PDV Alec

O único barulho que se podia se ouvir nesse exato momento pelos corredores desertos do castelo era os sons dos meus sapatos quando se chocavam no piso. Jane havia entrado no meu quarto me informando que Aro requisitava minha presença na sala do trono, como eu estava completamente entediado ajeitei rapidamente minha capa e disparei na velocidade vampiresca pelos corredores do castelo em direção a sala do trono na esperança de que fosse uma missão.

E aqui estava eu em frente a porta de madeira que dava para a sala do trono,ajeitando minhas vestes e meus cabelo que haviam se bagunçado durante a minha corrida,disfarcei minha esperança de receber uma missão que era algo que eu havia me tornado experiente nos últimos anos,disfarçar emoções.Empurrei a porta de madeira me deparando com três tronos ocupados por Aro,Caius e Marcus,Aro assim que me viu se levantado e estendendo um jornal

-Olá Alec,Eu quero que você veja isso.-Aro me estendeu um jornal onde havia uma reportagem destacada com marcador de texto:

  Série de assassinatos assombra a cidade de Atenas

Recentemente uma onda de assassinatos vem testando a mente das autoridades e assombrando moradores de Atenas, a pacifica cidade da Grécia no total sofreu 16 assassinatos e a única pista que a polícia tem são as proximidades dos crimes,pois não há digitais,as vítimas não tem qualquer ligação e os corpos estão totalmente drenados,isso mesmo que vocês acabaram de ler,nenhum sinal de sangue nos corpos.A pergunta agora é:

Temos um conde Drácula a solta em Atenas?

Alec arregalou os olhos ao ler a última frase, e logo foi tirado de seus devaneios por Caius.

-Isso já está indo longe demais, a repórter deu um tiro no escuro e acabou acertando sem nem ao menos saber. Corpos drenados, vitimas sem ligação alguma, eu imagino que com sua experiência você poderia chegar a conclusão que se trata de um exército de recém-criados, não é mesmo Alec?Até porque, se tratasse de vampiros experientes eles não caçariam em locais tão próximos e teriam mais cuidado ao eliminar os corpos. Você acha que pode dar conta disso sozinho Alec?

-Claro que sim mestre-Não que eu estivesse me gabando, mas eu poderia destruir aquele exército num piscar de olhos com o meu poder.

-Mas você terá que arrumar as suas malas, você investigará quem é o vampiro que anda transformando esses humanos, porque é uma grande conhecidência que o último rastro de Johan que Demetri encontrou tenha sido justamente na Grécia, nós suspeitamos que ele esteja tramando alguma coisa.Agora você pode arrumar as malas.

-Sim mestre. -Assim que disse isso me curvei em respeito, e saí de lá em direção ao meu quarto para arrumar as malas,e assim que entrei no meu quarto Jane estava me esperando sentada na minha cama.

-O que Aro queria com você?

-Aro suspeita que um exército de recém-criados seja o motivo da onda de assassinatos que está ocorrendo em Atenas, e ele também suspeita que seja o Johan, você se lembra que é ele?O pai de Nahuel e de suas irmãs – Ouvi Jane rosnando.

-Como esquecer se o dia em que soubemos da existência dele foi o dia mais humilhante da história dos Volturis?-Eu já ia consolar a minha irmã, mas ela logo completou-Mas por que Aro lhe daria uma missão de tal grandeza, ainda mais sozinho?-Você pode estar pensando que Jane estaria preocupada comigo, mas o tom de voz dela era de ciúme, ela provavelmente estava se perguntando por que Aro não deu essa missão para ela. Eu ri da infantilidade dela.

-Jane, minha querida irmã, você está com ciúme?Não se ofenda, mas você sabe muito bem que seu poder não daria conta de tantos recém-criados ao mesmo tempo, você torturaria um e o outro te atacaria, -ela já estava começando a abrir a boca,provavelmente para discutir comigo,mas eu a interrompi antes que ela continuasse -mas eu não quero discutir com você.Você pode me ajudar a arrumar a minha mala?-Ela bufou e fez um sim com a cabeça.

