece tão menos sério, pelo menos pra mim, se contarmos a ele primeiro.

Todos nós nos olhamos e entramos num acordo com o olhar. Iriamos falar com Quíron pela manhã.

- Finalmente descobriram, já não era sem tempo! – reclamou uma voz às nossas costas.

Me virei junto com os outros e não vejo ninguém menos que o Tritão, sorridente atrás de nós.

- Tritão? – murmurei, espantado.

- Não, o Papai Noel! – respondeu.

- Oba! Onde? – brincou Nico. Mas Tritão não gostou da brincadeira e o fuzilou com o olhar.

- Olhem, finalmente vocês descobriram – eu não estava entendendo absolutamente nada – vocês não devem estar entendendo nada, então vou explicar melhor: em mim, o efeito daquela pedrinha fantasmagórica  já passou faz muito tempo. Eu me lembro de tudo! Mas finjo que não. Assim posso ganhar algumas informações para nós. A partir do momento que me lembrei contei tudo para o papai, ele tomou algumas precauções, porém aquela metida da Atena – raios pareceram surgir a muitos quilômetros daqui – quase atrapalhou tudo, então tivemos que contar tudo pra ela, senão ela iria me ferrar. Por isso, Thalia, que ela sabia da batalha, por que eu contei para o papai que contou pra ela. Mas eu estou aqui pra falar especialmente com você – ele apontou pra Annie, não gostei! Mas tudo bem, não sou mais namorado dela. De qualquer jeito fique aliviado em perceber que eles não iriam falar em particular ou algo do gênero – peço que você dê um jeito na sua mãe – Annie pareceu ofendida – desculpe caso magoei você, mas enquanto você estava presa sua mãe “enlouqueceu”, quando Oceanus percebeu que o ataque não tinha sido uma surpresa ele ficou irado, só não ficou mais porque, o objetivo, capturar o Percy tinha sido alcançado. Mas agora que você, Percy, fugiu com a Annie ele está muito furioso – quase sorri, mas o que me fez para foi: QUE INTIMIDADE É ESSA COM A ANNIE? – não sei quando, mas ele atacará em breve.

- Muito bem, obrigada Tritão – agradeceu Annie.

- É, valeu – falei – mas eu estou cansado, acho que vou dormir agora.

Levantei, me despedi dos outros com um aceno de cabeça, mas Annie levantou junto comigo e disse:

- Eu vou com você, estou com uma dor de cabeça que não passa.

Alguns segundos depois eu e ela já estávamos andando em direção aos nosso quartos (os únicos do corredor, porque Afrodite disse que nós precisamos de privacidade) só ela mesmo.

- Ainda não agradeci pelo que você fez. Muito obrigada.

- Por nada. Mas Annie? – eu ia perguntar por que ela me traiu, mas com certeza sairia briga e eu não queria brigar hoje.

- Sim, Percy?

- Nada não. Esquece.

- Fala Percy. – ela insistiu.

-Esq.../

- Não me venha com “esquece”, o que você vai me perguntar?

Respirei fundo e falei:

- Porque você me traiu?

- Me desculpe Percy, eu... Eu não queria ter te traído, mas... Desculpe! – ela me virou me fazendo ficar frente a frente com ela.

- Annie, essa não é uma das coisas que pode se perdoar da noite pro...

Não consegui terminar de falar porque, de repente, ela me beijou. Na verdade foi a melhor coisa que me aconteceu em muito tempo, sentir de novo o gosto dos seus lábios junto dos meus foi... Impressionante. Depois um tempo aproveitando isso, decidi interromper porque ela poderia entender que eu a havia perdoado e eu não tinha, ainda não.

- Annie... – me separei dela delicadamente, mas até agora não tinha pensado em nada para não magoa-la, então decidi falar a primeira coisa que me veio a cabeça – muito boa noite! – não consegui evitar que um sorriso se formasse no meu rosto.

- Boa noite. Percy, isso foi uma reconciliação?

Olhei pra ela no fundo dos olhos e disse:

- Ainda não. Boa noite.  

Comecei a andar até o meu quarto, um dos últimos do corredor, mas do nada ouvi gritar muito, me virei para trás e ela estava muito pálida com a mão no peito. Sai correndo em sua direção, mas ela já tinha caído no chão. Então ela parou de gritar e desmaiou. Abaixei um pouco sua blusa para ver o que estava acontecendo, e um pouco acima dos seios tinha uma marca preta que parecia estar sugando tudo do seu corpo, todo o sangue. Peguei ela no colo e levei ela até Apolo, que ficava no andar de baixo, mas felizmente encontrei na escada.

