Eu segurei na mão dela e começamos a andar juntos. Tinha medo de aparecer fotógrafos, mas não estava ligando muito.

    - Você se importa de andar um pouquinho? Isso é especial pra mim. – disse falando pra ela.

    - Não, claro que não. – disse ela dando um meio sorriso.

    Ficamos andando cerca de uns 15 minutos, (ta, eu sei que eu falei que era perto, mas não era tanto, e eu não queria andar de carro, andando a pé eu poderia ficar mais próximo dela.)até que chegamos no pé de um pequeno morro. Eu olhei pro céu e ela acompanhou. Estava uma noite limpa, mas não dava pra ver quase nenhuma estrela. Começamos a subir e  em alguns minutos chegamos no pé de um pequeno morro.

- Por que você me trouxe aqui, Justin?

    - Aqui foi aonde meu pai pediu a mão da minha mãe em namoro. Minha mãe me contou que foi um dos dias mais especiais da vida dela. Pena que não durou. – disse me  encostando em umas das grades, que dava pra ver grande parte da cidade. Ela veio em minha direção e passou a mão nas minhas costas.

     - Aqui é muito bonito mesmo, Justin.

     - Mas, esse não foi o principal motivo que eu te trouxe aqui. Olha... Quando eu era pequeno minha mãe me contava histórias e sempre me dizia que quando fosse a hora certa eu encontraria aquela garota, que eu nunca poderia deixar escapar. Aquela garota que eu tinha que tratar como uma rainha, pois eu nunca conheceria alguém como ela. E então eu te conheci Nicolle, e entendi que a hora tinha finalmente tinha chegado. Mesmo eu sendo novo,  mesmo eu só tendo 17 anos. Pode ser que não dure pra sempre, mais eu quero que seja os melhores momentos da sua vida, e que você lembre-se de mim com carinho. Nicolle – disse ajoelhando no chão e pegando um anel no bolço - quer namorar com esse idiota aqui que te ama?

      Ela ficou me olhando alguns segundos, sem reação alguma. Os olhos dela começaram a se encher de lágrimas e ela disse:

     - Justin, você é famoso e tem milhares de fãs que não iam gostar nada disso. Mas você sabe como eu amo você. Você sabe que eu daria qualquer coisa pra ficar junto de você, eu enfrentaria tudo por você, tudo. – E com um gesto, ela me fez levantar e me abraçou como nunca tinha abraçado. Foi com mais força... Mais amor. Senti que minha camisa estava começando a ficar molhado, sinal de que as lágrimas dela estavam caindo. – É claro que eu aceito, é claro. – Disse ela sorrindo e me beijando. Isso sim foi mais forte, e mais cheio de amor.

      Agora era oficial, estávamos namorando. Coloquei um dos anéis que tinha comprado, no dedo dela e ela sorriu.

     - É lindo, Justin.

     Peguei na mão dela e saí andando por lá mesmo, e vi que tinha dois balanços. Nos olhamos e ela sorriu, então eu sorri também. Fomos correndo pros balanços, e obviamente, começamos a gangorrar.

    - Duvido que você vai mais alto do que eu! – disse ela balançando rapidamente. Comecei a ir mais alto, mais mesmo assim ela estava na minha frente.

     - E eu duvido que você consegui saltar daí e cair mais longe que eu.

       Ela sorriu e começou a balançar ainda mais alto. Eu a acompanhei e logo estávamos na mesma altura. Eu pulei primeiro e caí no chão. Logo depois ela também pulou e caiu em cima de mim.

        - Nossa assim você me mata. Socorro, falta ~ respira ~ de ~ respira ~ ar ~ tosse.

        - A há há muito engraçado. – disse ela sorrindo e bagunçando meu cabelo.

        - Deita aqui. – disse batendo a mão no “lugar” do meu lado. Ela deitou e colocou a cabeça no meu colo. Ficamos por aquilo um tempo, olhando pra aquele céu sem estrelas. Aquele era uns dos dias mais felizes da minha vida. Eu estava namorando a menina que eu sempre esperei, aquela que eu ouço falar desde os meus 7 anos.

        Comecei a passar a mão no cabelo dela e achava que ela estava dormindo, mas o celular dela tocou e ela atendeu rapidamente.

       - Oi mãe.

       ~ mãe fala alguma coisa ~

      - Mas já? Eu mal saí de casa!

       ~mãe fala alguma coisa ~

      - Mas porque você está preocupada comigo? Mãe, eu estou com o Justin!

      - mãe fala alguma coisa ~

      - Quando eu chegar em casa eu te falo o que aconteceu. Daqui a meia hora eu estou ai. Beijos.

       - Que foi? – perguntei pra ela.

       - Ah, minha mãe às vezes dá esses ataques de ciúmes.

       - Mas ela não vai achar ruim nós dois estarmos namorando?

