Os Caminhos sempre se Encontram escrita por MissBlackWolfie


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Meninas pov da bella emoção.. é bemmmmmmmmmmmmmmm grande.. isso me ausenta de portar em breve... entaum vai demorar um pouquinho.. vcs se distraem com outras fics minhas.. hahhaa



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POV BELLA

Dois dias, mais de quarenta oito horas sentada ao lado dele, com a mão grudada na dele, sentindo sua pele quente, não tão diferente da minha, mas ainda bem elevada. Ainda havia o seu cheiro almariscado que tanto sonhei noites e noites, contudo a realidade não se compara, é perfeito.

Imaginei inúmeras vezes, durante essas horas de esperas velando sua recuperação, os olhos dele se abrindo, aquelas duas contas negras infinitas me encarando. Ao mesmo tempo que isso traz alegria suprema ao meu coração, há também medo. Receio que ele não goste do que veja, não sou mais a mesma Bella.

Toda essa insegurança gerava dentro de mim várias perguntas. Como ele me veria? Será que veria amor em seus olhos quando me visse? Como ele encararia a minha transformação? Ele sempre foi contra qualquer mudança minha, agora eu era algo inclassificável, rara, um ser desconhecido.

Não dormir uma hora sequer, não levantei para me alimentar, minha irmãs ficavam sempre ao meu lado se revezando, em principal Lunna. Sempre entrava quase de hora em hora para verificar a saúde dele, naqueles equipamentos complicados e apalpando os pontos onde tinham havido as fraturas.

-Lobão está indo muito bem. - Seus olhos azuis eram vitoriosos. - Tem uma saúde invejável.

-Ele sempre foi forte. - Falei com a voz rouca devido a horas sem falar, somente perdida nas minha conjunturas do futuro. - Quando ele vai acordar?

-Em breve minha querida. - Lunna agora estava ao meu lado com a mão no meu ombro. - Você precisa se alimentar.

-Preciso ficar ao lado dele. - falei mecanicamente velando seu sono tranquilo.

-Querida, não precisa se sacrificar mais, ele esta aqui, vai ficar aqui. - Ela falou carinhosamente alisando meus longos cabelos. - Você finalmente vão se encontrar e conversar.

Dei um sorriso fraco, sei o quanto ela tinha razão, mas meu coração pedia para ficar ali, ele sentia forte de novo em bater, me sentia viva e completa.

Interrompendo nosso momento escutamos Jonh entrar em casa nervoso, logo ficamos agitadas, destruindo nossa áurea de calma no quarto. Mesmo não querendo, meu peito retorcendo, sabia que precisava descer para ver o que estava acontecendo.

Antes de me afastar dele beijei sua mão com carinho, dei uma ultima olhada para sua figura adormecida, suspirei e corri com minha velocidade inumana acompanhada por Lunna.

Fui até a sala de reunião, nosso escritório, todos estavam lá a voz de Jonh era muito preocupada com seus olhos aflitos.

-Os Volturi estão na cidade. - Comentou o rapaz com raiva. - eles vieram para conter um grupo de recém formados.

-Como você sabe? - Perguntou Shang ao lado de Melissa.

-Um olheiro. - Jonh falou numa calma falsa, pois sei o quanto odeia os italianos, pois nós sabemos do que eles são capazes, principalmente meu irmão. - Ele disse ter visto vampiros de capuz negros, pareciam flutuar, com ar de realeza perto do Central Park. Algo lhe parece familiar?

-Bem o tipinho deles. - Lunna falou debochada. - Sempre achando que tem algum poder.

-No mundo dos vampiros eles tem. - Eu disse recordando da minha visita a eles a mais de uma década, onde minha vida começou da errada entre eu e meu sol. A primeira grande dor provocada por mim contra Jake.

-Essa a parte oficial. - Ponderou May sentada na mesa com a pernas balançado. - Agora me diz o fato real.

Jonh sorriu para nós, mostrando que nós tínhamos chegado no ponto crucial do seu discurso.

-Entre os novos vampiros há um que consegue mudar aparência por completo. - Explicou Jonh com seus gestos sempre amplos. - algo que pode interessar em muito eles.

-Esse sanguessugas sempre me surpreendendo. - Comentou Melissa. - Eles estão em quantos italianos?

-Pelo que foi relatado são quatro, fui até o parque para investigar. - Protestamos quando escutamos aquilo, pois não gostamos que nenhum de nós vá em busca de sanguessugas sozinhos, principalmente os Volturi. Mas o urso pediu para gente ficar quietas e terminar de ouvi-lo. - Os cheiros de três eram conhecido por mim, outro parece novo. - O rapaz franziu o cenho tentando achar algum logica naquela historia. - O que eu achei mais intrigante que eles ainda não atacaram o grupo novo. Aprecem estar esperando por algo.

Aquilo não fazia sentido, porém recordei da batalha com Victoria. Os italianos preferiram deixar os Cullen e os lobos resolverem o problema todo. Sempre suspeitei secretamente, mais ainda depois que virei inimiga numero um da especie dele, que aquilo foi proposital.

Com o intuito macabro de ter alguns Cullen em sua guarda, lembro-me bem dos olhos vermelhos cobiçoso de Aro em cima de Edward e Alice, além de que Jasper seria de grande valia naquela guarda. 

-Como o que? - Indagou Shang com feição perdida em busca de alguma lógica.

-Não podemos deixar os italianos pegarem esse tesouro que muda de fisionomia. - Disse May já animada com a possível batalha. Ela adora uma ação. - Isso seria uma peça perigosa nas mãos deles.

Todos concordaram com as palavras daquela bela morena, que já estava prendendo seus cabelos negros em uma trança.

