Anjo de Vidro escrita por DiraSantos


Capítulo 3
Capítulo Dois: Mensagens


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!
Se puderem recomendar eu agradeceira muito! Com um post de 2,300 palavras!^U^
Bjs



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Capítulo Dois: Mensagens

Eu não dormia, então quando todos foram para cama, aproveitei para esticar as asas um pouco, se era erra do ninguém tinha me dito, então... Abri a janela e sai abrindo minhas asas, voando um pouco. Subi no topo no prédio que eu estava, me sentando no fim de uma gárgula, o vento batia entre elas, e isso dava uma sensação ótima, fechei os olhos por um segundo respirando fundo, depois contemplei a noite. era um lugar bonito, a Lua cheia lá em cima, as estrelas queimando... Muito bonito, apesar de tudo esse mundo tinha sua beleza, como diz o Criador “O Mundo Dos Humanos não é perfeito, e por isso mesmo é belo”.

Contradições, isso que era, belas e terríveis contradições. Foi quando ouvi um barulho, vindo da porta, do terraço, escondi minhas asas.

—Saray? —Era Justin? O que ele fazia acordado?

—O que faz acordado? —Perguntei me virando para ele, mas meu protegido estava corado, vendo minha roupa. era um short curto de meia e um blusa qualquer, escrito “I NERDS”.

—Não estava conseguindo dormir, então resolvi subir um pouco.

— Já tentou rezar? —Perguntei, rindo da minha piada interna.

—Sim, estava rezando para meu anjo da guarda, mas... Não sei, me deu vontade de subir. —Ele tinha pedido para seu anjo ficar perto, o guiando para o seu caminho, de um jeito que ele pudesse trilhar seu caminho acompanhado e com a graça de Deus. Bom, aqui estou eu.

—O que pediu para ele? —Perguntei, ele riu e se aproximou, se sentando do meu lado.

—Para ele ficar perto de mim, me ajudar a trilhar meu caminho, com segurança. —E como seu anjo, em geral eu não era tão afetada, mas perto demais dele nossa conexão ficava mais intensa, me aproximei, encostando seu ombro no meu.

Justin riu de repente.

—Que? —Perguntei olhando para ele.

—É que, meu anjo da guarda deve ser atarefado demais, digo, com tudo isso acontecendo rápido demais, eu imagino como ele deve estar.

Ele?

—Sim, Meu anjo da guarda. —Esclareceu, respirei fundo. Ele pensava que eu era um homem?

—Nunca pensou em uma anja da guarda? —Ele pensou naquilo, parecia improvável, mas depois ele pensou uma coisa que deixarei qualquer mulher alegre: “Se bem que as garotas resolvem as coisas mais fáceis, e para ser minha anja, ela teria que ser esperta.”

—É acho que seria mais prudente. E tenho certeza que ela seria linda. —Disse olhando para o céu, me senti feliz, digo... Eu me senti... Feliz? —Até por que, para ser minha anja. Ela deve ser a coisa mais linda do céu. —Eu ri junto com ele, Justin se espreguiçou, colocando o braço discretamente no meu ombro. Sorri e olhei para ele.

—Você acha? —Minha voz saiu afetada, olhei para meus pés e franzi o cenho. Mas que dia... Não conjure, sua Serafim destrambelhada. Bom, era que... Eu não estava entendendo, recapitulei tudo, mas não vi nada que indicasse que ele estava desejando ou pedindo algo.

—Claro, já viu quem eu sou? —Eu olhei nos olhos de Justin, empurrei de leve seu ombro, ele riu e eu também. —E você? Por que está aqui? —Perguntou.

—Sem sono, demoro a dormir na primeira noite em um lugar novo. —Ele fez que sim e olhou de novo para o céu.

—Às vezes também gostaria de estar na minha cama lá no Canadá. —Murmurou de olhos fechados.

—Estar em casa...

