- pra onde estamos indo, Gerard?
- pode me chamar de Gee, se quiser. É assim que meus amigos me chamam.
- você não me respondeu... Gee. – meu rosto enrubesceu.
- já chegamos. Vem comigo.
Saímos do carro e então eu pude ver onde estávamos. Um campo com flores e uma árvore verde imensa contrastavam com o cenário agitado de New York. Era um lugar lindo, realmente lindo.
- Gee... que lugar é esse?
- é aqui que eu venho quando estou com raiva do mundo. – olhei pra ele que admirava as estrelas. – é aqui que eu venho quando estou triste, quando quero desabafar. Aqui é o meu lugar.
Sentamos na beira da árvore, cercados por flores cobertas de orvalho. O tempo frio do inverno deixava a grama gelada e as pétalas molhadas. Mesmo assim, a paisagem era incrível.
- eu não sabia que podia haver lugar tão lindo assim nesta cidade.
- poucas pessoas conhecem este lugar. Sinta-se privilegiada em ser uma delas. – ele sorriu e apanhou uma rosa vermelha do jardim. – é pra você.
- Gerard... – meus olhos se encheram de lágrimas. Era a primeira vez na minha vida que eu ganhava uma rosa.
Ele levantou meu queixo e aqueles olhos verdes percorreram minha vida inteira em um segundo. Fui sentindo nossos rostos se aproximarem cada vez mais até que enfim, nossos lábios se encostaram e senti aquela boca macia junto à minha numa dança alegre entre línguas. A dança inigualável do amor.
Passamos o resto da noite ali, nos beijando e fazendo mil declarações de amor. Foi apenas nosso segundo encontro, mas nada mais importava se estávamos felizes. Esquecemos da hora, do tempo, da vida. As horas passaram rápidas até demais e quando percebemos o sol fraco já nascia no horizonte. Abri os olhos e Gerard me abraçava, me aquecendo com o calor de seu corpo. Ele abriu os olhos em seguida e demos nosso primeiro beijo da manhã. Ou quem sabe, o último da noite?
- bom dia, princesa. – ele disse sorrindo.
- bom dia, príncipe. – sorri também.
Ficamos alguns minutos apreciando o raiar do sol e depois retomamos a nossa vida.
Gerard me levou até em casa e antes de sair, pediu um último beijo.
- Gee... minha mãe pode nos ver. – disse nervosa.
- e qual o problema nisso? Eu quero mostrar ao mundo o quanto estou feliz, o quanto nós estamos felizes, Anny. Eu vou lá falar com ela.
- não! Agora não, Gerard. Pode não ser uma boa hora. Eu preciso conversar com ela antes, entende...
- tudo bem, já que você prefere assim. Mas eu venho hoje à noite te buscar para apresentá-la à minha mãe como minha namorada. – um sorriso brotou em meu rosto. Ele estava falando sério. – eu te amo, princesa.
Gerard jogou um beijinho e partiu com o carro. Eu ainda fiquei parada ali alguns minutos, sem acreditar que tudo aquilo era real. Gerard Way, o grande e tão famoso Gerard Way era meu namorado. Não era um sonho, era realidade.