-Quando você acha que eles irão intervir? - perguntou Melissa para Jonh.

-Se meus instintos não falham... - ele ia falar quando Melissa inflou o ego dele.

-Sabemos que disso você é bom. - ela retrucou. - Pelo menos nisso.

O único homem  da casa tinha apurado esse instinto de prever um ataque, talvez por ser um pouco estrategista e já ter servido o exercito. Quase sempre ele acertava a ação do inimigo. Contudo sempre implicávamos com ele por ser a única caraterística dele que presta.

-Vou fingir que não ouvi essa piadinha. - ele respondeu e continuou. - No entardecer no central park, onde os recém criados estão em um dos ductos de esgoto, saem para caçar, quando o sol já sumiu. Acho que os italianos podem aparecer mais tarde, podemos intervir antes. O que acham?

Todas nós concordamos. Enfim se os novos fossem destruídos, os Volturi não teriam motivo para agir, ele nunca fazem nada sem um motivo real. Tiraríamos isso deles com nosso ataque antes.  

Mas ainda havia algo de estrano naquela historia, então indaguei aos meus irmão:

-Quem está criando eles?

-Ainda não descobri. - falou irritado Jonh. - Bellzita você precisa se alimentar. Está com uma cara horrível.

Antes que eu respondesse malcriada ao meu irmão, Sarah se levantou da sua poltrona preta de couro, que ficava de frente a janela enorme com vidro do teto até o chão. Ela sempre senta ali quando temos esse tipo de encontro, fica observando tudo atentamente e dá sempre a palavra final, assim ocorreu:

-Bella, você terá que ir com seus irmãos hoje. - Aquilo me doeu profundamente, vendo meu desespero, ela explicou. - Você pode protegê-los de Alec, que é poderoso e esta querendo vingar a morte da irmã.

Sei que as palavras de Sarah são de fato verdadeiras, contra um poder como de Alec é fundamental minha presença, meu escudo mental estendido, para não haver a morte daquela família que amo. Todavia não queria, meu coração doía só de pensar ficar longe do meu sol.

Respirei profundamente, deixando o ar entrar e sair dos meus pulmões, algo que minha asiática mais graciosa sempre dizia várias vezes, quando precisamos de uma resposta importante. Temos que respirar, oxigenizar tudo dentro de nós, em principal: o nosso coração e mente. Uma resposta surgiu ao final daquele processo respiratorio: preciso ir com eles.

-Vou com vocês. - Anunciei. Sarah sorriu andando até mim, me beijou a face e falou:

-Sei o quanto é doloroso isso para você. Sei que deseja ficar ao lado de Jacob o tempo todo, principalmente quando ele acordar.

Antes que ela continua-se eu completei o logico do seu pensamento.

-Mas preciso pensar nos meus irmãos, não posso perdê-los agora que tenho tudo que sempre quis. - Falei com a voz embarcada.

-Sim meu amor. - Aquela mulher de cabelos cacheados e volumosos me deu um abraço no minimo fortificante, meu estomago roncou, isso fez todos rirem.

-Lunna estica esse braço que a menina tá com fome. - Brincou Mel. - Você é a preferida dela.

-Vamos Bells. - Ela sentou no braço da poltrona cinza que havia ali de dois lugares. Já apertando a pele para que a veia saltasse, Sarah me deu beijo na testa, ela era mais alta do que eu, me deu passagem para me acomodar na poltrona.

Quando meu corpo encontrou aquele encosto confortável, meu cérebro entrou na frequência de caçadora, de guerreira, então foquei na minha fome e na necessidade daquele sangue para me fortalecer.

Suguei o sangue quente de Lunna com vontade, havia uma fome acumulada dentro de mim: não havia comido nada nesses dias, isso deixava meu apetite mais voraz, sem contar a minha ideia fixa em ficar bastante forte para enfrentar os Volturi, um dos motivos para minha vida se complicar tanto. Quase deixei minha amiga sem sangue nas veias.

-May termina de completar o tanque da Bella. - brincou Lunna. - Porque a minha irmã aqui tá com muita fome e vou ficar seca.

Limpei minha boca, depois que vi que fiquei mais de dez minutos me alimentando, sem duvida ainda havia fome dentro de mim. É inegável que o sangue delas me sacia mais que comida humana e me fortalece imensamente, mas fico sem graça de abusar das minhas irmãs. Sarah deduziu que esse meu gosto pelo sangue de transformo é por causa, que foi ele a me salvar, então meus órgão o reconhece.

-Desculpe. - Falei envergonhada com olhar pra baixo.

-Tranquilo Bella. - Lunna falou descontraída, dando um beijo na minha vochecha. - Te daria mais, porém vou ter que ficar aqui fortalecida caso o lobão acordar.

-Ah sim. - sem duvida Lunna é melhor pessoa para ficar com ele, sei que se darão muito bem, pois são parecidos. - Obrigada. - Verbalizei minha gratidão.

Antes que eu pudesse levantar May veio até mim com braço estendido, sentando no outro braço da mobília, com o rosto divertido, fingindo falso sacrifício, tornando a cena engraçada, além de haver a risada divertida de Lunna.

-Vamos Bells acaba com pantera ai. - Divertiu Lunna se colocando de pé.

-Acho que ela esta com muito sangue de loba. - Retrucou May enquanto já sugava seu pulso. - Já te falei minha irmã sangue de felino é bem melhor.

-Não mesmo querida. - Piscou Lunna.

-Só a gente para ter esse tipo de papo.  - Riu Melissa saindo do ambiente.

A risada delas eram engraçadas, ouvia tudo enquanto terminava de completar as minhas energias. Quando me alimentava exclusivamente de sangue assim me sentia mais vampira, mais inumana, mais uma criatura, uma fera.

