Hidden escrita por jduarte


Capítulo 25
Armada


Notas iniciais do capítulo

BÔNUS! Beijoooos, Julia!



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- Você quer mágica? Quer? Bem, essa arma pode fazer mágica. – ameacei. – É só eu apertar isso daqui, - apontei com o dedo para o gatilho – e sua cabeça vai sair voando. Ai sim será mágica.

- Mas... Mas... – o homem estava sem argumentos.

- Repete sobre o deixar aqui e eu juro por meus pais mortos que, faço pedacinho de cérebro para o café da manhã.

   O homem parecia estar fazendo xixi na calça de ter uma arma apontada para sua cabeça.

   Joguei a arma já descarregada em sua mão, e agachei perto da pedra, enfiando as mãos por baixo dela, e tocando a perna de Bernardo. Ele debateu a parte de cima do corpo, com muita dor e visivelmente desconfortável.

   Com sorte, uma das pernas estava intacta, mas eu sentia em mim que alguma coisa a mais nele estava errada. Mais alguma coisa indecifrável.

   Fiz com que a pedra se levantasse mais alguns centímetros do chão, e o homem que eu ameacei tirou Bernardo de lá. Seu corpo estava meio molenga, mas deduzi que fora pela pedra praticamente esmagando seu esqueleto. Uma parte dos guardas empurrava a grande pedra pelo túnel estreito, enquanto a outra parte ia buscar ajuda. Ou seja, King. Isso dava certo tempo para eu dar um sermão em Bernardo.

- Eu falhei em te ajudar... – sussurrou ele respirando com dificuldade.

- Shh... – disse colocando dois dedos em seus lábios suaves.

   Fiquei presa naquela sensação de ter seus lábios sob meus dedos, e imaginei como seria ter sua boca contra a minha. Bem, a visualização dessa imagem em minha mente, deixava rastros fogosos pela minha cabeça, que eu nunca imaginei ter com alguém. Nem mesmo com um namoradinho.

   Meu coração acelerou e Bernardo não pareceu perceber. Ou se fingiu de idiota. Mas, as pessoas – principalmente as que estão em condições como esta – nunca se fingiriam de idiota. Bem, eu pelo menos nunca faria isso. Eu acho.

- Odeio estar aqui deitado parecendo um pastel na sua frente. – sussurrou mais fraco ainda.

- Não gosto de pastel. – disse sem pensar, e tentei concertar antes que estivesse claramente dito que eu não gostava dele, coisa que é uma total e desgraciosa mentira. – Você está mais para uma carne malpassada.

   Ele riu baixo.

- Isso não faz o menor sentido.

   Amar não faz nenhum sentido, pensei sozinha, sentindo meu coração acelerar novamente ao sentir sua respiração em meu braço, subindo por meu ombro, até que ele se apoiou em mim, e deitou a cabeça na parede de pedra.

   O único barulho era de meu coração. Podia saber que Bernardo podia ouvir as batidas descompassadas de meu coração.

- Está doendo muito? – perguntei tentando tirar sua concentração do barulho de meu coração.

- Não. – disse ele claramente mentindo. Lancei-lhe um olhar desaprovador e ele corrigiu. – Não está doendo muito. É mais... incômodo, sabe?

   Não. Não sei, pensei totalmente destruída.


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Notas finais do capítulo

ficou extremamente pequeno em comparação com o outro, mas preciso estudar para segunda e trabalhar ¬¬'.
Beijoooos,
Ju!