Em um mundo tão cheio de tristeza, sonho em viver um grande amor, pois meu coração ainda é jovem, e meus sonhos ainda são impossíveis.

Eu era tão ingênua, me deixei levar por ele em todo o seu resplendor, e agora eu pago o preço por esse pecado maldito, me lembro como se fosse ontem, quando eu o amava perdidamente, sendo que hoje eu o odeio.

Sentindo o vento em meus cabelos rosados, meus olhos brilhavam intensamente quando batiam de frente com a luz do luar, estava de noite, em frente a um laguinho modesto, na praçinha da cidade mais simples que havia em Tóquio.

__Surpresa!-Um abraço apertado chegava cada vez mais perto.

__Sasuke! Que lindas! –Meus olhos brilhavam ao vem quem realmente estaria atrás de mim.

Ele me dava flores, ramos rosados e brancos, uma maravilha da Natureza, com certeza me havia conquistado.

__São para você, apesar delas sentirem inveja, pois você é a mais bela de todas... -Ele sorria.

__Que lindo... -Eu me virava em sua direção e o beijava, um beijo intensificado pelo meu amor.

Estava fria aquela noite, tentava me agasalhar na pequena blusa de frio que estaria usando.

__Que tal irmos pra minha casa, só nós dois?! –Sasuke acariciava meu rosto gélido, encolhida entre o lencinho de cabelo que voava com a brisa. Meus olhos verdes se encantavam com tanta ternura.

__Tudo bem amor... -Eu falava com total confiança, sorrindo.

Como era de se esperar, eu tinha somente Dezesseis anos e ele Vinte completados, meninas da minha idade sonham com um grande amor, mais homens da idade dele, bem... Só queria de mim o prazer de um corpo jovem e sedutor, pena que eu estava tão iludida que mal me contive em pensar duas vezes ao aceitar aquele pedido.

__Chegamos minha linda... -Ele abria a porta para mim, todo galanteador.

Começou a chover. Os pingos molhavam um pouco as cortinas e passava pelas janelas abertas, o vento gelado batia com força sobre o meu rosto.

__Esta frio não é... -Eu me sacudia, tentando espantar a água do meu corpo.

__Quer algumas toalhas, eu tenho aqui... -Ele abre um guarda-roupa e traz consigo duas toalhas brancas, macias e cheirosas.

Com elas eu me enxugava era quentinho estar na presença dele, eu estava feliz.

 __Vou preparar alguma coisa pra gente, que tal? –Ele me olhava intensamente com aqueles maravilhosos olhos de ônix.

__Sim, adoraria. -Eu me sentava no sofá, enquanto ele corria para cozinha, tentando me jogar charme.

 Eu ouvia copos e talheres batendo na pia, parecia que ele estava caprichando.

__Pronto... –Ele chegou com duas taças de vinho.__Beba... –Ele me preparou uma taça cheia, e me entregou delicadamente e sorrindo.

Começávamos a namorar tinha dois meses, pouco tempo, mais eu estava perdidamente apaixonada por ele, iludida com suas palavras de amor, e encantada com suas atitudes românticas e principalmente com sua beleza máscula e não vou mentir, sexy.

 __Vai querer a taça mocinha?-Ele falou sorrindo a estendendo para mim.

__Claro... -Eu retribuía o sorriso, me encolhendo no sofá entre as almofadas quentes.

__Você, esta com frio?-Ele perguntava, se escorando também, não parando de me olhar.

__Não... -Eu falava enquanto bebia um golinho pequeno.

Eu não conseguia beber tudo, pois era amargo demais, só que eu tinha que disfarçar, para que ele pensasse que eu conseguiria impressioná-lo com a minha maturidade. Como eu fui burra, muito idiota.

__Você esta tão linda... -Sasuke retirou o copo da minha mão e derrepente começou a chegar mais perto, enroscado suas mãos no meu pescoço.

__É... Sasuke! –Eu o afastava.__Você não quer vê Televisão?!-E perguntava um pouco tímida.

__Lógico que não, vamos ao que interessa... -Essa ultima frase me saio cuspida, ele estava sério demais.

__O que...?-Eu perguntei quase me sufocando.

Eu era uma criança, virgem, não sabia de nada, não conhecia os métodos de um homem para seduzir uma mulher, então, não sabia como escapar.

__Você me ama Sakura... -Sasuke sussurrava em meu ouvido.

O ar quente me fazia arrepiar toda, ele estava tão perto, me prendendo em seus braços, não conseguia sair, mais, uma parte de mim não queria mesmo me soltar, queria ficar ali ao lado do homem que supostamente me amava.