O sangue delas influenciava diretamente a minha força, ai que eu era definitivamente uma hibrida, um ser poderoso, nada humano, mas sim uma mistura louca seres fortes.

Meus olhos ficam mais coloridos, como se houvesse um caleidoscópio de cores. Quando finalizei levantei, senti uma onda de calor me aquecer, parecia que era um ser de puro poder. Jonh sempre mexia comigo quando isso acontecia.

-Bellinha você fica linda toda guerreira assim, o cara lá em cima tem sorte. - Sorriu de maneira marota enquanto arrumava a bolsa de remédio junto com Mel, que sorria para mim.

Eu era agora a Bella hibrida, um ser querendo se vingar daquelas criaturas nojentas que eram os vampiros, de toda dor que eles geram em vários humanos inocentes. Ainda havia um motivo pessoal, criando em mim a ira deles terem feito eu me separar de Jake. Perdemos boa parte do tempo de nossas vidas, onde poderíamos passar juntos, usufruindo do nosso amor por causa desses seres.

Cerrei meus pulsos devido a raiva que eu estava sentindo, quando escuto comentário de Melissa que ajudava o nosso menino, apelido que colocamos em Jonh, arrumar a bolsa onde havia remédios (tranquilizantes e analgésicos.) e roupas (normalmente elas se despedaçam).

-Pelo olhar homicida dela esse vampiros estão arruinados. - ela sorria da sua forma maternal orgulhosa. Veio até mim amarrando seu cabelo loiro. - Deixa essa ira para arrancar as cabeças deles.

-Não tenha duvida. - falei seriamente irônica.

-Se não conhece a sua parte humana jurava sentir medo de você. - May brincou comigo quando abraçava meus ombros.

Sarah o tempo todo estava na janela pensativa, seu olhar era perdido em algo incompreensível para nós. Quando ela fica assim, eu tinha impressão de estar se comunicando com o universo, pois sempre quando ela saia daquele estado de "meditação" ela tinha algo a falar de suma importância.

Seu rosto moreno tinha traços de reflexão, sua alma não estava ali, mas sim em algum lugar distante dali. Suas pálpebras fecharam e abriram lentamente, ela puxou o ar algumas vezes, talvez ela usasse a técnica de Shang da respiração.

Mel, May e eu nos entre olhamos já ansiosas para saber o que vinha da nossa líder, que normalmente era a nossa mãe. Enquanto isso Jonh e Shang entraram no comodo trazendo mais coisas para as bolsas, os dois ficaram com os olhos atentos em nós.

Mostramos com discreta movimentação de olhos a concentração de Sarah, o urso ficou aflito, já minha tigresa deu um sorriso singelo, como entendesse aquela conversa silenciosa no canto.

Lunna entrou agitada, seu semblante era agoniado, seus dedos eram estalados por suas mãos nervosas. Então alheia o que acontecia ali, a loba disse nervosa.

-Queria ir com vocês. - ela parecia quicar devido aos tremores. - Odeio aqueles vampiros italianos, se pudesse mataria um por um.

-Querida eles já estão mortos. -Brincou May.

Antes que pudêssemos continuar a falar Sarah suspirou e falou com seu tom de ordem.

-Só atacaremos o Volturi se for necessário. - Seus olhos coloridos nos encaravam com cautela. - Iremos com objetivo de aniquilar os recém criados, que estão incontroláveis, vi no jornal seus assassinatos, além do relato de um olheiro. Só atacaremos os Volturi se necessário.

As palavras dela nos pegaram de surpresa, nunca pensei ver Sarah defendendo os italianos, ela sabe o quanto todos nós aqui os odiamos, até ela mesmo que já encontrou o trio algumas vezes em sua longa vida.

Aquilo era estranho, May deu voz a a surpressa coletiva, pois os rostos de todos estavam demonstrando isso.

-Como não atacaremos os Volturi? - Seu tom era elevado.

-Porque desconfio de algo. - Sarah levantou a sobrancelha preocupada. - Não quero levantar suspeitas sem certeza.

-Odeio quando você faz mistérios assim. - Bufou Mel irritada.

-Bem vamos. - Sarah ordenou saindo do comodo com seu vestido longo esvoaçante.

Ao escutar isso e ver ela indo em direção a porta de saída do apartamento, nos assombrou. Logo a ideia surgiu: Ela iria conosco?

Ela nunca nos acompanha em nenhuma de nossas caçadas, ela fica quase sempre em casa a nossa espera. Sua presença naquele duelo significa que havia complicadores maiores naquele historia, detalhes que não sabíamos.

Despedi-me de Lunna com abraço forte, ela sussurrou no meu ouvido que zelaria por ele, agradeci e ela ordenou que eu me cuidasse.

Saímos em direção a garagem do nosso prédio, fomos para o carro de Jonh, onde dava todas nós. Adentramos em meio ao transito caótico da megalópole chamada NY. Os raios de sol já tinham sumido, o anoitecer chegava imponente em meio a selva de concreto.

Minha mente de hibrida agora conseguia funcionar em mais de uma coisa ao mesmo tempo, assim estava escutando a tática de Jonh, ele realmente era muito bom nisso, afinal a vida dele sempre foi assim, o estrategista. Meus pensamentos eram na figura de Jake e também na dor que fiz ele sentir durante a época que fiquei na minha teimosia.

Shang ficou sentada ao meu lado com os olhos fechados, ela fazia isso para evocar seus ancestrais, coisa que ela sempre fazia antes de qualquer batalha, dizia se sentir protegida.