         - Acho que não. Por cima de todos esses ataques dela, ela quer o meu bem, e ela sabe que eu gosto muito de você.

         - E vai ficar sabendo que eu gosto muito de você também! – disse beijando ela.

         Ficamos mais um pouco lá, mas depois tínhamos que ir embora.

          - Eu vou marcar um dia pra você ir lá em casa e eu te apresentar meus pais, pode ser? – disse ela, segurando minha mão, enquanto descíamos aquele morro e íamos em direção a casa dela.

          - Pode.

         P.O.V Nicolle:

         - Porque demorou tanto? – disse minha mãe entrando no meu quarto, enquanto eu tirava os tênis.

          - Ah, atoa. – disse sorrindo.

         - Porque esse sorriso?

         - Olha... – disse mostrando o anel – Eu to namorando mãe!

        - Com o tal Justin?

        - É, estou gostando dele, de verdade, mãe.

        - Mas minha filha – disse ela sentando do meu lado – Você acha que isso mesmo vai durar?Acha que vai ser fácil namorar um jovem famoso, com todos aqueles fotógrafos, e fãs, e shows, e tudo mais?

       - Eu pensei bem mãe, e eu enfrentaria tudo isso por ele, enfrentaria isso com ele. Isso são só detalhes!

       - Ok, faz o que você achar melhor. Mas cuidado... – disse ela saindo.

      - Mãe? – ela se virou – Posso marcar um dia pra ele vir aqui e eu apresentar vocês a ele?

      - Claro! Depois a gente fala disso. – disse ela sorrindo e saindo do quarto.

      Tirei aquela roupa, e coloquei minha camisola azul, adoro azul, e depois liguei pra Clara. Quase que ela me deixou surda, nunca vi uma pessoa que pudesse gritar do jeito que ela gritou. Credo. Depois do telefonema, liguei a TV, coloquei em qualquer canal, e liguei o computador. Fiquei mais ou menos meia hora no PC, e depois desliguei, porque já era tarde e eu tinha que acordar cedo.

      Desliguei a luz e deitei. Esses dias já estavam começando a esfriar, porque estava chegando o inverno, então peguei um cobertor e fui dormir. Estava pegando no sono quando o meu celular toca.

      - PQP, quem pode ser a essa hora, me passando mensagem?

     Eu olhei no visor e tava escrito: “ Estava pensando em você. Durma bem. Beijos ♥ “. Bom, retiro o que eu disse. Sorri quando terminei de ler, e pensei que ele ir gostar que eu respondesse, então respondi.

                                              ********

       - Oi amor! – disse ele me beijando quando entrei no carro, no dia seguinte.

         - Oi! – disse sorrindo.

         - Tudo bom?

         - Tudo.

         Ele ligou o carro e colocou uma das mãos na minha perna. Já que o carro era automático não tinha importância, porque ele não precisaria passar a marcha. Olhei pra ele tipo: “ O que que você ta fazendo com essa mão aí?” e ele apenas sorriu.

        Quando a gente chegou no colégio, ele colocou um dos braços em volta de mim e começamos a andar. E claro quando entramos, atraímos a atenção de todos. Percebi que fiquei vermelha, odeio ser o centro das atenções.

                                                     *******

        O resto da semana foi basicamente isso. Eu e o Justin sempre saíamos em jornais, revistas, etc. Minha mãe não gostava muito, mais tentava me entender. Eu também não gostava muito dessa atenção toda, por isso sempre saía de casa com óculos escuros, chapéu, essas coisas.

        Minha mãe ligou pra mãe do Justin, a convidando pra vir jantar na nossa casa. Ela concordou, e eu estava super nervosa pra conhecer ela. Sempre tenho medo de fazer alguma coisa errada.

       Fui tomar banho e coloquei essa roupa: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=23986695&.locale=pt-br

       Me arrumei em um estante, e depois de meia hora eu já estava pronta. Eles só iam chegar a 15 minutos. Aproveitei e fui ver se minha mãe estava precisando de ajuda.

       - Precisa de ajuda mãe?

         - Ah, você chegou na hora certa, fica vigiando pra mim o forno enquanto eu termino de me arrumar, filha?

         - Claro, mãe.

         - Obrigada. Ah, e a propósito, você está linda! – sorri e depois ela subiu. Me encostei em uma das bancadinhas que tinha lá e fiquei esperando o tempo passar.  De repente a campainha toca, eu estava super distraída, então escorreguei. Não queira ver a cena! Saí correndo pra sala, mais quando cheguei o forno apitou, aí eu voltei correndo. Aí minha mãe desceu a escada correndo calçando o salto, e meu pai abotoando a blusa. Cheguei na porta primeiro que eles e olhei no buraquinho da porta.

         - São eles! – disse olhando pra trás.