 __Sim... -Eu sentia o palpitar do meu coração, e o calor subindo rapidamente.

__Você me ama não ama?! –Sasuke subia a minha blusa de leve, ainda com sussurros.

__Mais do que tudo... -Eu sentia suas mãos ásperas percorrerem todo o meu corpo.

__Você, quer ser minha para sempre... –Ele chegava cada vez mais perto, da minha boca.

Eu estava presa em seus braços, sedenta por prazer, sentindo a melhor sensação do mundo, uma sensação que nunca sentiria por nenhum homem.

 __Eu te amo... -Eu falava baixinho.

Quando ele me deitou no sofá. E começou a me beijar ardentemente, já era tarde de mais, eu mal conseguia me mover.

Ele beijava todo o meu corpo, do pescoço aos pés. Sentindo seu cheiro eu não sabia mais o que era real e o que não era meu corpo quente denunciava isso, e logo ele tirou a blusa, deitando sobre mim.

__Sasuke não... –Eu não conseguia revidar, ele me desejava e eu a ele.

Sua respiração estava ofegante, meus cabelos rosados escorriam pelo rosto.

Eu estava suada, e ele também.

__Tira aroupa... –Ele sussurrava no meu ouvido, me seduzindo como um leão a seduzir a sua pressa.

__Eu te amo, Sasuke!-Eu disse baixinho, quando me deixei levar por ele.

E logo ele retirou minha blusa por completo, mostrando meus seios, e então ele foi me beijando, me senti uma mulher, me sentia única, eu estava adorando tudo aquilo.

Retirando minha calça, eu estava de calçinha, ele foi abaixando, e abaixando, chegando ate a barriga, me beijando, sendo sua por completo, passando a mão pelo meu corpo jovem.

Estávamos no auge do prazer, eu estava completamente nua, o deixando fazer de mim, o que queria, eu era um corpo imóvel debruçado em seus braços, e ele da mesma forma, me abraçava e me beijava, e eu sentia a dor... De perder a virgindade, sentia o calor de tê-lo comigo, sermos um só, violando o meu corpo, digno da minha permissão, eu e ele, meu único amor.

O meu maior erro foi ter deixado alguém como ele me ter em seus braços, me arrependi tanto, entrei em depressão, chorei, tentei desistir da vida, abandonada, sem ninguém, tendo o olhar torto de decepção da mãe a me ver naquele estado, eu não era a mesma, eu sofro tanto.

Foi o que me aconteceu.

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Um mês depois.

Eu fiquei desesperada a principio, quando eu fiquei sabendo do resultado, eu não havia contado para minha mãe, pois primeiro ele deveria ficar sabendo, eu o amava tanto, seria uma noticia muito boa já que ele me amava também. Eu fui encontrá-lo na mesma pracinha daquela noite tão linda.

__Cadê ele... -Eu esperava impaciente, estava de tarde, eu usava um vestidinho para não apertar a barriga, eu já imaginava que o bebe cresceria desde já. Uma criança tola como eu havia dito isso, eu estaria cuidando dele como se fosse uma pedra preciosa a crescer dentro de mim.

__Sakura...! -Ele vinha correndo em minha direção.

__Sasuke! –Um imenso sorriso se abria em meu rosto, junto com dois olhinhos extremamente brilhantes.

__Oi... -Ele chegava perto de mim, ofegante por ter corrido.

Eu fui para beijá-lo, mais ele me evitou.

 __Mais... -Eu via em seus olhos, a desconfiança, agora não eram olhares de amor, mais sim de abandono.

__Olha... -Ele segurava minhas mãos.__Vamos terminar?-E foi então que disse o motivo dos meus choros até hoje.

Quando ele disse aquilo meu coração parou de bater, sentindo um embrulho no estomago, seria impossível! Por quê?! Porque me deixaria, eu que não viveria sem ele, nunca! Eu tinha planejado tantas coisas, Meu Deus o que fazer agora, ele tinha de repensar!

 __Não... Mais... Por quê?!-Eu estava quase em lágrimas.

__Terminarmos, ok?-Ele sorria.__Foi ótimo, você é muito gostosa, mais olha, vamos terminar esta bem?-Ele agora era sínico.

Eu via em seus olhos a frieza do esquecimento, ele já estava partindo para outra?

Meus olhos se encheram de água, eu não conseguia respirar, doía muito.

__O que foi?! Ah não! Não me diga que você vai começar a chorar!-Ele debochava de mim.

__Eu estougrávida...

Fez-se o silencio.

