Anjo de Vidro escrita por DiraSantos


Capítulo 9
Capítulo Oito: Complicações


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem.
Mais um pra vocês meus amores.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/117144/chapter/9

Capítulo Oito: Nova

Quando ouvi aquilo, comecei a ir em direção ao chão, voltei a voar, correndo de volta ao meu quarto. Entrei com tudo, me joguei uma água rápida e sentei na cama.

Deus, Senhor. Perdoe-me por minhas transgressões...

Continuei a rezar até ver a luz do Sol se levantando, a luz foi subindo até encostar-se ao meu pé. Respirei fundo, ele ainda estava dormindo, tomei um banho relaxante, deixando minhas asas molharem, meus nervos estavam ativos demais, a água quente acariciou minha pele pálida, estiquei a mão, deixando-a na pequena fresta de luz que entrava pela janela, brincando com as partículas de poeira. Prolonguei o quanto meu instinto de proteção pela natureza deixou.

Estava terminando de vestir a blusa quando Justina abriu a porta, e corou ao ver meu abdômen desnudo no Sol.

—Uau. Desculpe, eu... —Dei uma risada, escondendo meu nervosismo.

—Tudo bem, entre. —Falei, me virando para ele. Justin continuava corado quando ele me olhou nos olhos.

—Eu vi uma coisa estranha, ontem. Quando você me deixou no quarto... —Ele me analisou, observando minha expressão, não encontrou nada. Eu tinha que ter a habilidade de mentir aqui, apesar de dentro de mim algo gritara para falara verdade.

—Já olhou para mim, direito, Justin? —Ele franziu o lábio, me olhando de cima a baixo.

—Já. —Algo dentro de mim ficou feliz quando ouviu isso dele, e da forma que ele falou.

—Como eu poderia carregá-lo? —Ele olhou para o lado, sabendo quão ridículo estava parecendo. —Vai contra a producente.

E foi ai que ele virou para mim. Tinha falado muito formal, a ultima vez que eu tinha vindo a terra tinha sido em 1889 e as pessoas tinham uma fala diferente.

—Contra o que? —Mordi forte a minha língua, e olhei para ele.

—Producente, a razão ou lógica das coisas. —Expliquei, desviando o olhar.

—Tem alguma coisa em você... —Falou dessa vez para mim, olhei em seus olhos cruzando os braços no peito, como uma adolescente irritada.

—Me deixa. —Falei virando o corpo para meu criado mudo e pegando uma escova de cabelo, passando delicadamente em meus cabelos. Justin ficou em pânico quando virei as costas, ele parou atrás de mime pegou minha mão.

—Hey, olha pra mim. —Me chamou, em um tom afável, me virei para ele. —Não importa o que seja, eu só... Quero entender você, só isso.

E me abraçou apertado. Justin me empurrou levemente em direção a parede, fazendo uma linha com os lábios e a ponta do nariz que se seguia da altura dos meus olhos a linha do meu maxilar. A vantagem de poder ter essa ligação com Justin, com o sentimento que eu estava tendo agora era que certas coisas que ele pensava me agradavam.

“Ela cheira a... Sol”

Dei um sorriso enquanto ele fazia o caminho até a minha boca, me dando um beijo um pouco urgente, sem me dar margem para parar aquilo, ele segurou levemente meus pulsos, enquanto me beija e eu retribuía, não na mesma intensidade já que queria prolongar aquilo.

Eu não tinha falta de ar, ou cansaço, minha energia não vinha do meu corpo, vinha de dentro da minha alma ou meu halo, que era o símbolo da minha “celestialidade” junto com a minha asa.