- O que aconteceu? – ele perguntou – não importa vamos para a enfermaria.

- Aham – concordei e comecei a correr escada abaixo, mas Apolo colocou a mão no meu ombro, sorrindo.

De repente eu apareci junto dele na enfermaria.

- Eu sou um deus, sabia?

- Tá certo parabéns, agora me ajude com a Annie aqui!

Nós a colocamos numa maca, Apolo se sentou em uma cadeira ao lado da maca, e eu do outro. Quando Apolo voltou a cantarolar em grego antigo, ele começou imediatamente a fica pálido, cada vez mais e quando ele parecia prestes a desmaiar ele recostou na cadeira e eu perguntei:

- O que aconteceu? Ela vai ficar bem?

- Ela foi envenenada, provavelmente quando estava presa. E esse tipo de veneno é muito difícil de sair totalmente do corpo.

- Mas você vai conseguir, não é?

Por um momento ele pareceu preocupado, mas ele logo falou com seu habitual sorriso no rosto:

- Ei, eu sou Apolo! O Deus dos Médicos!

- Claro, claro– respondi, mas com certeza eu já me sentia muito mais aliviado, em parte por que ele tem razão.

- Mas faça um favor pra mim, ok?

- Fazer o que, né?

- Chame Zeus, Poseidon e... – ele parecia querer dizer mais um nome, mas não disse. Ao contrário. – quer saber? Só chame Zeus.

- Depois você não quer que eu não fique preocupado.

Ele sorriu e falou:

- Só vai lá! Quarto andar! Percy, depois que você chamar ele... Descanse.

Assenti e fui correndo até lá. Quando cheguei ofegante na maior porta do corredor escrito “Zeus”, lembrei que poderia ter me tele transportado até a porta. Irritado comigo mesmo por não ter pensado nisso, bati na porta. Zeus atendeu só de robe e Hera estava atrás dele se maquiando. Fracamente, quem se maquia pra dormir? (n/a: mulheres...)

- Zeus, Apolo está te chamando na enfermaria, é urgente!

- Por mim! – esbravejou ele – eu não posso descansar um segundo sem que alguém morra! – ele continuou reclamando e foi até seu quarto se trocar.

Já que Hera mal olhou para mim, fiquei esperando do lado de fora durante algum tempo esperando. Quando Zeus voltou estava vestido e se tele transportou para a enfermaria.

- Feche a porta. – mandou Hera, nem olhando pra mim.

Fingi que não escutei nada e fui atrás de Zeus. Cheguei na enfermaria dando um susto em Apolo que estava fazendo um encantamento.

- Valeu! – reclamou – agora vou ter que começar de novo.

- O que aconteceu? – perguntou Zeus, ignorando Apolo.

- Ela foi envenenada por uma magia antiga, dos titãs. Algumas pessoas acham que é errado falar envenenamento, mas é quase isso.

Zeus assentiu, trocando olhares com Apolo.

- Percy, - começou Apolo – eu sei que é absurdo o que eu vou te pedir, mas você terá que sair.

- Por quê? – perguntei levantando uma sobrancelha.

- Vai ser melhor para você... – respondeu sem mais explicação.

- Duvido. – repliquei.

- Eu não. – respondeu com calma.

- Eu sim! Tudo que tiver haver com ela eu vou saber!

- Vamos Apolo – interrompeu Zeus – nós não temos tempo para isso, se ele quiser ficar o problema é dele.

- Depois não diga que eu não avisei, mas o negócio é o seguinte: Esta magia foi criada pelos Titãs, no começo. Ela só pode ser injetada no corpo a partir de muitas agulhas, pois o veneno deve agir em lugares específicos. O ruim dessa magia, para quem está fazendo-a, é que ela deve agir como uma alma conjunta, por exemplo, alguma pessoa “dá” a sua alma pela magia, então se ela morrer pode ser que a magia saia do corpo do infectado...

- “Pode ser”?

- Se a magia estiver muito avançada, a outra alma já se liberou, então deixa de ser conjunta. A partir deste estágio a magia toma para si a alma de quem ela estiver sustentada. Depois disso é muito difícil, para não dizer impossível salvar a pessoa.

