Hidden escrita por jduarte


Capítulo 24
Capacitada


Notas iniciais do capítulo

oi pessoooooooooooooooooooooooooas!!!! Quanto tempo né? HAHAH DESCULPA PELA DEMOORA! Mas... sabe como é que é... Física e Matemática, são matérias que exigem toda a minha concentração.
C.N.M(concentração nas matérias)+S.I(sem idéias)=Julia!
Foi mal mesmo.
Beijoooos,
Ju!



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   Mais alguns minutos de caminhada, e chegamos à segurança toda armada na frente do castelo. Eu podia ouvir alguma gritaria ecoando pelo castelo e também podia ver muita poeira subindo, deixando a visão parcialmente embaçada.

   King estava apoiado em um fragmento de pedra já instalado ali há muito tempo. Bem, pelo menos parecia estar ali há muito tempo.

   Toquei seus ombros e ele se assustou. King olhou para mim com os óculos sujos de poeira.

- Oh! É você! Achei que havíamos lhe perdido! – exclamou furioso. Mas seus olhos o denunciavam. Havia ali, toda a doçura de um pai e um carinho de amigo.

   Em compensação a toda sua irritação, estendi a criança de olhos violeta para King que rapidamente abaixou o tom de voz.

- Onde você o achou? – perguntou ele.

- Perdido embaixo de uma pedra prestes a cair.

   King tomou a criança de meus braços e do nada senti uma dor grande subindo pela perna. Quase como se ela estivesse presa em algo, e não conseguisse me soltar. Um vazio tomou conta de mim, e foi se espalhando por todo meu corpo. Fiquei sem ar, e minha visão ficou embaçada. Sangue carmim molhou a calça de flanela cinza que eu usava, e foi crescendo ainda mais.

   Uma frase veio em minha mente, mas não sabia de quem era. Quero dizer, conhecia a voz, como se a tivesse escutado a vida inteira, mas... não sabia se era coisa de minha cabeça, ou se a pessoa tivesse berrado meu nome. Era tão, mas tão real, que olhei para os lados, nem me preocupando com a poça de sangue em minha calça.

- Onde está Bernardo? – perguntei com a voz ofegante.

   King levantou os olhos e abriu a boca para dizer alguma coisa. Mas, no momento que ele fez isso, a dor em minha perna piorou e um grito ecoou sincronizado com o meu. Afinal, porque eu estava gritando? Levantei a barra da calça, e encarei um machucado horrível que já estava cicatrizando.

   Esta era uma das vantagens de ser um mutante. Não importa o quanto você se machuque, cicatriza em questão de minutos.

   A dor desta vez parecia corroer minha alma. Vinha de dentro do peito, do fundo de meu ser. Parecia incrustada em minhas entranhas. Eu estava com dificuldade de respirar, e parecia estar com algum osso quebrado dentro de mim. Apesar de que, não estava embaixo de nenhuma pedra ou algo do tipo.

   Pedra. Pedra? Putz! Uma pedra!

- Onde está Bernardo? – perguntei novamente com a voz entrecortada de dor. King não conseguia pronunciar nenhuma palavra. Só balbuciava algo inexpressivo.

- Barnabé, por favor, onde ele está? – implorei.

   King só olhava para minha perna e a mancha de sangue que se formava nela. Estava começando a ficar irritada quando outro grito sincronizado com o meu ecoou pelos ares. Alguns guardas ficaram estáticos, esperando pelo mínimo movimento. O grito era agudo e com uma grande parte de dor. A pessoa estava muito machucada e sofra.

- King! – exigi perdendo a paciência. E se fosse Bernardo gritando? E se fosse Bernardo passando mal de dor? E se... E se ele não sobreviver?

   Minha mente exigia em me persuadir dizendo que ele estava bem. Dentro do castelo, acolhido de toda esta tragédia e esse tipo de coisa. Mas uma parte negativa e mais coerente de meu cérebro, dizia: você é idiota? Corra! É lógico que é ele! A briga de pensamentos, estava deixando-me exausta.

   Espalmei o braço de King não agüentando nem ficar de pé direito, e exigindo uma resposta para o que eu havia lhe perguntado.

- Ele foi procurar você. – respondeu parecendo notívago.

   Meu coração disparou e eu corri em direção ao grito, seguida por cinco ou seis guardas. As minhas pernas travavam, mas, se fosse para encontrar Bernardo, eu faria tudo e mais um pouco.

   Segundos depois, não estava nem um pouco ofegante (ok, só um pouco por causa da correria e medo de não encontrá-lo), e ainda corria feito louca. Um gemido se foi ouvido enquanto corríamos.

   Logo mais à frente, havia uma pedra de mais ou menos três metros de largura, e que parecia muito pesada, em cima de... Bernardo!

   Seu rosto estava branco com a poeira, mas ainda podia seus olhos verdes e brilhantes.

- Camila? – perguntou rouco.

   Senti as lágrimas molharem meu rosto. Segurei sua mão gelada.

- Eu vou te tirar daqui. – prometi beijando os nós brancos de seus dedos.

   Ele assentiu de fraco fazendo careta quando se moveu.

- O que aconteceu com sua perna? – perguntou novamente enquanto os guardas se preocupavam em mover a pedra de cima de seu corpo.

   Limpei as lágrimas de meus olhos com a mão livre dizendo:

- Não sei. Mas não foi nada. Ao menos ficarei com a cicatriz.

   Ok, isso foi uma mentira. Todo machucado, deixa pelo menos uma cicatriz rosa, uma linha tênue, uma faixa mais clara, mais escura ou o que quer que seja.

- Não vamos conseguir a remover daí. Está emperrada! – disse um dos guardas nem ligando. – Vamos ter que deixá-lo ai. Só com mágica mesmo.

   O guarda era tão hipócrita que, quando começou a andar, quando arranquei a arma de sua mão carregando-a. A adrenalina foi tanta, que nem deu tempo para pensar duas vezes e quando eu havia me arrependido, já apontava a arma para a cara do infeliz.


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Notas finais do capítulo

bom, para compensar a minha ausência, vou postar mais de um capítulo!
Beijooos,
Ju!