Ele mudou completamente sua expressão.

 __O que?! –Agora seus olhos ferviam como fogo.

__Eu, aquele dia...Lembra-se... -Eu sorria de cabeça baixa tímida, tentando esconder as lágrimas e os meus olhos.__Ficamos juntos e você...

__E você nada! Nada de você! –Ele recuava.__Eu não tive nada a ver com isso! –Ele apontava para mim, como se ‘’isso’’ fosse uma coisa sem valor.

__Mais, você é o pai!

__Como eu vou saber que você não era uma putinha qualquer?! Me polpa ta, não vem pra cima de mim com filho não! –Ele deu meia volta, e saia andando, sem me olhar, me ignorando completamente.

__Mais, o que eu voufazer?! –Uma lagrima rolou pelo meu rosto, eu gritava mais ele não me ouvia.

__Sevira! –Ele gritou.__Adeus!-Ele acenava rudemente.

Esse ‘’Adeus’’ doeu mais que qualquer facada. Lá estava eu sozinha na pracinha, onde nos conhecemos, agora em tempos completamente diferentes.

Chorando, do nada me bateu uma tristeza tão grande, que eu caio em prantos, um choro de sofrimento de uma dor maldita que batia no peito e não amenizava.

Eu estava sozinha, caída no chão, apertando as mãos no vestidinho, com as lagrimas caindo eu suplicava que aquilo fosse mentira.

__Morra... Morra dentro de mim... -Eu apertava a barriga, debruçada no chão, tentando matar aquela coisa que crescia.

Eu sentia vontade de vomitar aquilo para fora. Nunca mais seria feliz.

__Oi? Esta tudo bem com você?

__Hã... –Eu olhei para cima.

E logo um sorriso gentil me veio aos olhos, um rapaz me estendia a mão sorridente.

__Parecetriste? O que houve? Levante-se, uma menina tão linda assim não deve ficar caída no chão... –Ouvi uma risadinha.

Quando o encarei, um menino segurava minha mão, me olhando com ternura nunca vista antes. Seus olhos foram à única coisa que eu conseguia ver, azuis, tais como o céu de outono, que eu tanto amava, e um sorriso que me trouxe toda a paz do mundo.

 __Pode confiar em mim... –Ele falou, segurando a minha mão bem firme, me tirando do chão sujo.

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Onde estaria esse grande amor que antes me acompanhava a todo custo? Quando a flor tornaria a nascer logo depois de uma tempestade? Simples, nada é para sempre, tudo acaba, como uma historia de amor contendo o começo e o fim, que tanto nos faz chorar torcendo pela mocinha, então porque ela sempre se apaixona pelo vilão?  

Ele sorria para mim como se fosse umanjo, eu sabia que era confiável, pois em nenhum momento me mostrou segundas intenções.

__Obrigada... -Eu disse enquanto sacudia a poeira do vestido, tentando não olhar para barriga, de tanta raiva que estaria sentindo.

__Porque você estava chorando?! –Ele soltou a minha mão, e me ajudou a pegar a bolsa do chão.

__Por nada... -Eu tentava disfarçar, mais meus olhos estavam vermelhos de tanto chorar.

__Não acredito, você estava chorando só por querer?-Ele ria um pouquinho.

__Não! –Eu começava a estressar.__Não!

__OK, desculpa... -Ele recuou, colocando a mão na cabeça, tímido.__Qual seu nome?-Me perguntou.

__É... -Eu olhava para ele, sorrindo para mim.__Sakura... E o seu?

__Naruto... -Ele disse, quando logo abriu um sorriso de menino travesso.

__Nossa, que nome estranho não é?!-Eu tentava esquecer o que havia acontecido, aquela conversa parecia tomar um rumo legal.

__Pois é meus pais são malucos mesmo...

Eu confesso que ria dele, tão engraçado e meigo, não tentando nada de ''mais'', sempre recuando, tentando deixar uma boa impressão, ou, tentando me deixar a vontade.

Somente sorrindo, para me ver sorrir também.

__Quantos anos você tem? –Naruto perguntou, enquanto reparava no vestido de ‘’velha’’ que eu estava usando.

__Ah! Se for por esse vestido, não me pergunte o porquê dele, mais... Tenho 16 e você?-Eu andava para não expressar sofrimento ao pensar no vestido, e ele vinha ao meu lado.

__17... RÁ um ano mais velho... -Ele comemorava, tentando animar a conversa.

__Que legal... -Eu apertava as mãos ao vestido, aos poucos enxugando pequenas gotinhas de lágrimas que ainda ameaçavam cair.

