Annabelly escrita por minsantana


Capítulo 9
Capítulo 9




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*~*

Entrei em casa e minha mãe veio em minha direção preocupada.
- Annabelly, minha filha. Onde a senhorita passou a noite, posso saber??
- mamãe, eu...
- trate de explicar agora mesmo, Anny! Você não tem idéia do quanto fiquei preocupada quando vi seu quarto vazio. Pensei logo o pior..
- mãe, não aconteceu nada. Eu só estava com o... com... – não consegui dizer.
- com quem??? Quem foi o irresponsável que tirou você de casa tarde da noite pra te levar sabe-se Deus pra onde hein??
- eu não preciso dizer quem ele é, mamãe. É a minha vida! E eu cuido dela, não a senhora.
Me tranquei no quarto e chorei o dia inteiro. Não foi assim que planejei... pelo jeito, as coisas seriam bem piores do que eu pensava.

*~*

À noite me arrumei por inteiro. Eu não tinha nenhuma roupa muito chique, nada caro nem exuberante, mas consegui me vestir sem parecer tão “pobre”. Me olhei no espelho e sorri. O vestido que usei na formatura do colégio ainda estava intacto e cabia perfeitamente em mim. Era preto com detalhes de brilho, extremamente lindo e único. Calcei minha sandália, passei um batom e ajeitei o cabelo. Ouvi a buzina do lado de fora e tremi. Era ele.
Abri a porta do quarto esperando não encontrar minha mãe pelo caminho e torcendo para que eu chegasse antes dela na porta de casa.
Por sorte, consegui. Saí e Gerard me esperava do lado de fora do carro. Muito gentil, ele abriu a porta para que eu entrasse.
- você está linda. – ele disse me fazendo sorrir timidamente.
- você também. – respondi e em seguida entrei.
- aquela é sua mãe? – olhei pela janela e vi minha mãe parada na porta de casa com a cara mais fechada do mundo.
- vamos. Estou louca para conhecer seus pais.
Ele percebeu que mudei de assunto muito rápido e não disse mais nada. Durante o caminho eu tremia e era visível. Gerard passou a mão em meus cabelos e pôs uma mecha atrás da orelha.
- não fique nervosa. Eles vão adorar você, tenho certeza. – ele sorriu lindamente e eu quase derreti.
Diferente do que deveria fazer, eu fiquei nervosa sim, e muito. Mil coisas passavam pela minha cabeça. E se eles não gostassem de mim? E se descobrissem que eu não era da mesma classe social deles? O que fariam?
Eu teria a chance de descobrir tudo isso, e logo.

*~*

Senti meu queixo se desprender do rosto quando Gerard parou o carro e eu percebi que não era nada do que eu temia. Era pior.
A mansão onde ele morava provavelmente ocuparia umas 50 casas iguais a minha. Era realmente enorme e inexplicável. Um enorme chafariz era exposto no jardim que ficava na entrada da casa e de longe vi que vários carros dos mais variados tipos e preços ocupavam uma enorme garagem.
- são do meu pai. Ele tem uma coleção. – ele viu minha cara de espanto em direção à garagem e ficou imediatamente sem graça.
- nossa Gerard, tudo aqui é tão lindo. – ele me olhou e sorriu.
- vem comigo, eles devem estar lá dentro.
Gerard segurou minha mão fria que nem gelo e nós entramos. Do lado de dentro a mesma beleza. As paredes eram da cor de pêssego e alguns quadros muito bonitos ocupavam grande parte dela.
- gostou de algum? – ele perguntou quando viu que eu havia parado para admirá-los.
- são todos lindos.
- fui eu que pintei. Todos. – ele disse tímido.
- ual! – foi a única palavra que saiu de minha boca.
Ele se aproximava para me dar um beijo quando uma voz nos atrapalhou.
- meu filho, onde está sua educação? Não vai nos apresentar a moça? – uma senhora de cabelos loiros falou sendo gentil e com um sorriso no rosto.
- ah... mamãe. – ele soltou um suspiro abafado e eu não entendi. – Annabelly, esta é minha mãe, Donna. Mãe, esta é Anny, minha namorada.
- ah, então você é a mocinha que roubou o coração do meu filhote? – me espantei com a frase, mas imaginei que fosse carinho de mãe. – muito prazer, querida.
- o prazer é todo meu, senhora.
- venham comigo. Donald está nos aguardando na sala.
Sem dúvida, ela era uma pessoa muito fina, mas algo nela me fazia ter calafrios e eu não conseguia descobrir o que era. Ela parecia ser tão legal...
Chegamos na sala e o pai de Gerard veio nos receber com muito carinho. Ele, pelo contrário, não me dava calafrios. Algo nele fazia com que eu me sentisse feliz.
- pai, esta é Anny, minha namorada. Anny, este é Donald, meu pai.
Ele me abraçou de repente e eu não tive outra alternativa senão retribuir o abraço.
- seja bem vida a esta família, querida. Sinta-se minha filha.
Sorri. Ele sabia muito bem como ser agradável.

*~*

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