Meu Halo, ou minha auréola não era bem o que eu as pessoas viam em desenhos animados ou pensavam ser. Um Halo significa que você tinha uma patente mais alta, algo que indicava que você tinha feito alguma coisa muito certa, como no meu caso.  Eu tinha sido uma dos anjos que tinham tirado a Arca Da Aliança de Jerusalém, Gabriel colocou fogo em tudo e nos ajudou a carregar a grande arca onde Os 10 Mandamentos, achados pó Moises que passou de mão em mão até que percebemos que os humanos não estavam prontos para lidar com o poder daquilo.

Minha halo tinha sido uma surpresa, com apenas alguns milênios —eu era considerada uma criança— de vida tinha e uma halo era uma surpresa e tanto.

—Ah, eu vim chamar você. Vamos fazer um show beneficente. A favor da cura do Câncer Infantil. —Murmurou em meus lábios. Dei um sorriso enorme, e pela primeira vez eu o beijei.

Enrolei meus braços em seu pescoço puxando ele mais para perto, Justin ficou mais surpreso que eu, e apoiou as mãos na parede, mantendo seu equilíbrio enquanto me beijava sem sequer hesitar. Senti seu peito se contraindo, ele estava sem ar, mas não ia parar, então e o afastei.

Ele respirou fundo ainda ofegante falou com um sorriso maroto no rosto.

—Uau, vou começar a fazer mais caridades. — Falou dando mais um beijo leve em mim. Fiz que não.

—Faça elas por que gosta e acha certo, não para ganhar um beijo. — Disse, dando um empurrão em seu peito, com um sorriso no rosto, comecei a andar.

—Eu gosto de ganhar um beijo. —Ela falou rindo, deu uma corrida até mim pegando minha mão. Dei um sorriso.

Chegamos ao show, ainda era cedo, passaríamos o dia ali, Justin ensaiando e eu ajudaria na decoração..

—Então vamos logo Say, temos muito que fazer. —Falou Pattie sorrindo com o apelido que me nomeara, dei um sorriso e assenti coma cabeça a seguindo. Quando estávamos cerca de 13 metros de distancia deles, ouvi Justin falando.

—Espera um pouco galera. — E deu uma corrida leve até mim, segurando minhas mãos.

—Posso pegar uma coisa? —Indagou, virei um pouco rosto, confusa.

—Sim, claro. —Ele deu um sorriso e prendeu meus lábios nos seus, mais um sorriso e acaricie sua nuca. Eu estava ficando boa em ignorar meu instinto, apesar dele continuar gritando.

Seu ar acabou ele me deu leves beijos nos meus lábios, de olhos fechado e seu rosto colado no meu.

—Agora sim... Vou voltar aqui. —Sussurrou para mim, dei um sorriso empurrando ele.

—Vou estar aqui. —Justin deu um sorriso satisfeito com minha resposta, correu para seus amigos que perguntavam o como aconteceu, como rolou, como ele tinha conseguido. Coisas que para mim não importavam muito, eu tinha mais coisas para fazer.

Comecei a separar alguns luzes neon, repartindo-as em: As que trabalhavam, as que estavam com defeito e as que não funcionavam. Eu e mais duas garotas estávamos fazendo isso, estavam perturbadas com minha presença, me ar angélico as faziam se sentir inferior, o que era uma asneira, pois eu estava aqui para ajudar, não o contrário.

Uma delas se voltou a mim.

—Er, oi, me chamo Meggan. —Falou ela estendendo a mão a apertei e sorri.

—Saray.

—Então você está com a equipe do Bieber? —Perguntou ela.

—Sim, Meggan, sou assistente de Patrícia, ela andava sobrecarregada então me contrataram. —Expliquei, testando uma luz pequena e vermelha, que resolveu não funcionar, joguei a pilha a qual pertencia.

—Ah, me chame de Meg. Então, você conhece os dançarinos? —Olhei em seus olhos, sabendo o que ela queria, olhei para Mike, o garoto a qual se referia, mesmo não me dizendo. Ele era um bom garoto, ia a igreja sempre que podia, rezava sozinho antes de comer... Eu ouvia suas preces, preces que deixariam qualquer anjo orgulhoso.