Não sei sinceramente se aquilo funcionava, só sei que me sentia bem ao seu lado, me acalmava, pois dentro de mim sempre que íamos para alguma luta havia algo incontrolável, uma gana de acabar com qualquer vampiro. Enfim sei o q eles podem fazer com a vida de uma pessoa, sou vitima deles.

Jonh entrou em um prédio de garagem, próximo ao parque, sempre havia uma vaga para nós em prédios como aquele, Sarah sempre providenciou isso, querendo facilitar nosso "trabalho" naquela cidade super habitada.

Caminhamos com passos largos na rua, os olhares para nosso grupo eram curiosos, pois eramos em seis, todos muito bonitos e de postura segura. Mesmo usando roupas do cotidiano, como calça jeans e blusas simples nós eramos chamativos, menos Sarah que sempre usava vestidos longos e May sempre Fashion demais, hoje por exemplo usava um look rockeira, com bota de couro e short.

-Já sinto o cheiro deles, os recém criados e Volturi. - Comentou Shang com nariz franzido perante o portão do parque.

-Eles devem estar na parte norte onde é mais abandonado e com pouca iluminação. - comentou Jonh sério, único momento que eu o vejo sem fazer uma gracinha sequer, quando estávamos caçando.

-Separemos em grupo de três ou iremos todos juntos? - Indagou Melissa já andando pelo parque, olhando em todas as direções. Talvez em busca de saídas de emergência.

-Iremos juntos. - comentou Sarah com sua feição fechada, antes que Jonh falasse algo. - sinto que teremos uma surpresa desagradável.

Não sei porque senti algo estranho dentro de mim, como se aquelas palavras fossem para mim. Sacudi minha cabeça tentando afastar tal ideia, continuamos a andar pelo parque, as pessoas pareciam tranquilas ali, alheios os perigos que havia.

Alguns caminhando em casais, namorando nos bancos, algumas passeando com os cachorros, que ficavam agitados na coleira quando passávamos, algumas pessoas fazendo exercício. Tudo no mundo sadio, aquele que eu pensava existir antes de conhecer o mundo doentio do sobrenatural, tudo parecia em paz.

Aquele cheiro enjoativo invadiu meu nariz, encheu meus pulmões me deixando mareada , atiçando meu lado animalesco, havia uma urgência em acabar com aquela origem de fedor, algo que o sangue das minhas irmãs promoviam a mais em mim, intensificava pelo meu ódio pessoal.

Sarah parou e apontou para debaixo de uma ponte, estávamos numa distancia considerada longe da normalidade, porque provavelmente um humano não conseguiria ver o que ela mostrava, mas para nós era nítido, como se tivesse a um metro: vampiros!

Eram os recém criados, uma área mais abandonada, poucas pessoas passavam por lá, pois era conhecida por ter criaturas das lendas urbanas. Logico que as pessoas não acreditavam nelas, mas evitavam aquele lugar.

Os Cinco vampiros novos tinham as suas roupas rasgadas e ensanguentadas, não sabiam se alimentar sem se sujar. Como eram novatos nessa existência, eles ficavam focados somente em se alimentar, ficando distraídos muito facilmente, portanto nossa presença não era percebida. Ainda havia algo a nosso favor, cheiros de muitos humanos dissolvia o nosso.

Podemos ficar os observando antes de atacar, notamos que estavam brigando entre eles por causa de duas vitimas que estavam caídas, não ouvia o bater do coração deles, já estavam mortos, aquilo me inervou bufei irritada.

-Vão até lá. - Ordenou Sarah ficando parada, ela nunca lutava ficava de longe observando.

Rapidamente corremos, numa velocidade considerada normal para caso algum humano visse de longe, tínhamos que manter as aparência de normalidade. Assim eu, Shang e May, pulamos para debaixo de uma ponte, onde havia um pequeno córrego, seguiremos por ali, para que eles nos vejam logo e ataquem, já Jonh e Melissa iriam por cima.

As luzes já eram quase inexistente, o lugar onde eles estavam era escuro, sombrio, úmido, embaixo de uma ponte, onde tinha portas para os ductos de esgoto, o cheiro de podre misturado com os deles era de embrulhar o estomago.

Quando eles perceberam nossa presença os olhos vermelho sangue brilharam, principalmente em cima de mim, eu sei que meu cheiro agrada os fedidos. Urros começaram a surgir das gargantas deles, estavam inquietos conosco ali, afinal o cheiro das meninas era incomodo, eles sentiam que deviam fugir, o instinto dizia isso.

-Olá vocês. - Cumprimentou May. - Estão brigando por que?

-Você fede. - Um careca de aparência de trinta anos falou entre dentes.

-Assim você me ofende sanguessuga. - May debochou com mão no peito.

Já estávamos próximos a eles, quase a cinco metros, isso não era nada, afinal podíamos diminuir aquele espaço em menos de um segundo com as habilidades sobrenaturais de cada grupo.

-O que vocês querem? - Perguntou uma morena, parecia indiana, seus olhos vermelhos eram precavidos.

-quem os criou? - Perguntou Shang séria.

-Não sabemos. - comentou o careca caminhando humanamente na nossa direção.


Aquilo nos pegou de surpresa, afinal quem cria um exercito daquele tem o intuito de recrutá-los, como Victoria fez anos atras, como eu já tinha visto aquilo acontecer a quase uma década passada. Agora quem tinha ceifado a vida daquelas pessoas? O que   queria com aquilo?

Era inquestionável que havia algo de estranho naquilo tudo, porém não era hora para tais indagações, o momento era de ação, meu corpo pedia isso.

Uma mulher de cabelo curto encaracolado, com sua pele negra pálida, característico dos vampiros, agora nos encarava nervosa, ela veio andando atentamente olhando pra Shang.

