You Have Me escrita por Nyh_Cah


Capítulo 67
Oh My God!




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Os dias passaram a correr e o tempo de testes. Eu estava apreensiva em relação aos meus testes. Era a minha última oportunidade de tirar boas notas para passar de ano. Eu não queria ficar retida. Todos os dias estudava matemática com o Jasper. Ele explicava-me a matéria e depois enquanto ele estudava, ele deixava-me a fazer exercícios. Já estava bastante melhor, já percebia mais um pouco, mas mesmo assim tinha algumas dificuldades. Só tinha mais alguns dias para estudar. O teste seria quinta-feira.

Era Sábado, e desde cedo que eu e o Jasper estávamos a estudar matemática. Eu já não podia ver números à frente e estava a ficar irritada porque não conseguia perceber de todo aquela parte da matéria. Sentia que o Jasper estava a ficar frustrado por não me conseguir ajudar.

- Desisto! Eu nunca vou conseguir perceber isto! – Exasperei irritada tirando o livro de cima de mim. Encolhi as pernas e encostei a cabeça aos joelhos. Estava para vir uma dor de cabeça. Senti o Jasper ao meu lado. Ele abraçou-me como pode e beijou-me o topo da cabeça.

- Vamos parar um pouco, está bem? Continuamos mais tarde. – Disse ele. Concordei com ele, afirmando com a cabeça. – Anda cá. – Pediu ele para eu me aconchegar. Estiquei as pernas e depois fui para o colo dele, sentei-me e encostei a cabeça no vão do seu pescoço. – Dói-te a cabeça? – Perguntou ele acariciando a minha mão. Voltei a afirmar com a cabeça e ele apenas beijou a minha testa. – Vou buscar um comprimido, já volto. – Disse ele colocando-me sentada no sofá. Ele foi buscar o comprimido e depois foi até à cozinha para buscar o copo de água. Tomei num gole e depois deitei-me com ele no sofá a ver televisão num som baixo. – Estás melhor? – Perguntou ele ainda preocupado comigo, ao fim de um bocado. Ele era um fofo quando ficava preocupado e eu adorava isso nele.

- Sim, estou. A dor de cabeça está a passar. – Respondi sorrindo de leve para ele. – Obrigada, Jazz. – Agradeci beijando-lhe com paixão. Eu amava-o tanto. Aconcheguei-me mais a ele e continuei a ver televisão. Começou a passar um filme interessante e ficámos a ver. Quando chegou à hora de almoço a Esme chamou-nos para almoçarmos. Eu e o Jasper levantámo-nos, desligamos a televisão e fomos para a mesa. O Carlisle já estava lá.

- Então, como foi o estudo? – Perguntou o Carlisle.

- Inútil, ainda não percebo aquela matéria. – Respondi.

- Vamos tentar outra vez à tarde e vemos como corre. – Disse o Jasper para me animar. – Já descansaste um pouco e a dor de cabeça já passou. Vai correr melhor, agora. – O Jasper tinha sempre tanta confiança em relação a este assunto. Mas a verdade era que certas matérias, eu já percebia totalmente.

 - Claro, Alice. Não podes desistir. – Concordou o Carlisle, fazendo-me sorrir para ele. Passado uns minutos, a Rose e o Edward desceram e a Esme trouxe a comida para a mesa. Comemos todos numa conversa agradável e o Carlisle e a Esme disserem que iam passar a noite de Sábado para Domingo e de Domingo para Segunda fora. Domingo, eles faziam vinte e cinco anos de casados e queriam fazer algo especial, só deles. Eles estavam juntos há tanto tempo e mesmo assim amavam-se como se tivessem no começo de um namoro. Eu achava isso lindo, neles. Depois de ter almoçado, fui desenhar um pouco, antes de recomeçar o estudo de matemática. O Carlisle e a Esme foram fazer as malas, o Edward foi sair com a Bella e a Rose foi para o seu quarto. Devia estar a estudar também. Não demorou muito para que o Jasper me viesse chamar para voltarmos a estudar. Eu queria ficar mais um pouco a desenhar mas sabia que não podia. Eu tinha que tirar boa nota neste teste de matemática para não reprovar à disciplina. Fomos os dois para a sala e ele explicou-me outra vez a matéria que eu não estava a perceber. Ainda ficámos um bom bocado por aí, até que finalmente, eu consegui perceber o que ele queria dizer.