—Bom, quem sabe posso dar um ajudar? —Falei sorrindo para Meg. era um garota legal, apesar de ser um pouco desvirtuada, e não dar muita atenção para Religião, mas Mike daria um jeito de convencê-la a fazer a coisa certa, eles ficariam bem juntos, tinham minha aprovação, se é que na minha posição isso valia de algo.

—Serio? Você vai me ajudar? —Perguntou cheia de esperança nos olhos castanhos escuros, sorri e fiz que sim.

—Só me deixe terminar isso aqui que dou um jeito nisso.

Ansiosa ela fez que sim e continuou a trabalhar do meu lado, a outra garota logo se juntou a conversa agradável. Seu nome era Frankie, uma garota divertida e completamente desligada sobre o que dizia a respeito de Religião.

No final, descobri que Frankie era uma religiosa mas seus pais por serem dispersos, não ligavam para isso, mas ela fazia suas orações, ou quase todas, mas já era um começo. Certa hora da conversa ela se calaram, olhando pra  frente, olhei junto com elas e vi Justin se aproximando.

Puxou minha mão me levantando.

—Quero lhe pedir uma coisa. —Disse com um sorriso.

—Fale. —Falou para mim, segurando minha cintura, me analisando por inteiro.

—Mike, pode trazer ele aqui, preciso falar com ele. —Seu rosto se retorceu, ele tirou os braços de mim, me olhando nos olhos.

—O que quer com ele? —Perguntou com um ponta de ciúme em sua voz, dei um sorriso.

—Acredito que tenha achado uma tarefa que interesse bastante a ele. —Expliquei feliz com mais um boa ação que eu estava fazendo, Justin suspirou e andou lentamente até Mike que me olhou nos olhos de longe, dando uma corrida até mim, parou na minha frente meio nervoso, colocou a aba do boné para traz deixando sua pele morena escura aparecer e encantar os olhos de Meg.

—Queria que fizesse algo para mim.

—Claro pro que não? Pode mandar. —Ele sorriu, um sorriso largo e contagiante, dei um sorriso em troca.

—Já temos luzes o suficiente e queria saber se podia ajudar Meg a colocá-las no painel. Vem cá. —Ela parou do meu lado e eles se encararam, sorrindo um para o outro. Eu vou ajudar Pattie nos bastidores do show e Frankie estava a caminho da lanchonete, então acho que um par de braços masculinos poderiam ajudar ela.

A resposta veio instantaneamente.

—Claro! Sou Mike.

—Meggan, mas me chama de Meg. —Eles sorriram, Mike tirou a jaqueta de couro mostrando os braços musculosos de um garoto de 17 anos negro e religioso.

—Bom, então vamos ao trabalho.

Eles saíram juntos indo em direção ao painel de luzes.

—Mike não tem paciência, não chegar nem a 50 luzes. —Disse Justin passando os braços nos meus ombros, como queixo apoiado no meu ombro.

—Acho que com a companhia amigável de Meg, as 1500 luzes vão ser fixinha. —Falou Frankie rindo olhou para mim estendeu a mão eu bati a minha com ela. —Vou comer algo, agente de fala depois.

Ela saiu feliz pela amiga.

—Estava planejando isso?

—Meg e Mike são... Compatíveis. —Tentei diminuir sua curiosidade com aquilo.

—Como você sabe? Ah, espera. Deixa eu adivinha. Mágica. —Ele riu.

—Você pega rápido. —Falei, Justin começou a passar os lábios no meu pescoço. Ma parou de repente

—Sabe, ainda queria falar com você sobre o que eu vi noite passada...

—Justin! —Falou uma voz que eu conhecia, apesar de nunca ter visto pessoalmente.

—O que está fazendo aqui? —Perguntou ele surpreso para ela...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram?
Tá bom?
Bjs



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Anjo de Vidro" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.