Como num efeito especial de filme seus traços foram mudando, sua cor foi se alterando, se tornando uma copia perfeita da minha irmã asiática. Isso nos assombrou por completo, nos mexemos inquietos.

-Vamos acabar logo com isso. - comentou irritada a Shang verdadeira.

Os farrapos das roupas dela caíram no chão acompanhadas pelas de May, as duas feras rugiram imponentes, questão de segundo elas já estavam indo em direção aqueles vampiros.

Os cinco sanguessugas vieram ao encontro delas, enquanto a Shang falsa corria para atras do embate, tentando se proteger. Notei a sua reação, corri ao seu encontro, mas um vampiro de moicano me pegou pelo braço tentando me morder, Mel pulou em cima dele, nos ombros, já como na sua forma de leoa, com a bocarra na cabeça do infeliz.

Logo o urro com seu marrom bem escuro surgiu naquele bolo de feras e sanguessugas, seu pelo era quase negro de tão escuro, da cor dos seus cabelos, era impressionante o tamanho que ele chegava, afinal um urso normal já é imenso, um tranformo era maior ainda.

Pela maneira que o bando de vampiros lutavam era perceptível que eles eram recém criados. Mas minha atenção ainda era chegar naquela negra, que já havia mudado sua forma novamente, com traços agora voltando ser o que era anteriormente.

Ela fugia de um combate direto, parecia Victoria com tamanha habilidade pra escapar, porém ela parecia atenta a tudo, tinha impressão que se divertia em ver seus aliados serem dizimados. 

Conhecendo os italianos sei que se interessariam muito por aquele ser, tenho consciência que ela seria útil, principalmente para caça e enganar inimigos. Depois de anos caçando esses seres você passa entendê-los, começa compreender a logica que eles vivem.

Os Volturi, por exemplo, usava a falsa missão de proteger o segredo da existência dos vampiros para o mundo. Contudo na verdade buscavam por novos talentos, como diria Aro, novas joias para sua guarda, aumentando o seu poder de ataque e supremacia.

Eu peguei o moicano pelos braços, quando Melissa caiu nas suas costas, isso serviu de alavanca para que os braços saíssem com facilidade nas minhas mãos. Os joguei para longe, observei que já formava a pilha de fedidos perto de nós, isso significa que nosso ataque estava sendo eficiente.

O urso veio para perto de mim, pois eu atacava a vampira com traços indianos. Ele havia acabado com outro vampiro o careca, quando chegou ao meu lado, estendi meu escudo para a fera compartilharmos o plano de ataque.

Demonstrei a vampira que atacaria ela de maneira obvia, porém quando ela veio me atacar, dei um pulo por cima dela, pegando o ombro dela direito como apoio. Isso a  distraiu um segundo, pois tentava me morder ali, porém o urso veio e lhe rasgou com suas garras afiadas e com destreza o peito da sanguessuga, ela urrou de dor. Finalizamos com ela rapidamente. 

Os gritos de dores deles seguiram por ali, eramos cinco habilidosos guerreiros contra cinco vampiros novos. Não havia chance para eles. Era estimulantes para nós cada pedaço deles arrancados, cada dor que era sentido por eles, acho que alimentava o nosso lado sádico, porém temos a certeza que eles estão mortos.

A pantera negra junto com lindo tigre branco fazia uma dança linda de ver, minha mente conseguia prestar atenção nisso também. Os dois felinos mordiam e cortavam os sanguessugas com ódio, era esse sentimento que nutríamos por aqueles seres inumanos.

A vampira que escapou, a negra transformista, nos olhava atentamente, cada pedaço que voava debaixo daquela ponte, parecia diverti-la, isso fazia o quadro ser bizarro.

Ao final do embate ela tentou escapar por uns dos ductos que dava para o esgoto, contudo fui mais rápida e fiquei na sua frente, a impedindo em sua fuga. Isso a fez mostrar o dentes para mim, respondi da mesma maneira, ela correu, tentando ir para o lado oposto, mas May e shang sugiram do outro lado a cercando.

Ela ficou acuada entre nós, com seus olhos vermelhos da morte fincados em nós, não preciso ler mentes para saber que ela buscava uma forma de escapar daquela emboscada. Entretanto ela sabe que seria difícil. Urso e a leoa terminavam o quinto vampiro, já fazendo a pilha de pedaços desmembrados aumentar. 


Contudo algo chamou a nossa atenção, na verdade nosso olfato foi atacado por cheiro mais desprezível de todos, todavia um me deixou em especial desconcertada. Afinal ele já me deixou imensamente feliz quando sentido, contudo isso foi a muito anos atras, agora me deixava insanamente raivosa. Urrei expondo minha ira, meus irmãos me olharam preocupados sem entender minha reação.

Mas a duvida deles foi por pouco tempo, logo os mantos negros, antes temidos por mim, surgiram do lado, onde nós havíamos chegado.

Todos aqueles pontos vermelhos nos encaravam, quando eu vi lá estava ele, que um dia me fez suspirar e era dono do meu coração, hoje só desejo ele longe de mim, agora muito mais, tenho desejo de matá-lo, afinal: Edward era da guarda dos Volturi.

Aquilo gerou dentro de mim uma decepção sem limite, sei o quanto manipulador ele é, o quanto ele destruiu a minha vida, porém sempre achei que havia alguma bondade remanescente dentro dele, apostava que aquele comportamento comigo era fruto de um amor descabido. Todavia ver ele com aquele manto negro, com os olhos de puro sangue humano, me fazia ter asco por ele e pena por Carlisle e Esme, que imagino a decepção para eles.