- Quanto tempo para a magia entrar nesse estágio? – perguntei.

- Depende da pessoa, por volta de 2 semanas. Mas, agora, a pergunta certa para fazer é: quanto tempo a Annie está infectada?

- Tem algum jeito de descobrir?

- Tem. – concordou – acordando-a e perguntando.

- Mas e se ela não estivesse acordada na hora?

- Uma simples palavrinha: FERROU. Por isso que está magia é usada, não há como pará-la. A menos que mate a alma conjunta antes que seja tarde demais.

Zeus, que se manteve somente ouvindo todo o tempo se sentou numa poltrona e se afundou lá. Um silêncio tomou conta do lugar. Eu ficava repetindo as palavras de Apolo na minha cabeça e eu ficava cada vez mais desesperado, porém cada vez mais ficava mais convencido de que estávamos perdendo tempo ali.Tínhamos de agir rápido. Mas Apolo quebrou o silêncio.

- Eu confesso que conhecia essa maldição, mas nunca achei que fosse enfrenta-la. Isso é um segredo que só os titãs sabem, por isso que eu temi que Cronos usasse isso na última guerra.

- Quem nós temos de aliados? – perguntou Zeus de repente. Essa parecia uma pergunta sem sentido, mas Apolo considerou-a.

- Menos que eles. – Apolo respondeu.

- Como assim? – perguntei. Novamente, eu não estava entendendo nada.

- Percy, - falou Apolo – foi desse jeito que os Titãs começaram a Primeira Grande Guerra, matando uma meio-sangue filha de Hermes, sua preferida. Assim como Annie é para Atena. Agora você entende a gravidade da situação? A guerra contra Cronos foi só uma demonstração minúscula do que vai acontecer. O sinal foi dado, uma vida corre risco. A verdadeira guerra começou.

Todos nós nos recostamos nas cadeiras e ficamos em silêncio, observando Apolo que fazia que estava recitando um encantamento na Annie. Olhei para Zeus e podia ver as engrenagens do seu cérebro funcionando,  então por fim ele disse:

- Acho melhor convocarmos uma reunião de emergência – propôs – a Annie sabe de muitas coisas, nós não podemos nos arriscar perdê-la. Vamos fazer tudo o que pudermos, mas até lá só podemos confiar no Apolo. E se no conselho, nós decidirmos alguma coisa... Então que seja! Mas Percy, agora terei pedir para você ir. Além do mais, o conselho não será hoje, já e está tarde e eu realmente acho melhor você ir dormir.

Meus deuses, essa história já tá me irritando.

- Mais uma vez eu digo: como vocês querem que eu durma com ela assim?

- Tá bom! – exclamou Apolo de repente e claramente irritado – eu mereço, mas Percy vai para seu quarto que eu vou mandar uma surpresinha pra você.

- Apolo, - respondi – a última coisa que eu preciso é de mais uma das suas surpresinhas!

- Perseu! Eu sou um deus e digo para ir! – ordenou sem paciência.

Suspirei pesadamente, olhei para Annie e me virei para ir.

- Boa noite aos dois.

- Boa noite.

- Igualmente.

Me tele transportei para o meu quarto e lá eu fiquei andando de um lado para o outro. Ali uma coisa me ocorreu, Zeus disse que Annabeth sabia demais. Sabia o que? Com certeza eu iria perguntar para ele amanhã. Depois de algum tempo alguém bateu na porta.

- Pode entrar.

Assim que a porta se abriu Apolo entrou sorrindo.

- Caraca Apolo, você não se cansa de sorrir, não?

- Ás vezes minhas bochechas se cansam, mas não tem problema. O importante agora é a nossa “visita” – ele abriu um pouco mais a porta o Morfeu apareceu.

- O que você está fazendo aqui, Morfeu?

- Apolo me chamou para apagar você.

- O que?

- Você pensou que eu trouxe Morfeu aqui para fazer o que? – falou – limpar minha privada? Acho que não.

- Vamos logo com isso, - reclamou Morfeu – eu tenho mais o que fazer.

- Eu aconselharia você a deitar na cama, Percy – falou Apolo enquanto Morfeu fazia fumaça preta enlaçar sua mão, então apontou para minha direção e a fumaça preta veio até mim, quando ela chegou na minha cabeça eu apaguei.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Verdadeira Guerra" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.