Annabelly escrita por minsantana


Capítulo 12
Capítulo 12




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Aos poucos, os beijos doces davam lugar a carícias ardentes, sussurros provocantes. Gerard era extremamente carinhoso e cuidadoso. O toque de suas mãos em minha pele fazia meu corpo inteiro arrepiar. Seus lábios, macios, deslizavam por meu pescoço até alcançarem meus seios descobertos e suas mãos já não tinham mais controle. Segurei seus braços quando percebi o que estava acontecendo. Ele me olhou nos olhos e suspirou.
- me desculpe, Anny. Eu não deveria...
O calei com um beijo, dando permissão para continuar. Aquela era a hora. Não tinha mais volta. Era minha primeira vez.

Deitados no tapete azul da sala, nós nos despíamos cada vez mais. As roupas espalhadas pelos quatro cantos da sala, corpos suados em movimentos acelerados, a respiração ofegante de ambos os lados. Meu coração parecia uma bomba a explodir, batendo depressa à espera do momento final. Quando já não havia mais força nem suor, Gerard percorreu dentro de mim em forma de prazer e caiu ao meu lado esgotado. Passei a mão em seus cabelos úmidos, caídos no rosto que agora era rubro, e os olhos mais verdes e brilhantes que já vi olharam pra mim emitindo alegria. Ele deu um sorriso e me aqueceu em seus braços.
- você está bem? – perguntou preocupado.
- estou ótima. – respondi tímida, mas contente.
Passamos a noite inteira ali, juntos e abraçados como se o mundo lá fora não existisse. Pena que a vida continua, e nem sempre temos boas notícias quando o dia amanhece...

*~*


Gerard me levou em casa logo que o dia amanheceu. Quando viramos a esquina, na porta da minha casa estava parada uma ambulância. Saí do carro desesperada e entrei em casa esperando o pior. Minha mãe saiu do quarto chorando e me abraçou.
- mãe... o que... o que aconteceu??
- seu pai, Anny... seu pai está morto.
Meu mundo caiu ao som da última palavra. Morto. Meu pai estava morto. Meu corpo amoleceu e minhas forças sumiram.
Acordei deitada em minha cama e Gerard estava em pé no canto do quarto roendo as unhas. Quando me viu abrir os olhos, veio em minha direção e segurou minha mão.
- Gee... o que aconteceu?
- Anny, você precisa ficar calma.
- oh meu Deus! Meu pai! Meu pai morreu!!
- calma, sua mãe foi na ambulância e pediu que eu ficasse aqui com você.
- pra onde eles foram? Eu preciso ver meu pai.
- você precisa descansar e...
- não!! Me leva pro hospital agora, eu preciso ver meu pai!!

Gerard me levou até o hospital onde o corpo do meu pai ficaria até ser liberado para o enterro. Quando chegamos, minha mãe chorava no corredor. Ela me veio em minha direção e, surpreendentemente, me deu um forte tapa no rosto.
- mãe!!
- onde você estava, Annabelly? Onde passou a noite? Onde estava enquanto seu pai estava morrendo, hein?
- tenha calma, senhora. – Gerard me puxou pra perto dele.
- e quem é você pra me dizer o que fazer?? – ela gritava aos prantos.
- ela está bem. Ela estava comigo. – abracei o corpo dele, escondendo meu rosto em seu peito.
- então você é o culpado por ela ter estado fora de casa quando eu mais precisei dela ao meu lado!
- a senhora está muito nervosa pelo que aconteceu. Não é hora de brigas, por favor. Respeite a dor da sua filha também. – Gerard tentava acalmar as coisas, mesmo sendo acusado pelo que aconteceu.
Minha mãe não arrumou mais confusão e passou o resto do tempo calada ou chorando. Gerard me abraçava forte e eu me sentia bem melhor quando estava entre seus braços. Era confortante saber que eu não estava sozinha nisso tudo.

*~*


O dia seguinte foi de completa tristeza. O enterro do meu pai foi simples, apenas alguns poucos familiares e amigos compareceram. Gerard não tinha chegado ainda e eu não estava mais falando com a minha mãe depois do que aconteceu no hospital. Eu me sentia sem chão, com o coração vazio. Eu precisava dele ali comigo e ele não estava lá. Estranho. Muito estranho.
Na metade do enterro, quem eu menos esperava apareceu. Julian, meu ex-namorado lembram? Ele soube da morte do meu pai por amigos e resolveu ir até lá ver como eu estava. Nós namoramos por 2 anos e, apesar de tudo, ele me conhecia muito bem.
- como você está?
- bem, na medida do possível, mas bem. – respondi olhando pro caixão sendo coberto por terra.
- eu te conheço, Anny. Pode desabafar.
Eu estava triste, queria chorar. Julian me abraçou e eu me senti confortável em seus braços. Não era mais amor, era apenas amizade. Infelizmente só eu pensava assim...
- o que acha de sairmos para tomar café? Tenho certeza que você não comeu nada até agora. – ele disse após o enterro.
- eu não acho que seja uma boa idéia, Julian.
- por quê? Seu namoradinho não vai gostar, é isso? – ele disse um pouco cínico.
- não, não é isso.
- me desculpe. Não foi isso que eu quis dizer. – ele disfarçou.
- eu só não estou bem, preciso ir pra casa pensar um pouco, descansar.
- tudo bem. Fica pra outro dia então. – ele me deu um beijo no rosto, quase perto da boca, e saiu. – até breve.

*~*

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Notas finais do capítulo

Agora mais caps só na semana que vem =D