Como Isso Começou? escrita por nat_campana, Sally_Potter


Capítulo 8
Desespero


Notas iniciais do capítulo

É gente, eu sumi por um tempo. Desculpinha. É que as coisas aqui estão realmente corridas. Muitos trabalhos pra escola, as provas já começaram, trampo... tá complicado. Mas se não for pedir muito, por favor continuem acompanhando *-*
A segunda temporada já está sendo escrita, ok?

beijinhos.



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Apesar da situação terrivelmente assustadora em que se encontrava, Hermione conseguiu pensar rápido o suficiente para mover a mão que segurava a varinha mais firme ainda fazendo com ela um pequeno movimento em meia lua e berrar – sim, porque por mais que ela soubesse o que fazer, suas cordas vocais não eram capazes de se controlar. – o pequeno feitiço que salvou a vida de Blás Zabini.

- VINGARDIUM LEVIOSA!

Com dificuldade, a castanha levitou o sonserino até o outro lado do precipício, recebendo cumprimentos das amigas e um agradecimento um tanto desajeitado de Blás.

A primeira armadilha tinha sido realmente fácil de passar depois que eles lembraram que eram bruxos, mas para Dumbledore confiar tão cegamente na proteção que já existia ali a ponto de não fazer nenhum feitiço de proteção... Isso não podia ser nada bom.

Após mais alguns passos, ficou impossível enxergar um palmo à frente tamanha a escuridão.

- Lumus. – as varinhas acenderam ao mesmo tempo revelando algo que eles preferiam que tivesse ficado no escuro.

Um animal parecido com um rinoceronte apesar de um pouco menor e com três chifres guardava a passagem encarando-os com os pequenos olhos vermelhos ameaçadores.

- O que é isso? – a voz de Pansy demonstrava medo e... Nojo.

- Eu já li sobre ele. Não consigo me lembrar do nome dessa coisa, mas é parente do erumpente. Só que ao invés de um chifre só, tem três e não ataca só quando sente dor... Ataca por diversão.

- Isso não é bom Mione. – Gina tremia.

- Não, não é. O chifre maior solta uma excreção que em contato com sangue se torna venenosa, então tomem cuidado e não... – a explicação da castanha foi cortada por um feitiço gritado por Pansy que bateu no couro grosso do animal e foi absorvido, não causando mal algum a ele. Isso pareceu enfurecer bastante o bicho, que começou a se mover como se estivesse escolhendo quem atacaria primeiro. – NÃO O ENFEITICEM, porque ele absorve a magia Pansy. – Hermione soltou com raiva.

- Então como vamos matá-lo? – quem falava agora era Blás, parecendo sair da máscara de indiferença para colocar uma de pavor.

- Eu... Eu não faço idéia.

O animal finalmente parecia ter escolhido a presa e investiu para cima da ruiva. A garota, paralisada de medo, não sabia o que fazer, mas para sua sorte, Hermione achou uma pedra em formato de disco no chão e jogou-a contra o bicho, fazendo-o estancar e soltar um grunhido de dor. Mas logo se recuperou e correu para a castanha, obrigando-a a correr o mais rápido que pudesse naquele pequeno espaço mal iluminado pelas varinhas ainda acesas. Um de cada vez, os jovens foram chamando a atenção do animal para si. Mas aquilo não poderia durar muito, pois eles estavam ficando cansados e não tinham como escapar daquele estranho rinoceronte. Foi então que Pansy teve uma idéia e transfigurou uma grossa corrente. Entendendo o que a garota pretendia, Blás pegou uma ponta da mesma e correu ao encontro do animal, enrolando com rapidez e agilidade a corrente no pescoço e nos chifres e pulando por sobre eles montando no animal. As garotas nada podiam fazer agora a não ser confiar na força e agilidade de Zabini – que eram realmente impressionantes uma vez que o quadribol que o garoto jogava ajudava muito nessas horas.

Lutando para se manter em cima do animal enfurecido, Zabini era jogado para os lados com violência e estava sendo muito machucado graças às investidas que o monstro dava contra as pedras da caverna na esperança de que o rapaz caísse.

As garotas, como não podiam fazer nada, apenas se afastavam do iminente perigo e torciam escandalosamente para o sonserino. Naquele momento, Hermione duvidou realmente da escolha do chapéu seletor. Pela coragem que Blás demonstrava ele com certeza deveria ter caído na grifinória. Enquanto esses pensamentos passavam pela cabeça da morena, o rinoceronte pareceu finalmente desistir e parou de lutar com Zabini, enquanto ambos respiravam pesadamente. Nessa hora as meninas entraram em ação e aproveitando a distração cansada do animal, pegaram as pontas da corrente e as soldaram com magia na parede da caverna, impedindo que o animal saísse do lugar.

Enquanto Gina e Pansy checavam as soldas para garantir que o animal realmente não escaparia, Hermione correu para Blás. Ela sentiu muito medo por ele enquanto o rapaz montava a fera. Tanto medo que no momento tinha até esquecido de Draco... DRACO. A morena se culpava silenciosamente por ter esquecido alguém tão importante e ter perdido tanto tempo. Ajudou Blás com uma indiferença perturbadora e logo juntou o grupo novamente enquanto falava raivosa:

- Escutem, já perdemos muito tempo aqui e pelo que eu posso me lembrar do caminho, não parecemos ter chegado nem na metade ainda. – nessa parte lançou um olhar para Blás como se buscasse uma confirmação muda para o que acabara de dizer e este acenou a cabeça positivamente – Ora, temos que ser mais rápidos. Draco está em perigo e talvez nem esteja mais... Nem esteja...

Hermione mal notou quando os soluços começaram a escapar, mas não tinha tempo para chorar, ela tinha que ser forte. Ainda chorando, voltou a caminhar em direção ao castelo por dentro da caverna com mais determinação que antes e os outros a seguiram.

~~

- Merda, eles estão demorando demais. – Draco ainda caminhava de um lado para o outro, inconformado.

- Ah Malfoy, tão ansioso pela morte da sangue-ruim? Sabe, vai ser bem divertido ver o ódio nos olhos dela quando ela descobrir tudo. Imagino a cena de você dizendo a ela ‘prepare-se, porque eu vou matá-la’. – Greyback deu sua risada sinistra e sumiu novamente da vista do loiro. Ele adorava fazer isso.

O desespero brilhava nos olhos de Draco. Como ele pudera ser tão tolo? Agora a armadilha já estava armada e logo ela chegaria... E ele teria que matá-la, mas como se ele a amava? Ele tinha que salvá-la.


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