A vampira, antes encurralada por nós, parecia assustada com a tensão criada no ar, meus irmãos ficaram próximo a mim, antes de se aproximar Jonh voltou na sua forma humana, pegou o isqueiro, que sempre carregava pendurada num colar prateado, ateou fogo nos pedaços vampirescos.

As fumaças roxas e toxicas já impregnavam o ambiente, segundos depois o urso voltou a sua forma. Ficamos alinhados, eu e as feras, no meio a sanguessuga com a fogueira do seu bando e do outro os italianos. Percebi que os outros dois: Marcus e Caius não estavam, isso me deixou intrigada novamente.

Sinceramente não sabia o que poderia acontecer, aquela situação no minimo poderia gerar um embate feroz, com baixa considerativas dos dois lados. As meninas já liquidaram uma vez com Jane, no dia que me transformei, outro momento com Felix, quando ele veio anos depois a caça de quem tinha destruído a peça mais valiosa de Aro.

Os dois não esperavam encontrar um pequeno exercito de transformos, muito eficientes em lutar contra vampiros. Portanto os italianos já sabem do que somos capazes.

Aro com seu sorriso sempre falso, abriu os braços num sinal de paz, seus olhos malévolos me encaravam com encantamento, com cobiça, já presenciei esse olhar.

Enquanto Edward parecia emocionado em me ver, havia amor em seu olhar, mas não era mias o que desejava, isso já fazia anos. Eu não estava acreditando que o encontraria aqui e muito menos hoje, logo hoje. Como dizia meu sol: sempre atrapalhando. Apertei meu maxilar com ódio.

-Isabella Swan, que doce surpresa. - Aro falou calmamente dando um passo a frente com seus escudo Renata. - Vejo que você se tornou um ser único. Edward ela não ficou linda?

Seu rosto perfeito, que me fez arfar na adolescência ingenua, mostrava um encantamento ao me ver, nunca tinha me visto depois que me tornei hibrida, no máximo ele deve ter visto nos pensamentos de Alice, que já tinha encontrado algumas vezes depois da minha mudança.

Nenhuma palavra foi dita por ele, notei que ele estava prestando atenção em outra coisa também, minha visão agora captava pequenas mudanças ao meu redor e como no rosto alheios. Pela fisionomia de Edward ele usava seu poder contra os que amo.

Nesse momento eu  envolvi rapidamente meus irmãos no meu escudo mental, não queria Edward escutando nada, nenhuma informação que lhe favorecesse ou algo sobre mim.

Senti o elástico que protege minha mente se expandir, a medida que cada um da minha família era protegido, podia sentir sua energia e seus pensamentos.

Foi a primeira vez que eu conseguia escutar o pensamentos deles e de certa forma repercutir para eles também, pois isso não era normal acontecer, afinal eles eram de especies diferentes. Então mesmo como animais eles não se comunicavam como o bando da Reserva, somente por gestos, por isso treinavam tanto. Todavia hoje eu tinha conseguido fazer essa comunicação acontecer entre todos.

Aquela nossa informação surpreendeu todo mundo, May balançou sua cabeça grande de fera e falou em nossos pensamentos conectados:

-Eu consigo ouvir vocês pensando?

-Sim. - eu respondi mentalmente.

Eu já tinha percebido como funcionava essa a minha nova habilidade sobrenatural, imediatamente expliquei como acontecia em poucas palavras aos meu irmãos, que aprovaram aquela novidade.

Diferente dos meninos lobos da reserva, só escutávamos os pensamentos um do outro, nada de imagem ou sentimentos. Não estávamos muito confusos porque pensávamos comumente como atacaríamos os vampiros.

Ao perceber que não escutava mais nada do nosso grupo Edward ficou com a boca entre aberta, parecia que estava hipnotizado olhando para mim.

-Não consigo escutar nada. - a voz de Edward comunicou fascinado o silencio produzido por mim. - Bella parece ter conseguido fazer um bloqueio no seu grupo.

-Eu sabia que imortalidade lhe cairia bem. - disse Aro com sorriso de cobiça nos lábios. - Ainda sendo um ser tão especial quanto você é agora.

Seus passos começaram vir na minha direção, logo as três felinas ficaram na minha frente, o urso ficou ao meu lado. Essa movimentação das feras parecia divertir Aro, que bateu palma de animação. Então Edward comentou:

-Pela Bravura dos animais, eles não deixarão nós chegarmos perto da minha Bella.

Só me bastou rir do comentário possessivo de Edward, isso o ofendeu, contudo aquela cara de dor que se contorcia o rosto dele hoje não mais me afeta. Minto, só me faz me odiar internamente por ser tão burra e não ver o quanto ele jogava com meus sentimentos. Sempre dizem que conhecemos quem amamos depois que tiramos o véu da ilusão que criamos para ele, Edward era prova disso.

-Como você pode namorar um cara desse? - comentou May com nojo.

-Que cara possessivo. - falou Jonh. - Bem que você falou.

Nos surpreendendo ouvimos a voz de Sarah se aproximando.

-Meus queridos foco. - surgiu a voz de Sarah atras dos italianos.

Eles se mexeram inquietos, ela passou por eles, na verdade no meio, como se tivesse um campo físico que repelia os vampiros, seu vestido longo se arrastava com leveza no meio dos mantos negros.

Aro sorriu forçadamente, quando ela ficou a nossa frente, ele fez um gesto de reverencia aquela linda mulher, aquele quadro não era esperado por mim. sarah balançou a cabeça agradecendo.

-O que é isso que Sarah tá fazendo? - Indagou Mel em nossas mentes ligadas.