__Vai por aqui?-Naruto apontava para rua.

__Sim, moro aqui perto... -Eu apontava para direção da rua.

__Eu também!

Eu fiquei vermelha.

__Quer vir junto...?!-Perguntei.

__Claro! –Ele respondeu abrindo um imenso sorriso no rosto, tímido.

Naruto era muito engraçado, foi junto comigo por todo o caminho, e acredite, eu nunca havia rido tanto como agora. Ele fazia de tudo para que eu me senti-se bem ao seu lado, sem fazer perguntas ousadas como qualquer outro homem faria, na maior inocência ele me levou ate a minha casa, que por coincidência era perto da dele.

__Você estuda aonde?!-Naruto perguntou, quando chegamos ate a porta.

__Eu estudo longe daqui. Muito mesmo... -Eu respondia de cabeça baixa, constrangida, não parava de pensar nele.

__Nossa, é... -Ele procurava as palavras certas.__Então... Espero nunca mais te ver chorando...

__Hum... -Eu tentei me esconder entre os fios de cabelo que caíram pelo rosto.__Obrigada...

__Eu vou te ver de novo não vou?! –Ele estava se afastando, meio desengonçado, rindo para mim, tentando se fazer de forte mais no fundo estava mais tímido do que eu.

Eu só observava.

__Sim! Estou aqui sempre... –Eu respondia rispidamente olhando para ele entre os fios de cabelo.

Acenando ele se foi, e eu entrei em casa. Uma casa simples e modesta, que por enquanto seria uma tortura.

__Sakura! –Minha mãe gritava o meu nome da cozinha.

__Oi... -Eu continuei a subir as escadas.

__Você estava onde, demorou muito?!-Ela perguntava séria.

__Lugar nenhum mãe... - Fazia de tudo para não encará-la.

__OK! Depois venha aqui limpar a casa! –Ela fazia aquela cara de desgosto sempre que me via.

Afinal eu não eraperfeita, como ela queria que eu fosse.

Minha família era desunida, meu pai nunca parava em casa, e minha mãe era viciada em jogos de apostar dinheiro, e sempre faltava comida em casa.

Eu normalmente ficava no meu quarto ouvindo musica, olhando para o horizonte da janela, implorando por uma chance de um dia sair dali.

Era um inferno. Agora que eu estava grávida, amanha mesmo iria procurar um lugar para abortar essadesgraça!Aquilo doía no meu coração, mas seria necessário.

__Ah... -Eu saia do banho, enrolada na toalha. Quando me via no espelho.

Quase chorei quando olhei para barriga, tentando murchá-la, fazendo de tudo para disfarçar minha angustia. Aquele dia eu tive pesadelos à noite inteira.

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Amanheceu.

Era hoje! Peguei 200 reais da carteira, sem mamãe ficar sabendo. E saia bem cedo, antes que ela acordasse, já que o meu pai não estaria em casa.

 __Vamos lá... -Respirava fundo.

Usando outro vestido feio e velho, mesmo sabendo que isso era desnecessário, pois depois que Sasuke me deixou, a alegria de ter aquela criança foi-se embora levando consigo o meu coração, mesmo assim...Eu usava, não sabendo o porque! Simplesmente queria deixar obebeconfortável ate à hora da morte, e não estava nem um pouco preocupada com a minha saúde.

__Vai acabar aqui!-Eu falei confiante.

__Sakura!

Uma voz me gritava eufórica.

__Naruto... -Eu me virei, tentando colocar em meu rosto um sorriso sincero.

__Oi! –Ele vinha correndo sorridente, usando um imenso blusão preto.

__Porque isso?!-Eu olhei para blusa, quase rindo dela.

__Ah! Eu vou pro cursinho, hehe... To estudando. E não quero que vejam a camisa da escola tão feia...

__Hum... -Eu tentava me animar.

Caminhávamos juntos.

__Que bom te ver de novo!-Ele chegava mais pertinho.

__É... -Eu somente sorria, estava com a cabeça longe, preocupada com o possível  aborto.

__Parece preocupada? –Naruto mudava sua expressão a me ver triste.

__Não... -Estava cansada.__Somente pensando...

__Ah! Venha aqui!-Ele apertou minha mão.

Puxando-me de súbito, me levou para um pequeno jardim que tinha ao longe da minha casa, o qual eu nunca fui.

__O que...? –Parávamos em frente a uma planta pequena e humilde, aparentemente sem valor nenhum.

Ele soltava a minha mão, entusiasmado com o que iria me mostrar.