Horas depois eu estava colocando a minha mala na minha Ferrari e indo em direção ao aeroporto. Os Volturis tinham um jatinho particular para evitar problemas como cancelamentos de vôos, ficar em um lugar fechado durante horas com humanos por todos os lados, entre outros problemas. Por tanto eu cheguei no aeroporto sem problemas pois o dia estava nublado,não havia perigo de exposição ao Sol,só precisei usar uma lente escura para disfarçar os olhos vermelhos. Entrei no jatinho que logo começou a decolar,um humano costumaria dormir dentro de uma avião,mas eu por ser vampiro não poderia me dar ao luxo de dormir então passei horas olhando para o teto do avião só esperando ele pousar no seu destino.

Algumas pouquíssimas horas depois eu estava descendo do jatinho e saindo do aeroporto, peguei o carro que Aro tinha alugado para mim e fui em direção ao hotel que eu lembrava ser o mais próximo do aeroporto, estacionei o carro e aluguei um quarto e quando a mulher ia chamar alguém para carregar as malas eu disse que não era necessário. Subi no elevador e fui em direção ao meu quarto, chegando lá me encostei na janela que tinha vista para a cidade de Atenas e me perguntei:

Se eu fosse um recém-criado aonde eu me esconderia?

Olhei outra vez para a janela e vi que no fundo da paisagem havia uma floresta. Resposta para a pergunta: Na floresta.

Peguei minha capa e o meu isqueiro, e saltei da janela aterrissando sem nem um ruído no chão, com séculos de guarda Volturi você aprende a ser silencioso, passei pelas ruas de Atenas sem ser incomodado, mas isso é meio que óbvio!Quem em sã consciência mexeria com um ser de capa preta vagueando pelas ruas nos dias de hoje?Eu respondo, ninguém!Assim que cheguei a floresta peguei velocidade e logo em seguida me deparei com vários rastros de vampiros,Caius estava certo parecia ser um exército, e eu comecei a me perguntar se Aro estava certo também sobre o fato de ter alguém por trás disso,se era difícil ver vampiros reunidos,recém-criados eram mais difíceis ainda,uma prova disso?A cena que eu estava presenciando nesse exato momento de vários recém-criados brigando em uma clareira que pelo que eu havia entendido um havia roubado o ser humano que seria a refeição do outro, revirei os olhos, só podiam ser recém-criados. Lentamente uma névoa saiu do meu corpo e foi atingindo um por um do exército, alguns assim que notaram o que estava acontecendo tentaram fugir,eu disse tentaram,mas não conseguiram pois a névoa os atingiam antes que conseguissem começar a correr,sorri e comecei a arrancar as partes do corpo e tacar fogo em um por um.Quando vi que meu trabalho ali já estava completo virei as costas para sair mas ouvi passos na floresta,me sentei em um tronco de uma árvore para ver se era algum recém-criado que estava fora e agora estava retornando,mas quando o cheiro dela me bateu,sim eu sabia que era ela porque era a minha cantante,e uma vez que você conhece a sua La tua cantante você nunca esquece,o nome dela era Renesmee Cullen e ela havia me hipnotizado com seu cheiro há 7 anos atrás em uma clareira em Forks.Ela de repente apareceu na clareira e parecia estar procurando algo.

Na época ela era só uma criança, mas hoje ela estava uma linda mulher, uma mulher que com seus cachos cor de bronze, seu rosto angelical e um corpo escultural causaria inveja a qualquer outra mulher inclusive a sua tão bela tia Rosalie,tinha uma voz chata que gritava na minha cabeça,“E ela tem sua idade física!”Ótimo!Eu estava me apaixonando por uma Cullen,e o mais estranho que não parecia que era só o cheiro dela me atraia,era como se um imã me puxasse para ela,deixa Edward Cullen saber que eu, Alec Volturi, sente um imã puxando para filha dele, seria simplesmente hilário ver a cara dele. Não resistindo saltei silenciosamente da árvore e fui em direção a ela que parecia não ter notado minha presença, sorri marotamente e decidi provocá-la, eu era mestre em seduzir as mulheres. Com a minha voz mais sedutora sussurrei no pescoço dela:

-Procurando alguém senhorita Cullen?