-Sarah tem muitos poderes desconhecidos por nós. - comentou Shang, ela sabia disso pois foi a primeira a ser adotada por nossa mãe a quase um seculo.
A mulher ficou imponente na frente de Aro, menos de dois metros separavam eles, isso nos incomodou. Contudo algo me dizia que não era necessário tal preocupação, mesmo nunca visto ela lutando, sabia que ela sabia se defender. Afinal ninguém vive vários seculos nesse mundo sem saber lutar.

-continuas linda. - Falou Aro com falsa educação.

- e você continua a matar. - Sarah disse séria.

-Faz parte da minha natureza querida. - Aquele sorriso torto deve ser marca de sanguessuga.

-Deverias aprender algo com Carlisle. - Ela respondeu diretamente.

-Não sou de negar minha verdadeira face.

-Entendo. - Ela agora o encarava mais de perto. - Isso nos faz mais que inimigos, incapacita qualquer possibilidade de coexistirmos no mesmo espaço.

-Vocês os guardiões da vida tem uma bela missão. - Aro parecia representar uma peça com tamanho cinismo. -Tantos séculos de lutas, não é Sarah?

-Sim, muitas perdas já tive. - Sua voz ficou embargada. - Muitas pelas suas mãos.

-Sempre nos digladiando. - O vampiro tinha maldade exalando pelo seu rosto. - Já matei tanto dos seus filhos, não precisava ser assim.

Sarah ficou em silencio, somente observando aquela encenação, ouvindo o texto deprimente de Aro, logo percebi que seus olhos multicoloridos como os meus, pararam em Edward. ela respirou fundo e disse para ele:

-Ela não é mais a sua Bella. - Parecia uma mãe falando para uma criança muito mimada, tinha carinho na sua fala. - Ela é a pessoa totalmente diferente daquela que você tem na sua mente e no seu amor.

Edward nitidamente não gostou do que escutou, logo foi mostrando os dentes para Sarah e ainda se colocou em posição de ataque, nós rugimos todos juntos, eu com um urro.

Porém a nossa mãe se manteve parada, fez um gesto para nós nos contermos nossos ânimos exaltados. Alheios aquilo nós iriamos atacar, quando escutamos a voz dela na nossa mente. Sem duvida hoje era dia de surpresas sem fim.

-Não iremos atacar. - sua voz era imponente. - Não quero perder nenhum de vocês.

Aquilo não permitiu nenhuma raiva ser direcionada a Sarah, ela nos amava tanto que passaria por cima da sua missão para nos proteger. Ao pensar nisso, todos meus irmãos assentiram.
Havia uma certeza: poderíamos ganhar deles, mas poderíamos perder alguém que amamos. Isso fez meu peito doer, não consigo imaginar nenhum deles longe de mim, amo todos incondicionalmente, somos uma família.

-O que você deseja Aro. - voltou a falar Sarah com sua forma educada.

-Vim para ver Bella, pedido pessoal do meu novo membro da guarda. - ele apontou para Edward. - Ele a vê como sua parceira.

Antes que eu falasse algo, o ódio me consumiu como um fogo e apareceu como na minha voz que ecoou naquele espaço.

-Eu não pertenço a ninguém. - Falei entre dentes. - Eu não sou parceira dele.

Se pudesse Edward estaria chorando, a decepção tingia seu rosto, ele ficou desolado, mas aquilo não iria me atingir, pois não sou a mesma Bella de anos atras.

Tive esse tempo para pensar muito em tudo que tinha acontecido comigo e com ele, todo nosso relacionamento. Como sempre, inúmeras vezes chego a conclusão que Jake me falou no seu quarto enquanto ele estava ferido era a verdade: ele é como uma droga para você, não é saudável.

Meu sol tinha razão, como sempre, aquele amor que havia entre eu e Edward era uma forma errada, não pode ser um sentimento bom que propõe eu deixar de ser eu, que me manipula, que é obsessivo. Isso não é amor.

Mas vi isso muito tarde e agora estou aqui, nem mais humana eu sou, tendo receio de perder o verdadeiro amor que tenho, Jake, meu sol pela minha nova condição.

Só de pensar nisso tudo ficou irada, meu corpo fica tenso e pede desesperadamente para eu acabar com aquele vampiro que destruiu minha vida. Minha expressão corporal logo mostrou toda a minha raiva,

-Não precisa ficar nervosa Isabella. - riu sarcasticamente Aro enquanto falava. - ele só queria te ver, como sei de toda a historia de vocês concedi a ele esse pedido.

-Vocês já me viram podem ir embora. - eu respondi de maneira ríspida.

-Bella, me perdoe por tudo que fiz. - edward parecia tão sofrido, mas aquilo não me abala. - quero ter outra chance com você.

-Nunca. - eu disse sobriamente.

Antes que continuasse aquela discussão Sarah interviu calmamente.

-Então Aro, seu soldado já viu o queria, vocês podem ir. - ela fez um gesto mostrando o caminho.

-Mas temos um problema. - aro apontou pra vampira recém formada, que passou o tempo todo encolhida ouvindo a conversa que se desenrolou.

-Não é problema seu. - Sarah respondeu.

No mesmo segundo ouvimos a sua ordem na nossa mente:

-Ataquem a vampira agora.

Aquela voz foi o que bastou para nós cinco atacarmos com precisão sem chance para vampira se defender, só senti ela tentando nos acertar, mas ela ainda não sabia lutar, só tinha força bruta, que sem inteligencia não serve para nada.

Talvez vinte cinco segundos passaram quando tudo acabou, só havia pedaços e roupas rasgadas da vampira. Os volturi não interferiram momento algum, só deram um passo atras. Sarah ficou o tempo todo de costas para nós, atenta aos grupo a sua frente.