__Olha só... -Ele se abaixou, fazendo com que os meus olhos se fixassem na plantinha.

Foi então que, ele soprou de leve as folhas, e logo, segundos depois um monte de lindas borboletas azuis saíram voando, o reflexo do céu batia em suas azas fazendo com que refletisse em meus olhos tamanha beleza.

Naruto sorria vendo que conseguira me fazer rir.

__Que lindo... -Eu não conseguia falar nada, só ficava olhando as borboletas voando em minha volta, foi à sensação mais linda que eu tive em toda a minha vida, era como flutuar com elas, me levando para longe de todos os problemas.

__Não é lindo... -Naruto chegava mais perto, vendo minha expressão pasma.__No fundo isso aqui é cheio de magia, sendo que por fora parece um matagal sem sentido...

__Naruto... -Eu tentava conter os olhos brilhando, vendo aquele menino que eu acabara de conhecer sorrindo, me fazendo tão feliz.

Lembrando-me do que estaria prestes a fazer, não teria outrachance? Deveria matar essa criança que crescia dentro de mim, sem dó nem piedade, e impedi-la de viver e ser feliz?! Eu teria tal poder? Não... Deveria ter outra forma, então resolvi esperar.

Andando ao lado dele, pela calçada, depois de tudo aquilo sentíamos um laço crescer entre nós. 

__Onde você mora Naruto? –Perguntava, enquanto levava à mão a barriga, tentando acalmar qualquer coisa que estivesse ali dentro.

__Eu? Um pouco mais abaixo de você, umas seis casas...

__Perto... -Eu sorria.

__Sim... –Ele me olhava, sorrindo.

O loirinho tentava encontrar algum assunto, só que sentia medo que eu pudesse rejeitá-lo, então nos mantínhamos calados, mas tivera sido o silencio mais aconchegante do mundo, porque nossos olhares diziam tudo.

Logo nos despedimos, e Naruto foi para o cursinho. Eu, bem... Voltei para casa.

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Cheguei devagar, fechando a porta, e logo subi as escadas e voltei para o quarto, angustiada, como se nada tivesse acontecido... E mais tarde contaria para minha mãe, da gravidez.

Anoiteceu.

__Mãe?! –Estava me sentindo mal, um aperto no coração.

Começava a chuviscar na janela, estávamos em Março, épocas de chuva, aonde logo viria à primavera.

Ela estava sentada no sofá, vendo a televisão, contando as cartas para o próximo jogo.

 __Mãe?!

__O que?! –Ele gritava.

__Posso falar com a senhora?!

__Ah! –Ela se levantou.__Já sei, você vai se confessar não é?!

__Não... O que?! –Eu recuava ao ponto que ela se aproximava de mim.

__O dinheiro! 200 reais da minha carteira!

Não! Esqueci de repor o dinheiro quando voltei...

__É, não... Mãe não e isso!

__Devolve senão eu te bato!

__Não! Mãe espera...

Ela levantava a mão para me bater.

__O que foi?!-Parou me olhando subitamente.

__Eu peguei o dinheiro, por que... -Sakura quase morreu ao dizer aquilo.__Eu tográvida...

Fez-se o silencio na sala.

__Como?!-Sua mãe se afastou.

__Desculpa... -Sakura começou a chorar.__Já faz uns dois meses eu acho...

__Não!

__Hum... -Ela se assustava, ao ouvir a voz ríspida da mãe.

__SAIA DAQUI! SAIA! VAMOS VÁ EMBORA DA MINHA CASA VADIA!

Ela empurrava Sakura com força.

__Mãe o que?!-Sakura tentava se apoiar em alguma coisa, para não ser jogada fora de casa.

__Vai embora!

Ela abria a porta.

__SUMA DAQUI!-E a jogava.

__MÃE! O QUE FOI?! –Sakura estava do lado de fora, chorando desesperada sem entender essa atitude.

__SUMA! NÃO VOLTE, SE VOCÊ VOLTAR EU TE MANDO PARA FORA!

__MÃE!

A porta se fechou na sua frente, sua própria mãe a expulsou de casa.

__Vai se encontrar com o seu namoradinho, eu te avisei sobre ele, agora saia daqui!-Ela sussurrava de dentro da casa.

__Por favor... –Sakura ficou no meio da rua, debaixo de chuva, com a única luz do poste para te iluminar...__Socorro...

Eram gotas geladas, que machucavam ao cair na pele.

Ela chorava sozinha.

Continua.