—É, perto dos meus amigos, ter uma vida comum... —Ele continuou a falar de como sentia falta de casa, de acordar para ir para escola e ter que sempre jogar um pouco de água no rosto de Chaz, para acordá-lo, de ir na igreja todo final de semana das visitas mais freqüente de Jazmyn, de poder sair livremente na rua, sem ter que ser escoltado ou mesmo ouvir garotas lunáticas gritando seu nome, mesmo gostando disso.

—Deve sentir muita falta disso. —Falei, mesmo sabendo que ele não mudaria nada, só queria ver mais a família e os amigos.

—Sinto, mas... Só queria mudar o fato de ver eles um pouco mais, por que gosto disso, gosto que tem tanta gente que ouve minha música.

—Deve ser ótimo. —Tremi meus ombros, a primeira vez que eu senti frio, esfreguei minhas mãos uma na outra, tentando me esquentar, Justin tirou a blusa de frio e me entregou, vesti e me esquentei, o calor do corpo humano era bom nessas horas, agradável.

—Vamos, você está morrendo de frio. —Falou para mim e colocou os braços nos envolvendo meus ombros, e me levando para o elevador. —Como você consegue ficar tão gelada? —Perguntou rindo, eu sorri e olhei para ele.

—Mágica. —Ele riu, passou as mãos no meu braço, me esquentando, ou pelo menos tentando.

—É, então é melhor parar, por isso ainda vai te matar de hipotermia. —Rimos juntos, e o assunto era minha morte, coisa que nunca ia acontecer.

—Gosto de frio. —Ele riu mais ainda se curvando um pouco, quando a porta abriu. Andei até a porta do meu quarto que ficava a frente da sua, ia tirara sua blusa, mas ele fez que não.

—Fica com ela, quem sabe você fica coma temperatura de uma pessoa normal. —Ele riu, da sua piada, eu, só dei um sorriso. — Boa noite, Saray, te vejo amanhã. —Falou, dei mais um sorriso.

—Boa noite, Justin. —E entrei, tirei a blusa de Justin dobrei ela e coloquei em cima da mesa da pequena sala, abri minhas asas e me joguei na cama, deixando elas esparramadas em cima de mim, esperando o sono vir, se ele é que vinha, acredito que sim, meu corpo humano precisava de descanso e isso ficou comprovado quando eu bocejei e meus olhos começaram a ficar pesados e eu consegui dormir.

Logo que acordei, me levantei minhas asas ainda estavam abertas, em espreguicei e olhei ao meu redor, era cedo, devia ser umas... 7 da manhã, tomei um banho quente e vesti uma roupa... Básica, uma calça jeans, uma camisa de mangas compridas, e um tênis preto. Olhei a jaqueta de Justin... Dei de ombros e peguei para usar, ele tinha me dado certo?  Então...

Assim que abri a porta vi que estavam todos alarmados, preocupados... Procurei por informação.

Justin tinha sumido, de novo.

—Calma, eu acho que sei onde ele está... —Quando falei isso, a porta do elevador abriu, lá estava ele. Meu sangue ferveu, ele tinha bebido, o encarei, vi seu corpo tremendo, ele sentiu minha desaprovação, sendo meu protejido, ele também era ligado a mim.

—Justin! Nunca mais faça isso! —Gritou Patrícia abraçando o filho.

—Eu estou bem, mãe. —Falou, enrolando a língua.

—Não, você está bêbado. — Meus dentes estavam trincados, ele olhou para jaqueta e franziu o cenho para ele mesmo e uma palavra surgiu em sua cabeça, ao mesmo tempo em que na minha.

Idiota.

—Vá tomar um banho frio agora!- Gritou a mãe dele, Justin se arrastou para dentro. —Ele tem que parar de fazer isso! —Um lagrima nos olhos de Patrícia.

—Ele vai parar, Patrícia, eu prometo. —Consolei a mãe dele, ela me olhou sorrindo e me abraçou.