- Já percebi! – Disse aliviada. Já não podia mais ver aquela matéria à frente. Era tão complicada.

- Sério, mesmo? – Perguntou o Jasper. Ele perguntava sempre se eu tinha percebido mesmo, pois já não era a primeira vez que eu dizia que tinha percebido e no final não tinha percebido nada de nada.

- Pelo menos acho que sim. Já faz mais sentido na minha cabeça. – Respondi rindo, fazendo-o rir também.

- Então fazes estes exercícios, enquanto eu faço uns para estudar também, está bem? – Perguntou ele. Apenas concordei com a cabeça. Não gostava nada da ideia de ele deixar de estudar para me ajudar. Eu só o empatava. Já tinha dito isso a ele, mas ele apenas disse que não se importava de me ajudar e queria que eu tivesse boa nota. Comecei a fazer os exercícios. Claro que não sabia fazer todos, mas eu tentava ao máximo, também para dar tempo de o Jasper fazer algo. A meio da tarde, o Carlisle e a Esme partiram para a sua viagem, mas antes de irem embora, a Esme teve a dar-nos recomendações como se fossemos crianças. Achei imensa piada. Continuei com o estudo. Por volta das sete da tarde, a Rose desceu e disse que ia jantar fora com o Emmet a Port Angeles. Eu e o Jasper acabámos por ficar sozinhos em casa, visto que o Edward ainda não tinha chegado.

- Jazz! – Chamei-o manhosa ao fim de um bocado. Ainda estava a tentar fazer alguns exercícios, mas estes eram um pouco mais complicados e eu não estava a ter muito sucesso com isso.

- Sim, Lice. – Disse ela parando de escrever.

- Podemos parar? – Perguntei ainda com a voz manhosa. Eu não aguentava mais matemática. Queria ir descontrair um pouco.

- Podemos. – Disse ele sorrindo para mim. Sorri para ele e fechei os meus livros. Peguei neles e fui arrumá-los no quarto, voltando a descer para a sala depois de vestir o meu pijama. Adorava andar de pijama em casa! Sentei-me no sofá e fiquei à espera dele. Adorava estar no sofá, aconchegada no seu peito. Ele desceu as escadas, passado um pouco e veio para o pé de mim. Aconcheguei-me nele como queria e deixei-me simplesmente ficar ali a apreciar a presença dele. – Estás muito manhosa, hoje. – Comentou ele beijando a minha testa.

- É o efeito da matemática, Jazz. – Respondi rindo. Ele riu também e continuámos na mesma posição até os nossos estômagos protestarem por alimento.

- O que queres comer, Lice? – Perguntou ele acariciando a minha bochecha.

- Podes pedir pizza, para não termos muito trabalho. – Respondi eu.

- Preguiçosa. – Comentou ele rindo, esticando-se um pouco para pegar no telefone de casa que por milagre se encontrava ao pé de nós. Ele telefonou para uma pizzaria e pediu uma pizza para nós os dois. Liguei a televisão e fiquei a ver enquanto a pizza não chegava. Estava realmente com fome. Assim que a pizza, chegou, abri-a e comecei a comer mesmo no sofá. Só tinha que ter cuidado porque se o sujasse, a Esme era capaz de me matar.

- Humm, estava cheia de fome e esta pizza está deliciosa. – Comentei, fazendo o Jasper rir um pouco. Comemos os dois entre risadas e beijos, até que algo quebrou completamente o clima. A Rose entrou dentro de casa, completamente descabelado e a chorar compulsivamente. Passou por nós a correr e subiu as escadas num átimo. Eu e o Jasper ficamos meio atónicos com esta reação. Algo devia ter acontecido com ela. – O que foi isto? – Perguntou realmente preocupada.

- Não sei. Ela parecia-me desesperada. Algo se passou. – Comentou o Jasper alarmado.