Com tudo acabado por nós, peguei o colar de Jonh, ele abaixou sua cabeça de urso pra eu conseguir alcançar o isqueiro. Olhando para os olhos de Aro coloquei fogo naquela nova pilha.

-Acabamos Sarah. - eu anunciei.

-Obrigado meus queridos. - sarah disse com carinho. Voltou para Aro. - Acho que você já pode ir.

Entretanto eles não foram, não mexeram um músculo sequer, havia mais a ser dito. Aro queria algo, era visível, nem quero saber o que. 

-Sarah eu acho você um ser fascinante. Nos conhecemos a muitos seculos. - O líder dos volturi falou.

-Infelizmente. - ela disse sempre com a voz firme.

- Eu vou partir, porque hoje não vim com intuito de brigar, mas sim fazer uma visita.

Aro falou com os olhos presos em mim, percebi o que ele queria, qual era seu objetivo ali. Sarah deu voz a minha certeza:

-Por que não consegue ser sincero Aro?

-O que você quer dizer com isso minha linda hibrida? - Vampiro falou melindroso.

-Você veio aqui hoje com o intuito de tentar levar Bella para você.

As palavras de Sarah queriam ser negadas por mim, mas eu já suspeitei disso quando vi Edward ali com os Volturis.

A resposta do líder dos italianos me deixou assombrada, pois eu juraria que ele manteria sua mascara de desentendido, contudo foi direto no seu interesse:

-Ela é livre não é? - Disse Aro determinado para Sarah. - Mas se ela quiser acompanhar Edward você não poderá impedir Sarah. Eles se amam tanto.

Aquilo fez meu sangue ferver, queria destruir aquele vampiro velho e nojento. Quem é ele para deduzir os meus sentimentos? Eu nunca mais seria parceira ou qualquer coisa daquele vampiro. Percebendo meus intuitos irados contra os sanguessugas, Sarah falou em minha mente:

-Não faça nada, deixe eles irem. - a voz dela era delicada. - Jonh segure ela.

Nesse momento o urso me pegou com cuidado, num abraço, era nítido que ele controlava sua força para não me machucar.

Fiquei muito brava, meus instintos imploravam para eu atacar de qualquer maneira, desmembrar vampiros. Mas sei que aquele braço peludo não deixaria isso, enfim sou muito pequena pra escapar daquele abraço. 

Os volturi se foram perante a visão que eu nunca iria me juntar a eles, Aro parecia decepcionado. Edward teve que ser puxado por Demitri, que ficou visivelmente irritado por não ter acontecido um embate entre nós, confesso que partilho da mesmo frustração.

Quando o cheiro deles sumiram, ficaram bem dispersos, Jonh afrouxou o abraço envolto meu corpo, jura que aquele momento eu já tinha me acalmado, até brinquei com ele.

-Eu estava gostando desse abraço. - ele riu da minha brincadeira.

Sem duvida aquele urso era muito protetor, seu abraço era uma delicia, mas tinha outro que para mim era o mais perfeito do universo. O do meu sol.

Perdida nos meus pensamentos, Sarah se aproximou de mim, com um sorriso lindamente encantador, acariciou meu rosto e falou:

-Vamos para casa, você precisa encontrar a sua luz. - Aquilo me emocionou. - Foram muitos anos de escuridão, não é querida?

-Sem duvida. - uma lagrima de alivio escapou dos meus olhos.

Destruindo meu momento com Sarah, a pantera surgiu com a bolsa que carregamos com roupas para eles. Logo elas foram destransformando, por respeito Jonh sempre virava de costas, mesmo ter visto elas nuas várias vezes. Ele esperava as meninas terminarem de estarem vestidas, normalmente eu ficava ao lado dela para fazer companhia.

Só depois uma delas sempre pegava muda de roupa dele e colocava perto da sua figura de urso. Ele de costas voltava a ser humano, agora era o nosso momento de dar privacidade a Jonh. Depois de todo mundo já com duas pernas, fomos embora. 

Enquanto caminhávamos o meu coração já batia descompassado e enlouquecido, parecia um passarinho enlouquecido dentro de uma gaiola querendo fugir. As duvidas começaram me perturbar: Será que ele vai me querer? Será que ele tinha encontrado o imrpinting dele? Será que meu cheiro incomodava ele?

Quando assustei já estávamos na garagem, logo Jonh abriu o carro, entramos, na verdade joguei meu corpo contra o banco, havia um peso de questões dentro de mim.

-Que carinha de preocupação. - Pegou a minha mão Mel toda preocupada.

-Escuta o coração dela. - comentou shang com seu sorriso gentil.

-Parece uma bateria enlouquecida de um show de rock. - May ria para mim.

-Estou com medo dele não gostar de mim.- Falei o meu maior medo, ele resumia meu mar de duvidas que transbordava dentro de mim.

-Bellzita, se ele não te quiser eu quebro a cara dele.- Brincou Jonh, piscando para mim.

É a forma dele de dizer que sempre estará ao meu lado, já as meninas riram e debocharam dele, logo May comentou:

-jonh, você viu o tamanho do lobo?

-E dai? - O nosso menino falou rindo. - Eu só não quero que ele magoe a minha irmã mais novinha.

-Sei. - riu Mel.

Aquela minha família me ama tanto e me deixa tão a vontade que por algum tempo esqueço as minhas duvidas. Risos e implicâncias me tiravam do medo, afinal independente de qualquer coisa meu sol estava bem, isso era o mais importante.


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Notas finais do capítulo

E ai??????????????

vcs devem tah: porrammiss cade o encontro...

proximo pov.. narrado ainda pelo todo delicia jake...

preparem os corações e os lenços....

bjs