Capítulo 3 - Officially a family (parte 1)

POV Bella

-Mãe só mais cinco minutos... – disse Dave quando tentei acordá-lo de manhã para ir à escola – Você sabe que eu já sei tudo que a matéria do 3ª série, até do 1º ano eu sei!

-Eu sei querido, mas você aparenta ser uma criança de sete para oito anos, tem que fazer isso para não suspeitarem de nada. – eu disse a ele, Dave era muito mais inteligente do que pessoas que estão terminando o colegial, o desenvolvimento dele sempre foi mais rápido do que o dos humanos.

-Eu não gosto da escola, as meninas ficam em cima de mim. – ele tentou argumentar cobrindo a cabeça com o edredom.

Eu ri e puxei o edredom dele, fazendo o mesmo desistir e levantar para o banheiro tomar banho. Enquanto isso fui até a cozinha peguei algumas torradas e passei geléia de morango, a preferida dele, depois esquentei uma xícara de leite e acrescentei o chocolate em pó.

-Pelo menos essa escola não tem aqueles uniformes horríveis, posso usar qualquer coisa. – Dave disse se sentando e tomando o café da manhã, ele vestia uma calça jeans preta e uma camiseta branca com um All Star branco de couro.

-Obrigada estava ótimo o café mãe – ele disse me dando um beijo na bochecha e pegando a mochila do sofá – Posso escolher que carro você vai me levar? – ele pediu fazendo cara de cãozinho.

-Ok, mas lembre que só chegou o Volvo preto e o Corvette c7, o Porsche ainda não, só vai chegar junto com o de Cam. – Eu disse. Temos três carros e Cam ainda está esperando o dele chegar junto com o que ele comprou para Lílian de presente de casamento, mas ela ainda não sabe.

-Vamos com o Corvette! – ele disse animado e então fomos para o anexo da casa, que é na verdade a garagem.

Deixei Dave na escola e voltei para casa, como ainda era cedo comecei a escrever o meu artigo para a revista, quando foi meio-dia já havia terminado e enviado para a editora. Foi para a sala e encontrei Cam e Lílian vendo televisão.

-Ah, finalmente os pombinhos saíram do quarto. – eu disse brincando – Vou buscar Dave.

-Posso ir também? – perguntou Cam com os olhos brilhantes e eu fiz que sim com a cabeça.

-Eu faço o almoço para Dave então. Ele gosta de macarrão com molho de tomate? – Lílian perguntou sorrindo.

-Gosta, mas sem manjericão. Obrigada por fazer isso. – eu disse sorrindo.

Peguei as chaves do Volvo e fomos buscar Dave.

-Bella, o que acha de sermos uma família? – Cam perguntou.

-Já somos uma, Cam. – eu disse sorrindo.

-Não, quero dizer, oficialmente, com nome e tudo. Eu pensei em colocar o sobrenome Swan em mim e em Lílian. Já falei com Lílian e ela gostou. Eu seria oficialmente seu irmão e tio de Dave.

-Eu iria adorar, e acho que Dave também. – eu disse emocionada, se pudesse choraria – Mas vamos falar com Dave antes, ver o que ele acha. Você seria meu irmão e Lílian ganharia o nome casando com você, não é?

-É nós estávamos planejando o casamento para o final dessa semana, o que acha? – Cam perguntou e eu apenas sorri.

Chegamos na escola de Dave e ele já esperava ao lado da professora. Desci do carro com Cam e fomos pegar Dave.

-Mãe, tio! – disse Dave correndo até nós – essa é a minha professora a Srta. White.

-Sou Bella e esse é Cam, meu irmão. – eu disse a Srta. White.

-Olá, queria lhes dizer que Dave é muito inteligente, muito mesmo. Ele estudava em casa?

-Sim, eu sempre ensinei algumas coisas a ele na media que ele me pedia. – eu disse sorrindo.

-Bom isso é ótimo, continuem com isso. Tchau Dave, até amanhã. E foi um prazer conhecê-los. – a professora disse se retirando.

Entramos no carro e Dave disse de repente:

-Ela vai falar sobre nós, eu ouvi.  – Dave disse e eu e Cam olhamos para ele.

-Como assim, ouviu? – Cam perguntou cauteloso.

-Era como se eu tivesse ouvido os pensamentos dela, foi bem estranho. – Ele disse franzindo o nariz.

Eu olhei para Cam, ele também já tinha entendido o que era e fez que sim com a cabeça, para eu explicar a Dave.

-Dave, talvez esse seja seu poder extra de vampiro, querido. Seu pai lia mentes, talvez o seu poder seja esse. – eu disse e ele fez uma cara pensativa.

-Mas eu não terminei, quando eu a ouvi pensar isso, eu meio que fiz a desistir disso, e ela parou de pensar isso. – Dave disse – Talvez além de ler mentes eu possa confundi-la se quiser.

-Pode ser, vamos ver se isso ocorre novamente. Mudando de assunto, Cam tem uma coisa para te contar. – eu disse sorrindo.

Quando Cam terminou de contar a novidade, Dave ficou eufórico. Logo que chegamos em casa ele correu até Lílian e a abraçou. Eu peguei rápido a câmera de vídeo e filmei esse momento, tão significativo para todos. Desde que Dave nasceu, sempre que algo importante acontece eu filmo, mesmo que eu tenha na minha memória aquele momento, gosto de vê-los na televisão.

Dave abraçava Lílian e Cam, um em cada braço.

-Mãe, vem. - Dave disse chorando. Eu coloquei a câmera em cima da mesa virada para nós e fui abraçá-los.

-Dave, a comida vai esfriar querido. – disse Lílian – vá comer.

-Obrigado tia Lílian. – ele disse indo comer.

No restante da tarde Cam foi falar com os “contatos” dele para mudar de sobrenome e falar com o padre sobre o casamento dele e Lílian. Dave fez o dever e foi jogar videogame enquanto eu e Lílian conversávamos e víamos os vídeos de quando Dave era melhor.

-Bella, será que pode me ajudar a escolher um vestido amanhã? Aí podemos ver o seu bembém.

-Meu?

-Claro quem você imaginou que seria minha madrinha? – Lílian disse sorrindo – Dave pode segurar as alianças.

-Então nós levamos Dave na escola e vamos ao shopping amanhã. Bom, Cam já está chegando e eu preciso caçar. Será que pode por Dave na cama? – eu disse e Lílian sorriu em compreensão

Fui caçar perto de casa, para dar tempo de chegar e tomar banho antes de levar Dave na escola. Eu já havia pegado dois alces e estava voltando para casa quando senti o cheiro de um vampiro perto, era familiar. Tânia Denali eu pensei ao mesmo tempo que ouvi sua voz irritante falando meu nome.

-O que quer Tânia? – eu disse sentindo ela se aproximando.

-Só que fique longe de mim, minhas irmãs e das nossas visitantes que viram. – ela disse – Só isso.

-Tânia eu não quero nenhuma proximidade com você ou suas visitas. Só quero que fique longe da minha família. – eu disse perigosamente.

-Ótimo. – ela disse e desapareceu por entre as árvores.