Anjo de Vidro escrita por DiraSantos


Capítulo 4
Capítulo Três: Entregas


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora!
O Nyah não tá ajudando muito!
BRIGADA PELOS REVIEW MINHAS FLORES!
Espero que gostem!



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Capítulo Três: Entregas

Olhei para ele. Justin estava desconcertado com tudo, e devia mesmo.

— Sim? —Ele franziu o cenho e olhou para baixo, respirou fundo inquieto. Mais uma vez, ele não sabia como responder, só queria que eu aceitasse suas desculpas. Pelo quê? Pelo fato dele ter decepcionado seu anjo da guarda que ele nem sabia que estava perto.

—Sobre o que você ouviu lá no quarto... Sei lá, eu... —Respirei fundo, e me forcei a sorri.

—Tudo bem, Justin. Eu não tenho nada haver com isso. —Ah tem sim, E muito. Corrigi-me em pensamento, comecei andar, mas ele segurou minha mãe, me parando, encarei seu rosto, ainda irritada com sua atitude.

—Tem sim. Você faz parte disso aqui agora, devo desculpas a todos. —E em sua cabeça, uma frase afetada: “Principalmente a ela... Mas por quê?”

Dei um sorriso, ele estava pedindo desculpas, e perdoar é divino. —Apesar de se tornar mais difícil na terra, os sentimentos ficam mais impulsivos aqui.

— Tido bem, sua mãe te perdoou certo? —Ele ficou sem ação e fez que sim com a cabeça, aumentei meu sorriso. —Então, se Pattie o perdoou, não tenho motivos para não, certo?

—Acho que não...- Um sorriso crescia nos cantos da sua boca. Peguei sua mão, o puxando para fora do quarto. —Vamos.

—Ahm, tudo bem.

Chegamos no estúdio de fotos, eram fotos ao ar livre, já que o dia estava quente e bonito. Me encostei em uma arvore, respirando fundo, aproveitando um pouco de...

—Saray?

...Paz. Respirei fundo de novo e sorri para... Noemi. Noemi?! Arregalei os olhos.

—O que faz aqui?! —Gritei tirando ele do Sol. Noemi era um Serafim, mas não um Serafim qualquer, foi o primeiro humano, depois de morto que conseguiu virar um celestial e, era um grande amigo, como um irmão menor para mim. Novo, com a aparência de 12 anos. O garoto loiro dos olhos azuis prateados deu um sorriso.

—Vim de ver! Dei sua falta lá em cima. —Jogou os braços em minha volta, tínhamos uma ligação forte, fui o anjo que o ajudou, digo, que simpatizou primeiro com ele.

—Você é um Serafim! Não devia descer! —Ralhei com ele, mesmo falando baixo e segurei seus ombros.

—Deixa que eu me entendo com os caras do portão. Qual é! Vamos, dá um sorriso. —Olhei para seu rosto esperançoso, e não controlei os músculos da minha face, dando um sorriso. —Isso!

—Noemi, é perigoso, o que faz aqui?... Alias, como conseguiu cair?  —Ele deu de ombros, como se fosse normal.

—Vamos dizer que... Não vim por conta própria. —Agora sim... Ele tinha sido mandado até aqui.

—E por que o mandaram? Até mim? —Noemi deu de ombros e sorriu tirando um terço de diamantes do bolso da jaqueta branca.

—Miguel está mandando esses terços para todos os caídos em missão. —E deixou o Terço pendurado entre os dedos dourados, peguei a cruz na minha mão... Prata Celeste.

—Prata Celeste? — Era o metal que eram feitos todas as armas dos anjos, e nesse caso esse amuleto.

—Os demônios deram bandeira, podem estar planejando atacar, e como vocês estão mais vulneráveis aqui, acharam melhor os manterem protegidos e informados. Ah, e talvez eu possa ajudar dessa vez. —Olhei em seus olhos e segurei seu rosto.

—Noemi, por favor. Não vá se enfiar em nossas fileiras sem ser convocados, serafins não devem participar da guerra, — A palavra coçou em minha língua.— você potencial para cura, por favor... Prometa-me que só vai se for convocado.

—Ah, eu vou perder toda a graça! —Dei uma tapa leve em seu ombro.

—Não tem graça alguma na guerra. Me prometa. —Ele me olhou, com cara de bebê, mas depois suspirou e fez que sim.

—Só vou se me convocarem prometo. —Eu sorri e o abracei, apertando a lateral do seu rosto contra meu busto, eu... Amava esse garoto, como se fosse meu filho. —Com os milênios se passando, acabamos por nos apegar em alguém, vendo os humanos se matando e amando ao mesmo tempo, criamos certos vínculos com outras criaturas e Noemi, era um garoto, que fora assassinado pela mãe. Eu me dispus a ser sua mãe, eu cuidava dele.

—Você é um serafim, não pode quebrar uma promessa. —Ele fez que sim e me abraçou mais apertado.

—Não vou quebrar, eu... Prometo também. —Ri dele, Noemi, enrolou o terço como uma pulseira em meu pulso direito e sorriu para mim. — Tenho que ir, te vejo logo! — Correu em direção ao Sol, onde desapareceu em volta de suas asas brancas e brilhantes. Respirei fundo.

Por que os demônios iram dar bandeira? Lúcifer era esperto, ele já tinha sido um anjo, sabia que não éramos burros e não íamos dar o primeiro ataque, queríamos acabar com a guerra. Argh! Guerra, eu odiava aquela palavra, os humanos tinham que continuar a se degolar? Por ganância?

— Hey, você! —Olhei para um cara com a câmera, que me chamava. —Vem cá, quer participar das fotos? — Franzi o cenho.