- Vou ver o que se passou. Se não voltar foi porque fiquei com ela. – Disse-lhe. Ele apenas afirmou com a cabeça e deu-me um beijo antes de eu subir. Dirigi-me até à porta do seu quarto e bati levemente. Ela não respondeu e eu aproximei o ouvido à porta. Ouvi levemente água a cair. Ela devia estar no duche. Entrei no quarto dela e tropecei nas calças que se encontravam espalhadas no chão. Achei estranho, ela ter toda a roupa espalhada. Ela não era de fazer isso. Fui pegando na roupa até que cheguei perto da camisa que ela vestia e da roupa interior. A camisa tinha alguns botões rebentados, o soutien estava completamente desfeito, e as cuecas estavam manchadas com sangue. O que se tinha passado com ela? Fiquei tão em choque que nem dei conta quando ela desligou a água do chuveiro e saiu do banho. Quando dei por mim, ela estava parada à porta da casa de banho enrolada num roupão com os olhos e as bochechas vermelhas. O lábio estava cortado do lado direito e tinha uma marca no pescoço.

- Rose… - Sussurrei o nome dela. Eu não queria que tivesse acontecido aquilo que eu estava a pensar. Vi os olhos dela a ficarem marejados e depois debulhou-se em lágrimas. – Ei, Rose! Vem cá. – Pedi, largando a roupa que tinha apanhado do chão. Ela veio até mim e eu puxei-a para a cama. Deitei-me ao lado dela e abracei-a como pude. Ela chorava compulsivamente, era agonizante ouvir os soluços dela, eram tão dolorosos! – O que se passou? Quem te fez mal, Rose? – Perguntei-lhe, enquanto acariciava-lhe os cabelos.

- Eu não sei quem foi, foi um homem, ele tinha uns olhos negros assustadores e um sorriso diabólico. Ele perguntou-me algo, não me lembro, estou confusa. Ele voltou a perguntar, mas eu não percebi outra vez. Eu não sei o que se passou a seguir, ele puxou para o beco e… e… ele… ó meu deus, doeu tanto, mas tanto! Ele deixou-me lá, estava frio e doía-me tudo. Levantei-me e vim para casa. – Explicou ela entre soluços e meio trémula. O discurso dela não era muito coerente mas deu perfeitamente para perceber o que lhe tinha acontecido. As minhas dúvidas foram apagadas e eu, agora, tinha a certeza que a Rose tinha sido abusada sexualmente por um monstro qualquer, no meio da rua. Senti o choro preso na garganta. Queria chorar pelo sofrimento dela. Mas não podia. Ela já estava bastante mal, não precisava de ouvir o meu choro. Apertei-a mais contra mim e tentei fazer com que ela se acalmasse um pouco.

- Shhh, estás segura aqui. Eu estou contigo. Não vai acontecer mais nada, sim? Estás segura, agora. Queres que vá buscar um calmante para dormires? – Perguntei. Ela apenas afirmou com a cabeça. Levantei-me e fui até à casa de banho dela para procurar o calmante. Enchi um copo de água e quando encontrei a caixa dos comprimidos levei para o quarto. Ajudei-a a tomar o comprimido e depois de ela se deitar, aconcheguei os lençóis nela. Algumas lágrimas ainda escorriam pelo rosto dela. Ela agora chorava em silêncio, o que era mais horrível de ver. Tentei conter as minhas lágrimas outra vez e deitei-me ao pé dela.

- Fica comigo, de noite. Tenho medo que ele volte. – Disse ela com um olhar aterrorizado. Assustei-me com o olhar dela. Transmitia tanto medo.

- Eu vou ficar a noite toda, não te preocupes, sim? Descansa um pouco, tu precisas. Eu estou aqui, vou estar sempre aqui, sim? – Deitei-me ao lado dela e tapei-me também. Os pequenos soluços faziam ela tremer um pouco. As lágrimas foram acabando aos poucos mas acho que foi mais pelo cansaço do que por outra coisa. Ela estava exausta, tanto fisicamente como emocionalmente. Foi fechando as pálpebras aos poucos até que adormeceu com algumas lágrimas a repousarem-lhe nas bochechas rosadas. E eu adormeci a pensar que daqui para a frente, viriam dias difíceis. 


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Notas finais do capítulo

Muiiiiitooooo atrasada, eu sei! :$ Desculpem, mesmo mas não consegui escrever nada até agora! Espero que o capitulo consiga compensar a espera. Espero mesmo que tenham gostado e que não deixem de comentar, sim?
Beijinhos
S2



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