—Me chame de Pattie querida. — Sorri, ela me levou pela mão— Como ajudante, eu tinha que participar de tudo, até mesmo das broncas que Justin levaria ou não da mãe. — para o quarto dele, esperamos ele sair do banho, depois Scooter, Ryan, Kenny Patrici... Pattie e eu entramos, batendo a porta com força.

—Senta ai, Justin. — Justin suspirou e se jogou na cama, o cabelo molhado e o rosto enjoado sabendo que ele ia ter que ouvir. Fiz ele prestar atenção, ele  franziu os lábios pela lucidez indesejada que eu tinha causado.

—O que você tem na cabeça? Quer matar todos de susto garoto? Se quer continuar fazendo sucesso tem que trabalhar duro! —Começou Scooter.

—E quando eu começo a aproveitar meu dinheiro?—Ganância. Balancei a cabeça negativamente, meu protegido notou e se calou virando o rosto para o lado contrário.

—Quando tiver cabeça pra administra isso! E acha que é assim que mostra que tem maturidade? Você tem dinheiro, talento, família e uma ótima equipe, mas não vai aproveitar se agir feito um moleque! —Ralhou Scooter, todos estavam calados só ouvindo. Justin não tinha o que responder.

—Você não era assim, Justin! Por que está tão diferente? Me responda!- Gritou Pattie, ele agora estava mal, Scooter ia recomeçar.

—Os deixem sozinhos. —Pedi, todos concordaram, Pattie sorriu para mim e Justin não tinha expressão, saímos do quarto, ficamos sentados na sala, eu me sentei em uma poltrona e fiquei olhando pela janela, cansada. Justin era persistente, ele tentava desviara atenção, e tive que gastar energia com ele, para fazer-lo ver, para fazer-lo escutar tudo que ele tinha que escutar, mas Scooter estava exagerando já, ele ia descontar nele e eu não podia deixar.

—Saray? —Era Kenny, dei um sorriso, outro cara legal que tinha aqui.

—Sim, pode fala Kenny.

—Você sabe por que ele saiu? Digo, ficou a maior parte do tempo com ele, talvez pudesse nos dar alguma pista. —Eu pensei, não... Mas ele queria ajudar, então eu veria o que poderia fazer.

—Não... Mas vou ver se descubro algo. —Ele sorriu e assentiu.

—Ótimo. —Pisquei para ele, Kenny se afastou e foi conversar com Scooter, falando bem de mim, dizendo que eu iria ajudar a colocar juízo na cabeça dele.

Um tempo depois, Pattie do quarto, quase sorrindo.

—Ele disse que vai tomar mais cuidado, e que via nos ouvir dessa vez. — Eu sorri, ele ia ouvir. Eu ia garantir isso.

—E cadê ele? —Perguntou Ryan, olhando para Pattie.

—Terminando de se arruma para irmos a sessão de fotos. — Ele fizeram que sim e saíram, Pattie pegou minhas mãos. —Obrigada por ter nos deixados a sós, tenho certeza que ele vai nos ouvir agora, muito obrigada mesmo. —Eu sorri e assenti apertando suas mãos.

— Que nada Pattie, vocês são mãe e filho, precisam de um tempo sozinhos, só isso. —Ela sorriu e negou.

—Se você não tivesse pedido, eu não teria falado nada, tenho medo de invadir sua privacidade já invadida. — Eu e ela rimos daquilo, quando ele apareceu na porta, ajeitando o boné, os olhos um pouco vermelhos, ele tinha chorado.

—Aham... Vamos? —Perguntou, Pattie fez que sim, piscou para mim e saiu na frente. Justin ficou me olhando, procurando o que falar, mas acabou se calando. Passei direto ao seu lado deixado claro que o que ele tinha feito era uma enorme burrice.

Mas ele fez algo que me surpreendeu.

—Saray, espera... —Disse olhando em meus olhos...


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Tá bom?
BJKAS



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