—É! Vem, Saray. —Pediu Justin, sorrindo para mim.

—Não Justin. Sou ajudante de assistente, não modelo. —Falei, mas ele fez q1ue não, correu a te mim, pegou minha mão me puxando.

— Vai, faz esse favor por mim. Te pago com chocolate? Hum? Que tal? —Eu senti minha boca cheia de saliva e meu estomago roncar baixo... Isso era fome? Não, eu não estava com fome, era... Desejo. Eu queria mais chocolate. Não. Eu precisava de mais chocolate.

—Tudo bem... —Ele me abraçou, colando nossas testas e segurando minha mão, e a outra na minha cintura. —Era o ensaio para o lançamento do vídeo de... “Down to Earth”.

—Agora cara de apaixonados. —Falou o fotografo, com os olhos na câmera. Olhei nos olhos de Justin, ele sorriu e piscou, respirei fundo e encarei seus olhos, dourados e brilhantes. —Uau... —Olhamos para o cara.

—Que? —Perguntou Justin, fazendo questão de segurara minhas mãos.

—Vocês... Ficam bem... Juntos. —Justin deu um sorriso perigoso, ele tinha gostado. Puxei minhas mãos, ele não... Eu não podia dar bandeira demais, eu queria ser sua amiga, ter um jeito de lhe aconselhar, nada mais que isso.

Seus olhos ficaram confusos, me olhando, enquanto eu desviava os olhos.

—Será que podemos tirar mais fotos? —Perguntou olhando para mim, meu protegido me olhou, como Noemi me olhava o rosto de bebê pidão. —Prometo não dizer nada. —Dei um sorriso e me aproximei.

Minhas mãos colaram nas laterais da sua camisa, enquanto ele segurava meu rosto perto comas duas mãos, os lábios raspando nos meus.

Aquilo era demais, eu não podia fazer tudo isso sem uma conseqüência. As fotos foram batidas e eu me afastei, indo para longe.

—Saray, espe...

—Justin! Temos algumas idéias para o vídeo, vamos, precisamos da sua opinião. —Justin foi empurrado de volta onde estava.

—Não! Ele tem que tirar as fotos, a revista sai amanhã!

—Ah, que sorte a sua. Mas se ele não ver isso aqui — Falou mostrando três pacotes pardos no rosto do fotografo. —Você não vai ter com motivo para tirara as drogas das fotos.

Eu apertei meus olhos, a voz dele na minha cabeça estava pedindo para a “garota dos olhos verdes brilhantes” voltar, isso não era bom. Não era bom, eu tinha que colocar um limite, eu tinha que ser sua amiga, nada mais que isso, e até por que... Eu era um anjo, e onde se viu um anjo beijar? Ainda mais seu protegido?! E alem do mais, o que ele sentia era só por eu ser seu anjo da guarda e... Isso podia matar nos dois.

Me sentei em cima de um caixote, fechei os olhos, e levantei o rosto. E ele não era minha única preocupação, o fato dos demônios terem dado uma informação de mão beijada não era normal, pior, era perigoso; não só para mim como para Justin, eu estando na terra, e a nossa ligação forte demais, ele poderia ser atacado e... Se ele morresse eu morreria junto, por ter falhado na minha missão. Era perigoso, tinha que começar a fazer guarda a noite, para certificar que estava tudo bem, marcar um perímetro de pelo menos 20 quilômetros do hotel, suspirei me largando mais no banco.

—Droga, tá tudo ficando mais difícil. —Falou com o ante-braço na frente dos olhos.

10 horas da noite. E ainda estávamos no mesmo lugar, sempre tinham imprevistos, alguma coisa para resolver, alguma coisa pra fazer, alguma coisa que lembravam. Quando eu senti...

Enxofre.

Levantei-me, era um mestiço. Andei atrás do cheiro, saindo do set de filmagem ao ar livre e entrando em um galpão escuro, ele se virou para mim, um sorriso sarcástico.

—Prole de...

—Lúcifer! Com muito orgulho, celestial. —Ele pulou em cima de mim, o peguei no ar, pelo pescoço, se debatia, e consigo acertar um aranhão no meu rosto.

—Você só é um mestiçinho. —Apertei seu pescoço, ele encarou a cruz. —Somos guiados por Deus, sempre somos amparados. Espero que o Criador tenha pena de sua alma corrompida. —Falei abrindo minhas asas, ele começou a chorar, desesperadamente.

—Não, por favor. Me largue agora sua pálida filha da put... —Peguei uma de suas asas, puxando-a para baixo, arrancado, ele soltou um grito.

—Sou um anjo, já fui convocada. Você não sabe nem onde está se metendo, não siga os passos de seus ancestrais sujos.

—Eu quero seguir! Eu vou ser o segundo maior demônio, e vou acabar com sua raça! —Arranquei mais um pouco, mais um grito.

— Sua alma vai pro inferno, terá que passar séculos para se tornar um demônio.

— Não me importa, me mande para lá então! Se conseguir!- Arranque sua asa, ele berrou. Perdendo metade do poder que já mal tinha.

—Sou mensageira de Deus, mas tenho um limite.- Avisei, já me estressando demais, o cheiro que vinha do inferno me dava enjôos.

— você não passa de uma mer... —Arranquei sua cabeça, e a joguei no chão, que virou algumas fagulhas depois apagam, cobri o rosto com a costa das minhas mãos tossindo.

—Saray? O que ouve? Ouvi gritos. —Perguntou Kenny preocupado, terminei de tossir e sorri.

—Nada demais. — Eu sorri...


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Tá bom?
BJKAS



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